RTP: Provedor diz que não há provas de interferência do Governo na informação da estação
O provedor do Telespectador da RTP considera não haver elementos que mostrem a existência de interferências do Governo ou de grupos de interesse na informação da estação pública, segundo o relatório anual ontem divulgado.
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O provedor do Telespectador da RTP considera não haver elementos que mostrem a existência de interferências do Governo ou de grupos de interesse na informação da estação pública, segundo o relatório anual ontem divulgado.
“Como provedor, não tenho quaisquer elementos internos para constatar a interferência direta do Governo ou de outros grupos de interesse na informação produzida pela RTP”, afirma Paquete de Oliveira no seu relatório anual.
No entanto, admite, a informação da RTP enfrenta uma permanente acusação de “carácter genético: a informação serve o patrão. O patrão é o Estado. O Estado é o Governo que está em funções”.
Uma situação que leva o provedor a recomendar à direcção de Informação a definição “urgente” de regras de critério editorial, “divulgando insistentemente o seu conteúdo”.
Por outro lado, Paquete de Oliveira considera que os portugueses mostram “um elevado grau de aceitação e confiança” na informação da estação pública, já que o “Telejornal” é “campeão de audiências”.
Em relação à programação, o relatório adianta que os relatos e comentários ao futebol e o alinhamento dos programas são os temas que mais críticas suscitaram nos últimos 4 anos.
De acordo com a avaliação de Paquete de Oliveira, cujo mandato como provedor da RTP termina este ano, o desporto foi tema com maior número de críticas, sendo que 90 por cento destas se referiam concretamente ao futebol.
O provedor adianta, no entanto, dar “algum desconto” a estas críticas já que a grande maioria reflecte a posição clubista dos telespectadores, discordando dos comentadores ou relatores desportivo.
O segundo maior tema na lista de críticas é a ordenação da grelha de programação, nomeadamente a hora tardia do fecho do programa “Prós e Contras” (01:00) e da exibição de filmes ou programas culturais de serviço público, que passam normalmente depois da meia-noite.
“Nos primeiros anos, as recriminações incidiam sobre os horários, agora é mais sobre os conteúdos”, refere o provedor no relatório hoje divulgado, exemplificando com o desfavorecimento ou a ausência de programas culturais como teatro, musica erudita, ballet, artes plásticas ou literatura.
Embora a maior parte das mensagens enviadas ao provedor sejam críticas, também há elogios. É o caso “destacadíssimo” das mensagens sobre a série “Conta-me como Foi”, mas também da série “Pai à Força”.
(Lusa)