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Decisão do julgamento da Google só em 2025

Nos argumentos finais, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos alega que a Google abusa da posição na tecnologia publicitária, para prejudicar os concorrentes. Se for considerada uma empresa monopolista, um segundo julgamento determinará as medidas a tomar

Daniel Monteiro Rahman
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Decisão do julgamento da Google só em 2025

Nos argumentos finais, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos alega que a Google abusa da posição na tecnologia publicitária, para prejudicar os concorrentes. Se for considerada uma empresa monopolista, um segundo julgamento determinará as medidas a tomar

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Os argumentos finais do julgamento da Google nos Estados Unidos, referente ao domínio da empresa no mercado da tecnologia publicitária, já foram apresentados, mas a decisão final, que se previa que seria em novembro, está marcada para depois do primeiro trimestre de 2025.

Nos argumentos finais, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos alega novamente que a Google abusou da posição no mercado da tecnologia publicitária, ao manipular as regras para favorecer os seus produtos e prejudicar os concorrentes. A entidade norte-americana argumenta ainda que a gigante tecnológica monopolizou três segmentos fundamentais do ecossistema de tecnologia publicitária: os servidores de anúncios das empresas editoriais, as redes dos anunciantes e as plataformas que ligam os anunciantes às empresas editoriais.

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A defesa da Google centra-se no argumento de que o Departamento de Justiça possui uma definição incorreta do mercado, que se centra estritamente na publicidade na internet e ignora a concorrência da empresa nos telemóveis, nas redes sociais e na ‘connected TV’, onde enfrenta a concorrência de empresas como a Meta e a Amazon.

A Google alega também que os seus produtos de tecnologia publicitária não são monopolistas, mas sim parte de um panorama competitivo, e que a integração das suas ferramentas beneficia os anunciantes e as empresas editoriais, ao simplificar as operações.

A empresa norte-americana de tecnologia considera que as provas apresentadas pelo Departamento de Justiça são seletivas e que o processo do Governo carece de provas substanciais de danos anticoncorrenciais. O Departamento de Justiça, por seu lado, critica a Google por não ter preservado provas, uma vez que apagou mensagens que poderiam ter revelado intenções anticoncorrenciais.

Leonie Brinkema, a juíza federal do distrito de Virginia responsável pelo caso, afirma que a decisão não vai ser tomada antes do primeiro trimestre de 2025, mas elogia a qualidade dos argumentos de ambas as partes. Se a Google for considerada uma empresa monopolista, um segundo julgamento determinará as medidas a tomar.

Entre as medidas propostas pelo Departamento de Justiça para quebrar o monopólio de pesquisa da Google, estão a venda do navegador de internet Chrome e uma proibição que impede a gigante tecnológica de fazer parte do mercado dos programas de navegação durante cinco anos. A entidade governamental também pretende proibir a Google de assinar contratos de exclusividade com empresas como a Apple e a Samsung, para ser o motor de pesquisa por defeito dos dispositivos das empresas.

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Podcasts da Renascença aumentam audiências em fevereiro

O podcast humorístico de Joana Marques (na foto) na Renascença continua a ser o mais ouvido. No ranking de marcas, a Renascença lidera em descargas e em número de ouvintes. Nos editores, a Impresa vence, aumentado os ouvintes, apesar de perder descargas

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O ‘Extremamente Desagradável’ é o podcast mais ouvido em fevereiro, repetindo o feito de janeiro. O programa humorístico que Joana Marques conduz nas emissões do ‘As Três da Manhã’, programa da manhã da Renascença, lidera novamente o Pod_Scope, o primeiro ranking auditado dos podcasts mais ouvidos em Portugal, da Marktest, com os podcasts da Renascença a aumentarem audiências em comparação com o mês anterior.

O formato da Renascença, que integra o grupo Renascença Multimédia, regista 2.845.375 descargas mensais, mais 153.781 face às 2.691.594 em janeiro. O número médio de downloads semanal chega aos 711.343, com o número médio de ouvintes a cifrar-se nos 328.410.

O podcast ‘O Homem Que Mordeu o Cão’, de Nuno Markl na Rádio Comercial, mantém-se em segundo lugar, com cerca de 1,1 milhões de descargas e uma média de 89 mil ouvintes semanais. O ‘Contas-Poupança’ da SIC Notícias, com o jornalista Pedro Andersson, tem cerca de 483 mil descargas em janeiro, para uma média de cerca de 84 mil ouvintes semanais.

O restante top 10 do Pod_Scope é composto por ‘Ninguém POD Comigo’ (RFM), ‘Bem-vindo A Mais Um Episódio De’ (Rádio Comercial), ‘Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer’ (SIC Notícias), ‘Expresso da Manhã’ (Expresso), ‘Alta Definição’ (SIC), Seja o que Deus Quiser (Renascença) e Isto É Gozar Com Quem Trabalha (SIC).

Renascença lidera nas marcas e Impresa nos editores

No ranking de marcas do Pod_Scope, a Renascença lidera em downloads com 3,3 milhões, face aos 3,1 milhões de janeiro, seguida do Observador com 2,4 milhões e da Rádio Comercial com 2,09 milhões. A liderança em número de ouvintes semanais volta a ser da Renascença, com cerca de 348 mil, à frente do Observador, que desce para segundo lugar, com cerca de 296 mil.

Em terceiro lugar, com um alcance médio semanal de 155 mil, está a Rádio Comercial. A quarta posição é ocupada pelo Expresso, com cerca de 250 mil. A SIC Notícias mantém-se no quinto lugar da tabela com uma média de cerca de 222 mil ouvintes semanais.

No ranking de editores do Pod_Scope, a liderança volta a ser ocupada pelo grupo Impresa, que acumula 3,8 milhões de descargas, apesar de descer face aos 4,6 milhões de downloads de janeiro. Na vice-liderança, surge o grupo Renascença Multimédia, com 3,7 milhões de transferências. A terceira posição continua a ser ocupada pelo Observador, com 2,4 milhões de downloads. Na quarta posição, surge a Bauer Media Audio Portugal, com 2,2 milhões transferências no mês.

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DCE cria e produz reunião de quadros do Millennium bcp

A agência é responsável pela criatividade e coprodução do evento (na foto) no Pavilhão Carlos Lopes, com cerca de 1600 convidados, tendo assegurado os vários aspetos da coordenação, desenvolvimento e operação logística

A DCE Loving Brands é a responsável pela criatividade e coprodução da Reunião de Quadros 2025 do Millennium bcp, a 15 de março no Pavilhão Carlos Lopes, com cerca de 1600 convidados, tendo assegurado os vários aspetos da coordenação, desenvolvimento e operação logística do evento.

A agência usou o tema ‘Valorizar’ como inspiração para a criação dos vários momentos. O projeto, que contou com o desenvolvimento de uma ‘app’ personalizada, lançada algumas semanas antes, incluiu ainda acreditação digital, decoração do espaço e todos os aspetos logísticos.

“Para superar o desafio de apresentar os conteúdos de uma forma inovadora e de fácil apreensão, foram criados filmes de animação a focar o melhor de 2024 e desenvolvida uma agenda inspiradora, onde se destacou a emissão em direto de um Podcast com o CEO do Millennium, Miguel Maya, e a Professora Luísa Lopes, neurocientista portuguesa que se dedica a estudar como o cérebro evolui e qual o impacto do stress no nosso dia a dia, e ainda uma mesa-redonda com a Comissão Executiva do banco, moderada pela jornalista Helena Garrido”, recorda a DCE Loving Brands, em comunicado de imprensa.

Um dos pontos altos foi a apresentação de um bailado, da Quorum Dance Company, que começou nos ecrãs, em vídeo, e ‘saltou’ para o palco, onde foi feita uma combinação de ‘ledwall’ transparente e opaco, num total de 446 m2.

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Bad Bunny é o rosto da campanha de primavera da Calvin Klein

Fotografada por Mario Sorrenti, a campanha está a ser divulgada nas redes sociais e nos media com um vídeo que mostra Bad Bunny (na foto) com os novos modelos de roupa interior a dançar ao som da canção ‘EeO’

Bad Bunny é o rosto da campanha de primavera da Calvin Klein. Para além de uma produção fotográfica assinada por Mario Sorrenti, a nova coleção de roupa interior masculina da marca está a ser divulgada nas redes sociais e nos media com um vídeo que mostra o artista porto-riquenho a dançar ao som de uma das suas canções, ‘EeO’.

“Há muito que esta campanha estava a ser preparada. É muito gratificante vê-la agora a ganhar vida. Ter sido fotografada e filmada em Porto Rico, onde nasci, torna-a ainda mais especial e genuína”, salienta Bad Bunny, citado em comunicado de imprensa.

Além do site, as imagens da produção fotográfica também vão ser exibidas nas lojas da marca em vários países. “Esta campanha é icónica em todos os aspetos”, afirma a Calvin Klein no documento. Antes de Bad Bunny, Jeremy Allen White, Justin Bieber, Jeremy Pope, Shawn Mendes e Mark Wahlberg deram a cara pela marca em campanhas anteriores.

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Skinny recorre à IA e transforma cliente em embaixadora digital

“É um gesto ousado, mas também inteligente, permitindo-nos fazer anúncios criativos e divertidos de forma mais económica”, salienta Matt Bain, diretor de marketing e de dados da operadora móvel neozelandesa de baixo custo

Liz Wright (na foto), cliente da Skinny, é a nova embaixadora desta operadora móvel neozelandesa de baixo custo e vai protagonizar as campanhas da marca até 2027. Recorrendo à inteligência artificial (IA), a Skinny opta por criar uma versão digital de uma das suas clientes, para representar e promover a marca.

“Faremos qualquer coisa para manter os preços baixos e os clientes felizes. Estamos sempre em busca de formas inteligentes de poupar dinheiro aos clientes. Em vez de pagar por um embaixador de marca famoso e caro, decidimos usar a IA para clonar digitalmente um dos nossos clientes mais felizes e usar a sua aparência para criar a mais recente embaixadora digital”, explica a Skinny no website da marca.

Além da imagem, a engenheira de telecomunicações residente na região de Bay of Islands também dá a voz à Skinny, tendo sido selecionada entre 300 candidatos da Nova Zelândia. “Não estamos a substituir pessoas por clones de IA, porque Liz Wright está a trabalhar diretamente com a nossa equipa”, garante Matt Bain, diretor de marketing e de dados da Skinny, citado no Stuff.

“A nossa estratégia é ter preços baixos e clientes satisfeitos. Criar um clone de IA de um dos nossos consumidores fez todo o sentido. É um gesto ousado, mas também inteligente, permitindo-nos fazer anúncios criativos e divertidos de forma mais económica”, explica Matt Bain. Em paralelo com a voz e expressão de Liz Wright, a tecnologia utilizada pela Skinny captou a personalidade da neozelandesa de 64 anos.

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Ana Relvão chega a Munique em 2011 e funda o estúdio Relvãokellermann, em 2014, com Gerhardt Kellermann. Fotos Gerhardt Kellerman
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“Um produto relevante deve oferecer uma experiência ao utilizador que o distinga”

Gumpo (mobiliário de escritório), J*GAST (cozinhas), Samsung (equipamentos eletrónicos e eletrodomésticos) e Ligre (pequenos eletrodomésticos) são algumas das marcas que Ana Relvão (na foto) trabalha no estúdio de design que detém em Munique, revela ao M&P na rubrica De Portugal Para o Mundo

Catarina Nunes

O mercado alemão encontra-se numa fase de transformação, que reflete o que se passa no resto do mundo. “Um consumo mais consciente, maior interesse em sustentabilidade, incluindo estratégias de economia circular e uma procura crescente por produtos de alta qualidade e durabilidade”, explica Ana Relvão, designer industrial que trabalha em Munique desde 2011.

A sócia fundadora do estúdio Relvãokellermann estuda na Faculdade de Belas-Artes de Lisboa, mas a inquietação de querer perceber além do que tinha como garantido leva-a até à Alemanha. No percurso soma passagens pelos estúdios de Miguel Vieira Baptista, Stefan Diez e Designaffairs, até fundar com o fotógrafo e designer industrial Gerhardt Kellermann um estúdio que atua nas áreas de design industrial, direção de arte e consultoria.

Soma prémios como iF Design Awards e iF Gold Awards, German Design Awards e German Design Award Gold, Monocle Design Award, IDEA Award Bronze, Red Dot Award, bem como os Stylepark Selected Awards e o Kitchen Innovation Award. Aquilo em que acredita é que “um produto relevante deve oferecer uma experiência ao utilizador que o distinga dos restantes”.

Equipamentos eletrónicos e mobiliário são as áreas dos projetos mais recentes, com destaque para a Samsung Electronics, com a qual colabora desde 2018

Trabalhar fora de Portugal era uma ambição ou qual foi a circunstância que determinou a saída?

Olhando para trás, diria que é sobretudo a curiosidade o que me leva para fora de Portugal, uma inquietação que me empurra para o desconhecido e para perceber além do que tinha como garantido.

Havia um programa de bolsas para um estágio profissional, em qualquer parte do mundo. Depois de enviar, sem sucesso, inúmeras candidaturas para Nova Iorque – como que num ato de desespero -, decidi remeter o meu portefólio para os três estúdios de design que mais admiravam na Europa. Em menos de oito horas, chega-me uma proposta para uma entrevista em Munique. Correu bem, e parti.

Onde é que trabalhava e em quê, antes de mudar de país?

Estudei nas Belas-Artes, em Lisboa, e tive a oportunidade de estagiar e colaborar com o Miguel Vieira Baptista, que continua a ser um dos meus designers favoritos a nível mundial.

Paralelamente, iniciei um percurso independente e fundei, com o designer Ricardo Roque, a Oficina Design Studio. Os nossos projetos giravam em torno de pequenas edições de mobiliário e do design social.

Quais são as diferenças entre trabalhar em Lisboa e em Munique?

Quando cheguei a Munique, em 2011, encontro algo que procurava: rigor. Rigor no desenho e nas relações profissionais. O design era abordado de uma forma mais profissional do que em Portugal. Encontro também várias pessoas com as quais me identifiquei intelectualmente.

Hoje em dia, não digo que isto ainda seja verdade, falta-me o contacto profissional com Portugal para afirmar com certeza. O que sei é que Munique tem mantido um foco forte no design industrial, mas há já alguns anos que oiço falar de Lisboa como uma cidade onde as grandes marcas olham com interesse, onde há um movimento crescente.

Qual é o projeto mais recente que tem entre mãos?

Os nossos projetos são, por norma, confidenciais. Neste momento temos vários em curso, mas não os podemos revelar. São sobretudo nas áreas de equipamentos eletrónicos e mobiliário. O último projeto foi para a Samsung Electronics, com quem colaboramos desde 2018.

Quais são as marcas e empresas com as quais trabalha e como chega a elas?

No estúdio, acreditamos que ‘bom trabalho traz trabalho de volta’ e todo o nosso percurso tem sido assim: as marcas veem o nosso trabalho e entram em contacto com propostas de projeto.

Algumas das marcas com as quais mais colaboramos neste momento são a Gumpo, em mobiliário de escritório, a J*GAST em cozinhas, a Samsung em equipamentos eletrónicos e eletrodomésticos, e a Ligre em pequenos eletrodomésticos.

Trabalha alguma marca ou empresa portuguesa?

Infelizmente, neste momento não temos nenhuma parceria ativa com marcas portuguesas.

Quais são as mais-valias e os obstáculos que o ser portuguesa tem no seu trabalho?

A mais-valia mais evidente está na língua: os portugueses têm uma facilidade notável em compreender outras línguas, sobretudo espanhol e italiano.

O português, por outro lado, dificultou-me a aprendizagem do alemão, pois são idiomas estruturalmente incompatíveis, tanto em lógica como em sonoridade. Curiosamente, o bavierense aproxima-se mais do português nos sons, o que me fez absorver expressões locais com muita naturalidade. Isso facilitou a minha integração com empresas da região, mas também me criou tiques linguísticos, que ainda hoje não consegui eliminar do meu alemão.

“Não gosto de fazer planos a longo termo, o futuro tem o hábito de contrariar as certezas”

Quais são as particularidades do design industrial na Alemanha?

Quando cá cheguei existiam 11 mil designers, só em Munique. A competição existe a um número e nível muito mais elevado do que em Portugal. Mas se um designer encontra maneira de se destacar pelo seu trabalho, existem muito mais meios interessados em comunicá-lo e torná-lo visível para o resto do mundo. Sei que em Portugal se faz muito bom design, mas existe o problema da comunicação cá para fora.

Qual é o momento que o mercado alemão atravessa em termos de consumo, inovação de produto e design?

O mercado alemão encontra-se numa fase de transformação, que reflete o que se passa no resto do mundo: um consumo mais consciente, maior interesse em sustentabilidade, incluindo estratégias de economia circular e uma procura crescente por produtos de alta qualidade e durabilidade.

Quando estudei design tive uma ótima professora em sustentabilidade, a Ana Thudichum Vasconcelos, que me ensinou desde cedo que um produto que não fosse projetado considerando o seu impacto sustentável, não seria um bom produto.

Desde sempre tentei encontrar as formas mais corretas, de acordo com cada paradigma. Felizmente, mais marcas e designers desenvolvem produtos nesse sentido; infelizmente, ainda muito acontece só a nível de ‘green washing’.

Qual é a experiência profissional mais marcante que teve na Alemanha, pela negativa e pela positiva?

A experiência que mais me marcou pela negativa foi um projeto em que senti que não me alinhava com o pensamento da equipa. Acredito que um produto relevante deve oferecer uma experiência ao utilizador que o distinga dos restantes. No entanto, a equipa com que trabalhava na altura apostava tudo no ‘storytelling’. O resultado final baseou-se nessa abordagem e, ainda hoje, considero que foi o pior projeto em que estive envolvida.

Pela positiva, são demasiadas experiências para escolher uma só. Mas destaco o momento em que recebemos dois prémios de ouro (e meio) nos iF Design Awards, um dos prémios de design mais relevante a nível mundial: um pela máquina de café Youn que desenhámos para a Ligre, outro pelo equipamento de mobiliário Pony, para a Gumpo, e o ‘meio’ por um produto da linha de eletrodomésticos de cozinha Infinite Line, da Samsung, onde fomos responsáveis pelo forno, sendo que os designers internos fizeram os restantes produtos da linha. Nesse ano, apenas a Apple nos ultrapassou, levando três prémios de ouro para casa.

Em termos profissionais, do que é que tem mais saudades em relação a Portugal?

Em Portugal, o ritmo de desenvolvimento de um projeto é mais lento, e isso não é necessariamente uma coisa má. Por vezes, as ideias precisam de tempo para amadurecer e tempo é algo que tenho dificuldade em encontrar em Munique.

Pensa regressar a Portugal e porquê?

Não é algo que exclua, mas também não é algo que planeie. Não gosto de fazer planos a longo termo, o futuro tem o hábito de contrariar as certezas, e prefiro deixar que seja o caminho a dizer para onde devo ir.

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SOS Voz Amiga ajuda em várias línguas com campanha da Uzina

O programa ‘Saved in Translation’, em parceria com a Samsung, presta agora o serviço de apoio telefónico em cerca de 21 línguas e é comunicado com uma campanha com planeamento de meios da Starcom (OOH) e da Cheil (digital)

A Associação SOS Voz Amiga está a disponibilizar a linha de apoio em cerca de 21 línguas, em parceria com o programa ‘Saved in Translation’, com a tradução em tempo real da Galaxy AI, da Samsung. O novo serviço é promovido com uma campanha da Uzina, com planeamento de meios da Starcom (OOH) e da Cheil (digital).

O serviço automático de intérprete em tempo real disponibilizado à Voz Amiga terá também vídeos de apresentação da parceria e uma ativação offline, que inclui autocarros decorados em Lisboa e Porto.

“A tecnologia tem o poder de aproximar as pessoas e derrubar barreiras. Com esta parceria, a Samsung reforça o seu compromisso de tornar a IA accessível para todos, neste caso garantindo que, através dela, mais pessoas podem ter acesso ao apoio emocional de que precisam, sem obstáculos linguísticos”, explica Nuno Parreira, diretor-geral da Samsung Portugal, citado em comunicado.

No âmbito desta parceria, a Samsung oferece à Associação SOS Voz Amiga 60 smartphones equipados com Galaxy AI, permitindo que os voluntários utilizem o sistema para traduzir chamadas em tempo real.

“Com esta parceria, damos um passo essencial para tornar a nossa linha de apoio mais inclusiva e acessível. O aumento do número de imigrantes em Portugal impõe a necessidade de adaptação dos nossos serviços, assegurando que ninguém seja deixado para trás devido a barreiras linguísticas ou falta de recursos”, explica Francisco Paulino, presidente da SOS Voz Amiga, citado em comunicado.

SOS Voz Amiga
Todos os dias das 15h30 às 00h30
Tel. 213 544 545 – 912 802 669 – 963 524 660

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Guinness celebra St. Patrick’s Day com campanha e ativações

O desfile de gaitas de foles (na foto) é amplificado com ações em bares e uma campanha da Leo Burnett Lisboa, com planeamento de meios da Dentsu Media e estratégia de marketing de influência da SamyRoad. Rodrigo Gomes e Luana do Bem promovem a iniciativa

A Guinness celebra o St. Patrick’s Day no sábado, 22 de março, com um conjunto de iniciativas que têm como elemento central um desfile de gaitas de foles em Lisboa, com cerca de 500 músicos de oito bandas portugueses e três espanholas. Comunicação ‘above-the-line’, ativações em pontos de venda, marketing de influência e uma campanha publicitária complementam a estratégia da marca de cerveja.

A ativação de marca é amplificada com ações em pontos de venda em oito bares em Lisboa (Bar Liverpool, O’Gilíns Irish Pub, Cheers Irish Pub Lisbon, The Meeting Point Irish Pub Lisbon, The George, The Couch Sports Bar Cais, O Bom O Mau e O Vilão e The Corner Irish Pub) com oferta de merchandising exclusivo.

“O St. Patrick’s Day é uma festa vibrante e, este ano, a Guinness quer trazê-la para junto dos portugueses, com experiências envolventes dentro e fora dos pontos de venda”, refere Rita Torres, gestora de marketing de marcas em incubação e representações comerciais da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, citada em comunicado de imprensa.

A iniciativa que celebra o santo padroeiro da Irlanda (a 17 de março) também é comunicada com uma campanha com criatividade da Leo Burnett Lisboa e planeamento de meios da Dentsu Media, sendo divulgada em exterior e digital, 23 de março, para reforçar a visibilidade da marca. O radialista e apresentador de televisão Rodrigo Gomes e a humorista Luana do Bem, embaixadores da marca, divulgam a iniciativa, numa estratégia de marketing de influência desenvolvida pela SamyRoad.

O desfile, na avenida da Liberdade a partir das 15h30, é acompanhado por um autocarro de dois andares customizado pela Guiness, onde convidados da marca poderão acompanhar o desfile de um ponto de vista privilegiado. O percurso, aberto ao público sem necessidade de compra de bilhetes, culmina no Rossio, onde um mercado temático e performances musicais dão continuidade à festa irlandês.

Para assinalar o St. Patrick’s Day em Portugal, a Sociedade Central de Cervejas e Bebidas, que distribui a marca no mercado português, estabeleceu ainda parcerias com plataformas de ‘e-retail’, para oferecer brindes e amostras através da Glovo e da plataforma de comércio eletrónico do El Corte Inglés.

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Kevin Huh é o novo presidente e CEO da LG Portugal

Nos últimos três anos, Kevin Huh (na foto) ocupa o cargo de vice-presidente da área de vendas e marketing de áudio a nível global, coordenando a estratégia internacional para expandir a presença da LG em vários mercados

Kevin Huh é o novo presidente e CEO da LG Portugal, sucedendo a Aiden Seo. Com cerca de 25 anos de experiência e liderança global na LG, Kevin Huh tem um percurso mais marcado nas operações de vendas e marketing, com foco no mercado norte-americano.

“Com a forte reputação da LG no mercado global, tenho plena confiança de que podemos continuar a inovar e a oferecer aos consumidores portugueses os melhores produtos e soluções. Juntos, com o apoio da minha equipa, vamos reforçar mais a nossa posição de líderes em diversos segmentos de produto e trabalhar de forma a alcançar posições cimeiras em novas categorias”, refere Kevin Huh, presidente e CEO da LG Portugal, citado em comunicado de imprensa.

Formado em literatura espanhola, em 1995, pela Hankuk University of Foreign Studies em Seul, na Coreia do Sul, Kevin Huh inicia a trajetória na LG em 1999, na gestão de produtos de televisão e áudio, tendo liderado o setor entre 2003 e 2008. Durante este período, é responsável pelo lançamento da primeira OLED TV no mercado norte-americano.

Nos últimos três anos, entre 2022 a 2024, ocupa o cargo de vice-presidente da área de vendas e marketing de áudio a nível global, coordenando a estratégia internacional para expandir a presença da LG em vários mercados, no segmento de áudio.

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Unilever investe 50% do orçamento publicitário em marketing de influência

“Criar sistemas de marketing onde outros consumidores possam falar pelas marcas, em larga escala, é incrivelmente importante. Influenciadores, celebridades e ‘tiktokers’ são as vozes que importam””, defende Fernando Fernandez, CEO da Unilever, desde março

A Unilever prepara-se para investir 50% do orçamento publicitário em marketing de influência. A intenção é revelada por Fernando Fernandez, CEO da Unilever, que em março substitui o neerlandês Hein Schumacher na liderança da empresa. Em 2025, o investimento em publicidade da Unilever vai crescer 15,5%.

“Há cerca de 19 mil códigos postais na Índia e 5.764 municípios no Brasil e quero ter, pelo menos, um influenciador em cada um desses sítios. Em alguns, quero ter uma centena”, justifica Fernando Fernandez, CEO da Unilever, citado no The Drum.

A intenção da empresa é multiplicar o número atual influenciadores digitais por 20. “Os nossos gastos em marketing passaram de 13% em 2022 para perto de 16% este ano, sendo que nas redes sociais o investimento cresce de 30% para 50% do gasto total. Trabalharemos com 20 vezes mais influenciadores em 2025”, revela.

Numa conversa com Warren Ackerman, diretor de investigação de produtos de consumo europeus do Barclays, naquela que foi a primeira intervenção pública após assumir o cargo, Fernando Fernandez revela que os maiores mercados da empresa são os primeiros a reforçar o investimento em marketing de influência.

“Hoje, as mensagens das marcas, por definição e por defeito, são recebidas com ceticismo quando vêm diretamente de entidades corporativas, pelo que criar sistemas de marketing onde outros consumidores possam falar pelas marcas, em larga escala, é incrivelmente importante. Influenciadores, celebridades e ‘tiktokers’ são as vozes que importam”, defende.

Presente em cerca de 190 países, a Unilever tem um portefólio de marcas que integra a Knorr, Axe, Ben & Jerry’s, Cif, Lux, Magnum, Omo, Rexona, Sunlight, Vasenol, Domestos, Surf, Comfort, Linic, Presto, Sun e Sunsilk. Estados Unidos e Índia são os maiores mercados da empresa de produtos de grande consumo.

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Summa faz ‘rebranding’ da RAR Açúcar

A marca atualiza o logótipo e o ‘packaging’ (na foto), associando um ‘storytelling’ a cada um dos produtos do portefólio. A primeira fase de comunicação nas redes sociais é desenvolvida pela agência Savvy

A nova imagem da RAR Açúcar, desenvolvida pela Summa, tem como objetivo unificar visualmente as diferentes gamas e fortalecer a imagem da marca. A campanha de publicidade está ainda a ser finalizada, mas a primeira fase de comunicação nas redes sociais é desenvolvida pela agência Savvy.

A empresa de refinação e comercialização de açúcar aposta agora num logótipo mais jovem e contemporâneo, com um azul vibrante, colocado nas embalagens como um ‘brand block’, presente em todos os produtos do portefólio: açúcar branco, amarelo, fino e mascavado cristais, macio escuro e macio claro.

Marco Castro, diretor comercial e de marketing da RAR Açúcar, refere, citado em comunicado de imprensa, que “este ‘rebranding’ representa um marco significativo na nossa trajetória, refletindo o compromisso contínuo com a inovação e excelência. As novas embalagens não só são mais contemporâneas e apelativas, como também incorporam informações detalhadas sobre a melhor utilização de cada produto”. ”

Esta mudança de identidade visual da RAR visa solidificar a ‘brand equity’ da marca junto dos consumidores e é uma homenagem à história e tradição, acompanhando a modernidade e as exigências do consumidor atual. “Além disso, estamos a reforçar a aposta na sustentabilidade, utilizando materiais recicláveis e promovendo práticas ambientais responsáveis. Acreditamos que esta nova identidade visual irá fortalecer ainda mais a nossa ligação com os consumidores, transmitindo uma imagem de confiança, modernidade e responsabilidade”, acrescenta Marco Castro.

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