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” A ambição do Sexta é ser o maior jornal nacional”

O novo lançamento fruto da parceria entre a Sonaecom e a Sociedade Vicra Desportiva não pretende ser apenas mais um gratuito, mas sim “o maior jornal nacional”. Em entrevista ao […]

Maria João Morais
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” A ambição do Sexta é ser o maior jornal nacional”

O novo lançamento fruto da parceria entre a Sonaecom e a Sociedade Vicra Desportiva não pretende ser apenas mais um gratuito, mas sim “o maior jornal nacional”. Em entrevista ao […]

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Maria João Morais
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O novo lançamento fruto da parceria entre a Sonaecom e a Sociedade Vicra Desportiva não pretende ser apenas mais um gratuito, mas sim “o maior jornal nacional”. Em entrevista ao M&P, Hugo Figueiredo, presidente da Público SA,

revelou os contornos e as expectativas para o projecto, falou sobre a vontade de crescimento do grupo na área dos media e analisou o desempenho do Público, sete meses após a reformulação

Osemanário gratuito Sexta, que estará nas ruas em meados de Outubro, arranca como o jornal com maior tiragem nacional (350 mil exemplares) e pretende no futuro disputar a liderança de audiências. O responsável do Público espera obter resultados positivos no primeiro ano e que estes se reflictam no desempenho do diário, cuja reformulação parece não estar a gerar os resultados esperados.

Meios&Publicidade (M&P): Porquê a opção de lançar um semanário gratuito?

Hugo Figueiredo (H.F): Os semanários em Portugal têm uma oportunidade única na Europa. Achámos que existia uma oportunidade de fazer um jornal diferente dentro do segmento dos semanários e surgiu a ideia de fazer um gratuito semanário, uma vez que ainda não existe, é espaço virgem. Um semanário pago não faria sentido até porque surgiu o Sol há pouco tempo e parece ser difícil haver lugar para mais do que dois semanários pagos em Portugal. A lógica é a das audiências e a nossa ambição é ser o maior jornal nacional, com 350 mil exemplares, que é quase o dobro do número dois. Só é possível arrancar com essa ambição numa lógica de distribuição gratuita.

M&P: Não estará o segmento dos gratuitos a atingir o limite?

HF: Os gratuitos não são um segmento. São produtos editoriais que têm um modelo de distribuição diferente e pelo qual não se pede retribuição ao leitor. Os anunciantes procuram audiências e é nessa tentativa de criar modelos de distribuição de elevada audiência que surgem os gratuitos. Mas todos têm posicionamentos diferentes. Os leitores não identificam o segmento pelo facto de ser gratuito ou não. O que o facto de ser gratuito garante é a possibilidade de ter uma circulação e uma audiência muito mais abrangentes, com um risco superior porque não se tem o retorno da venda do jornal.

M&P: E o caso dos semanários?

HF: Esse já é um segmento porque tem uma lógica de consumo diferente. Nesse sentido somos um produto que de alguma forma também se posiciona como concorrente aos semanários. Não vou ter a arrogância, que outros tiveram, de dizer que vou construir um jornal de referência gratuito. O nosso jornal é popular, mas não popularucho. É um jornal para as massas, porque com uma tiragem como aquela que ambicionamos ter (350 mil) teria de ser assim.

M&P: Apesar da parceria, o target não será o mesmo do Público.

HF: Não. E também não é o da Bola. Identificámos o target, que achamos interessante para os anunciantes. Em termos de enfoque estamos a olhar mais para as classes A, B e C1, com mais enfoque em B e C1. Um público masculino e feminino; mais jovem: 18 – 34 anos, entre activos e estudantes.

M&P: Como será feita a gestão de um projecto resultante da parceria de dois grupos?

HF: Criámos um Agrupamento Complementar de Empresas (ACE), que é participado a 50/50 pelo Público e A Bola, e que vai ser a entidade jurídica dona do Sexta. Um pouco parecido com a imagem do consórcio, que reporta às duas casas mãe. Existirá um representante do Público, o mais provável é que seja eu, e um da Bola, provavelmente o engenheiro Arga e Lima, que representam as duas casas mãe e perante os quais a equipa reporta.

M&P: E como serão geridos os conteúdos provenientes do Público e do A Bola?

HF: Mais do que a pensar nos conteúdos do Público e de A Bola, a lógica é muito mais ao nível das competências. No Público temos vários suplementos com personalidades diferentes e o tipo de linguagem que o mesmo jornalista usa ao escrever para a Pública, para o primeiro caderno ou para o Ípsilon é completamente diferente. Portanto, nesse sentido o Sexta terá uma personalidade própria.

M&P: Os membros da equipa abandonam a actividade em cada jornal?

HF: Sim. São “emprestados” pelas casas mãe a este projecto, pois continuam a ser jornalistas do Público e de A Bola. Estamos a falar de seis pessoas mais uma secretária de redacção, incluindo os directores. Vão produzir exclusivamente para o Sexta e articular as colaborações quer internas quer externas.

M&P: Em termos de conteúdo em que é que o Sexta se diferencia? O número de páginas (32) é muito inferior ao dos restantes semanários.

HF: Os semanários têm uma leitura de fim-de-semana e nós temos a ambição de que saindo à sexta conseguiremos manter alguma penetração no sábado e domingo, devido à natureza dos conteúdos. Não é um jornal de notícias, aí aproximamo-nos mais das revistas. Ao contrário dos semanários que são muito virados para a análise da semana que passou, este será um jornal mais virado para a frente, com uma lógica de antecipação.

M&P: Arrancam com uma tiragem elevada. Será possível mantê-la?

HF: A intenção é manter e se o sucesso da audiência se espelhar nos números, podemos subir. Mas a publicidade tem de acompanhar.

M&P: E em relação à distribuição?

HF: Vamos arrancar como encarte no Público e na Bola, o que será pouco mais de metade da tiragem, e o restante será distribuído na rua em Lisboa e Porto.

M&P: A distribuição de rua não estará já com algum congestionamento?

HF: Eu acho que não. Mas temos outras ideias diferentes relativamente a isso que ainda não vou revelar. Acho que somos inovadores no facto de termos um semanário gratuito, fomos inovadores na dimensão e ambição do projecto e vamos ser inovadores na distribuição.

M&P: O encarte é para manter?

HF: Nós temos tido uma atitude pouco preconceituosa em relação a este projecto. Não tivemos preconceitos em colocar o jornal no Público e na Bola e não teremos preconceitos, se isso não resultar, de o retirar. Acho que o Sexta acrescenta valor à Bola e menos ao Público, mas não haverá repetição de temas, será feita essa gestão.

M&P: Qual foi o investimento aplicado neste título?

HF: Temos um investimento muito grande das equipas de gestão do Público e da Bola que andam há meses intensivamente a trabalhar neste projecto, mas é um investimento assumido por cada uma das empresas. Por isso, o nosso maior investimento vai ser colocar o jornal na rua. Temos um investimento em pessoas – que serão 10 ou 12 – dedicadas a este projecto entre jornalistas e comerciais. O resto vai ser apoiado nas equipas do Público e da Bola e essas equipas não vão cobrar nada ao projecto.

M&P: Isso em números…

HF: O nosso investimento neste projecto deve andar entre os 2 e os 2,5 milhões no primeiro ano.

M&P: Quando está previsto o break-even?

HF: A ambição da equipa é ter o break-even no primeiro ano. É uma grande ambição, mas não é impossível. Esta lógica dos custos controlados vai permitir isso. Digo que será possível obter o break-even no primeiro ano porque na realidade não estou a imputar os custos verdadeiros.

M&P: Em termos de formatos publicitários os gratuitos são apelativos também pela inovação, nomeadamente com o uso de capas falsas. Estarão disponíveis para isso?

HF: Sim. Chegou a altura de desaparecer esta noção um bocadinho primária de que os consumidores são tontos. Eles sabem perfeitamente o que é publicidade e o que é notícia e nós também sabemos quando é que há uma publicidade que está a tentar imitar uma notícia e podemos impedir isso.

M&P: O Público sempre esteve um pouco isolado no mercado por ser o único título do grupo. Este novo jornal poderá ajudá-lo em termos de posicionamento de negócio?

HF: Sim. Não é por acaso que este projecto surge em parceria entre o Público e A Bola. São provavelmente os únicos grandes projectos independentes de grupos de media e isso tem vantagens e muitas desvantagens. Nós tivemos a facilidade de criar uma relação de confiança mútua e de respeito entre o Público e A Bola por causa dos projectos industriais que temos em conjunto, e isso permitiu-nos começar a explorar a possibilidade de, sem juntar as empresas, conseguir usufruir de muitos dos benefícios que se tem quando se está dentro de um grupo e este projecto claramente resulta disso.

M&P: Juntar as empresas está fora de questão?

HF: Eu acho que o Público, A Bola e os projectos independentes devem olhar seriamente para oportunidades de criar sinergia e criar valor aproximando-se. A dimensão da aproximação por vezes pode não ser tão importante. Hoje em dia há processos muito fáceis de conseguir a maior parte dos benefícios sem ter alguns dos ónus. Principalmente quando se trata de accionistas diferentes e de dimensão diferente, habituados a ter na sua área uma capacidade de decisão forte. Quando se juntam, a decisão passa a ser partilhada e quem conhece a Sonae e a Vicra sabe que isso não é muito fácil de gerir.

M&P: A Sonaecom já manifestou interesse em alargar a presença nos media através de aquisições. Isso não poderá passar pela Sociedade Vicra Desportiva?

HF: Não me parece que esteja a ser equacionada qualquer aproximação entre a Sonae e a Vicra nesse sentido. Temos este projecto, está a correr bem na gestão do dia-a-dia e isso poderá no futuro dar origem a uma aproximação maior, eu acho que deveria. Só depende da vontade dos participantes e da confiança mútua. Provavelmente vai acontecer. Agora se levamos isso até às últimas consequências ou não depende também do sucesso destes projectos. Mas na minha opinião isso vai perder importância. Se a intenção de juntar é ganhar capacidade de fazer negócio, de gestão ou de criar sinergias, a maior parte desses sistemas é possível sem fazer a fusão das empresas. Eu acho que isso não vai estar em cima da mesa. Mas estaremos atentos a oportunidades de pessoas que queiram vender, o que não é o caso da Vicra, onde me parece que Arga e Lima não estaria disponível para vender e nós também não estamos a fazer aproximações nesse sentido. É mais fácil comprarmos alguém que queira vender.

M&P: E não faria sentido ter também um título económico nesta parceria?

HF: Há vários temas que fazem sentido. Se este projecto resultar é natural que surjam outros projectos noutras áreas. Que tipo ainda não sei dizer. A imprensa económica é um nicho de mercado e portanto é muito difícil criar uma posição quando o mercado já está dividido por três. Agora, pode ser que algum deles esteja para venda e isso já é diferente.

M&P: Porque não evoluíram as negociações com o Diário Económico?

HF: O DE tem passado de mãos com alguma frequência nos últimos anos e sempre que isso ocorre é natural que exista uma tentação do mercado para tentar perceber se é para ficar, porque esse grupo em Portugal tem uma presença um pouco coxa, relativamente a Espanha.

M&P: Eles próprios também já mostraram interesse em aumentar o portfólio em Portugal.

HF: Eu acho que a manutenção do status quo vai ser difícil. Eles ou vão crescer ou então vão ter que vender, mais tarde ou mais cedo. Isso já teria acontecido se não houvesse tantas mudanças de mãos. Numa lógica ibérica é mais difícil deixar ir Portugal porque é uma extensão natural do território espanhol em termos de mercado. Mas vamos estar a olhar atentos a oportunidades, essas e outras que possam entretanto surgir, porque o mandato que temos é de crescer. Vamos olhar para todas as oportunidades que surjam quer orgânicas quer de aquisição.

M&P: Fora das aquisições poderá surgir outro lançamento para além do Sexta?

HF: Acho que temos de ser realistas e avançar com os pés bem assentes na terra. Um de cada vez. Temos aqui um projecto com muita ambição. Este não é apenas mais um gratuito nem apenas mais um semanário. É o jornal de maior tiragem em Portugal e isso não é um pequeno projecto, é um projecto de ambição nacional. E nós queremos colocar todo o nosso esforço para fazer disto um sucesso.

M&P: Sete meses depois da reformulação, este é o Público que ambicionavam?

HF: Nunca é. Tivemos o primeiro período de afinação ao modelo, que está feito e agora é preciso dar um segundo salto relativamente aos processos internos de fazer o jornal, uma coisa menos visível para fora mas muito importante para nós. Mas estamos satisfeitos e os leitores também. Fizemos um estudo interno sobre a adesão dos leitores ao novo Público e os resultados foram francamente positivos. Cerca de 60% das pessoas acham que o jornal melhorou ou melhorou muito, 17% diz que está na mesma e 3% acham que piorou um bocadinho ou piorou. Também temos muito mais flexibilidade a nível comercial porque com um jornal todo a cores deixámos de ter aquelas limitações típicas dos jornais a preto e branco de não poderem ter publicidade naquele local porque não era uma página de cor.

M&P: João Porto dizia em Janeiro em entrevista ao M&P que um dos objectivos da reformulação o Público passaria por gerar mais retorno para os anunciantes.

H.F: O retorno para os anunciantes resulta da audiência, resulta do preço a que eles compram a publicidade no jornal e aí os anunciantes estão satisfeitos.

M&P: E quanto ao retorno para o Público? Segundo o último relatório e contas isso não está a acontecer.

HF: Para nós tem sido mais difícil. O mercado segmentou-se muito. A entrada dos gratuitos, aí sim, segmentou o mercado, porque é o mesmo bolo a dividir por mais gente e há muitas categorias e anunciantes que reduziram o seu investimento. Portanto estamos mais satisfeitos do ponto de vista da reacção dos leitores, do que estamos do ponto de vista do investimento dos anunciantes.

M&P: As vendas do jornal estão a corresponder às expectativas?

HF: Está a acontecer aquilo que acontece com todos os jornais que fizeram reformulações gráficas: um crescimento inicial e depois em regresso aos valores e à tendência que tinham anteriormente. Mas considero os valores positivos, principalmente devido ao aumento da concorrência que disputam o mesmo budget de leitura e de anunciantes.

M&P: Os dados do Público davam conta de uma subida nas vendas entre Janeiro e Junho na ordem dos 18%. Mas mesmo assim, isso não se reflectiu no Bareme.

HF: Estamos a falar de uma medição em que as pessoas dizem que fizeram, um comportamento que afirmam ter e que não podemos comprovar. Assumindo que ele é real, tem a ver com a sua própria dinâmica e está sempre influenciado por inúmeros factores. Basta haver uma campanha publicitária mais forte que esteja a decorrer nessa altura para haver mais pessoas interessadas em ver o jornal, o que não quer dizer que as pessoas comprem mais jornais. As vendas podem até estar a descer e o Bareme a subir e vice-versa.

M&P: No primeiro semestre deste ano, o Público controlou a quebra de resultados sobretudo devido à poupança com custos de pessoal e despesas gerais. Se as vendas não aumentarem de forma significativa, o que poderá ser feito para evitar a quebra?

HF: Nós temos projectos de crescimento no Público que passam por estratégias relativas à área da circulação e da publicidade. Um aspecto muito importante é este novo lançamento – um filho interno do Público – pois os resultados positivos do Sexta vão eventualmente reflectir-se também no Público. Passa a ser uma gestão de portfólio, pois a dependência de um único produto é muito difícil no mercado, principalmente quando há retracções. Não prevejo uma lógica de nova reestruturação, mas vamos sempre procurar eficiências e melhorias de processos que possam resultar em poupanças.

M&P: Mantém o objectivo de chegar ao final do ano com resultados positivos?

HF: Acho muito difícil. Seria preciso um milagre. Será muito difícil inverter essa situação no contexto de mercado actual.

M&P: Porque é que um jornal de referência como o Público apresenta consecutivamente resultados negativos?

HF: Não há país no mundo onde os jornais de referência não sejam relativamente pequenos quando comparados com os de mass market. É muito difícil pensar que se consegue fazer um jornal de referência, dirigido a um determinado tipo de classe, que tem uma quantidade de pessoas nessa classe social muito menor do que nas outras classes sociais e esperar que ele tenha o mesmo tipo de sucesso.

M&P: Mas chega a pessoas com um poder de compra superior.

HF: Sim, isso podia-nos levar a uma questão interessante sobre eventuais modelos futuros. Se um jornal de referência pode ser considerado um jornal de nicho, podemos pensar que não estamos no campeonato do preço, e que podemos cobrar 2,5 euros pelo jornal. Há muitas publicações de nicho que vivem com esse modelo, mas isso seria muito difícil porque não somos só lidos pelas classes A e B.

M&P: Poderão explorar outras formas de rendimento?

HF: É o que temos feito com todas as colecções de livros e filmes que temos lançado, que são uma fonte importante de rendimento.

M&P: Que estão também em quebra.

HF: Isso é completamente irrelevante. Estamos muito felizes com o nosso sucesso nessa área. Estamos certamente entre os mais bem sucedidos sobretudo ao nível da rentabilidade. Hoje em dia fazemos menos colecções e mesmo assim conseguimos manter o nível de facturação.O Público chegou a um ponto em que tinha mais de metade das vendas nesse tipo de produtividade. Era insustentável. De momento está dentro dos valores que nós achamos necessários, representa mais do que a parcela de venda do jornal.

M&P: Como perspectiva o futuro da imprensa paga face à crescente importância do online e dos novos suportes digitais?

HF: O que eu acho que vai acontecer, e já está a acontecer, é que o grande poder vem das marcas. A marca tem um determinado prestígio e posicionamento. Depois as pessoas vão aceder à marca em inúmeros suportes: ou circulação paga, ou gratuita, ou online, ou telemóvel, uns a pagar outros gratuitos, sendo que no final alguém paga sempre. Aí o importante é estar presente e o site do Público tem uma posição forte e queremos reforçá-la.

M&P: O site do Público é rentável?

HF: A nossa operação online é rentável. Há um ano que temos resultados positivos.

M&P: Em relação ao Público, há alguma meta para que alcançar resultados positivos?

HF: A nossa ambição é sempre conseguir o melhor resultado possível, mas este mercado tem sido difícil e prevemos que continue a ser.

M&P: Quanto tempo é que a Sonaecom está disposta a perder dinheiro com o Público?

HF: Tem que lhes perguntar a eles. Não temos nenhum prazo, mas poderemos ter a qualquer momento. É evidente que o Público exige um esforço grande pois raramente foi um projecto auto-sustentável. Mas o accionista tem continuado a reiterar a importância estratégica para o país, mais até do que para a própria Sonae, de ter um jornal como o Público.

Sobre o autorMaria João Morais

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Eurosport 2 transmite prova de ciclismo feminino espanhola em direto

O segundo canal da Eurosport exibe as oito etapas de transmissão de La Vuelta Feminina by Carrefour.es, seis delas em direto, entre os dias 28 de abril a 5 de maio. Skoda, Tissot, Yamaha, ElPozo, ScrubDesigns e Telefónica também patrocinam a competição

A Eurosport assegurou os direitos de transmissão de La Vuelta Feminina by Carrefour.es. A prova de ciclismo feminino espanhola, que se realiza entre 28 de abril a 5 de maio, arrancou em Valência com um contrarrelógio por equipas e termina em Valdesquí, nos arredores de Madrid. “Pelo meio, enfrenta algumas tiradas de media e de alta montanha que atravessam oito províncias espanholas”, informa o canal desportivo em comunicado.

“Entre as equipas participantes encontram-se 12 equipas do UCI WorldTour Feminino. A grande ausente é a tricampeã em título, a neerlandesa Annemiek van Vleuten, que se retirou devido a uma lesão. Demi Vollering, Katarzyna Niewiadoma, Elisa Longo Borghini, Juliette, Labous Charlotte Kool, Grace Brown, Ashleigh Moolman, Gaia Realini, Olivia Baril, Évita Muzic ou Liane Lippert são as principais estrelas desta edição”, refere o documento.

À exceção das duas últimas etapas da prova feminina, agendadas para 4 e 5 de mais, que serão exibidas em diferido na Eurosport 2 a partir das 16h45, todas as provas de La Vuelta Feminina by Carrefour.es serão transmitidas em direto. Entre 30 de abril e 3 de maio, o segundo canal da emissora mostra as ciclistas em ação a partir das 14h30. Skoda, Tissot, Yamaha, ElPozo, ScrubDesigns, Telefónica, Iryo, Transaher e Finisher também patrocinam a prova.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Agência Feedback põe clientes e colaboradores a protagonizar campanha do 10º aniversário da Brico Depôt (com vídeo)

O plano de meios, desenvolvido pela Spark Publicis, integra um filme promocional que está a ser divulgado, ao longo de quatro semanas, em canais de cabo e em plataformas digitais. Até ao final do ano, estão também previstos descontos e promoções

Protagonizada por clientes e colaboradores da Brico Depôt, a campanha publicitária, que assinala o 10º aniversário da marca, foi idealizada e produzida pela agência Feedback e tem planeamento de meios da Spark Publicis. O filme publicitário está a ser divulgado, ao longo de quatro semanas, em televisão, nos canais de cabo CNN, CMTV, SIC Notícias, Star Channel, Star Life, Star Movies e TVI Reality, além das plataformas digitais Opto, Rakuten, RTP Play, TVI Player e Samsung TV.

Agradecer aos clientes é o propósito da campanha, que acompanha uma estratégia de promoções, com descontos que podem chegar aos 45%. “A Brico Depôt irá lançar todos os dias 10 de cada mês, até ao final do ano, ofertas especiais para os clientes que façam parte do Brico Club e Brico Club Pro, mas também para os que se tornem novos membros, o que evidencia o compromisso da marca em oferecer valor e reconhecer a fidelidade dos seus clientes ao longo dos anos”, esclarece o retalhista.

“É um grande orgulho para nós celebrar este aniversário ao lado dos nossos clientes, que nos últimos 10 anos nos têm escolhido como loja de eleição. Desde sempre trabalhamos com o objetivo de apresentar a melhor oferta de produtos aos melhores preços e esta campanha reflete precisamente esse lema, uma celebração do compromisso e agradecimento que temos para com os nossos clientes, com oferta de preços exclusivos”, refere Marta Miguel, diretora de marketing da Brico Depôt.

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Betclic renova patrocínio às ligas masculina e feminina de basquetebol

A continuação do apoio da Betclic até 2027 foi anunciada durante a 3a edição dos Liga Betclic Awards, no domingo, 28 de abril, que premiou os melhores perfis da época 2023/2024 da Liga Betclic masculina e feminina

A Betclic reforçou o investimento em basquetebol, ao renovar por mais três anos o patrocínio às ligas masculina e feminina. O anúncio foi feito durante a 3a edição dos Liga Betclic Awards, no domingo, 28 de abril, que premiou os melhores perfis da época 2023/2024 da Liga Betclic masculina e feminina.

Para Ricardo Domingues, diretor de mercados internacionais da Betclic, “é um orgulho enorme poder continuar a contribuir ativamente para a promoção do basquetebol em Portugal – principalmente da forma que o fazemos, assegurando investimento igual para ambas as ligas masculina e feminina. Agradecemos profundamente a confiança da Federação Portuguesa de Basquetebol, com quem iremos continuar a trabalhar ativamente para dar a esta modalidade a excelência que merece”, refere em comunicado de imprensa.

Manuel Fernandes, presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol, realça, por seu lado, que “é muito gratificante poder continuar a contar com o apoio da Betclic na missão de elevar o basquetebol nacional. É um privilégio poder anunciar esta renovação de confiança da Federação Portuguesa de Basquetebol na Betclic neste evento tão importante que são os Liga Betclic Awards, onde estão reunidos todos os aqueles que dignificam a modalidade. O compromisso da Betclic com o basquetebol tem sido extraordinário e continuaremos a trabalhar juntos para alcançar cada vez mais objetivos”.

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TikTok antecipa-se à União Europeia e suspende funções de recompensa do TikTok Lite

Lançada discretamente no início de abril em Espanha e em França, a aplicação móvel, que pagava aos utilizadores para verem vídeos e convidar amigos, estava a ser investigada pela Comissão Europeia por desrespeitar a nova Lei dos Serviços Digitais

O TikTok antecipou-se à União Europeia (UE) e suspendeu as funções de recompensa do TikTok Lite em França e em Espanha, os países europeus onde estava presente. A 22 de abril, a Comissão Europeia (CE) anunciou a abertura de uma investigação à nova aplicação móvel do Tik Tok, que permite aos utilizadores com mais de 13 anos ganhar pontos por verem vídeos e convidarem amigos a descarregar a app. Perante a ameaça de proibição, o TikTok, que tinha até 26 de abril para se pronunciar, decidiu suspender temporariamente o serviço para evitar uma multa que poderia ir até 6% do volume de negócios global da empresa.

Lançado no início do mês na Europa, em Espanha e em França, o TikTok Lite, muito popular na Ásia, poderia render diariamente 3.600 moedas, o equivalente a €0,36 por dia. Face à dependência crescente dos utilizadores adolescentes, e temendo o seu agravamento com a possibilidade de ganharem €129,6 por ano, a CE instaurou um processo de averiguação para travar o TikTok, apesar de a empresa garantir que não tem intenção de lançar o serviço em mais nenhum país europeu nos próximos meses.

No entendimento da UE, por desrespeitar a Lei dos Serviços Digitais, em vigor em todas as plataformas digitais desde março, o TikTok Lite deveria ter sido submetido a aprovação antes de ser lançado, para que fossem avaliados potenciais riscos para os mais novos. Nas redes sociais, a empresa assumiu o incumprimento. “Como procuramos sempre ter interações construtivas com a CE e com os outros reguladores, suspendemos voluntariamente as funções de recompensa da app enquanto analisamos as preocupações que suscitaram”, esclarece o TikTok.

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Mafalda Campos Forte é a nova administradora executiva da Global Media

Licenciada em direito e mestranda em marketing e gestão de recursos humanos, na Universidade de Harvard, a nova administradora tem cerca de 10 anos de experiência em media e vai ficar responsável pelo departamento comercial. Anteriormente, Mafalda Campos Forte integrou a direção comercial do Observador e do ECO e, mais recentemente, foi responsável pela estratégia e negócios do grupo Media9

Mafalda Campos Forte foi nomeada administradora executiva da Global Media, com entrada em funções no início de maio, para ficar responsável pela administração do departamento comercial, notícia o +M. A entrada de Mafalda Campos Forte na administração da Global Media surge na sequência da saída de Rui Rodrigues, que em fevereiro tinha assumido o cargo de administrador executivo do grupo.

Licenciada em direito pela Universidade Nova de Lisboa, e mestranda em marketing e gestão de recursos humanos pela Universidade de Harvard, a nova administradora conta com cerca de 10 anos de experiência na área dos media. No seu percurso profissional Mafalda Campos Forte integrou a direção comercial do Observador e do ECO, tendo ingressado pela primeira vez na Global Media como responsável comercial do Dinheiro Vivo, assumindo, posteriormente, as mesmas funções no Público. Mais recentemente, a profissional foi responsável pela estratégia e negócios do grupo Media9.

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Terá a publicidade mais ousada um impacto maior no público?

Num mundo onde a concorrência é agressiva em praticamente todos os setores, as marcas procuram constantemente formas de se destacar e captar a atenção do seu público-alvo. Uma das maneiras […]

Num mundo onde a concorrência é agressiva em praticamente todos os setores, as marcas procuram constantemente formas de se destacar e captar a atenção do seu público-alvo. Uma das maneiras mais populares de anunciar é usando anúncios que desafiam as regras e às vezes chocam o público. Vamos explorar como essa abordagem tem sido adotada por marcas em diversos setores, incluindo as que apenas marcam presença no digital.

A Estratégia de Chocar para Captar Atenção

Empresas como a Benetton e a Diesel são conhecidas por suas campanhas publicitárias que frequentemente incorporam temas sociais provocativos e imagens chocantes. Essas campanhas visam não apenas atrair atenção rapidamente, mas também iniciar conversas e debates, posicionando as marcas como líderes de pensamento audaciosos. Este método pode ser particularmente eficaz numa era de grande quantidade de dados, onde captar a atenção do consumidor se tornou um grande desafio. A eficácia dessa abordagem reside na sua capacidade de gerar publicidade gratuita via redes sociais e cobertura da imprensa, ampliando o alcance da campanha original sem custos adicionais significativos. No entanto, há riscos associados, como possíveis reações negativas que podem afetar a perceção da marca a longo prazo.

Mais recentemente, marcas que à primeira vista não se relacionam, criaram uma parceria – Crocs e Pringles. Se o produto final funciona? No mínimo gera Buzz entre os consumidores e, por vezes, isso é o suficiente.

Aplicação no Setor de entretenimento online como os jogos

No setor de jogos online e apostas desportivas, a inovação na publicidade é crucial devido à intensa concorrência e à necessidade de se destacar num mercado saturado. Essas plataformas frequentemente empregam táticas semelhantes às da publicidade provocativa para chamar a atenção dos jogadores, desde campanhas publicitárias com celebridades até promessas de grandes recompensas.

Publicidade Visual e Temática Ousada: Jogos e plataformas de apostas como as apostas desportivas Betway tendem a usar gráficos vibrantes e temáticas audaciosas para atrair utilizadores. Essa estratégia não só capta a atenção rapidamente como também cria uma imagem de marca memorável que pode atrair repetidamente os jogadores.

Controvérsias Planeadas: Alguns jogos introduzem elementos controversos deliberadamente para gerar debates e atrair cobertura dos meios sociais. Este método pode aumentar significativamente o engajamento do utilizador e o tempo de permanência na plataforma.

Marketing de Influência: Utilizar influenciadores para promover jogos online e apostas pode ser uma forma de alcançar mais público. A associação com personalidades notáveis pode gerar buzz e conferir credibilidade à plataforma.

Considerações Éticas e Impacto a Longo Prazo

Embora a publicidade que choca possa ser eficaz a curto prazo, é crucial considerar os impactos a longo prazo na imagem da marca. Campanhas que dependem apenas deste fator  podem esquecer-se de segmentos do público ou tornar-se menos eficazes ao longo do.

Encontrar um equilíbrio na comunicação da marca é fundamental para captar e fidelizar o público-alvo.

Em resumo, enquanto a estratégia de utilizar publicidade que choca pode ser uma ferramenta poderosa para captar a atenção num mercado saturado, o seu uso deve ser equilibrado com considerações éticas e uma avaliação cuidadosa dos impactos a longo prazo na perceção da marca. No setor online, onde a inovação é constante, adaptar e temperar essa estratégia com responsabilidade pode ser a chave para o sucesso sustentável.

 

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Nova Expressão renova conta de media de €1,2 milhões com a Opticalia

A agência de meios liderada por Pedro Baltazar é responsável por toda a estratégia, planeamento, negociação e compra de espaço publicitário da Opticalia nos meios de comunicação, sendo que a gestão das redes sociais é feita internamente pela rede de óticas

Catarina Nunes

A Opticalia volta a entregar à Nova Expressão a conta de media, com um valor anual de €1,2 milhões e por um período de três anos, na sequência de uma consulta de mercado na qual participaram também as multinacionais Havas Media e Mediabrands.

“A Opticalia é uma marca espanhola e desde que veio para Portugal, em 2012, que trabalhamos com a Nova Expressão porque era parceira da agência com a qual trabalhamos em Espanha”, refere em declarações ao M&P Joana Correia, diretora de marketing e comunicação da Opticalia, justificando a opção pela Nova Expressão.

Um porta-voz da Nova Expressão avança ao M&P que a agência de meios liderada por Pedro Baltazar é responsável por toda a estratégia, planeamento, negociação e compra de espaço publicitário da Opticalia nos meios de comunicação, sendo que a gestão das redes sociais é feita internamente pela rede de óticas.

Com uma rede de 261 lojas no continente e nas ilhas dos Açores e da Madeira, a Opticalia opera em Portugal desde 2012 com uma comunicação disruptiva e promovendo os óculos como um acessório de moda. A Nova Expressão, por seu lado, é uma agência de meios a operar no mercado português desde 1994, independente de grupos de media ou de plataformas tecnológicas globais.

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Filipa Alves é a nova diretora criativa da Happy Brands

A publicitária vai liderar o departamento criativo da agência, onde terá de “garantir a entrega de soluções inovadoras e impactantes para os clientes”. Filipa Alves começou a carreira profissional na Sumo Publicidade e, mais recentemente, desempenhou funções como diretora criativa na Winicio

Filipa Alves acaba de assumir a direção criativa da agência de branding e design Happy Brands. A profissional fica responsável por liderar o departamento criativo da agência, onde terá de “garantir a entrega de soluções inovadoras e impactantes para os clientes”, adianta a agência em comunicado de imprensa.

Licenciada em design de comunicação pelo IADE, Faculdade de Design, Tecnologia e Comunicação, Filipa Alves começou a sua carreira profissional na Sumo Publicidade. Posteriormente colaborou durante vários anos como supervisora criativa na Havas Design+, e mais recentemente desempenhou funções como diretora criativa na Winicio.

“É uma oportunidade de trazer a minha experiência e paixão pelo design para um projeto no qual me identifico. Quero arriscar e elevar ainda mais a criatividade da agência. Quero inspirar e ser inspirada pela equipa”, adianta Filipa Alves em comunicado de imprensa.

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Receitas publicitárias da Meta crescem 26,8%

No primeiro trimestre do ano, Família de Apps da Meta (Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger) fatura mais 57,4% e aumenta em 20% as impressões de anúncios, enquanto o Reality Labs (hardware, software e conteúdos de realidade mista, virtual e aumentada) continua a dar prejuízo

Catarina Nunes

A Meta teve lucros de 12,36 mil milhões de dólares (€11,54 mil milhões) no primeiro trimestre de 2024, mais 117% do que no mesmo período em 2023. As receitas totais subiram 27% para 36,45 mil milhões de dólares (€34 mil milhões), em que a esmagadora maioria (35,63 mil milhões de dólares/€33,24 mil milhões) diz respeito à venda de espaço publicitário, que cresce 26,8% nos primeiros três meses do ano, segundo os dados divulgados pela Meta.

Em termos de resultados por segmentos, a Família de Apps da Meta (Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger) aumentou as receitas em 27,2%, para 36 mil milhões de dólares (€33,6 mil milhões) e as impressões de anúncios em 20%, enquanto a Reality Labs (hardware, software e conteúdos de realidade mista, virtual e aumentada) faturou 440 milhões de dólares (€410 milhões), mais 23% face ao período homólogo em 2023.

Em relação ao lucro gerado por cada uma destas operações, na Família de Apps sobe 57,44% e ascende a 17,66 mil milhões de dólares (€16,48 mil milhões), enquanto o Reality Labs deu um prejuízo de 3,84 mil milhões de dólares (€3,59 mil milhões), abaixo, no entanto, dos 3,99 mil milhões de dólares perdidos no primeiro trimestre de 2023. Em comunicado, a empresa de Mark Zuckerberg refere que “para a Reality Lab, continuamos a esperar que os prejuízos operacionais aumentem significativamente, devido aos nossos esforços em desenvolvimento de produto e aos investimentos para escalar mais o nosso ecossistema”.

Para o total do ano, a Meta prevê despesas a rondar os 96 e os 99 mil milhões de dólares, acima das previsões anteriores, “devido a custos superiores de infraestrutura”, refere a Meta em comunicado, que prevê igualmente um aumento das despesas de capital para entre 35 e 40 mil milhões de dólares, em relação à previsão anterior que se situava em torno dos 30 e dos 37 mil milhões de dólares. O motivo? Os investimentos em infraestrutura de suporte à inteligência artificial, em termos de pesquisa e desenvolvimento de produtos, que a Meta tem de continuar a fazer.

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Concurso europeu apoia novas tecnologias aplicadas aos media em Portugal

Podem candidatar-se ao Media Open Call Innovation Program, até 5 de maio, as empresas de media que procurem tecnologias de realidade virtual ou aumentada, inteligência artificial big data, Internet das Coisas, blockchain ou conectividade 5G

As empresas que quiserem ter uma nova tecnologia aplicada a meios de comunicação social, seja um jornal ou uma plataforma de entretenimento, podem concorrer, até 5 de maio, ao Media Open Call Innovation Program, promovido pelo consórcio Test Bed Aveiro Media Competence Center (AVCC), com a dotação de €2,5 milhões.

Test bed é o jargão para uma infraestrutura com capacidade tecnológica que permite às start-up e às PME’s testar tecnologias que, sem este suporte, não teriam capacidade para o fazer. No âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) foi criada uma rede nacional de test beds, para servir diferentes sectores de atividade.

O Parque Ciência e Inovação da Região de Aveiro (PCI) candidatou-se a este projeto europeu e lidera a criação em Portugal do único test bed dirigido especificamente às tecnologias de media. Além do PCI, a NOS, a Google e o Aveiro Media Competence Center fazem igualmente parte do consórcio.

Este concurso pretende apoiar projetos tecnológicos piloto para “ajudá-los a superar o já famoso ‘vale da morte’, uma fase entre a prototipagem e a entrada no mercado que é critica de ultrapassar, para permitir a sobrevivência de novos projetos tecnológicos”, explica João Moraes Palmeiro, responsável pelo projeto.

O concurso é dirigido a todas as empresas que queiram experimentar tecnologias nas áreas de realidade virtual ou aumentada, inteligência artificial big data, Internet das Coisas, blockchain ou conectividade 5G, aplicadas aos media. Segundo João Moraes Palmeiro, “é não só uma oportunidade única para testar novas tecnologias desenvolvidas especificamente para esta área, como também uma oportunidade excelente para testar, na área dos media, tecnologias que foram desenvolvidas para outras aplicações”.

Este test bed de media é o único existente a nível europeu nesta área e permitirá aos participantes o acesso a serviços e infraestruturas a preços mais baixos do que no mercado, o acesso a uma rede de parceiros e a serviços de aceleração de negócio e de produto. O apoio pode ser prestado ainda na fase de desenvolvimento tecnológico, na fase de pré-industrialização ou pré-comercialização, ou mesmo no desenvolvimento de estratégias de promoção. O que é pretendido é que as tecnologias apresentadas, através do acesso a esta infraestrutura, consigam dar o salto para o mercado.

Segundo João Moraes Palmeiro “há vantagens significativas em participar”. Os projetos terão à disposição uma infraestrutura multidisciplinar e serão financiados até 90%. Em acréscimo, poderão testar os seus pilotos junto de um importante conjunto de parceiros, como a Agência Lusa, Media Capital, Associação Portuguesa de Imprensa, bem como publicações como o Público, Observador e A Bola, entre outros.

O Aveiro Media Competence Center, do qual João Moraes Palmeiro é responsável, foi constituído em 2021 e é uma entidade participada pela Universidade de Aveiro, pelo Parque Tecnológico de Aveiro (PCI- Creative Science Park) e pela Associação Portuguesa de Imprensa.

A associação tem como objetivo agregar estruturas e conhecimento numa só plataforma, de modo a contribuir ativamente para a transição digital dos media na Europa. Por esta razão, para além da participação em projetos como o Media Open Call Innovation Program, de apoio à transição digital, a plataforma sediada em Aveiro desenvolveu também um repositório de informação sobre todos os apoios que existem para este propósito, a nível global.

Segundo João Moraes Palmeiro, o “objetivo é proporcionar informação e conhecimento, de modo que os media consigam fazer esta transição digital com sucesso”. E acrescenta: “Se existisse mais conhecimento nesta área no início do milénio, teria sido mais fácil para os media enfrentarem a transição digital”.

A associação, que pretende evoluir para uma figura de fundação, não tem dotação própria, funcionando com base no financiamento de projetos específicos por entidades públicas ou privadas. A União Europeia, a Google e a Meta atribuíram fundos aos projetos em curso. Para além deste projeto, o Aveiro Media Competence Center é parceiro do projeto YO-MEDIA, através de outro consórcio que inclui a italiana Università Cattolica del Sacro Cuore e a espanhola Catalâ Universitat de Vic – Central de Catalunya.

Tendo em consideração o contexto de sucessivas crises e guerras, este consórcio tem como objetivo trabalhar estratégias de gamificação, para ampliar a literacia mediática dos jovens. Mais informação sobre a AMCC e todos estes projetos aqui.

Sobre o autorCristina Dias Neves

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