Revista criada por dois jovens portugueses é vendida nos quatro cantos do mundo
DSection Magazine foi criada “porque não havia em Portugal nenhuma plataforma online que falasse de moda e tendência para homens”.
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Dois jovens portugueses criaram há um ano uma revista online dedicada à moda masculina que hoje existe também em papel e é vendida em bancas nos quatro cantos do mundo. Filipe Fangueiro, de 26, jornalista, e Paulo Meixedo, 22 anos, designer de comunicação, são do Norte, mas foi em Lisboa que se conheceram e idealizaram, em Janeiro de 2011, a DSection Magazine, “porque não havia em Portugal nenhuma plataforma online que falasse de moda e tendência para homens”, contaram à Agência Lusa. Filipe já trabalhou para vários órgãos de comunicação social, sempre de forma precária, e Paulo estagiou na Zoot Magazine, uma revista de moda alemã sediada em Portugal. Hoje, dedicam-se ambos a 100% à DSection, que ganhou a forma de uma revista digital em Março do ano passado. Nessa altura, os textos eram todos escritos em português. Depois, “começou a haver gente a dizer que gostava muito do que púnhamos, da fotografia, mas não percebia o que escrevíamos. Como a Internet é um mundo, começámos a escrever em inglês e aí começámos a ter muito mais pessoas a seguirem-nos”, contaram.
Os e-mails que recebiam dos leitores a perguntar onde poderiam adquirir a revista em papel fizeram perceber “que havia um público a explorar”, tanto em Portugal, “sendo os primeiros a fazer uma revista de moda totalmente masculina”, como lá fora. A ideia começou a ganhar força e um encontro casual numa rua de Paris, França, em maio de 2011, deu-lhes fôlego. “Cruzámo-nos na rua com o Nicola Formichetti, diretor criativo da cantora Lady Gaga e da marca de moda Thierry Mugler. Reconhecemo-lo e fomos ter com ele, dissemos que gostávamos muito do trabalho dele, falámos no nosso portal. Ele viu-o e disse que queria ajudar-nos de alguma forma”, recordaram. Nesse instante decidiram que, se a revista passasse a existir em papel, Nicola Formichetti seria “a capa do primeiro número” e o “impulsionador” da publicação, “tanto em Portugal como no estrangeiro”.
E assim aconteceu: “Começámos a trabalhar num revista em papel com a ajuda dele e a direcção artística dele e isso ajudou a impulsionar-nos e a criarmos raízes no mercado estrangeiro”, explicaram. Em Setembro chegou às bancas o primeiro número, com uma periodicidade bimestral e uma tiragem de dez mil exemplares, divididos de igual forma nos países onde está à venda. Em Portugal, a revista está à venda apenas no Porto e em Lisboa. Lá fora, estão “em quatro continentes, apenas África fica de fora”. A revista pode ser comprada, entre outros, em Hong Kong (China), Londres, (Reino Unido), Milão (Itália), Madrid e Barcelona (Espanha), Paris, (França), Rio de Janeiro, (Brasil), Estocolmo (Suécia), Seul (Coreia do Sul), Nova Iorque e São Francisco (Estados Unidos), Tóquio (Japão) e Sidney (Austrália).
Filipe e Paulo admitem “que não foi fácil”, porque “é um projecto que demora a arrancar”. “Tivemos a sorte de termos alguns grandes nomes de início, o que nos impulsionou, porque determinados mercados da moda conhecem esses nomes e querem tê-los à venda nos seus países. Não foi fácil, mas conseguimos criar algum mercado lá fora e isso é o que nos interessa neste momento”, disseram. A revista é “totalmente feita em Portugal: impressa, desenhada e pensada”, depois o número total das revistas é exportado para Paris e “daí vai para todos os cantos do mundo”. O projecto foi lançado com “capitais pessoais”. Entretanto foram surgindo os contratos de publicidade. No início, tratavam os dois de tudo. Hoje, com colaboradores (jornalistas, fotógrafos, maquilhadores, ‘stylists’, manequins), a equipa ronda as 50 pessoas. “Não temos instalações fixas, pelo menos para já. Trabalhamos onde queremos”, referiram. Filipe e Paulo arriscaram: “Sonhar não custa e nós sonhámos e conseguimos criar algo de diferente e estamos a batalhar por isso”. (Lusa)