5 passos para construir uma marca pessoal
Quem pensa que marketing ou branding é um assunto apenas para empresas, marcas ou organizações, está completamente enganado. A ideia de criar e fortalecer uma marca – a nossa marca pessoal – pode e deve ser trabalhada por todos. Cada vez mais, a construção e gestão da imagem pessoal é essencial para sermos bem-sucedidos, reconhecidos e criar empatia com quem nos relacionamos.
Mas é importante fazer a distinção entre branding pessoal e marketing pessoal. Branding pessoal é o mesmo que gestão da marca, tem por objetivo construir uma marca que se destaque no mercado. Já marketing pessoal vai ajudar a construir essa marca, definindo quais são as estratégias ideais para o sucesso profissional e pessoal.
O personal branding (branding pessoal) começa a ganhar cada vez mais força, não só, entre figuras públicas, mas também, entre personalidades não mediáticas que pretendem marcar o seu posicionamento no mercado através da sua carreira e negócio. São pessoas que investem na sua reputação recorrendo a consultores especializados em imagem e comunicação. A maioria aposta na gestão da sua imagem e no seu comportamento na internet (presença em redes sociais, blogues, participação em fóruns, comentários a notícias e outras publicações), fomentando, assim, contactos e investindo em relacionamentos.
A verdade é que, as pessoas veem na internet uma forma gratuita e fácil de se evidenciarem publicamente e descobriram na comunicação digital uma ferramenta poderosa que lhes dá, de forma simples e imediata, voz e imagem, no fundo: um palco. Porém, esta presença digital só resulta em ganhos de reputação e notoriedade se for bem trabalhada. É por este motivo que pensar na gestão e marketing pessoal faz todo o sentido.
O sucesso desta estratégia é nunca se esquecer que tudo, absolutamente tudo, fala por si no que diz respeito à comunicação pública da sua marca pessoal.
Vejamos então cinco passos importantes para construir uma marca pessoal sólida e reputada:
#1 — Ter um plano: estratégia e objetivo
Assim como no marketing de qualquer produto ou serviço no mercado, o marketing pessoal também precisa de uma estratégia. O “eu” é o nosso principal produto, no entanto, uma grande parte das pessoas passa a vida sem traçar um plano de carreira consciente e consistente que procure alcançar as metas pessoais. Mesmo que tenha um objetivo bem definido para a sua carreira profissional, sem um plano, a probabilidade de se realizar é quase nula. Para planear questione-se: Como é a sua “embalagem”? Quais são as suas características principais?
#2 — Credibilidade e Essência
O objetivo de ter a imagem perfeita, apenas com bons atributos, não significa permissão para mentir em nome do bom branding pessoal. Credibilidade sempre, mentiras nunca. A questão essencial é acertar no modelo de comunicação eficaz, isto é, saber o quê, como, quando e de que maneira falar. E antes de falar e/ou escrever faça a revisão às suas afirmações e às escolhas que faz publicamente, no sentido de manter a sua credibilidade e a sua real essência.
#3 — Dizer “não” aos outros é dizer “sim” à sua marca
Pode ser irresistível, mas nem sempre aquela parceria ou contrato é a melhor opção para si. É imperativo negar parcerias que, de alguma forma, prejudiquem a sua imagem ou não se identifiquem com o seu discurso, valores e posição. Mais vale perder um contrato e preservar uma imagem sólida e respeitada. Por isso, associações que podem ser negativas para a sua marca pessoal devem estar fora de questão.
#4 — Coerência acima de tudo
O que se fala, o que se faz, o que se publica nas redes sociais, tudo tem de refletir a mesma imagem harmoniosa e estar em sintonia. Defina, antecipadamente, o que quer comunicar e edite, reveja sempre a informação – as suas escolhas e os seus comportamentos – de forma a cumprir escrupulosamente este conceito de coerência.
#5 — Ética, Educação e Elegância
Além dos três “C” do personal branding (clareza, consistência e coerência), fique sempre atento a estes três: ética, educação e elegância. Não se envolva em assuntos polémicos – política, religião e futebol não são bons temas – e evite entrar em discussões. Tratar as pessoas com respeito e cordialidade, bem como ser correto em tudo que faz (nem que seja politicamente!) definem o tipo de marca e aceitação que irá ter.
Venda o melhor do seu “eu”, mas com estratégia e sabedoria.
Artigo de opinião assinado por Raquel Garcez Pacheco, consultora de comunicação e diretora geral da Comunicar-se