“O público português valoriza os documentários”
O 10.º aniversário do arranque das emissões do Odisseia em Portugal serviu de mote a uma entrevista ao director de programação e conteúdos da Multicanal, empresa proprietária deste canal temático […]
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O 10.º aniversário do arranque das emissões do Odisseia em Portugal serviu de mote a uma entrevista ao director de programação e conteúdos da Multicanal, empresa proprietária deste canal temático que, segundo Roberto Blatt, já “superou todos os objectivos”
Fazendo “um balanço excelente” á primeira década de existência do Odisseia no mercado nacional, Roberto Blatt acredita que o bom desempenho de audiências do canal no universo cabo é justificado pelo facto do público português valorizar os documentários “quando vão ao encontro das suas preferências”. Nesse sentido, as apostas para o futuro passam pelo reforço da aproximação do canal aos telespectadores, não só através da continuidade da apresentação de documentários onde “a sociedade portuguesa se sinta retratada”, mas também mediante o reforço da comunicação entre o canal e os portugueses.
Meios & Publicidade (M&P): Que balanço faz á primeira década de emissões do canal Odisseia no mercado português?
Roberto Blatt (RB): Um balanço excelente por ter superado todos os objectivos e compromissos estabelecidos: uma liderança sobre as grandes marcas internacionais; a confirmação de que o público português valoriza os documentários quando vão ao encontro das suas preferências e a demonstração de que a realidade lusa é capaz de inspirar bons documentários.
M&P: De acordo com os dados de audiência do universo cabo em Portugal em Julho, o canal Odisseia ocupou a 10.º posição, com um share de audiências de 2,8%. Estes resultados correspondem ás vossas expectativas?
RB: Sim, estamos muito satisfeitos com as audiências já que em todos estes anos o Odisseia tem sido o canal de documentários mais visto em Portugal. Por outro lado, o facto de um canal de documentários ocupar o décimo lugar é algo muito positivo já que demonstra o interesse dos portugueses por este género, algo para que o Odisseia contribuiu.
M&P: Tendo por base estes resultados, que perspectivas de evolução têm em relação ao canal Odisseia no nosso mercado? Qual a margem de manobra que o Odisseia ainda tem para fazer crescer o seu universo de telespectadores?
RB: Em termos de conteúdos continuaremos a orientar a nossa audiência para um mundo em mudança, cheio de ameaças e oportunidades. É precisamente graças a este enfoque cambiante e arriscado que confiamos atrair cada vez mais espectadores, aqueles que como nós desejam um mundo melhor. M&P: Sendo já muito diversificada a oferta de canais que fazem da aposta em documentários o seu raio de acção, de que forma se posiciona, e se posicionará no futuro, o canal Odisseia, de forma a vincar a diferença das suas propostas face á concorrência?
RB: Até agora temo-nos diferenciado por informar em profundidade, temos vindo a apresentar grandes criadores e realizadores de documentários e temos conseguido que a sociedade portuguesa se sinta retratada nos documentários que temos produzido, entre outros, Guitarra Portuguesa, Alqueva, Lisboa: O coração da cidade, Benfica na memória, Fátima, Ultras: deporto ou religião? Agora vamos dar mais um passo: abriremos caminhos para que os mais dinâmicos da nossa audiência participem no desenvolvimento de ideias e projectos. Só um canal tão próximo da sua audiência como Odisseia pode permitir algo assim….
M&P: A produção própria e a transmissão de conteúdos adaptados ao público português são apresentadas como grandes apostas do canal Odisseia. Como é que estas duas vertentes serão reforçadas no futuro?
RB: O Odisseia vai intensificar o seu esforço de desenvolvimento e produção. Depois do êxito de Contrastes, o próximo passo é Odisseias. Na linha do que disse anteriormente, esta série de produção própria revela á nossa audiência os projectos mais ambiciosos em todos os campos: ecológico, comunitário, empresarial, artístico, científico, empreendidos por sonhadores.
M&P: Nesse âmbito, existe abertura do canal Odisseia, em termos de orçamento, para reforçar a sua ligação ao mercado português de produção, nomeadamente através da adopção de formatos desenvolvidos por pequenas e médias produtoras?
RB: Faz 10 anos que nos comprometemos em apoiar a indústria portuguesa de documentários e essa foi outra promessa cumprida. Estamos a trabalhar com inúmeras produtoras, no entanto, somos uma empresa com recursos limitados e desejaríamos ter mais apoio de instituições e o patrocínio de grandes empresas portuguesas.
M&P: Para além da vertente ligada á programação, que outro tipo de iniciativas pode o canal Odisseia desenvolver para cimentar o posicionamento da sua marca no mercado nacional?
RB: Vamos estabelecer colaborações com organizações que desenvolvam projectos de âmbito social. A partir de Outubro estreamos também uma nova página online que nos permitirá estabelecer una maior comunicação com a nossa audiência através de fóruns, por exemplo.