Clara Pinto Correia regressa às crónicas no Página Um
O jornal digital Página Um passou a contar com Clara Pinto Correia como cronista. A primeira crónica ficou online esta sexta-feira. A cientista e escritora regressa a uma colaboração regular na imprensa portuguesa quase 20 anos após uma polémica, que envolveu acusações de plágio de uma crónica publicada na Visão.
Durante mais de uma década foi presença assídua na comunicação social, tendo passado pelo O Jornal, Diário de Notícias e revista Visão, com que colaborou até 2003. Clara Pinto Correia desenvolveu investigação no domínio da Embriologia no Instituto Gulbenkian de Ciências e nas universidades norte-americanas de Buffalo e Harvard.
“Já nem sei quando é que comecei a fazer crónicas, mas, pelo menos, em 1989 já mandava todas as semanas, de Buffalo para O Jornal, por uma novidade muito fina que era o fax, uma série de dois anos chamada The Big Easy, sobre o quotidiano na América profunda. Depois escrevi outra série para a revista de O Jornal, depois passei anos a escrever ao domingo para o Diário de Notícias, depois passei outros tantos anos a escrever para a Visão”, recorda Clara Pinto Correia noutro texto publicado no Página Um. “Até que, em 2003, enquanto eu estava nos Estados Unidos a concluir um projeto de investigação de prazo apertado, creio que é do conhecimento comum que a populaça me foi cortando os braços, as pernas, a cabeça, numa grande animação de linchamento na praça pública, ao mesmo tempo que fazia chorar muito os meus filhinhos que tinham ficado em casa sem mim. Agora os matulões vão nos trinta anos e já me encheram de netos, pelo que temos a certeza de que mais ninguém vai chorar por minha causa”, argumenta, a propósito do novo ciclo de crónicas.