Por que deve usar técnicas de storytelling para uma melhor experiência para o cliente

Por a 22 de Junho de 2022

Sabia que os melhores marketeers do mundo são os criadores de séries e filmes? Eles sabem, melhor do que ninguém, como atrair e reter um público por bastante tempo. Não seria ótimo se conseguíssemos oferecer a mesma experiência que as pessoas têm enquanto estão a ver a sua série preferida na Netflix, mas com a nossa marca? Completamente “engajed” com o conteúdo?

1. Criar conteúdo de fácil consumo (bingeable)
Vamos olhar de perto para os criadores de uma boa série de TV. Uma série consiste em múltiplos episódios. Vão construindo a história aos poucos, assim como as personagens. E nunca mostram tudo num único episódio, que normalmente acaba com um cliffhanger para o próximo – é por isso que as pessoas não conseguem parar de ver estas séries. Em marketing, no entanto, tentamos colocar todos os aspetos da nossa mensagem num único tipo de conteúdo ou numa campanha.
Por que não estamos a aplicar a mesma estratégia que estes criadores, e começamos a escrever o nosso conteúdo em episódios? Pode ser organizado por temporadas, e pode guiar o seu (potencial) cliente pela sua série através de resumos no início de um episódio e cliffhangers no final. E claro que pode usar trailers para chamar o público certo diretamente aos seus episódios.

2. Conteúdo evergreen/duradouro é o ouro do futuro
Se está a criar temporadas e episódios, poderá querer considerar criar evergreens – conteúdo que é inspirador e relevante para a sua audiência por muito, muito tempo. Não só quando você, o marketeer, tem que atingir os seus objetivos, mas porque está a criar conteúdo que é relevante para os membros do seu público para a altura que estejam abertos a ou tenham necessidade. Não é complicado – a única coisa que tem de entender é que nem todo o conteúdo que é criado no trimestre A é relevante para todos os membros do público nesse mesmo trimestre.
Quando se investe em criar uma base de dados de evergreens, o seu público poderá consumir conteúdo que tanto foi criado no trimestre A, no trimestre B ou C, ou até no próximo ano. Compare-o com uma série da Netflix que está pronta e à espera de público para vê-la de uma só vez, ou para ver aos poucos. O seu público decide quando é que quer, quando lhe apetece ou quando precisa de ver – você só precisa de estar preparado. Conteúdo evergreen é o futuro. Comece a investir agora e irá ver os resultados, ano após ano. Um bom efeito secundário é que tem uma influência positiva nos seus resultados de pesquisa orgânica.

3. Da estrutura de storytelling a conhecer o público
Nos últimos anos tenho estado a observar este mundo de filmes e séries. E durante a minha busca por coisas que os marketeers deviam saber sobre criar conteúdo, deparei-me com a “viagem do herói” de Joseph Campbell. Ele descobriu que há uma estrutura base para todas as histórias, por todo o mundo, em todas as culturas e transversal a todas as eras e chamou-lhe “a viagem do herói”.

De acordo com muitos guionistas, é a melhor maneira de tornar uma história num sucesso e de manter o público agarrado, do princípio ao fim. A viagem do herói pode ajudá-lo a criar melhores histórias. Mas eu descobri que não é o único uso desta matriz – também pode aplicá-la para o seu público. Porque eles também estão a fazer a mesma viagem, a seguir a mesma matriz na sua demanda pessoal. E é assim que consegue descobrir como ser relevante para o seu público nos seus episódios. Pode usar esta matriz para obter, antecipadamente, conhecimento sobre que conteúdo é relevante para o seu público num dado momento da sua viagem. Alguns exemplos são:
– A Aventura: Quais são os catalisadores para o seu público começar a procurar por respostas? Use os seus dados, e do Google, para isto.
– A Resistência: O que os impede de seguir com a sua busca? “Demasiado caro? “Não é para mim?” ou “Não conheço esta marca?”
– Amigos, Aliados e Inimigos: Quem é a sua concorrência, em termos de conteúdo? Não é a competição habitual de produtos ou serviços, mas onde irá parar o seu público quando procurar pelo tópico? E pergunte-se: consegue o meu conteúdo competir com aquilo? Deverei procurar outro catalisador para atrair este público? Ou posso fazer uma parceria com este competidor?

Isto oferece ao marketeers conhecimento sobre tópicos relevantes para conteúdo bingeable, mas também sobre estratégias de distribuição e, por exemplo, potenciais influencers com quem trabalhar.
No final do dia, beber do conhecimento dos criadores de filmes e séries vai torná-lo num melhor marketeer e isso irá beneficiar a experiência do seu cliente.

Artigo de opinião assinado por Carlijn Postma, branding strategist, fundadora da agência digital The Post e autora do livro Binge Marketing

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