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“Queremos passar a crescer 40 por cento ao ano”

Em 2013 arrancou a internacionalização do WYgroup, com a entrada da Bliss Applications em São Paulo. Seguiu-se Boston. Agora é a vez de Amesterdão e Nova Iorque. Pedro Janela, CEO do grupo, explica os planos.

Rui Oliveira Marques
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“Queremos passar a crescer 40 por cento ao ano”

Em 2013 arrancou a internacionalização do WYgroup, com a entrada da Bliss Applications em São Paulo. Seguiu-se Boston. Agora é a vez de Amesterdão e Nova Iorque. Pedro Janela, CEO do grupo, explica os planos.

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Rui Oliveira Marques
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Depois de São Paulo e Boston, o WYgroup prepara-se para abrir escritórios em Amesterdão e Nova Iorque. A facturação internacional vale 300 a 400 mil euros. “Esperamos triplicar este ano”, aponta Pedro Janela, CEO do grupo que integra as empresas By, Bliss, Massive, Nossa, Bloomcast, Performance Sales, Tribe Engagement, White, That Image e Volta (no Porto). O grupo de empresas de publicidade, marketing digital e comunicação facturou no ano passado nove milhões de euros. “Queremos passar a crescer 40 por cento ao ano. O crescimento vai ser feito por quatro vias: crescimento orgânico nacional, crescimento internacional, via M&A: aquisição de pequenos negócios e depois através de international advisors que trazem negócios com eles”, revela Pedro Janela, CEO do grupo.

Meios & Publicidade (M&P): Há um ano anunciou a entrada do WYgroup em Boston, nos EUA. Como está a correr a operação?
Pedro Janela (PJ): Bastante bem. Foi um ano de descoberta. Passámos seis meses a perceber como funcionava o mercado, a abrir o escritório, a procurar advogados, clientes e recursos comerciais para dirigir a operação.

M&P: Que dificuldades encontraram nesses primeiros tempos?
PJ: Foi tentar perceber coisas que em Portugal são extremamente complicadas. A situação mais caricata foi tentar compreender como se contratam pessoas nos Estados Unidos. O advogado dizia “Não há contratos de trabalho” e nós perguntávamos: “Mas como contratamos uma pessoa?”. E ele: “Diga para vir amanhã, paga x por semana e quando não quiser mais manda-o embora”. E nós: “Onde está esse papel onde diz isso?”. “Não, não existe esse papel.” É uma mentalidade totalmente diferente. Não há IVA, a emissão de factura é um papel a dizer deves-me isto. É esta a forma corrente de fazer as coisas. As relações laborais e as relações entre clientes são muito simples. Toda a gente recebe alguém que quer ir para os EUA vender algo bom. Se se prova que é bom, é quase certa a relação de continuidade. A expectativa de criação de valor para um cliente norte-americano está sempre em cima da mesa. É um mercado aberto a entidades internacionais que se querem implementar naquele país.

M&P: O facto de ser português não constituiu qualquer entrave?
PJ: Não. O mercado americano nesta área de marketing tecnológico está habituadíssimo a trabalhar com a Índia e com a Europa de Leste, que são grandes mercados de criação de tecnologia, sites, plataformas de CRM, e-mail marketing e aplicações. Estão habituadíssimos a subcontratar a estrangeiros, mas não há lá mais nenhum português a vender isto. Os portugueses que fazem engenharia e usabilidade são muito bons. Quando eles começam a ver o nosso portfólio e quando vemos o projecto, percebemos que podemos competir em qualquer lugar. Há um a dois por cento de agências que são melhores do que nós. Mas o mercado é gigante. Não tem nada a ver com o português ou com o europeu. Quer dizer que os 98 por cento de mercado que sobram estão perfeitamente ao alcance de uma boa agência de marketing digital portuguesa. Conseguimos competir de igual para igual. No mercado americano, o que é preciso é ter é a primeira referência. Nós organizámos o escritório de Boston em Junho, abrimos em Setembro e temos agora vendas de 25 mil dólares por mês.

M&P: Quais são os vossos clientes?
PJ: São entidades que estão a desenvolver aplicações para utilização como produto e marca. Esses produtos são feitos em termos de usabilidade e de engenharia pelas nossas equipas aqui em Portugal. Gerimos o projecto de cá para lá com as nossas equipas comerciais lá. Estimamos terminar 2015 com vendas no mercado americano de meio milhão de dólares, só em Boston. Nos EUA, cada cidade ou estado equivale a um país. Se quisermos ir para outros estados, temos de abrir escritórios.

M&P: É já rentável?
PJ: Este meio milhão que vamos vender este ano, se olharmos para o P&L de Janeiro representa o dobro da margem que conseguimos fazer com o mesmo projecto em Portugal. A rentabilidade é o dobro e mais do que paga as pessoas que estão a trabalhar nestes projectos. A perspectiva é auspiciosa. Como os clientes estão satisfeitos, querem mais.

M&P: O que faz um cliente americano trabalhar convosco? É o factor preço? Mesmo aí os indianos devem ser mais fortes…
PJ: O preço é uma componente mas não nos situamos nos preços da Índia. Para se perceber o desenvolvimento tecnológico, na Índia pode variar entre os 10 e os 15 dólares. Nós estamos longe disso. É impossível praticar esses preços em Portugal. Temos de perceber que o mercado onde operamos tem uma escassez de técnicos qualificados gigante. Não há pessoas suficientes a fazer aplicações de produto ou de marketing em praticamente nenhum lado do mundo. Nós começámos a fazer aplicações há cinco anos. Temos uma equipa de 27 pessoas que só fazem aplicações e é uma das maiores equipas em Portugal.

M&P: Qual é o principal cliente nos EUA?
PJ: Os americanos são o povo mais legalista que existe à face da terra. Não posso dizer quais são os clientes porque lá a cláusula penal de fuga de informação é, tipicamente, cinco vezes o valor do contrato. Eles não brincam. Se virem que o fornecedor falou, colocam-no em tribunal e fazem tudo para ter o dinheiro de volta.

M&P: É então melhor mudar de assunto. Esta expansão internacional ocorre no pico de crise em Portugal. Foi a crise que vos fez olhar para fora?
PJ: De todo. Quando olhámos à nossa volta percebemos que o grupo era uma dos maiores coqueiros do mercado. Como não há mais para crescer, convém perceber que se alguma coisa correr mal no mercado, e vinha a correr, és tu que vais cair. Aquele que que cai do coqueiro mais alto é quem se magoa mais. A decisão que tomámos no final de 2013, com a internacionalização para o Brasil, foi abrir as linhas de fluxo de negócio a mercados internacionais. Começámos no Brasil por uma questão de oportunidade e por termos encontrado a pessoa certa. Em 2014, abrimos nos EUA o segundo escritório. Achámos que, com a nossa dimensão, não podíamos viver apenas do mercado português. Não teve a ver com a crise. Entre 2007, antes da crise, e 2014 a nossa facturação ficou praticamente três vezes e meia maior do que era no final de 2007. Crescemos todos os anos em Portugal durante a crise.

M&P: Como conseguiram crescer tanto? Tem a ver com o facto de actuarem numa disciplina onde os anunciantes estarão a gastar mais?
PJ: Há várias razões. Primeiro, no mercado português durante os anos de crise a única área onde os investimentos cresceram ao nível da media foi a da media digital. Segunda razão, e a mais importante, em 2007 éramos uma agência, a By, e avançámos com uma estratégia para a criação de unidades de negócio. Começámos a encontrar pessoas, um chefe de sala e um chefe de cozinha, ou seja, uma pessoa que vende e uma pessoa que faz, para criarem a sua área de negócio. Isso permitiu partir o risco e criar marcas que eram a incorporação do que essas duas pessoas sabiam fazer. Permitiu criar até ao final de 2013 mais nove agências. O crescimento foi totalmente de incubação e de criar independência financeira e de projecto de empreendedorismo a essas duas pessoas, sempre em áreas de altíssima especialidade. Em 2007 ou 2009 dizia-se que o caminho era que uma agência fizesse tudo. Acredito cada vez menos nisso. A especialidade que é preciso ter para construir um bloco de comunicação é de tal ordem que não há nenhuma agência que consiga fazer tudo bem.

M&P: Nos EUA e Brasil apresentam-se como Bliss e não como WYgroup. Porquê?
PJ: O WYgroup é uma entidade que, à nossa humilde escala, mais parece uma holding como a WPP, Omnicom ou Publicis. Somos uma holding que investiu numa série de pessoas e ajudou a fazer crescer os seus negócios. Os clientes compram especialistas. A única forma de entrar num cliente não é dizer que se faz tudo. É dizer que se faz muito bem uma coisa. Foi isso que nos permitiu crescer no mercado português quando ninguém estava a crescer. Íamos como Bliss Applications porque fazíamos bem aplicações. Íamos como Performance Sales porque fazíamos muito bem performance marketing. Íamos como Massive porque fazíamos muito bem sites. Íamos como Nossa porque fazíamos publicidade mais tradicional polvilhada com a riqueza e a magia do digital. Estas marcas conseguiram entrar no seu segmento de negócio porque eram especializadas. Isto permitiu que os empreendedores tivessem a sua marca, empresa e cultura. Permitiu que as marcas fossem cada vez mais reconhecidas. Permitiu que o grupo passasse despercebido, o que é bom porque ajuda a manter a humildade para construir um grupo desta dimensão, na pior fase do mercado.

M&P: Passar despercebido não faz com que alguns directores de marketing se esqueçam de vos contactar para concursos?
PJ: É possível, mas hoje o grupo tem um conjunto de clientes directores de marketing que nos reconhece valor em alguma especialidade ou em termos globais. O grupo DIA, com a marca Minipreço, é transversal a todo o grupo. Outro cliente que nos conhece globalmente é a [editora] Elzevir, de Amesterdão, que já leva cinco projectos. Mesmo assim, prefiro ter 100 projectos fragmentados por diversas especialidades do que cinco grandes clientes que fazem com que o grupo seja refém deles. Para nós um projecto de uma aplicação de 10 mil euros é muito importante e fazemos tudo para o ganhar. Perder um projecto ou um cliente nunca foi um problema.

O bom e o mau exemplo

M&P: Das empresas do grupo, qual a que teve um crescimento mais exponencial?
PJ: O recordista de crescimento, alavancado em quatro clientes do grupo, foi toda a área de performance marketing e search marketing, através da Performance Sales, do Diogo Mello e do Rui Marcelino. Tem um reconhecimento dos clientes do grupo, nomeadamente da Elzevir, absolutamente inacreditável. O trabalho para a Elzevir foi considerado o melhor caso por uma consultora de empresas B2B a nível global. Estávamos a competir com as melhores empresas do mundo. Há três anos a Performance Sales não existia. Foi criada no final de 2011. Essa empresa hoje emprega mais de 30 pessoas a fazer search marketing, com um volume de negócios assinalável e com perspectivas de continuar a crescer de uma forma muito agressiva.

M&P: Que empresas do grupo é que não resultaram?
PJ: Em 2010 e 2011 a área de search marketing e de técnicas de marketing não tradicional era crítica. Lançámos duas unidades de negócio: a Digital Intelligence e a Perfomance Sales. A Digital Intelligence não correu bem e morreu.

M&P: E chegou a estar em Barcelona.
PJ: Em Barcelona e em Lisboa. Fechámos nos dois lados porque não correu bem. A Performance Sales, pelo contrário, é hoje a campeã da agência.

M&P: Estão disponíveis para investir com novos projectos?
PJ: Desde que sejam pessoas boas e nos tragam alguma coisa de novo estamos sempre disponíveis para investir ou para comprar. E até ao ano passado criámos sempre empresas, nunca comprámos. Daqui para a frente estamos em condições de olhar para o mercado e adquirir para continuar a crescer. Temos crescido 20 por cento ao ano, no ano passado crescemos 30 por cento.

M&P: Para quanto?
PJ: Para mais de nove milhões de euros. Queremos passar a crescer 40 por cento ao ano. O crescimento vai ser feito por quatro vias: crescimento orgânico nacional, crescimento internacional, via M&A: aquisição de pequenos negócios e depois através de international advisors que trazem negócios com eles. Trata-se de pessoas seniores que aconselham o grupo a nível internacional e que já estão em fim de carreira no mercado americano mas ainda querem colaborar com uma empresa internacional.

M&P: No limite, um sénior de que qualquer país pode ir ter convosco e propor a abertura de um escritório…
PJ: Ou a incorporação por salário para ajudar a crescer nesse mercado. Estamos disponíveis para trocar participações com essas pessoas se for de reputado interesse. A internacionalização de serviços só acontece com pessoas muito boas.

M&P: A expansão vai passar por que mercados?
PJ: Em São Paulo e Boston passou por ir à descoberta e correu bem. No ano passado, no mercado brasileiro vendemos 800 ou 900 mil reais [245 ou 275 mil euros], o que é bastante bom para aquilo que esperávamos. Estamos a trabalhar com grandes marcas, com agências brasileiras e com startups. Os próximos passos vão ser para acompanhar aquele que se transformou num dos nossos maiores clientes, a Elzevir. Vamos abrir o escritório em Amesterdão até final do primeiro trimestre, mas o grande centro de operações de marketing da Elzevir é em Nova Iorque. O segundo escritório a abrir será aí. Vai ser mais fácil porque a empresa está já criada nos EUA, podemos levar portugueses, tem uma conta bancária e é uma entidade legal.

M&P: Angola nunca esteve nas prioridades?
PJ: Não. Trabalhamos para Angola a partir de Portugal e damo-nos bem com isso. Trabalhamos a Teixeira Duarte no retalho em Angola, estamos com a Wayfield /Refriango no digital. É um mercado difícil e, como se percebe agora, muito dependente do preço de petróleo. A decisão de irmos primeiro para o Brasil e para os EUA é que só temos uma oportunidade na vida de competir na Liga de Campeões. Tenho 42 anos e tenho mais 10 anos de vida profissional.

M&P: Vai-se reformar cedo.
PJ: Não sei se me vou reformar cedo. Num grupo com 180 pessoas, temos de escolher os tiros que vamos dar. Prefiro investir, perder e falhar a entrar no mercado americano e exportar serviços de alto valor acrescentado do que entrar no mercado angolano onde há bons players portugueses, como a BAR ou a Partners. É um mercado muito mais pequeno em que, naquilo em que somos fortes, não haverá muita apetência, como aplicações ou web.

Wearables, realidade virtual e Novo Banco

M&P: Como situa o WYgroup no campeonato de agências?
PJ: Somos um grupo de 182 pessoas. Não é a facturação que conta. Quando olhamos para grupos que transaccionam media é outro campeonato. Do ponto de vista humano, 182 pessoas é muita gente. É uma quantidade de talento e capacidade de engenharia, de design, de copy, de estratégia, na área administrativa… Não sei quantas pessoas trabalham nos outros grupos, mas estaremos no top 5 em termos de pessoas ao serviço dos clientes. Quando recebemos um briefing podemos pôr 30 pessoas a apresentar uma proposta. Não há muitas empresas que possam fazer o mesmo.

M&P: No contexto do grupo faz sentido criar novas unidades?
PJ: Sim. Quando olhamos para as novas tecnologias que o marketing vai ter disponível, sabemos que vai haver duas vagas. A primeira é a dos wearables com a transformação e introdução do Apple Watch em Abril. A Apple vai transformar-se já em Abril no maior fabricante de relógios do mundo. Toda a gente vai ter alguma coisa no pulso e no futuro vestida que vai poder interagir com os dispositivos mobile e ter marca lá dentro. Como se vai fazer? Ainda ninguém sabe. A componente de tecnologia e estratégia é a mesma de uma aplicação mobile. A segunda grande vaga que está a nascer é a da realidade virtual, com um investimento fortíssimo do Facebook, do Google, da Microsoft, da Samsung… Vai permitir criar uma nova dimensão de negócio, do que é a imersão virtual num ambiente de marca ou produto sem paralelo. Por exemplo, posso pôr uns óculos e experimentar um carro que quero comprar, ver a casa que quero comprar, entrar no Continente sem lá estar… Isto vai acontecer nos próximos três ou quatro anos. Se amanhã aparecesse uma pessoa que soubesse vender e fazer isto, investiria todo o dinheiro.

M&P: Quanto investiu nos últimos anos em novos projectos?
PJ: Além das 10 empresas do grupo, há outras nove. Investimos um milhão de euros desde 2008 até 2013. Obviamente que muitas delas já retornaram o investimento. Depois temos a EggNEST, de capital de risco, em que foram investidos 700 mil euros e vamos investir provavelmente mais 300 mil nos próximos três meses.

M&P: Que erros costuma encontrar nas start ups?
PJ: Muitos. Estes anos de fazer empresas deram para aprender muitas coisas. A primeira é não encontrar as pessoas certas para a equipa. Depois de terem um, dois ou três clientes é preciso criar uma equipa. Se não contratarem bem, a empresa não vai correr bem. O segundo erro é não entender que a venda correcta de determinado projecto é crítica para a sustentabilidade da empresa. Qualquer pessoa que opere neste mercado tem de saber o que é um business plan, o que é um P&L, quais os custos fixos e custos de facturação, onde é que o IVA entra, quais os custos sociais de ter uma empresa, quais os impostos. Tem a ver com passar informação para transformar um director de contas, engenheiro ou designer num gestor. O principal problema na criação de uma empresa não é o que faz, é a noção que têm de ter de gestão e de crescimento de uma empresa.

M&P: Como está a ver a febre de start ups que acaba por ter agora o expoente no Shark Tank?
PJ: Finalmente! É a única saída portuguesa. Portugal viveu muito ligado ao Estado. Quando se olha para um tecido económico de um país altamente competitivo, a concorrência vem da iniciativa privada. O futuro está na criação de produtos e empresas que vão buscar a próxima vaga, que está nas aplicações, na bioquímica e em encontrar soluções para os problemas das pessoas. O problema é não sermos mais.

M&P: Trabalhavam o BES e fizeram a migração para o Novo Banco. Como foram esses dias de criação da nova marca digital?
PJ: Foram dias bons por uma razão. A equipa do Novo Banco, e perdoem-me os outros clientes mas o que ali se passou merece-o, é a melhor equipa de marketing em Portugal. Se havia coisa boa no BES era o marketing. As pessoas que lá estavam, lideradas pela Rita Torres Baptista, são as mesmas do Novo Bamnco. O processo foi muito fácil de fazer com uma equipa daquele calibre. No dia a seguir à decisão do banco bom e do banco mau estavam a trabalhar, a pedir propostas, a querer fazer o melhor possível para que a marca Novo Banco fosse a grande marca que já é hoje. Quando uma marca, passados três meses de quase falir, recebe depósitos e não tem depósitos a fugir, isso deve-se à equipa de marketing. Senti as pessoas muito preocupadas mas a qualidade daquelas pessoas é tão forte e tão boa que deram a volta à situação. O Novo Banco já vale mais do que o dinheiro que foi lá posto. É o maior caso de sucesso de rebranding feito à força.

Sobre o autorRui Oliveira Marques

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26ª Festival CCP tem 346 trabalhos finalistas. Categoria de Design lidera

As votações decorreram presencialmente, a 15 e 16 de maio, no espaço cedido pela Xerox, patrocinador do festival, na antiga Fábrica do Pão, no Beato Innovation District, em Lisboa, no mesmo local onde os vencedores serão revelados a 24 de maio, na Gala 26ª Entrega de Prémios CCP

O júri do 26º Festival CCP selecionou 346 trabalhos para ‘shortlist’, entre um total de 933 inscrições a concurso, nas sete categorias abrangidas no festival do Clube da Criatividade de Portugal. As votações decorreram presencialmente, a 15 e 16 de maio, no espaço cedido pela Xerox, patrocinador do evento, na antiga Fábrica do Pão, no Beato Innovation District, em Lisboa.

De acordo com os dados da organização do Festival CCP, as categorias com mais trabalhos na final são Design (80; 40% de 200 inscrições), Craft em Publicidade (73; 33% de 220 inscrições), Digital (71; 44% de 162 inscrições), Publicidade (63 finalistas; 34% de 185 inscrições), Experiências de Marca (27; 31% de 88 inscrições), Criatividade em Meios (23; 44% de 52 inscrições) e Integração e Inovação (9; 35% de 26 inscrições).

A lista completa de finalistas por categoria pode ser consultada online e os vencedores serão revelados a 24 de maio, na Gala 26ª Entrega de Prémios CCP, que se realiza no espaço da antiga Fábrica do Pão, no Beato Innovation District, em Lisboa.

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Beefeater patrocina Oeiras Padel Academy e aproveita prova para lançar gin sem álcool

A marca de destilados dá nome ao Open Beefeater 0.0, competição de padel organizada pela Oeiras Padel Academy. Para além de reforçar a estratégia de ligação ao desporto, divulga a nova variedade de gin sem teor alcoólico. Em preparação está também uma campanha para promover o produto

A Beefeater patrocina o Open Beefeater 0.0, competição de padel organizada pela Oeiras Padel Academy que se realiza entre os dias 17 e 19 de maio. É a segunda vez que a marca se associa ao torneio, aproveitando a edição deste ano para lançar publicamente a Beefeater 0.0, uma bebida elaborada com botânicos naturais, com um teor alcoólico de 0,0% em volume, inspirada no clássico Beefeater London Dry Gin, reforçando a estratégia de ligação da marca à modalidade desportiva.

“O padel é um desporto com uma procura crescente e com cada vez mais adeptos, ajudando não só ao bem-estar físico, mas também a ser um momento perfeito para socializar e juntar amigos e/ou família, motivo pelo qual, para Beefeater 0.0, um produto com 0% de álcool que nos permite entrar no território do desporto, esta associação nos pareceu natural e com sentido”, justifica ao M&P Yuliya Vashchyshyn, gestora de marca do gin.

“A presença de Beefeater 0.0 no Oeiras Padel Academy, enquanto main sponsor, vem marcar uma nova era para Beefeater que, com a qualidade a que o consumidor já está habituado, se eleva para outro patamar de momentos de consumo, vendo no desporto e em particular no padel, um momento onde se fomenta a socialização entre as pessoas, o lazer e o convívio”, refere ainda a responsável pela promoção do gin, que integra o portefólio de bebidas do grupo Pernod Ricard.

Dinamizar ativações em eventos significativos para a modalidade é uma das apostas da marca para potenciar a estratégia de comunicação que está a ser delineada para promover o produto. “Estamos ansiosos por explorar todas as oportunidades para fortalecer ainda mais a nossa conexão com este meio”, assegura Yuliya Vashchyshyn, revelando também que está a ser preparada uma campanha publicitária multimeios para divulgar o Beefeater 0.0 nos meses de maior calor.

Sem adiantar valores, a marca confirma o reforço do orçamento de marketing para promover as novidades de 2024. “Aumentámos o investimento em comunicação devido ao lançamento de três novas referências no portefólio, refletindo o nosso compromisso contínuo em impulsionar a marca, expandir a nossa presença no mercado e envolver eficazmente o nosso público-alvo. Este investimento adicional permitirá ampliar as nossas iniciativas de marketing”, refere a responsável.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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13ª edição dos Prémios de Criatividade M&P

Alexandre Costeira (GR8), Américo Vizer (LLYC), Filipe Teotónio Pereira (Nova Expressão), Francisco Pedreira (Clube Recreativo), Ivo Purvis (Dentsu Creative Portugal), João Madeira (Fuel), Judite Mota (VML), Luís Lobato Almeida (Pingo Doce), Mário Patrocínio (Bro Cinema), Nuno Cardoso (Nossa), Nuno Miranda (DAZN), Pedro Morgado (Fullsix), Rita Amzalak (Havas Media), Rodrigo Silva Gomes (Lola Normajean) e Vasco Thomaz (Judas) avaliam os trabalhos a concurso

Numa era cada vez mais dominada pela inteligência artificial generativa, premiar a criatividade humana é um ato pré-revolucionário. Chegará o dia em que, no limite, a ‘criatividade artificial’ poderá ser o que nos resta para avaliar e premiar?

Por enquanto, queremos continuar a olhar e a distinguir o que os humanos são capazes de criar em comunicação comercial, com mais ou menos colaboração de máquinas, Midjourney, ChatGPT e todos os seus parentes, que se estão a reproduzir em nome da produtividade, eficácia, eficiência e melhoria dos resultados.

Chegará o dia em que as fichas técnicas irão incluir, obrigatoriamente, as ferramentas de inteligência artificial generativa utilizadas em cada campanha, lado a lado com os seus ‘pares’ humanos? E o Photoshop e seus derivados, normalizados há décadas, com todas as consequências, boas e más, sobejamente conhecidas?

Não há dúvidas sobre o poder da inteligência artificial nas várias fases de criação de uma campanha publicitária, da ideia ao planeamento da veiculação, passando pelo desenvolvimento e execução. Mas devemos acreditar, enquanto indústria, que é a capacidade de pensar de forma criativa e original, empática e ética, disruptiva e inclusiva, que torna os seres humanos insubstituíveis na publicidade.

Na 13ª edição dos Prémios de Criatividade continuamos a avaliar e a distinguir os melhores trabalhos publicitários gerados por humanos empáticos, éticos e com pensamento crítico e estratégico.

Nesta edição, Alexandre Costeira (GR8), Américo Vizer (LLYC), Filipe Teotónio Pereira (Nova Expressão), Francisco Pedreira (Clube Recreativo), Ivo Purvis (Dentsu Creative Portugal), João Madeira (Fuel), Judite Mota (VML), Luís Lobato Almeida (Pingo Doce), Mário Patrocínio (Bro Cinema), Nuno Cardoso (Nossa), Nuno Miranda (DAZN), Pedro Morgado (Fullsix), Rita Amzalak (Havas Media), Rodrigo Silva Gomes (Lola Normajean) e Vasco Thomaz (Judas) são os humanos responsáveis pela avaliação dos trabalhos a concurso. Um dia teremos máquinas a avaliar a criatividade de máquinas? Que esse dia esteja longe.

A inteligência artificial não sabe transformar dados em histórias, nem conhecimento em emoções, mas analisa quantidades gigantescas de dados, identifica padrões e indica as opções mais certeiras em função desses padrões.

A criatividade humana tem a capacidade de gerar perceções, conectar ideias aparentemente desconexas e criar algo completamente novo e original. É capaz de pensar fora da caixa, encontrar soluções inovadoras e criar histórias que tocam o coração e o espírito, que constroem marcas e criam notoriedade.

É o que esperamos avaliar e distinguir nos trabalhos a concurso na 13a edição dos Prémios de Criatividade M&P, que se distribuem por 66 categorias, em 16 grandes áreas (Televisão/Cinema, Áudio, Imprensa, Outdoor, Digital, Ativação, Relações Públicas, Eventos, Marketing Relacional, Media, Sustentabilidade e Responsabilidade Social, Suporte Alternativo/Inovação, Ação Integrada, Mercados Internacionais e Mercados Lusófonos). Haverá espaço, no futuro mais ou menos longínquo, para termos uma categoria para trabalhos gerados por inteligência artificial? Chegará o dia.

Até lá, e até à revelação dos vencedores da 13ª edição dos Prémios de Criatividade M&P, recorde os vencedores dos últimos anos, e inscreva-se aqui.

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Netflix lança plataforma própria de anúncios

Esta novidade foi avançada no Netflix Upfront 2024, apresentação formal do portefólio comercial da empresa, que decorreu a 15 de maio, em Nova Iorque. Evento em que a Netflix revelou, ainda, que o seu programa de anúncios tem agora 40 milhões de utilizadores mensais ativos em todo o mundo, em comparação com os 23 milhões registados em janeiro deste ano

A Netflix vai lançar a sua própria plataforma de anúncios, com o objetivo de ter tanto controlo sobre a tecnologia de publicidade como tem sobre a tecnologia de streaming. A nova plataforma proprietária da Netflix vai começar a ser testada no Canadá, ainda este ano, para ser lançada nos Estados Unidos no segundo trimestre de 2025, estando previsto o lançamento mundial para o final do próximo ano.

Esta novidade foi avançada no Netflix Upfront 2024, apresentação formal do portefólio comercial da empresa, que decorreu a 15 de maio, em Nova Iorque. Evento em que a Netflix revelou, ainda, que o seu programa de anúncios tem agora 40 milhões de utilizadores mensais ativos em todo o mundo, em comparação com os 23 milhões registados em janeiro deste ano.

Pretendendo tirar partido deste crescimento, a empresa demonstrou a intenção de diminuir a dependência do atual parceiro publicitário, a Microsoft, enquanto trabalha na criação da plataforma de anúncios própria.

A Netflix avança ainda que a The Trade Desk, a Display & Video 360 da Google e a Magnite são os novos parceiros programáticos da plataforma de streaming, em conjunto com a Microsoft.

A partir deste verão, a empresa disponibilizará a oferta publicitária através da Magnite, à qual os anunciantes podem aceder através da The Trade Desk ou da Display & Video 360. Atualmente, a Netflix apenas utiliza a Microsoft para vender anúncios de forma programática.

Na vertente da monitorização de resultados publicitários, a Netflix revela a entrada da iSpot.TV e da TVision enquanto parceiros, que se juntam à Affinity Solutions, DoubleVerify, EDO, Integral Ad Science, Kantar, Lucid, NCSolutions e Nielsen.

Para além das novidades publicitárias, a empresa aproveitou o Netflix Upfront 2024 para demonstrar as novidades da plataforma nas transmissões em direto, um formato que diversas plataformas de streaming têm vindo a incorporar no seu modelo de negócio.

Apesar deste ainda ser um segmento de negócio novo para a Netflix, a empresa tem vindo a explorar o formato, tendo estabelecido, recentemente, diversos acordos de transmissão de eventos desportivos, como o acordo de transmissão do jogo do dia de Natal, da National Football League, liga nacional de futebol americano, durante três anos, e o acordo de transmissão do WWE Raw, programa de televisão norte-americano de luta livre profissional, a partir de 2025.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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Sofia Cartó preside a primeira associação de assuntos públicos e lobbying portuguesa

A PAPT, liderada por Sofia Cartó e tem Rita Serrabulho e Gonçalo Boavida como vice-presidentes, está a preparar um código de conduta. A nova organização é um dos novos membros da PACE, organização que agrega associações sectoriais de vários países europeus

Public Affairs Portugal (PAPT) é a denominação da primeira associação de assuntos públicos e lobbying portuguesa. A nova organização, presidida por Sofia Cartó, sócia-gerente da Loyal Ecosystem, tem como vice-presidentes a sócia-gerente da Political Intelligence Portugal Rita Serrabulho e o sócio da Lift Consulting Gonçalo Boavida. A mesa da assembleia geral é presidida por Gonçalo Almeida Simões, diretor-geral da Biond. Luís Rhodes Baião, diretor de assuntos públicos e governamentais da Association of the European Self-Care Industry (AESGP), é secretário da mesa da assembleia geral.

Além da Loyal Ecosystem, da Political Intelligence Portugal e da Lift Consulting, também a Atrevia integra a lista de fundadores da PAPT. Apesar de a organização, que está a preparar um código de conduta, ter sido apresentada a 16 de maio, só vai ter o site disponível no início de junho, apurou o M&P. “A PAPT reunirá organizações que se dedicam à atividade profissional de representação de interesses, próprios ou de terceiros, de origem portuguesa ou estrangeira, a operar no mercado nacional, assim como profissionais a título individual”, informa a associação em comunicado.

Membro da Public Affairs Community of Europe (PACE), a PAPT vai funcionar em estreita relação com a organização europeia, que agrega associações sectoriais de diferentes países europeus, na definição de normas uniformes e de linhas orientadoras comuns para garantir uma maior transparência no setor em todo o continente europeu. “O trabalho conjunto entre profissionais e organizações que se dedicam a este setor é determinante para a profissionalização e reconhecimento de uma atividade legítima e alinhada com as melhores práticas a nível europeu”, defende Sofia Cartó.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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M&P 957: Como Bernardo Almeida fatura €300 mil com o YouTube + Assédio sexual na publicidade + Especial Euro 2024

O percurso do criador de conteúdos Bernardo Almeida, que fatura €300 mil com o YouTube, os casos de assédio sexual na indústria da publicidade denunciados na conta de Instagram The F Side e um especial sobre os patrocínios ao Euro 2024 são alguns dos destaques

Na edição 957 do M&P, um dos mais antigos youtubers nacionais, Bernardo Almeida, partilha com Luis Batista Gonçalves o percurso que o leva a trocar a licenciatura em engenharia mecânica pela criação de conteúdos digitais para marcas, com os quais fatura €300 mil por ano.

Na crónica Costela de Adão? Não, Paula Cosme Pinto, escreve sobre a conta de Instagram The F Side que tem dado lugar de fala a mulheres que trabalham na indústria criativa em Portugal e denunciando casos de assédio e de abusos sexuais. Na Opinião, Pedro Simões Dias considera que as marcas de serviços estão em processo de extinção, enquanto João Paulo Luz diz que a atenção é a nova variável que todos perseguem.

No Especial Euro 2024, é dada a palavra a algumas das marcas patrocinadoras da seleção nacional, da Federação Portuguesa de Futebol ou do campeonato europeu de futebol.

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O que pode ler na edição 957 do M&P

O percurso do criador de conteúdos Bernardo Almeida, que fatura €300 mil com o YouTube, os casos de assédio sexual na indústria da publicidade denunciados na conta de Instagram The F Side e um especial sobre os patrocínios ao Euro 2024 são alguns dos destaques

Na edição 957 do M&P, um dos mais antigos youtubers nacionais, Bernardo Almeida, partilha com Luis Batista Gonçalves o percurso que o leva a trocar a licenciatura em engenharia mecânica pela criação de conteúdos digitais para marcas, com os quais fatura €300 mil por ano.

Na crónica Costela de Adão? Não, Paula Cosme Pinto, escreve sobre a conta de Instagram The F Side que tem dado lugar de fala a mulheres que trabalham na indústria criativa em Portugal e denunciando casos de assédio e de abusos sexuais. Na Opinião, Pedro Simões Dias considera que as marcas de serviços estão em processo de extinção, enquanto João Paulo Luz diz que a atenção é a nova variável que todos perseguem.

No Especial Euro 2024, é dada a palavra a algumas das marcas patrocinadoras da seleção nacional, da Federação Portuguesa de Futebol ou do campeonato europeu de futebol.

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Criatividade portuguesa premiada nos Adforum PHNX Awards 2024

A agência Cooprativa foi distinguida com Prata na categoria de Design: Brand Identity pelo projeto de rebranding que desenvolveu para a SPILM. A campanha Não Seja Bully De Bancada, que a Coming Soon criou para o IPDJ, conquistou um Bronze na cerimónia

A Cooprativa e a Coming Soon foram distinguidas no concurso de criatividade mundial Adforum PHNX Awards 2024, anunciados numa cerimónia transmitida online a 16 de maio. O júri, composto por um milhar de profissionais do setor provenientes dos quatro cantos do mundo, atribuiu um prémio Prata ao trabalho de renovação da identidade visual que a agência de Torres Vedras desenvolveu para a Sociedade Portuguesa Interdisciplinar do Laser Médico (SPILM), na categoria de Design: Brand Identity.

“Houve apenas um Ouro, o nosso Prata e um Bronze na categoria”, sublinha, em declarações ao M&P, André Sousa Moreira, sócio e diretor criativo da Cooprativa, visivelmente entusiasmado com a distinção. “O novo design da marca foi concebido tendo como inspiração a luz, especificamente o espetro visual composto por sete cores, que é utilizado em uma variedade de lasers médicos”, esclarece o responsável, que partilha a direção de arte com Simão Dias, motion designer do projeto premiado.

A Coming Soon venceu um prémio Bronze pela campanha Não Seja Bully De Bancada, criada para o  Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), na categoria Film: Creative idea. Com direção criativa de Marcelo Lourenço e Pedro Bexiga, também responsável pela direção de arte, o filme que a integra, com uma mensagem que pretende combater a intimidação e a violência no desporto, foi produzido pela Rocky Studios e realizado por Filipe Sampaio. A redação é de Marcelo Lourenço.

O júri dos Adforum PHNX Awards 2024 integrou três representantes portugueses. Além de Pedro Leal Almeida, fundador e diretor de comunicação do Leal Almeida Brand Studio, contou com a avaliação de José Vila Cardoso, CEO da Adso, agência de comunicação global sediada em Braga. Sávio Hatherly, diretor de arte sénior de O Escritório, foi outro dos jurados. As agências internacionais VCCP Madrid, Havas London, Critical Mass e VML Singapore e Wolf BCPP também figuram entre os premiados.

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Niu investe €1 milhão em estruturas de produção e negoceia regresso a Espanha

No ano em que a empresa que detém e lidera assinala 30 anos no mercado, Nuno Santana avança ao M&P que está focado em conseguir uma maior complementaridade e autonomia, desenvolvendo áreas difíceis e fulcrais nos projetos da Niu, como a serralharia e a carpintaria, que são críticas na empresa de eventos, ativações de marca, produção e marketing de compras, que o ano passado faturou €12 milhões

A Niu vai investir €1 milhão para reforçar a capacidade de produção. Com este investimento, a empresa de eventos, ativações de marca, produção e marketing de compras, que faturou €12 milhões o ano passado e €30,4 milhões entre 2020 e 2023, pretende tornar-se mais autossuficiente. “Estamos focados em conseguir uma complementaridade interna ainda maior, desenvolvendo áreas difíceis, mas que são fulcrais à implementação dos nossos projetos. Vamos investir em áreas técnicas, como a serralharia e a carpintaria que, não sendo muito sofisticadas, são muito críticas”, justifica, ao M&P, Nuno Santana, proprietário e CEO da Niu.

“Este investimento permite-nos fazer coisas diferenciadoras, senão estaremos sempre limitados. O setor da construção atravessa uma fase muito complexa, porque há défice de mão de obra”, sublinha o empresário, que, com esta aposta estratégica, tem a ambição de continuar a fazer crescer o negócio. “Nos últimos 15 anos, temos mantido sempre um intervalo de faturação entre os €7 milhões e os €9 milhões e, nos últimos dois anos, crescemos praticamente 25% em termos de valor acumulado”, revela o gestor.

Os próximos meses são de grande atividade. “Vamos fazer a Fan Zone do Euro 2024 na Cidade do Futebol, entre 14 de junho e 14 de julho, em Oeiras. Também vamos estar presentes em todos os grandes festivais. Estamos agora em negociações, a fechar o plano com as marcas. O stand da Heineken no Nos Alive já está adjudicado. Vamos estar seguramente no Rock in Rio, no Meo Marés Vivas e no Meo Kalorama, mas ainda não consigo avançar com que insígnias”, confidencia o empresário.

Atualmente, a ativação de marca e a organização de eventos é responsável por 50% do volume de faturação da Niu. O negócio da produção 2D e 3D representa 25%, tal como o de marketing de compras, uma área que tem vindo a crescer.

“Somos uma empresa de serviço a clientes. Tão depressa estamos a fazer um jantar para cinco mil pessoas no Meo Arena como estamos a inaugurar uma loja criada e produzida por nós num centro comercial como o Ubbo. Como nascemos da produção, temos muitos ativos internos e somos relativamente autossuficientes”, sustenta Nuno Santana.

O CEO da Niu salienta os 4.000 m2 de área, na sede da empresa em Alfragide, que tem disponíveis para criar, desenhar, produzir e implementar ações para stands de festivais, congressos, lojas e grandes eventos de rua, como o Wonderland Lisboa, que regressa este ano para a oitava edição.

Promovido em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa e com a Media Capital, desde 2016, o Wonderland Lisboa é um dos eventos com maior visibilidade mediática que a Niu organiza e que, entre 30 de novembro de 2023 e 8 de janeiro de 2024, teve 852 mil visitantes. Jogos Santa Casa, Coca-Cola, McDonald’s, Licor Beirão e TVI são algumas das insígnias que se têm associado à iniciativa.

“Uma das formas de retribuirmos o investimento que as marcas fazem em nós é através das ativações que fazemos. Comunicamos e amplificamos também muitas dessas insígnias, através dos media e das redes sociais”, sublinha o empresário.

Com audiências cada vez mais diferenciadas, segmentadas e dispersas por plataformas distintas, criar e desenvolver eventos, ativações e comunicações que envolvam os consumidores é, nos dias de hoje, uma tarefa mais desafiante.

“Temos uma área que só pensa nisso, que é a área de ambientes, liderada pela minha irmã Joana [Santana]. Quando desenvolvemos um evento, há a preocupação de ver como será visível nas redes sociais. Temos um projeto, que por acaso é nosso, que é o Praia no Parque, em que a última renovação estética que a Niu lhe fez funcionou muito bem no digital”, admite o também cofundador do Grupo Praia e acionista da Media Capital.

“Vivemos no mundo físico a pensar para o digital. Mesmo em pequenas apresentações, temos sempre âncoras cénicas que amplificam essa divulgação. Começámos a produzir néones nos últimos três anos porque são elementos muito fáceis de amplificar. As pessoas veem-nos e têm tendência a fotografá-los”, afiança.

A diferenciação avera-se crucial, principalmente num mercado pequeno como o português. “Temos um grande laboratório comportamental que são os restaurantes do Grupo Praia. Os frequentadores do Praia no Parque, por exemplo, têm perfis muito diferentes. Ao almoço, temos os empresários e os decisores. Ao jantar, durante a semana, temos os turistas. Ao fim de semana, temos a geração Y e as pessoas que gostam de festas. Conseguimos mapear os comportamentos e oferecer uma proposta diferenciada”, assegura Nuno Santana.

A evolução do negócio

Na génese da Niu está a Sistemas Rafael, uma empresa espanhola especializada em pós-produção de imagem que, quando decidiu investir em Portugal, em 1994, desafiou José Santana a dirigir a operação nacional. Hoje afastado do negócio, o pai de Nuno Santana, que foi durante duas décadas relações públicas da Mercedes-Benz, aceitou o repto. Em 1996, é contactado pela Euro RSCG, que em 2012 se viria a transformar na Havas Worldwide, por causa da campanha publicitária que a agência estava a desenvolver para promover a Expo 98.

Na altura em que gravaram o filme que mostrava bebés a nadar debaixo de água, a produtora londrina que o produzia esqueceu-se de os fotografar para os anúncios de imprensa e para os materiais promocionais impressos. “Solucionámos o problema. Fomos a Londres digitalizar um fotograma e fizemos a pós-produção com base nele. Foi um sucesso. A partir daí, começámos a trabalhar com a Euro RSCG. Foi um cliente estratégico para nós”, recorda Nuno Santana.

Em 1997, a Sistemas Rafael passa também a disponibilizar um serviço de processamento de cor para fotolitos. “Era a sequência lógica”, considera. Em 1999, com o crescimento do negócio e a evolução tecnológica, a empresa abre o primeiro estúdio de fotografia digital da Península Ibérica. “Ninguém, na altura, acreditava nisto. Os próprios fotógrafos eram muito céticos. E eram investimentos completamente loucos para a altura. Uma máquina podia custar facilmente €100 mil e fazia fotos de 16 megabytes. Hoje, um telefone tira fotografias com 100 megabytes”, relembra.

2002 é um ano de viragem, com a Sistemas Rafael a deixar de trabalhar apenas com agências de publicidade para começar a produzir materiais promocionais para pontos de venda e a esboçar as primeiras ativações para marcas. É nessa fase que a Coca-Cola a desafia a decorar os espaços da insígnia nos estádios construídos para o UEFA Euro 2004. “Ficaram muito bem impressionados. Ainda hoje são um dos nossos principais clientes”, conta Nuno Santana.

Pouco depois, são desafiados pela Sagres e pela Portugal Telecom a desenvolver projetos estéticos para o SL Benfica. “O Miguel Arruda, que foi o arquiteto do novo Estádio da Luz, pediu-nos para desenvolvermos uma ativação para o dia da inauguração”, recorda Nuno Santana. A parceria estabelecida com a Rank Xerox permitiu imprimir postais com fotografias do jogo inaugural e distribuí-las pelos espetadores minutos depois, com 50 promotores a entrar nas bancadas para as entregar.

Outro momento decisivo foi o Mega Pic-Nic Continente, que a futura Niu também viria a dinamizar ao longo das seis edições do evento. “Fomos dando resposta aos desafios que nos foram sendo feitos. Demos pulos em grandes momentos, como a Expo 98 e o Euro 2004, mas, curiosamente, nunca como organizadores de eventos. Hoje, são o nosso core”, sublinha.

Operação em Espanha dependente das negociações em curso

O dinamismo da Sistemas Rafael em Portugal acaba por levar a empresa a ser selecionada pela Coca-Cola para participar no reposicionamento mundial da insígnia, iniciado em março de 2006 com a campanha publicitária Coke Side of Life. Numa reunião, em Espanha, a proposta portuguesa vence um concurso interno, mas o nome da empresa suscita dúvidas.

“Decidimos então criar a marca Niu, que chega ao mercado a 21 de junho de 2007. Nasce aí a nossa fase 2.0 e, em breve, vamos apresentar um racional que sustente a nossa entrada na fase 3.0, mas ainda não posso falar sobre isso”, ressalva Nuno Santana.

Todavia, nem tudo foram rosas ao longo do percurso. “Houve alturas em que perdemos dois ou três clientes grandes e em que achei que o mundo ia acabar. Hoje, olho para trás e percebo que esses foram momentos de transformação do negócio”, desabafa, enaltecendo a capacidade de resiliência da equipa e o elevado nível de retenção de funcionários.

A pandemia, em 2020, foi outro teste. “Apesar de ter sido um processo muito doloroso, não deixámos sair ninguém. Mantivemos os 70 colaboradores. Houve, inclusive, pessoas que passaram para os quadros a meio do surto. Tivemos algum sangue-frio para percebermos que isto iria passar e que os eventos iriam regressar. Quando a economia abriu, nós estávamos preparados e com capacidade de resposta, ao contrário de outras empresas que tinham diminuído muito as equipas”, sublinha.

A operação da Niu em Espanha, alavancada a partir de 2006, acaba, todavia, por ser afetada pelo surto viral que confinou o mundo. “A pandemia obrigou-nos a focar no mercado nacional e a suspender o processo de expansão em território espanhol. Estamos, neste momento, em negociações com um grande grupo para o retomar, mas nesta fase ainda não posso adiantar mais informação”, admite Nuno Santana.

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New in Town regressa à CNN Portugal com Sara Sousa Pinto na apresentação

Sara Sousa Pinto é a nova apresentadora de New in Town. O programa produzido pela NiT regressa à antena da CNN Portugal no próximo sábado, 18 de maio. Os vídeos do formato são disponibilizados na plataforma NiTtv e nas redes sociais da marca da MadMen

O programa New in Town, produzido pela NiT, regressa à antena da CNN Portugal, no dia 18 de maio, sábado, com Sara Sousa Pinto na apresentação, confirmou ao M&P Jaime Martins Alberto, diretor-geral da MadMen, empresa que detém a marca. Para além da antiga pivô de Esta Manhã, programa matinal diário da TVI que foi suspenso no início do ano, a versão televisiva da publicação digital de lifestyle conta com a participação de Sara Ribeiro, Marcos Pinto e Miguel Lambertini.

“O desafio da NiT é diferente porque não é em direto. Acabo por ter um papel diferente e a oportunidade de crescer na área do lifestyle. Vou ter uma linguagem diferente e isto acaba por me desafiar”, afirmou Sara Sousa Pinto nas primeiras declarações públicas que fez sobre o projeto, em entrevista à NiT. Também disponíveis na plataforma NiTtv e nas redes sociais da NiT, YouTube e Instagram, os vídeos do programa New in Town integram um código QR que remete para o site da NiT.

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