92% da geração X usa as redes sociais todos os dias, mas poucas marcas investem nela, critica estudo

Por a 29 de Setembro de 2023

Segundo um novo estudo da agência global de media Wavemaker, 92% dos membros da geração X, compreendida por indivíduos entre os 45 e os 60 anos, já não vive sem as redes sociais, consultando-as todos os dias. Ainda assim, estão, todavia, longe de serem um alvo prioritário das marcas e das campanhas publicitárias desenvolvidas para estas plataformas digitais, lamentam os autores da investigação.

Apesar de ser responsável por 27% do consumo mundial, a geração X continua a ser menosprezada nas estratégias promocionais que empresas e insígnias vão materializando nas redes sociais, apesar de serem espetadores ativos e interessados, assegura a Wavemaker. Embora seja o grupo etário que mais tem vindo a crescer no TikTok, só 28% é que tem conta ativa nesta rede social.

A percentagem do investimento global das empresas para promoverem os seus produtos e serviços no seio da geração X não ultrapassa, no entanto, os 5%. “Há aqui uma enorme oportunidade para as marcas, uma vez que estes são, por norma, consumidores muito fiéis, leais e com uma grande capacidade económica. Os anunciantes não os deveriam menosprezar”, critica Zoe Bowen-Jones, senior insight director da Wavemaker.

“Os nossos estudos indiciam que é a mais fiel às marcas, tem uma maior capacidade de lhes prestar atenção e interage mais nas redes sociais, o que, em última instância, faz deles consumidores mais valiosos do que os mais jovens”, assegura ainda a analista.

Geração X sente-se pouco representada na publicidade atual

A pouca representatividade nos anúncios publicitários que são atualmente produzidos é outra das queixas dos membros da geração X. Apesar de representar 31% da população mundial, só é considerada em 4% dos estudos que são desenvolvidos, garante a Wavemaker. E só 24% dos spots publicitários exibidos em televisão é que integram personagens com mais de 50 anos. Entre os 19 e os 49, essa percentagem sobe para os 76%, avança a consultora.

“Este estudo retrata as necessidades, desejos e comportamentos nas redes sociais daquela que é a geração mais rica que alguma vez viveu no mundo. É preciso estar atento a estes consumidores, pois figuram entre os que mais poderão contribuir para o crescimento global dos negócios das marcas e das empresas”, defende também Stuart Bowden, global chief strategy officer da Wavemaker.

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