Red Bull rejeita impacto negativo por mudança de localização da Air Race
“Não faz sentido pensarmos em qualquer impacto negativo” na imagem da Red Bull, após a confirmação de que a prova Air Race iria mudar-se para Lisboa, considera André de Carvalho, […]
Rui Oliveira Marques
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“Não faz sentido pensarmos em qualquer impacto negativo” na imagem da Red Bull, após a confirmação de que a prova Air Race iria mudar-se para Lisboa, considera André de Carvalho, director de marketing da Red Bull Portugal. Ao M&P, o responsável explica as razões que levaram à instalação da competição em Lisboa e comenta o impacto dos grupos que, no Facebook, apelam ao boicote da marca agendada para Setembro.
Meios & Publicidade (M&P): O que levou a Red Bull a transferir a Air Race para Lisboa?
André de Carvalho (AC): Foi celebrado um acordo com diversas entidades nacionais (Governo, Câmara Municipal do Porto, Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, etc) para realização de uma etapa sobre o Douro durante três anos: 2007, 2008 e 2009. O acordo foi cumprido e todas as etapas portuguesas da Red Bull Air Race foram um sucesso a todos os níveis, nomeadamente, em termos televisivos, onde as imagens dos eventos em Portugal foram transmitidos em mais de 130 países; em termos de número de espectadores que presenciaram os eventos ao vivo, com a presença de aproximadamente um milhão de espectadores por ano nas margens do Douro. Os resultados dos eventos que decorreram em Portugal fizeram da Red Bull Air Race o maior evento desportivo de um só dia/fim-de-semana que alguma vez aconteceram em Portugal, onde as cidades do Porto e de Gaia desempenharam, nos últimos anos, um papel fundamental no desenvolvimento do desporto, proporcionando uma localização da corrida fantástica.
M&P: O que mudou então?
AC: A Red Bull Air Race World Championship tem registado um crescimento recorde como um desporto global. Em 2009, 3,5 milhões de espectadores assistiram ao vivo às corridas e mais de 300 milhões fizeram-no através das transmissões televisivas efectuadas a nível planetário. Com um crescimento nunca visto ao nível dos desportos motorizados, a Red Bull Air Race World Championship não tem parado de evoluir. No sentido de manter este mesmo sucesso no futuro e a sustentabilidade do próprio desporto é exigida alguma flexibilidade na escolha das localizações da corrida. Dentro da dinâmica natural de desenvolvimento do desporto (evolução do traçado, da potência e velocidade dos aviões, novos pilotos e novas manobras), a Red Bull Air Race GmbH está, por várias razões, constantemente a avaliar novas localizações. Era por isso necessário alterar a localização da corrida de forma a manter a Red Bull Air Race em Portugal. Lisboa tem para oferecer uma área para a corrida completamente diferente, com um amplo espaço no estuário do Tejo que permitirá proporcionar aos pilotos um traçado extremamente exigente, de acordo com as últimas evoluções do desporto. A configuração do traçado em Lisboa irá também permitir continuar a receber confortavelmente, além de inúmeros jornalistas internacionais, o muito público que faz da Red Bull Air Race a mais participada de todas as disciplinas dos desportos motorizados.
M&P: No Facebook existem vários grupos que apelam ao boicote à Red Bull. Existem alguns dados que indiquem que as vendas da marca foram prejudicadas no Porto e no Norte do país, depois da saída da prova da Air Race do Porto?
AC: É compreensível que haja pessoas a preferir que a Red Bull Air Race se mantivesse no mesmo local, no entanto, acreditamos que os consumidores de Red Bull compreenderam a razão da mudança e que estarão presentes na quarta edição da Red Bull Air Race em Portugal, tornando-a em mais um sucesso no nosso país Acreditamos também que os nossos consumidores se mantêm fiéis à nossa marca e os dados que temos confirmam-no.
M&P: A marca tomou alguma medida de forma a prevenir algum impacto negativo nas vendas no Norte?
AC: Acreditamos que os nossos consumidores são informados e que necessitam da energia extra que Red Bull oferece, pelo que não faz sentido pensarmos em qualquer impacto negativo.
M&P: Para ter uma ideia, desde que a prova se instalou no Porto, qual foi a evolução das vendas no Norte do país? Agora que a prova vem para Lisboa, que expectativas é que têm quanto ao desempenho da marca nesta região?
AC: Desde que a Red Bull Air Race decorre em Portugal que o nosso crescimento se mantém nos dois dígitos. Não só no Norte de Portugal mas em todo o país.
M&P: Está prevista alguma iniciativa que, de alguma forma, ajude a reconstruir a imagem da marca junto da população do Norte?
AC: Os nossos consumidores são informados e que necessitam de energia extra que lhes damos, pelo que não faz sentido pensarmos em reconstrução de imagem. A construção de imagem de marca é uma constante para a Red Bull, sendo que a Red Bull está sempre a inovar e a tentar implementar projectos criativos para os consumidores que demonstrem a personalidade da marca. Esse objectivo mantém-se.