Congresso APDC: a aposta do futuro passa por conteúdos multiplaforma
Disponibilizar conteúdos na internet, nos telemóveis e nos meios tradicionais (tv, rádio e imprensa) é a aposta que a maioria dos players nacionais ligados aos conteúdos na internet pretende fazer […]
Filipe Gil
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Disponibilizar conteúdos na internet, nos telemóveis e nos meios tradicionais (tv, rádio e imprensa) é a aposta que a maioria dos players nacionais ligados aos conteúdos na internet pretende fazer no futuro próximo. Esta foi uma das conclusões do painel temático “À conquista da web: quais as novas fronteiras” que decorreu ontem à tarde no Congresso da Associação Portuguesa do Desenvolvimento das Comunicações (APDC). O painel, composto por Celso Martinho (Sapo/PT Inovação), Inês Valadas (IOL/Media Capital), Jorge Santos (Clix/Sonaecom), Miguel Caldas (Microsoft), Paulo Barreto (Google Portugal) e Pedro Casqueiro (AEIOU/Impresa Digital), e moderado por Pedro Morais Leitão (APDC), revelou algumas das estratégias destas empresas para a internet.
Jorge Santos, da Sonaecom, indicou que o futuro dos conteúdos da web irá passar pela aposta nas áreas que actualmente mais estão a crescer , ou seja a internet móvel: “os conteúdos online estão a crescer cada vez mais e vamos alavancar esses serviços com as redes sociais para captar mais público. Para além disso estamos a apostar nos micro-sites com ambientes gerados pelos clientes.”
De acordo com Inês Valadas a aposta está também em estender os conteúdos a outras plataformas que não apenas a internet passando para outros conteúdos menos virtuais, como são o caso dos concertos do MySpace – marca gerida pela Media Capital em Portugal. “Através da internet e de outros meios, como a rádio e os jornais, conseguimos promover um concerto de uma rede social”.
Paulo Barreto, responsável pela Google Portugal, indicou que o Google tem tido um crescimento “espectacular nas sua receitas na web apesar os tempos de crise económica”. Sobre a estratégia de futuro, Barreto indicou que esta segue os parametros internacionais indicando que irá haver uma maior aposta na publicidade conseguida através da internet nos telemóveis e ainda na internet na televisão. Segundo o mesmo responsável dentro de três anos 30% do acesso à internet será feito através da televisão.
Já Miguel Caldas, da Microsoft, referiu os exemplos onde a empresa gerida por Steve Balmer está presente, sobretudo nos suportes de angariação de publicidade como as janelas do messenger e nos jogos da X-Box e para PC. Caldas referiu ainda que estão a preparar a entrada na publicidade mobile e numa nova área de consumer online, para além de estarem a estudar muitas outras áreas.
Pedro Casqueiro, da Impresa Digital, indicou que a estratégia da Imprensa é claramente na aposta nas marcas, “a nossa oferta já passa pela multiplataforma, como o Expresso que tem papel, móvel e televisão” e indicou que o vídeo terá, em breve, uma componente muito forte nas receitas de publicidade.
O futuro do papel
Jorge Santos, da Soneacom, acredita que as pessoas que actualmente estão habituadas a vender publicidade no papel têm de ter um processo de aprendizagem para vender online. Na sua empresa 13% da receita são adquiridas no online por pessoas que anteriormente trabalhavam o papel. Sobre o futuro do papel, acredita que este vai sobreviver apesar da sua circulação diminuir pois os conteúdos estarão cada vez mais na internet. A finalizar a sessão Paulo Barreto indicou que a Google está a preparar, em conjunto com marcas fabricantes de computadores, o lançamento de um computador com o sistema operativo da Google, o Chrome OS, especialmente preparado para a navegação na internet.
Sublinhou ainda que o digital irá, sem dúvida, roubar a audiência a outros meios e referiu ainda que no estado da Califórnia há jornais que deixaram de ser publicados em papel durante a semana, passado para o online, “Vai haver uma transição para o online que irá começar já em 2010”.