I-COM: Pregar à congregação
Quatro mil milhões de telefones móveis no mundo e 3.9 mil milhões de utilizadores. Estes foram alguns dos números trazidos ao encontro mundial do I-COM pelo moderador do debate Mobile Media Measurement Revisited: From Hype to Reality, Peter Johnson, VP research & strategy da MMA, Estados Unidos.
Ana Marcela
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Quatro mil milhões de telefones móveis no mundo e 3.9 mil milhões de utilizadores. Estes foram alguns dos números trazidos ao encontro mundial do I-COM pelo moderador do debate Mobile Media Measurement Revisited: From Hype to Reality, Peter Johnson, VP research & strategy da MMA, Estados Unidos. Se os números justificam o entusiasmo em torno desta plataforma, com o que tem de potencial contacto com os consumidores pelas marcas, a verdade é que, recorda o responsável, os números do mobile são no mínimo pouco claros e quando um volume crescente da publicidade das marcas é dirigida para estas plataformas, é um problema que precisa de ser resolvido.
Do Reino Unido veio a experiência do GSMA, organismo que representa os interesses da comunidade mobile em mais de 291 países, reunindo mais de 800 operadores e mais de 200 empresas ligadas a este universo, inclusive fabricantes de terminais móveis, empresas de software, entre outras. Henry Stevens, director of media & entertainment da GSMA, relembrou que a medição é essencial para o desenvolvimento da indústria, já que “se medirmos irá crescer de forma mais rápida e rica”. Encontrar uma moeda de medição comum para a indústria é o grande desafio, sobretudo, quando os dados eram reserva de cada operador, mas também o que medir. Na Orange, explica Laurent Geffroy, digital marketing director da Orange francesa, procura-se, entre outros dados, obter informação sobre o número de utilizadores que acedem aos serviços, os aparelhos que são usados, as aplicações que usam e quanto tempo gastam nessas aplicações. Uma monitorização dos dados que os levou inclusive, revela quando questionado sobre o assunto pela plateia, a trabalhar directamente com os fabricantes de modo a “monitorizar cada log” que o utilizador faça. “Não posso dizer mais nada sobre isso”, afirma. Mas, de acordo com Henry Stevens, os próprios fabricantes estão interessados nessa colaboração, já que “permitir a monitorização por terminal tem um grande interesse para os fabricantes”.
Os números que o responsável da GSMA trouxe ao encontro ajudam a explicar este interesse. Afinal, os chamados smartphones mostram que estes terminais estão a contribuir de forma decisiva para o crescimento do consumo de internet móvel “mais do que qualquer outro aparelho”. Mais, os números indiciam que o terminais móveis estão a ser a plataforma preferida para a utilização das redes sociais. “As redes sociais estão a dominar a internet móvel”, com “maiores visualizações no mobile do que nos desktops”. Para Henry Stevens a medição do mobile poderia beneficiar em muito com uma abordagem dos sistemas híbridos, em síntese, sistemas que reúnem informação oriunda das ‘máquinas’ conjugando-a com a de painéis de consumidores. A questão parece ser, como a discussão do painel anterior sobre este tema parece concluir, que a própria indústria se debate com alguma dificuldade em aceitar um sistema de monitorização único. “Está a dizer-me que o Yahoo! Terá de trabalhar com vocês três isoladamente?”, questionava Laura Chaibi, director of search EMEA, do Yahoo! Reino Unido aos três fornecedores de sistemas de medição do painel. “Sim”, foi a resposta.