SIC convida à rescisão
1,75 de ordenado por ano de trabalho, com um máximo de 200 mil euros, mais dois meses de ordenado são as condições que a comissão executiva da SIC está a […]
Ana Marcela
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1,75 de ordenado por ano de trabalho, com um máximo de 200 mil euros, mais dois meses de ordenado são as condições que a comissão executiva da SIC está a oferecer aos trabalhadores do grupo que aceitem rescindir os seus contratos de trabalho. SIC, Lisboa TV, GMTS, SIC Online, iPlay, Dialectus, Gestão de Direitos e Terra do Nunca são as empresas englobadas nesta proposta do grupo de trabalho SIC 2009, formado por Luís Marques (recém-nomeado director-geral), Ricardo Costa (chief operating officer), Susana Rangel (controler), Filipe Toulson (director financeiro) e João Pedro Guimarães (director de recursos humanos), afectando jornalistas, repórteres de imagem, técnicos e pessoal administrativo e da área de serviços, perfazendo um universo de mais de 600 trabalhadores.O programa, que tem como objectivo “adequar a estrutura de custos da SIC à realidade actual do negócio”, dá até 5 de Dezembro para os trabalhadores aderirem ao programa, concretizando-se as saídas, após aprovação pela Comissão Executiva, até ao final do ano.
A decisão surge no mês em que se assinala seis anos sobre o último programa de rescisão amigável levado a cabo pela holding na área de televisão, depois em Novembro de 2002 Francisco Pinto Balsemão também ter convidado os quadros do grupo SIC a rescindir amigavelmente os seus contratos. Na época a SIC pretendia diminuir em cinco milhões de euros o orçamento de 2003, sendo a rescisão com os trabalhadores encarada como um passo nesse sentido. Não são conhecidos objectivos financeiros de poupança com esta mais recente decisão, nem um total de trabalhadores necessário para atingir o mesmo. Todavia, é público que a estação de Carnaxide está a implementar uma política de contenção de custos, tendo os responsáveis levado a cabo de uma descida dos custos de programação de 8,2% durante o terceiro trimestre e uma descida de 1% de Janeiro a Setembro, segundo os dados do relatório e contas do grupo. Os lucros da área de negócio de televisão sofreram igualmente uma quebra de 42,6% nos primeiros nove meses deste ano, fechando a área de televisão com lucros de 10,7 milhões de euros e o último trimestre com prejuízos de 1,6 milhões.