Amar e confiar em quem é diferente e faz a diferença

Por a 14 de Abril de 2022

Júlia Almeida, PR & influencer marketing director da UPPartner

Afinal o que é confiar numa marca? Como podemos ter a certeza que a promessa que nos é feita será mesmo cumprida? O que é preciso fazer para que a confiança nas marcas seja criada e fortalecida?

Gostar de uma marca é acreditar que esta não desaponta, que apresenta coerência naquilo que apresenta e divulga, que defende diariamente os mesmos valores que partilha com os seus clientes e potenciais clientes. Com a pandemia criaram-se novos tipos de incertezas, inseguranças e até medos. O contexto levou a que a confiança passasse a ser um atributo ainda mais valioso para as marcas, especialmente as que querem manter os seus territórios e até conquistar novos.

A atual conjuntura em que o teletrabalho foi implementado “à força” em Portugal e no mundo, trouxe um ainda maior boom digital e levou as pessoas e as famílias à digitalização. Em paralelo criou novas oportunidades para as marcas comunicarem, para serem top-of-mind, amadas, gerarem confiança e, sobretudo, segurança, algo que tanto se procurava e procura.

A distância fez com que as pessoas mudassem a forma como interagiam com as marcas e isso levou-as a valorizar ainda mais aquelas que se conseguiram aproximar, e entraram nas suas casas com conforto e confiança numa fase difícil, fazendo como que aquela pessoa ou mesmo aquela família ultrapassasse os desafios em conjunto.

Os portugueses desejam marcas responsáveis, confiam nas que os ajudam a debater e a resolver problemas significativos da sociedade. Além disso, querem ter acesso a mais informações sobre responsabilidade social, talento interno, sustentabilidade, questões ligadas à diversidade e inclusão, entre muitas outras. Hoje, as pessoas procuram marcas com propósito, marcas que mostram as suas preocupações e o seu lado ‘humano’.

Mostrar que se é de confiança é fazer diferente, promovendo a diferença, pois nos dias de hoje não chega parecer, há que mostrar provas do que se é na verdade. Por outro lado, é preciso ter em conta que uma relação de confiança, como em tudo na vida, para ser bem-sucedida e sustentável no tempo, leva tempo a ser conquistada, implica dedicação e diferentes formatos e ferramentas de comunicação.

Mas como? Através de uma estratégia de comunicação integrada e devidamente articulada, que contemple vários formatos de comunicação, entre eles a publicidade, seja ela tradicional ou não, assessoria de imprensa, storytelling, branded content e, claro, o indispensável digital, em particular através das redes sociais, nas quais estas relações de confiança muitas das vezes se iniciam, mas cujo trabalho de as manter é cada vez mais exigente, sempre na iminência de estas rapidamente poderem terminar.

E por fim, como se mede a confiança? Não sendo uma tarefa fácil, a verdade é que continuamos a ouvir falar de love brands, marcas que conseguem passar a barreira da relação comercial, que na sua comunicação conseguem transparecer os seus valores, o seu propósito.

As marcas que conseguem estar sempre presentes no imaginário coletivo são aquelas que passaram as mensagens certas, mostraram os seus valores, defenderam causas, humanizaram-se. Tudo através de uma forte e bem estruturada estratégia de comunicação, implementada em diferentes áreas, canais e formatos. Marcas que já são o produto em si, como a Puma ou a Coca-Cola, mas, muitas outras, com que o consumidor já se sente tão próximo que a relação comercial depressa evoluiu para uma relação emocional.

Artigo de opinião de Júlia Almeida, PR & influencer marketing director da UPPartner

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