comOn e ILGA Portugal promovem Pride Stands no Mundial do Catar por um futebol inclusivo

Se as cores do arco-íris não são permitidas no Mundial do Catar, entram em campo nos relvados virtuais. É este o conceito da iniciativa Pride Stands, desenvolvida pela comOn e pelo Studio Nuts para a associação ILGA Portugal com o objetivo de promover jogos seguros para as pessoas LGBTQIA+.

Os Pride Stands – Bancadas Pride, em português – surgem numa tentativa de mobilizar as pessoas a tornarem-se Proud Maroons e, assim, apoiarem as várias frentes de atuação deste grupo, nomeadamente, a comunidade LGBTQIA+ catariana, mesmo depois de terminado o Mundial 2022.

Raquel Martinho, bicampeã nacional de FIFA, é a embaixadora da iniciativa que pretende envolver a comunidade gamer. A ideia passa por colocar streamers a jogar FIFA no Twitch, à boleia do espírito do Mundial, mas em estádios nos quais as cores do arco-íris podem entrar.

Para tal, foram desenvolvidas imagens de estádios virtuais repletos destas cores, que estão disponíveis para qualquer streamer que as queira usar como background enquanto joga e também para qualquer pessoa que as queira usar em contexto de reuniões online.

Em comunicado, a comOn afirma que, “apesar das garantias da FIFA de que todas as pessoas seriam bem-vindas, este Mundial não se tem mostrado um evento seguro. Foram denunciadas detenções arbitrárias e violentas de pessoas com base na sua orientação sexual e identidade de género, com a promessa de libertação se aceitassem submeter-se a práticas de conversão. A utilização de cores arco-íris foi até reprimida nos estádios. Nenhuma pessoa fã de futebol deveria ter medo de mostrar as suas verdadeiras cores num jogo. Um arco-íris deveria representar orgulho, nunca medo. Se a única maneira de uma comunidade estar segura é em formato online, algo está mal no formato offline”.

A iniciativa Pride Stands pretende, ainda, amplificar o trabalho da equipa Proud Maroons, o primeiro grupo de apoiantes LGBTQIA+ de futebol no Catar.