Metaverso vai movimentar milhões, mas não será para já, garante estudo

Por a 22 de Setembro de 2023

Embora continue a atrair largas centenas de marcas, empresas e organizações um pouco por todo o mundo, o metaverso está todavia longe de vir a ser a fonte de receitas que muitos vaticinavam aquando do seu aparecimento. Segundo um novo estudo da Bain & Company, esta plataforma imersiva pode vir a movimentar 900 mil milhões de dólares, cerca de 844 mil milhões de euros, até 2030, mas ainda vai demorar tempo a crescer, prevê a consultora.

“Poderá permanecer na fase embrionária em que ainda se encontra durante entre mais cinco a uma dezena de anos, mas as empresas que nela participarem podem converter-se nas vencedoras deste novo mercado”, assegura, em comunicado de imprensa, a empresa norte-americana, que abriu um escritório em Portugal o ano passado.

“Os diferentes ambientes do metaverso continuarão a ser plataformas independentes, enquanto as empresas que as desenvolveram procuram recuperar o seu investimento tirando partido do valor dos dados. Embora os videojogos sejam atualmente as aplicações líderes na plataforma, com centenas de milhões de utilizadores mensais, o fitness imersivo e o entretenimento poderão atrair muitos utilizadores a médio prazo”, refere ainda o documento.

“À medida que as aplicações para os consumidores e empresas se tornam mais imersivas e colaborativas, a Bain & Company considera menos provável que o metaverso se desenvolva como uma plataforma única. Os ambientes que já tenham um grande número de utilizadores procurarão ser cada vez mais atrativos, enquanto as plataformas mais pequenas se concentrarão em atrair um maior volume”, defende a consultora.

“Apesar das muitas incertezas quanto à evolução futura, o metaverso já está aqui. Embora se trate de uma tecnologia ainda em desenvolvimento e, por isso, não seja fácil prever com exatidão o alcance e o rumo que esta vai ter e tomar, vai ajudar a transformar, de uma forma particularmente disruptiva e ainda imprevisível, as mais variadas indústrias”, acredita mesmo Clara Albuquerque, partner da Bain & Company em Lisboa.

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