TSF reestrutura grelha e aposta em conferências como área de negócio
A TSF quer entrar na organização de seminários e conferência este ano, como forma de tentar aumentar as receitas da estação. A intenção da rádio do grupo Controlinveste foi comunicada ao conselho de redacção e faz parte de um número de decisões para 2009 espelhados no comunicado deste órgão a que o M&P teve acesso.

Ana Marcela
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A TSF quer entrar na organização de seminários e conferência este ano, como forma de tentar aumentar as receitas da estação. A intenção da rádio do grupo Controlinveste foi comunicada ao conselho de redacção e faz parte de um número de decisões para 2009 espelhados no comunicado deste órgão a que o M&P teve acesso. Contactado pelo M&P Paulo Baldaia explicou que “três a quatro conferências anuais” é o objectivo da estação, que para isso irá recorrer às sinergias de grupo, responde quando questionado sobre se iria criar uma estrutura interna para o efeito. Obter com esta área uma nova fonte de receitas para a rádio está nos objectivos, como admite o director. “Queremos comunicar e tornar mais rentável a estação”, diz, preferindo não revelar os objectivos de receita para esta nova área.
A decisão surge numa altura em que a TSF, que não foi afectada pelo processo de despedimento colectivo a decorrer no grupo Controlinveste, está a operar cortes ao nível de colaboradores externos e correspondentes, levando ao cancelamento de prémios de produtividade, entre outras medidas. Medidas que Paulo Baldaia justifica como “gestão normal de empresa”, num contexto de crise económica, onde se corta “tudo o que é colaboradores que não afectem o normal funcionamento da empresa”. “A TSF tem um compromisso com a administração do grupo de, perante a prevista descida das receitas, também reduzir significativamente os custos para que a empresa continue rentável”, justifica o responsável da estação.
Na grelha também se perspectivam mudanças, querendo a direcção reforçar programas extra-noticiários “com maior potencial comercial”, como é descrito no comunicado do conselho de redacção. Paulo Baldaia confirma essa intenção, frisando que com esses programas, pretende-se “reforçar a utilidade” da antena da estação para os ouvintes e anunciantes, relembrando que programas com estas características já fazem parte do histórico da estação, dando como exemplo formatos como o Made in Portugal, Ecoponto ou Clínica Geral. Paulo Baldaia considera que este tipo de programas não irá criar confusão com os de informação junto ao ouvinte, afirmando que os espaços noticiosos da estação “são sagrados”. No final deste mês, o programa Linha da Frente, fora de grelha desde Janeiro, será substituído “por um frente a frente de personalidades políticas de relevo”, que o responsável preferiu não revelar, sendo também por essa altura que chegará ao fim A Idade da Inocência, de Margarida Pinto Correia e Luís Ferreira de Almeida, sendo substituído “por um programa de autor feito por animadores da TSF”. O programa de humor de Maria Rueff e Ana Bola também poderá chegar ao fim na antena da estação. “Não está decidido”, diz o director. “Se interromper é apenas um intervalo”, acrescenta.