“Estamos confiantes de que esta decisão é a melhor para a TIN”
Luís Delgado, que detém a empresa que edita a Visão, a Exame, a Activa e a Caras, entre outras publicações, candidatou a Trust in News ao Processo Especial de Revitalização (PER). A aprovação do plano garante a sustentabilidade da editora no curto prazo
Luis Batista Gonçalves
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A Trust in News (TIN) está dependente do resultado da candidatura que apresentou ao Processo Especial de Revitalização (PER) para garantir a sustentabilidade e a estabilidade a curto prazo e liquidar os ordenados que tem em atraso, um processo que se arrasta desde o final do ano passado. “Tivemos essa grande dificuldade no início de 2024, ainda acontece. Estamos a procurar normalizar a situação o mais rapidamente possível”, assume ao M&P Luís Delgado, proprietário da editora.
“A 30 de abril foi paga a maioria dos salários, dando prioridade aos mais baixos. Os restantes têm estado a ser regularizados todos os dias, de forma progressiva”, explica o dirigente, que, num email enviado aos colaboradores a 28 de maio, os informou da apresentação da candidatura ao PER no Juízo de Comércio de Sintra com a intenção de os tranquilizar depois das notícias vindas a público sobre os atrasos nos pagamentos.
“Este instrumento de gestão foi pedido após uma análise cuidadosa da situação financeira, com o objetivo de garantir a sustentabilidade e estabilidade a curto e longo prazo”, refere o documento. Até lá, a editora continua a funcionar normalmente. “Estamos confiantes de que esta decisão é a melhor para a TIN neste momento e também para todos os seus trabalhadores, colaboradores, fornecedores e credores”, defende Luís Delgado.
Nos últimos meses, além da saída de Mafalda Anjos da direção da Visão e de saída de Natalina de Almeida da direção da Caras, da Caras Decoração e da Activa, houve mais colaboradores a abandonar a TIN, que também detém os títulos Visão Saúde, Visão Júnior, Exame, Jornal de Letras, Exame informática, TV Mais, Prima e Holofote, uma situação que o dono da empresa desvaloriza.
“Alguns pediram para sair porque foram convidados para outros projetos, alguns deles para áreas que não têm a ver com a comunicação social. Têm sido mais saídas a pedido próprio”, assegura o empresário. Luís Delgado fundou a TIN em 2018 após adquirir os títulos que a integram à Impresa por €10,2 milhões. No início do ano, para fazer face às dificuldades, a editora lançou uma campanha de angariação de assinaturas “para apoiar o jornalismo e reforçar a democracia”, como anunciou na altura.