DECO: Acções de promoção das lojas de electrodomésticos e informática não valem a pena
Após as campanhas promocionais, 43% dos equipamentos mantinham o preço divulgado no folheto e 12% estavam até mais baratos.
Rui Oliveira Marques
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“Não se iluda com os folhetos das lojas”, alerta a DECO depois de avaliar 41 campanhas promocionais de 10 cadeias de lojas de electrodomésticos, equipamento electrónico e material informático. O estudo detectou que logo no início destas campanhas, dos 852 equipamentos analisados, 4% não podiam ser comprados porque não se encontravam disponíveis, nem por encomenda. À medida que as campanhas se iam aproximando do fim, as falhas foram aumentando até aos 6%, no entanto, em certas lojas destas cadeias mais de um quinto dos produtos não podiam ser adquiridos.
Uma semana após o período promocional, 90% dos produtos ainda estavam à venda e, em 80 por cento dos casos, continuavam em exposição. O dado mais relevante está no factor preço. Após a campanha, 43% dos equipamentos mantinham o preço divulgado no folheto e 12% estavam até mais baratos. Em 45% dos casos o preço era agora superior. “Se a maioria dos produtos continua disponível fora da campanha e a a um preço, senão inferior, pelo menos, igual, podemos concluir que estas acções promocionais, muitas vezes, não são mais do que estratégias desenhadas para atrair o consumidor”, alerta a DECO. Rádio Popular (Santarém), Staples (Santarém) e Worten (Rio de Mouro) foram as lojas que obtiveram a pior classificação neste estudo. Já as Box (Coimbra, Faro e Famalicão), Cofnroma (CascaiShopping), Fnac (Viseu), Media Markt (Leiria), Rádio Popular (Famalicão) e Vobis (NorteShopping) obtiveram a classificação mais alta: muito bom. Datava de 2008 a última análise da DECO a este tipo de acções de marketing.