Greta: a nova livraria que só vende material produzido por mulheres

Inaugurada a 7 de setembro na zona dos Anjos, em Lisboa, Greta é uma livraria e espaço para venda de livros  escritos por mulheres (cis ou trans), independente da área de concentração (ficção, banda desenhada (HQ), livros infantis, história, estudos de género, poesia). O espaço tem ainda artes gráficas, revistas e zines produzidos por mulheres e está prevista a realização de debates, workshops e lançamentos de livros.
Natália Correia, Agustina Bessa-Luís, Rita Lee, Virginia Woolf ou Clarice Lispector são algumas das autoras em destaque na montra online e que inclui publicações feministas e ‘queer’.

Este é um projeto de Lorena Travassos, fotógrafa, doutorada em Ciências da Comunicação e professora de Cultura Visual/Fotografia em cursos livres e universidades, com especialidade em investigação em arquivos coloniais e estudos de gênero.

A prioridade passa por “disponibilizar livros que foram publicados em pequenas editoras ou por autopublicação e que, por isso, não estão disponíveis nas grandes livrarias”, pode ler-se no site da livraria.

“O nosso objetivo, com isso, é o de tornar acessível a publicação de grande qualidade”, mas que “não tem espaço para ser apresentada para o público”. Apesar de venderem apenas livros escritos por mulheres, o espaço “é aberto para qualquer pessoa interessada em conhecer as publicações e produtos artísticos produzidos por mulheres”, com o intuito de “construir um mundo mais justo e ético”.
Além de livraria, a Greta é ainda um “clube” onde, através de uma assinatura anual, os membros podem receber livros em casa, sendo que em algumas das modalidades, estes são escolhidos com a curadoria de Lorena Travassos.