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Para José Campos, director criativo da Strat Publicidade, enquanto os diversos players não souberem o que pretendem do mercado, Portugal não vai sair da segunda linha em termos de negócio […]

João Neves
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Para José Campos, director criativo da Strat Publicidade, enquanto os diversos players não souberem o que pretendem do mercado, Portugal não vai sair da segunda linha em termos de negócio […]

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Para José Campos, director criativo da Strat Publicidade, enquanto os diversos players não souberem o que pretendem do mercado, Portugal não vai sair da segunda linha em termos de negócio e de criatividadeA fragmentação da indústria da comunicação publicitária nacional, o exemplo argentino ao alcance das marcas e agências portuguesas e a necessidade de maior ambição e orgulho entre os profissionais são o mote para a entrevista concedida ao M&P por José Campos, director criativo da Strat Publicidade.

Meios & Publicidade (M&P): Estamos numa fase de redefinição da indústria publicitária portuguesa?
José Campos (JC): A questão é exactamente a indústria. É uma palavra que raramente discuto porque fico a pensar o que é que significa. Obviamente cada país tem a sua indústria de produção de comunicação – publicitária e das suas outras vertentes – mas o que sinto ao fim de 20 anos é que não há uma indústria, existem vários segmentos que a constituem. Para isto ser uma indústria, esses segmentos deveriam ter uma conexão, apesar dos interesses que possam ser opostos entre os intervenientes. Seria útil pelo menos discutir, de vez em quando, o que se pretende para o mercado. Posso estar a cometer uma injustiça mas sinto que estamos todos de costas voltadas. Cliente, agências, produtoras, meios e por aí fora, cada um a trabalhar para o seu lado, sem entendermos o que queremos. Aprendi um pouco essa lição estando atento ao mercado argentino que, embora um pouco diferente do nosso, tem talvez os mesmos problemas sociais, culturais e, inclusivamente, alguns tabus impostos pela religião.

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M&P: Está a dar o exemplo argentino do que poderia ser Portugal?
JC: Nos últimos anos a Argentina tornou-se num player importante no mundo da comunicação. Tentei entender o porquê e percebi que isso aconteceu porque todos os players do mercado definiram – não vou dizer que assinaram um documento – objectivos claros. O primeiro grande objectivo foi ganhar alguma dimensão e respeito criativo em termos mundiais. Quer se queira quer não, as empresas têm de ser bem geridas e o produto final, aquilo que se põe na rua, começou a ser um trabalho mais criativo, mais interessante e cativante. A segunda fase foi destronar o Brasil. O Brasil era a potência naquela região e foi completamente ultrapassado pela Argentina. O terceiro objectivo, talvez o mais importante, foi assumir-se como um player mundial. Hoje em dia já se começam a ver campanhas globais que têm como ponto de partida Buenos Aires. Inclusivamente há agências argentinas que se começam a expandir para outros mercados, como a Lola para Espanha e Brasil, ou a La Comunidad que se expandiu para o mercado americano, por causa dos hispânicos. Começa a haver o alargar dos horizontes. Voltando a nós, o nosso mercado nessa matéria é maduro, fazemos o trabalho de uma forma profissional mas sinceramente faltam-nos coisas essenciais que são a ambição e o orgulho. Custa-me ver o Edson Athayde dizer, numa entrevista como jurado do El Sol, que esteve lá e muitos argentinos, espanhóis, etc. lhe perguntaram “o que é que se passa com Portugal”. Curiosamente, dá a sensação que eles estão mais preocupados do que nós, o que não é bom.

M&P: Quem devia estar preocupado e não está? As agências de publicidade?
JC: A criatividade não é responsabilidade só dos criativos, nasce de um bom briefing e de uma série de vectores e factores que influenciam a produção de um bom trabalho. Portanto, não é um problema exclusivo dos criativos. Voltando à Argentina, começa-se a ver que aquele mercado ganha prémios e reputação criativa trabalhando clientes como a Coca-Cola, como o Axe. São grandes clientes e não pequenos trabalhos para uma papelaria ir ganhar um Leão a Cannes. Há bastante tempo que estamos a bater com a cabeça no tecto e não saímos do mesmo ponto.

M&P: Voltemos então à Argentina. Portugal sai frustrado dos festivais internacionais por não conseguir acompanhar aquele mercado ou o brasileiro?
JC: Posso falar por mim, não pelos outros. Os festivais são importantes mas é mais importante o facto de eles, mais os argentinos que os brasileiros, conseguirem fazer bom trabalho para grandes clientes. O que deveria preocupar todos nós é que há quem vá todos os anos a Cannes e não aprende nada. É a sensação que eu tenho. Não digo todos, mas há muitos que não aprendem a lição. Nós, criativos e agências de publicidade, temos de nos aproximar dos clientes. Não podemos só culpar os clientes e dizer “isto não avança porque os clientes não deixam”. Acho que temos de os envolver, não podemos pôr a responsabilidade em cima deles como não podemos pôr a responsabilidade só em cima de nós. Se somos uma indústria, se trabalhamos em conjunto para fazer um filme, uma campanha de net, uma boa campanha de marketing directo, etc., tem de haver união e respeito pelo consumidor, temos de sair do patamar em que estamos há demasiado tempo. Os outros continuam a avançar. É curioso como se diz que a publicidade é o retrato da economia de um país e isso é verdade em relação a Portugal.

M&P: Mas não deveria ser exactamente o oposto? A publicidade não serve como um instrumento de provocação à sociedade, uma forma de mudar o estado das coisas?
JC: Há um lugar comum que às vezes dá jeito usar. A palavra “crise' em chinês é composta pelos caracteres “perigo' e “oportunidade'. Dá para compreender que, num período de crise, haja clientes e agências que têm receio de arriscar. As agências também têm medo de arriscar porque estamos todos metidos no mesmo barco e ninguém tem coragem de arriscar seja o que for. Diria mesmo ousar um pouco mais na comunicação. Esta crise podia ajudar-nos. Quero dizer, nos primeiros momentos compreendi por que as pessoas estavam retraídas, agora já começo a não entender muito bem. Era bom que fizéssemos uma reflexão e rentabilizássemos o dinheiro que gastamos.

M&P: O que quer dizer com rentabilizar o dinheiro gasto?
JC: Um grande anunciante, mesmo fazendo uma campanha mediana, com o investimento que faz em media, teoricamente a sua mensagem chega sempre ao consumidor desde que profissionalmente seja bem feita. Só que se fosse com mais ousadia, esse investimento seria mais rentabilizado. Já nos aconteceu fazer uma campanha que parámos a meio. Estava a ter de tal maneira sucesso que não valia a pena continuar a gastar dinheiro.

M&P: Há aqui algum papel que deveria ser desempenhado pelas associações e outras entidades que reúnem o sector?
JC: Eu sou só director criativo. Não sou presidente nem vice-presidente de nada. Nunca quis, o que não significa que não venha a ser… Agora, a única pessoa que vi realmente preocupada e a falar sobre isto foi o Edson Athayde e ele é vice-presidente da Ogilvy Portugal. Seria interessante, como ponto de partida, que pelo menos as várias organizações se sentassem à mesma mesa para um debate. O que acho positivo na análise ao mercado argentino é que houve uma estratégia, as pessoas definiram o que queriam para aquele país. É o que nos falta, dialogamos muito pouco. Até as visões diferentes entre agências e dentro das próprias agências deviam ser debatidas para se chegar a alguma conclusão. Já falei com algumas pessoas sobre isto que acham que eu tenho uma visão demasiado naif e que isto nunca será possível no mercado português. Se for verdade, isto é grave.

M&P: Quais são, nesse sentido, os desafios postos às agências de publicidade?
JC: O negócio mudou. As relações entre as agências e clientes passaram por momentos complexos. Eu, por exemplo, assisti à saída da media e é algo de que, como criativo, sinto uma enorme falta. A media e a criatividade têm uma ligação demasiado forte para terem sido separadas durante tantos anos mas penso que no futuro vão reaproximar-se. Mas houve outras ferramentas que a publicidade perdeu. A media saiu, a produção audiovisual também (há muitos clientes a trabalhar directamente com as produtoras), e tanta coisa que as agências deixaram de controlar a cem por cento. O negócio está a colocar-nos desafios que convém avaliar.

M&P: A concentração ibérica das agências multinacionais não é um desses desafios, com a perda dos centros de decisão para Madrid ou Barcelona?
JC: Temos de ser rebeldes. Obviamente que somos o elo mais fraco mas temos capacidade de trabalho, talento e uma série de ingredientes que nos transformam em profissionais capazes de dar a volta. Se não acreditarmos nisso é que nunca vamos lá chegar, e nos acomodarmos à eventualidade de os centros de decisão passarem para Espanha. O mercado tem mais oportunidades por ser maior e ter mais oferta mas não é uma fatalidade vivermos na sombra dos espanhóis. A sombra há-de existir sempre. Concordo que as agências independentes têm um papel fulcral. Quando olho para o mercado belga, que por si só não é atractivo, é um facto que surgiu uma agência que é a Duval Guillaume, tão criativa que foi comprada pela Publicis. Têm uma assinatura tão vincada que conseguem, não só ter uma imagem exterior interessante, como levar o mercado belga atrás. Por cá o mercado está todo “flat'. Com toda a justiça, não vejo ninguém a destacar-se.

M&P: Estes últimos dois anos em que está como director criativo na Strat coincidem com esta estagnação…
JC: A Strat vai fazer dez anos em que está no mercado. Nasceu num período de vacas gordas, de prosperidade e teve um arranque fabuloso. Neste momento a Strat é uma agência que se reformulou, que se tornou num grupo cuja adaptação ocorreu nestes dois últimos anos. Falamos da Strat Publicidade, da Strat Design, da Webdote e Parceiros de Comunicação. Outra coisa que ocorreu foi o cuidado de não se perder a identidade da publicidade e do design, ainda que tenham uma equipa de contacto comum às duas empresas. Há uma frase que o Jorge Marques disse uma vez e pela qual tenho simpatia. “A Strat ainda está a começar”. Estes foram dois anos intensos de aprendizagem a trabalhar uns com os outros.

M&P: As transformações por que está a passar a Strat são entendidas pelos clientes e pela concorrência?
JC: Não posso falar pelos gestores da Strat mas penso que nos últimos dois anos procurou-se acertar o passo, trabalhar e não falar muito. A Strat Publicidade é reconhecida, nem que seja porque tem um grande anunciante que a expõe muito, a Unicer. Depois, a Strat Design é uma empresa que passou por uma profunda transformação e luta, no bom sentido, para se tornar cada vez melhor em termos criativos. Um dos grandes objectivos que temos nos próximos meses é ganhar novo negócio. A Strat Publicidade está “com fome', queremos mais contas e trazer mais negócio para dentro de casa.

M&P: Uma equipa criativa pode trabalhar bem uma conta durante muito tempo?
JC: Acho que sim… Para já, as marcas que mais sucesso têm tido são aquelas que permanecem mais tempo nas agências. Eu não falo só em Portugal. Olhe-se a Wieden+Kennedy com a Nike, é uma relação de anos e anos. Nas relações duradouras concerteza que haverá dificuldades e problemas em determinados momentos mas exactamente porque a ligação é tão profunda esses momentos serão sempre ultrapassados. Pessoalmente não tenho nenhum problema em trabalhar um cliente durante 20 anos. A Strat trabalha a Unicer há dez mas há aqui profissionais que a trabalham há bem mais e que continuam empenhados e envolvidos com a marca. Há muitos problemas da publicidade portuguesa que são da cultura. De uma maneira geral, o português quer ganhar dinheiro rapidamente. Apesar de tudo, há alguns anunciantes que se mantêm fiéis às suas agências. Há sempre um ponto de saturação mas, se isso for ultrapassado com sabedoria, essas relações prevalecem.

M&P: O que pode revelar em termos de novidades criativas na Strat?
JC: No mais imediato, a Strat está a trabalhar muito em new business. Está desejosa de ter uma conta de automóveis, está desejosa por ter um banco, por participar em todos os concursos. O objectivo para os próximos três ou quatro meses é novos negócios. Neste momento não vou revelar nada. New business é new business.

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Iscte Executive Education realiza webinars gratuitos sobre comunicação de destinos e marcas locais

O webinar Placebrand e Turismo Sustentável, moderado por Ana Simaens, realiza-se a 20 de junho, às 18h30, no Iscte Executive Education. Uma semana depois, à mesma hora, Designed in Portugal: Reinventar Tradição, Criar Marcas é a temática abordada. As vagas são limitadas

O Iscte Executive Education está a organizar sete webinars temáticos sobre comunicação e promoção de destinos e marcas locais. Moderados por docentes da pós-graduação em placebrand e place marketing da instituição, contam com a participação de especialistas da área e são gratuitos, apesar de exigirem uma inscrição prévia que pode ser feita online. As vagas são, no entanto, limitadas a 20 participantes por sessão.

O webinar Placebrand e Turismo Sustentável, moderado por Ana Simaens, realiza-se a 20 de junho, às 18h30. Além de Carolina Mendonça, coordenadora da estrutura de sustentabilidade do destino turístico Açores DMO, a iniciativa conta com a participação de Maria de Lurdes Vale, diretora do Turismo de Portugal em Espanha.

Uma semana depois, a 27 de junho, à mesma hora, Designed in Portugal: Reinventar Tradição, Criar Marcas é o webinar que se segue. Moderado por João Faria Gomes, tem Carlos Coelho, presidente da Ivity Brand Corp, como convidado. Diáspora Como Ativo Estratégico de Portugal, Cidades Inteligentes: Criação de Valor e Um Futuro Que Passa por África e Bacalhau Bridge Effect são outros dos webinares gratuitos agendados.

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Adidas escolhe modelo e desportista português para campanha internacional

Com assinatura do estúdio criativo alemão Aboutkokomo, a campanha publicitária foi produzida pela Twentyfour Seven. João Pinto, filho do ex-jogador de futebol João Vieira Pinto e da atriz e apresentadora de televisão Marisa Cruz, é uma das imagens da marca desportiva alemã

Depois de ter usado a imagem do futebolista português Rafael Leão para promover as novidades de calçado desportivo da marca, a Adidas acaba de contratar o modelo e desportista João Pinto, filho do ex-jogador de futebol João Vieira Pinto e da atriz e apresentadora Marisa Cruz, para a nova campanha internacional. Desenvolvida pelo estúdio criativo alemão Aboutkokomo, sediado em Berlim, foi produzida pela Twentyfour Seven, produtora internacional com escritórios em Portugal, Espanha, Polónia, Lituânia, Estados Unidos, Chile, Argentina e República Dominicana.

Fotografada por Raquel Chicheri, com estilismo de Carolina di Leo e imagem de Paulo Fonte, responsável pelos cabelos e pela maquilhagem, a campanha vai ser divulgada internacionalmente em media digitais, redes sociais e múpis. Em Portugal, ainda não foi definida uma data para a exibir, apurou o M&P. No perfil global da marca nas redes sociais, houve outro desportista português a destacar-se no último mês. O futebolista João Félix, avançado do FC Barcelona, é um dos protagonistas do filme publicitário que a marca partilhou a 2 de maio para promover a aplicação Adidas Running.

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7 em cada 10 portugueses atribui responsabilidade às marcas na resolução dos problemas globais

Os consumidores sentem que as marcas não estão a conseguir corresponder às novas exigências, chegando a afirmar que não se importariam se 75% das marcas que existem hoje desaparecessem. 84% dos portugueses esperam que as marcas sejam transparentes sobre o que prometem, mas apenas 22% acreditam que as marcas realmente o fazem

Sete em cada 10 portugueses afirma que as empresas e as marcas têm o poder e o dever de contribuir para a resolução de alguns dos problemas globais da sociedade, revela o estudo Meaningful Brands, realizado pela Havas Media Network.

Apesar de 91% dos inquiridos destacar a crise ambiental como a preocupação mais urgente a nível global, a crise económica é o que mais preocupa os consumidores a nível pessoal. O estudo revela que 54% dos inquiridos, a nível global, defendem que as empresas deveriam estar mais focadas em ajudar os clientes, e não só na venda dos produtos ou serviços.

“As pessoas têm plena consciência de que estão a enfrentar crises globais que afetam quase todos os aspetos das suas vidas. Todas as crises representam uma enorme ameaça à nossa capacidade de sobreviver e prosperar. As pessoas vêem-se obrigadas a adaptar-se e a mudar e, com isso, o que exigem das marcas muda também”, sustenta Mark Sinnock, diretor global de estratégia, dados e inovação da Havas Creative Network.

Os consumidores inquiridos definem as marcas e as empresas como o segundo interveniente mais importante na resolução dos desafios económicos, depois das entidades governamentais e políticas. No entanto, os inquiridos sentem que as marcas não estão a conseguir corresponder às novas exigências, chegando a afirmar que não se importariam se 75% das marcas que existem hoje desaparecessem.

A falta de confiança e aparente indiferença estão relacionados à disparidade entre as expectativas dos consumidores e o desempenho das marcas, sendo que 84% dos portugueses esperam que as marcas sejam transparentes sobre o que prometem, mas apenas 22% acreditam que as marcas realmente o fazem.

Por outro lado, a crescente exigência global dos consumidores observa-se a vários níveis, nomeadamente no que toca ao papel das marcas na promoção de um mundo melhor, mas sobretudo na promoção do bem-estar individual dos seus clientes. Segundo os dados do estudo, 80% dos inquiridos em Portugal esperam que as marcas façam mais pelo seu bem-estar e saúde. Uma percentagem semelhante à dos que esperam que as marcas ajam pelo bem da sociedade e do planeta.

As conclusões do Meaningful Brands referem que esta é a era da ‘Economia do Eu’, na qual os benefícios pessoais assumem maior peso na construção de marcas relevantes. Expectativa reflete-se no facto de as marcas relevantes e significativas atualmente terem um desempenho superior em termos de benefícios pessoais em comparação com a média das marcas. E, nesta perspetiva, a capacidade de uma marca ajudar os consumidores a simplificar a sua vida (63%), a poupar tempo e dinheiro (61%), e a inspirá-los (56%), é o principal desafio para as marcas permanecerem relevantes e significativas.

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Quem são os favoritos do Euro 2024?

Com o Euro 2024 a aproximar-se rapidamente, os entusiastas do futebol em toda a Europa estão ansiosos para ver as suas seleções favoritas em ação. Com uma série de seleções talentosas a competir pelo prestigioso título europeu, é hora de analisar quem são os favoritos para levantar o troféu do Euro 2024.

Muitos dos entusiastas do futebol já pensam no Campeonato da Europa de 2024, que este ano é organizado na Alemanha. Esta promete ser uma das edições do Europeu mais disputada, com várias seleções de enorme qualidade, não sendo fácil prever quem pode, de facto, levantar o troféu. Por esse motivo, fomos ver aquilo que acha um dos sites de referência nas previsões desportivas e a página de prognósticos do Campeonato Europeu 2024 é bastante elucidativa, analisando os principais favoritos, mas também quem vai levantar o troféu no final do torneio, a 14 de julho, em Berlim.

Inglaterra: a jovem e talentosa seleção dos Três Leões

A Inglaterra chega ao Euro 2024 com uma seleção jovem e talentosa, repleta de jogadores emocionantes que têm impressionado nos respetivos clubes. Sob a liderança do treinador Gareth Southgate, os Três Leões têm mostrado um futebol vibrante e ofensivo, e muitos acreditam que esta pode ser a sua oportunidade de finalmente conquistar um título importante. Com jogadores como Harry Kane, Jude Bellingham e Phil Foden no seu auge, a Inglaterra está pronta para desafiar qualquer seleção que se atravesse no seu caminho. Apesar de ser a favorita das casas de apostas, a Sportytrader prefere apostar numa equipa com maior força psicológica.

França: em busca do troféu que escapa há mais de 20 anos

Com uma seleção repleta de estrelas, incluindo Kylian Mbappé, Antoine Griezmann e Ousmane Dembelé, os Les Bleus estão entre os favoritos para o Euro 2024. Com o último europeu a ser conquistado na edição de 2000, a França vai em busca do troféu que escapa há mais de 20 anos. Sob a liderança do experiente treinador Didier Deschamps, os franceses estão determinados a lutar pelo título e acabar esta “seca” de títulos europeus. O que é bastante estranho tendo em conta que nesse período, a França já disputou três finais de Mundiais (venceu mesmo em 2018) e perdeu a final do Europeu em Paris, frente a Portugal. Os finalistas do último Mundial são de facto, os grandes favoritos dos especialistas em previsões desportivas. Vai a França sagrar-se campeã da Europa no país vizinho?

Alemanha: nova geração de talentos joga em casa

A Alemanha que ainda está a passar por um período de transição, chega ao Euro 2024 como uma seleção a ser levada a sério. Com uma nova geração de talentos emergentes encabeçada pelo craque do Bayern, Jamal Musiala, os alemães estão determinados a mostrar ao mundo que ainda são uma força a ser reconhecida no futebol europeu. Sob a orientação do treinador Julian Nagelsmann, a Mannschaft está pronta para surpreender os seus adversários e levantar o troféu no Euro 2024. Por também jogar em casa, a Sportytrader aposta que a Alemanha chegue pelo menos às meias-finais.

Portugal: a nova cara da Seleção das Quinas

Portugal chega ao Euro 2024 com uma seleção repleta de talento e experiência, incluindo alguns dos melhores jogadores do mundo, como Cristiano Ronaldo, Bernardo Silva ou Bruno Fernandes. Com a chegada do treinador Roberto Martínez, os campeões europeus de 2016, que fizeram uma fase de qualificação exímia e com performances bastante positivas, estão determinados a adicionar mais um troféu ao seu palmarés. Com um estilo de jogo baseado na posse de bola e na criatividade, a seleção das quinas é uma equipa que ninguém pode subestimar no Euro 2024. Portugal é também destacado como aquela Seleção que pode atrapalhar as melhores previsões e não surpreenderia se conquistar o Europeu alemão.

Espanha determinada em voltar ao topo

Depois de um desempenho dececionante no Euro 2020 e no Mundial 2023, a Espanha está determinada a mostrar ao mundo que ainda é uma força a ser reconhecida. Sob a orientação do experiente treinador Luis de la Fuente, a La Roja está a passar por uma fase de reconstrução, mas continua a contar com jogadores experientes como Daniel Carvajal e Álvaro Morata que se juntam com os jovens talentos como Gavi, Pedri e Lamine Yamal. Com um estilo de jogo baseado na posse de bola e na técnica refinada, a Espanha está determinada a fazer uma boa figura no Euro 2024.

Uma competição de elevado nível aguarda-nos

Com seleções como Inglaterra, França, Alemanha, Portugal e Espanha prontas para competir, o Euro 2024 promete ser uma competição emocionante e imprevisível. Desde os favoritos estabelecidos até às seleções em ascensão, há uma grande variedade de candidatos a ter em conta na maior competição europeia de seleções. Mal podemos esperar para ver como tudo se desenrolará quando o torneio começar. Preparem-se para um mês de futebol emocionante e cheio de emoções!

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Todos os influenciadores importam

Em 2023, o investimento em marketing de influência no Instagram em Portugal ascendeu a €59,5 milhões, num mercado em que os nano e microinfluenciadores aumentam. Os macroinfluenciadores e celebridades continuam a ser indispensáveis e a Prozis é a marca mais mencionada no Instagram, segundo o estudo da Brinfer

A aposta em nano e microinfluenciadores nas redes sociais está a aumentar, por permitir às marcas terem uma maior taxa de envolvimento com os utilizadores, revela o relatório Top Brands da Brinfer, que analisa os conteúdos partilhados por influenciadores portugueses no Instagram. Os macroinfluenciadores e as celebridades, no entanto, continuam a ser importantes nas estratégias de marketing digital. O estudo, referente a 2023, revela também que foram investidos €59,5 milhões em marketing de influência no Instagram em Portugal, no ano passado.

Este valor contabiliza o número de publicações pagas multiplicado pelo preço de tabela médio cobrado por cada um dos perfis de influenciadores. “Para chegar a um preço médio por publicação, consultámos agências de influenciadores para saber o valor médio pago a cada tipo de influenciador, seja por um post, por um reel ou por um story, e calculando a média entre esses valores, chegamos a um valor total”, explica Roberto Gomes, CEO da Brinfer.

Se o recurso a influenciadores com menos de 10 mil ou de 50 mil seguidores é cada vez mais uma realidade, os macroinfluenciadores (a partir de 50 mil seguidores), os megainfluenciadores (entre 500 mil e um milhão) e as celebridades (mais de um milhão) não são dispensados por algumas das marcas que lideram os rankings da Brinfer de menções no Instagram, devido à necessidade de adequar os perfis de influenciadores aos resultados pretendidos.

A Nespresso, que lidera a categoria Alimentação, “tem vindo a trabalhar com todo o tipo de perfis, tendo feito uma aposta crescente em nano e microinfluenciadores nos últimos tempos, mas que têm um bom envolvimento e um maior sentido de comunidade que, combinados entre si, permitem gerar uma ótima mancha no Instagram”, revela ao M&P Diogo Duarte João, responsável de relações públicas e eventos da Nespresso.

Do lado da Sephora, que lidera as menções do estudo da Brinfer em Beleza, a estratégia é trabalhar com todos os perfis de influenciadores. “Se procurarmos obter um alcance maior, apostamos em perfis de macroinfluencidadores e em celebridades. Se o objetivo for mais envolvimento vamos procurar nano e microinfluenciadores”, refere um porta-voz da Sephora.

O The Yeatman, o mais mencionado na categoria de Hotéis, por seu lado, faz mais parcerias de permuta com macro influenciadores e celebridades, porque geram uma maior taxa de alcance. “Ao mesmo tempo, temos expressão junto dos nano e dos microinfluenciadores, que muitas vezes são os nossos próprios clientes, visitantes ou participantes nos eventos e iniciativas que promovemos e organizamos”, diz Matilde Ribeirinho, diretora do departamento de marketing do The Yeatman.

Roberto Gomes, CEO da Brinfer, considera que a procura de microinfluenciadores é uma questão de volume e do algoritmo do Instagram. “As marcas não têm budget para investir nos segmentos mais altos de influenciadores constantemente, é mais fácil pagar menos a mais microinfluenciadores que, por sua vez, publicam mais conteúdos do que o oposto. Existe também outra vertente relacionada com o algoritmo, em que quanto mais pequeno for o número de seguidores do influenciador, maior é o número de interações e a taxa de envolvimento”, sustenta Roberto Gomes.

De acordo com o relatório da Brinfer, no top 5 das marcas mais mencionadas no Instagram em Portugal encontram-se a Prozis (Desporto, 199 mil menções), a Zara (Moda, 20 mil menções), a SIC (Media, 13 mil menções), a Sephora (Beleza, 6942 menções) e o Celeiro (Retalho Alimentar, com 6107 menções). Com um número inferior de menções, há líderes em outras categorias como Alimentação (Nespresso), Restaurantes & Cafés (Neto Restaurantes), Hotéis (The Yeatman), a Automóveis (Toyota), Eletrónica (Canon), a Telecomunicações (Nos) e Energia (Galp).

Em relação à liderança destacada da Prozis (muito distante da segunda marca mais mencionada, a Zara), Roberto Gomes argumenta que “a Prozis usou desde cedo a sua audiência para divulgar os seus produtos. Conseguiram criar um equilíbrio muito inteligente entre ações de notoriedade, com diversas estratégias de marketing de influência e de marketing de afiliados, para criar uma network de afiliados muito bem hierarquizada”.

Para o CEO da Brinfer, o grande sucesso da Prozis é o facto de ser quase obcecada por influenciadores e trabalhar bem todos os ângulos possíveis no mercado do marketing de influência, salientando que “o caso da Zara, é completamente o oposto da Prozis. A Zara lidera em menções na Moda, mas não lidera por ter uma estratégia de marketing de influência incrível. As menções da Zara são quase todas orgânicas.

O facto de a marca ter um impacto muito grande no seu segmento é a razão pelo qual lidera as menções na sua categoria, e esse também é o caso de muitas marcas que lideram os rankings”. Os resultados deste estudo dizem respeito ao período entre 1 de janeiro de 2023 a 31 de dezembro de 2023, em que a Brinfer analisou 247 mil conteúdos publicitários publicados por mais de 26 mil pessoas.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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José Mourinho protagoniza campanha da Uber Eats (com vídeo)

Matilde Mourinho, Maya, Bárbara Tinoco, Marina Machete e Cifrão são outras das figuras públicas que acompanham o treinador na adaptação nacional da campanha Get Almost Almost Anything, feita pela Stream and Tough Guy. A produção é da Playground e a realização de Cristiana Miranda, com planeamento de meios da PHD Media

Depois de Luís Figo e Georgina Rodriguez na versão espanhola da campanha internacional Get Almost Almost Anything, da Uber Eats, com criatividade da Ogilvy Madrid e da equipa criativa da empresa, a plataforma de entregas recorreu à Stream and Tough Guy para, a partir do mesmo briefing, idealizar a versão portuguesa, Pede Quase Quase Tudo. Protagonizado pelo treinador José Mourinho, o filme publicitário que a integra recupera a ironia e o sarcasmo dos anúncios dos outros países.

A campanha pretende demonstrar que a Uber Eats é também uma plataforma onde se pode fazer encomendas de supermercados, farmácias, lojas de conveniência, floristas, mercearias e de todo o tipo de extravagância, além de comida.

Para além da empresária e designer de joias Matilde Mourinho, filha do orientador desportivo, a campanha, produzida pela Playground e realizada por Cristiana Miranda, conta com a participação da astróloga e apresentadora de televisão Maya, da modelo e miss Portugal Marina Machete, do ator e coreógrafo Cifrão e da cantora e compositora Bárbara Tinoco.

“Tratam-se de celebridades relevantes e com notoriedade para os diversos targets da marca e que têm particularidades divertidas para serem exploradas criativamente”, justifica ao M&P Ricardo Pabón. O diretor de marketing da Uber Eats revela que todas as figuras públicas presentes no anúncio foram remuneradas, escusando-se, no entanto, a revelar os valores envolvidos.

Disponível em televisão, digital e suportes exteriores, a campanha está no ar de 15 de maio e 30 de junho, numa primeira fase. “Haverá uma segunda vaga de comunicação em setembro, com novidades”, revela ainda o responsável. O planeamento de meios foi desenvolvido pela PHD Media, agência do Omnicom Media Group, enquanto a comunicação é assegurada pela Hill+Knowlton.

“Esta é, possivelmente, a maior campanha que já fizemos. E, depois de 17 versões de filme, 27 outdoors e 13 ‘social edits’ diferentes, não podíamos estar mais felizes com o resultado, com a forma perfeita com que todo o processo se desenrolou, com a liberdade criativa que nos foi dada numa adaptação de uma campanha e o constante desafio criativo por parte do cliente”, explica Miguel Durão, diretor criativo da Stream and Tough Guy, que também assinou a campanha do serviço Uber One.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Startups independentes têm 72% de desconto no Cannes Lions

Além dos passes especiais para startups, o Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions volta a disponibilizar passes especiais de entrada e cobertura do evento para os media. A competição, que comemora o 70º aniversário, realiza-se entre 17 e 21 de junho, em França

O Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions, representado em Portugal pela MOP, criou um passe especial para startups que lhes garante 72% de desconto. As empresas interessadas não podem, no entanto, requisitar mais de cinco entradas. Para garantirem a inscrição, têm de preencher, até 10 de junho, o formulário disponibilizado no site da organização. Além dos passes especiais para startups, o Cannes Lions volta a disponibilizar passes especiais de entrada e cobertura no festival.

“O passe de imprensa concede acesso total ao programa de conteúdo e editorial, às cerimónias de entregas de prémios e, ainda, acesso ao portal de imprensa. Os passes de imprensa estão sujeitos à aprovação da organização do festival e, à semelhança dos anteriores, encerram no dia 10 de junho. As inscrições podem ser realizadas através do website da organização”, referem os promotores do evento em comunicado.

“Além dos passes direcionados a startups e meios de comunicação social, o Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions disponibiliza um conjunto de passes, nomeadamente para estudantes, profissionais e criadores de conteúdo independentes”, informa ainda o documento. A competição, que comemora em 2024 o 70º aniversário, realiza-se entre os dias 17 e 21 de junho, na cidade francesa que lhe dá nome.

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Marcas de fabricante atraem mais compradores nos retalhistas de sortido curto

Apesar de continuarem a ganhar terreno e em 2024 já representarem 47% da quota de mercado em valor, as MDD perderam compradores em categorias como néctares, fiambre, leite sem lactose, sumos de fruta, manteigas e caldos culinários, entre outras

Os portugueses estão a comprar mais nos retalhistas de sortido curto (Aldi, Lidl, Mercadona, por exemplo) devido aos 64% de marcas de fabricante (MDF) que conseguem atrair mais compradores neste tipo de ponto de venda, segundo o estudo da Kantar analisado com a Centromarca. Ou seja, nos retalhistas de sortido curto quase duas em cada três MDF têm conseguido atrair mais compradores.

Em comparação com 2023, o estudo efetuado em 4000 lares representativos de Portugal Continental indica que o sortido curto acrescentou às MDF um aumento médio de mais 8% em termos de compradores adicionais à base já instalada, mais 7% na frequência de compras, mais 10% em termos de valor e mais 12% em volume.

“A presença das marcas de fabricante tem um impacto positivo quer nos retalhistas de sortido curto, quer nos de sortido amplo. Em uns porque geram capacidade de atrair novos consumidores e evitar a sua fuga para outras lojas para encontrar as suas marcas favoritas. Nos outros, porque há uma diversidade que o consumidor procura e não encontra nas lojas de sortido mais curto, uma oferta distinta e, também, uma melhor rentabilidade”, afirma Pedro Pimentel, diretor-geral da Centromarca, em comunicado de imprensa.

O estudo relativo ao primeiro trimestre de 2024, analisado em conjunto com a Associação Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca, revela ainda que as MDF têm desempenhado um papel vital na compensação das perdas das marcas de distribuição (MDD) em várias categorias.

Apesar de continuarem a ganhar terreno e em 2024 já representarem 47% da quota de mercado em valor, as MDD perderam compradores em categorias como néctares, fiambre, leite sem lactose, sumos de fruta, manteigas e caldos culinários, entre outras. Nessas categorias, várias MDF ganharam às marcas de retalhistas as perdas em questão.

A fragmentação de compradores, por outro lado, tem um aumento significativo, sobretudo entre os que alternam entre o sortido amplo e o curto, que já representam 85,3% dos compradores. No período em análise, o sortido amplo tem uma quota de mercado de 58,8%, enquanto o sortido curto já consegue captar mais de €1 em cada €4 do gasto das famílias portuguesas em bens de consumo rápido. Face a anos anteriores, as lojas de sortido amplo estão a perder quota, devido à diminuição da fidelidade dos compradores, segundo a análise da Kantar.

“Com um consumidor mais fragmentado e uma maior alocação de espaço e investimento em marca própria, há retalhistas penalizados a nível de rentabilidade e quota de mercado. Diversificar a oferta, tornando-a mais competitiva e eficiente, e utilizar a inovação como forma de contornar a barreira do preço, são fatores chave para fornecedores e retalhistas”, explica, ainda, Carolina Jordão, diretora de clientes e conhecimento da Kantar.

Para as marcas, o desafio é trabalhar na oferta de preços, que continua a ser o grande fator de decisão no momento da compra, e na oferta de produtos de valor acrescentado. O estudo indica que 51% dos compradores de sortido amplo compram tabletes de chocolate noutros lugares, onde estes estejam a preços mais baratos. Já 53% dos compradores estão dispostos a pagar mais por um produto alimentar que os ajude a prevenir ou curar doenças.

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NetAudience: TVI segura liderança com alcance de 36,9%

O Ranking NetAudience de Entidades da Marktest volta a ser liderado pela TVI em abril, com uma diferença de 2,2% em relação à SIC, que ocupa o segundo lugar da tabela. O Ranking NetAudience de Redes da Marktest é dominado pela Nónio, com um alcance de 61,8% num universo de 8.591.212 utilizadores

Em abril, a TVI voltou a liderar o Ranking netAudience de Entidades da Marktest, com um alcance de 36,9%, mais 2,2% do que a SIC, que ocupa o 2º lugar, com 34,7%. Os dois canais estão separados por 189.777 utilizadores, uma vez que as plataformas digitais do canal da Media Capital registaram um alcance de 3.172.837 indivíduos e as da estação da Impresa chegaram a 2.983.060 consumidores. O 3º lugar é ocupado pelo Correio da Manhã, com um share de 33,6% e 2.886.948 leitores, revela a análise de audiências auditadas, agora divulgada.

Em 4º lugar, figura a NiT, com 28,8%, à frente do JN, em 5º, com 27,3%. A 6a posição é ocupada pela Flash, com 25,4%. O Observador conquista o 7º lugar, com 24,6%, com uma diferença de 0,2% em relação ao Expresso, que figura na 8ª posição, com 24,5%. O 9º lugar do ranking, que a Marktest apresenta mensalmente desde maio de 2019 com os números relativos ao alcance agregado dos títulos das entidades subscritoras com tráfego auditado, é ocupado pelo OLX, que regista 23,5%. Com 21,4%, o Diário de Notícias fecha o top 10.

O Ranking netAudience de Redes da Marktest é dominado pela Nónio, com um alcance multiplataforma de 61,8%, correspondente a 5.306.202 indivíduos, à frente da Media Capital, em 2º lugar com 48,7% e 4.182.916 pessoas alcançadas. Em 3º lugar, surge a Medialivre, com 44,9%, mais 2% do que a Impresa, que figura em 4º lugar com 42,9%. Estão separados por 172.051 indivíduos, dado que a rede da antiga Cofina terminou o mês com 3.857.894 utilizadores e a da dona da SIC com 3.685.843. O Global Media Group fecha o top 5, com 41,7%.

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APDC e Google apresentam programa de formação em inteligência artificial

O programa Impulso IA é destinado a estudantes, funcionários públicos e profissionais que tomam decisões, como gestores de marketing, representantes de vendas e analistas. O programa é acessível a todos, independentemente da experiência prévia em IA

A Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações (APDC) acaba de anunciar, no seu 33º Congresso, o lançamento do Impulso IA, um programa de formação de literacia em inteligência artificial (IA) em parceria com a Google. O objetivo é equipar profissionais de diversos setores com as competências necessárias para compreender e utilizar eficazmente a IA no local de trabalho, e a impulsionar a inovação e o progresso em Portugal.

Composto por oito cursos, o Impulso IA fornece aos participantes a oportunidade de adquirir competências fundamentais em IA, como a automatização de tarefas, para se poderem concentrar em aspetos estratégicos e criativos do seu trabalho. Marketing Estratégico e IA, Envolver Audiências com Vídeos Curtos, Introdução à Nuvem, Liderança para a Era Digital, Entender o Registo de Aprendizagem Automática, Tomada de Decisões com Dados, Contar Histórias com Visualização de Dados e Impulsionar o Registo da Produtividade são as denominações dos cursos, que abordam tópicos essenciais para o desenvolvimento de competências indispensáveis em IA.

O programa de formação pretende capacitar 1000 pessoas e tem início previsto para junho, abrangendo aproximadamente 10 sessões de formação ministradas por formadores especializados, que decorrem até março de 2025. Segundo a APDC, o programa Impulso IA é destinado a estudantes, funcionários públicos e profissionais que tomam decisões, como gestores de marketing, representantes de vendas e analistas. O programa é acessível a todos, independentemente da experiência prévia em IA.

Com duração média de duas horas por curso, as sessões vão ser preferencialmente presenciais, mas também poderão ser em formato híbrido. Os participantes que assistirem presencialmente vão receber um certificado de participação. A inscrição é feita no site da APDC.

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