Sábado fecha maioria dos conteúdos do site a assinantes
É uma mudança significativa na estratégia digital da Sábado. A partir desta quinta-feira, o site apresentará, além de um novo grafismo, uma nova política de acesso aos conteúdos.
A quase totalidade dos conteúdos da Sábado online passam a ser de leitura exclusiva para assinantes. Na revista em papel, o leitor encontrará um código que permite aceder ao conteúdo premium durante uma semana. Haverá também uma aposta nas assinaturas exclusivamente digitais.
Em Dezembro, segundo o NetAudience, o site da Sábado teve um alcance de 1,78 milhões de pessoas, ficando à frente, por exemplo, da RTP (1,74 milhões), do Record (1,62 milhões) ou de O Jogo (1,58 milhões).
“Teremos 85 a 90 por cento do site fechado”, avança ao M&P Eduardo Dâmaso, director da Sábado, que promete “três edições diárias, de manhã, à tarde e à noite com manchetes e conteúdos exclusivos”, que podem passar por notícias, reportagens, explicadores, entrevista ou artigos de opinião. Apenas os assuntos da actualidade, como é o caso dos conteúdos relacionados com a covid-19, continuarão a ser de acesso livre. “O digital traz uma prioridade totalmente diferente. Somos uma revista semanal no segmento das newsmagazines e um diário digital de informação. No digital, a Sábado é um diário em concorrência com os outros títulos de informação diária”, indica. A redacção é composta por 26 jornalistas.
“Nos últimos dois anos fizemos uma grande mudança no digital, que nos colocou no campeonato dos 10 mais da imprensa generalista, mas não foi acompanhada por um investimento em termos de desenho e de capacidade tecnológica”, prossegue o director da Sábado. “A viragem para o digital é irreversível. Não há um grande meio de comunicação social que não esteja centrado no digital”, argumenta Eduardo Dâmaso, recordando que, antes da definição da estratégia digital, foram analisados “vários meios e experiências europeus. Percebemos que tínhamos de avançar para o modelo de assinaturas. É essencial para alargar a fontes de receita, que até aqui muito dependente do papel”. Apesar da posição da Sábado no NetAudience, Eduardo Dâmaso constata que “muito tráfego digital não significa que haja um acompanhamento directo por parte das receitas publicitárias”.
O director da Sábado sustenta também que os códigos publicados na revista, para aceder aos conteúdos fechados do site, serão uma forma de valorizar quem compra a revista em papel. “Pode parecer quixotesco, mas o digital também pode puxar pelo papel. Estávamos com bons números de venda em banca antes da covid-19, mas o contexto pandémico mudou tudo para toda a gente”, admite.
As assinaturas exclusivamente digitais prevêem várias opções e descontos, que podem ir da subscrição de um mês (6,99 euros) a um ano (119,80 euros). Está prevista a opção “experiência”, para novos assinantes, que custará dois euros, durante três meses.
O lançamento do novo site da Sábado será reforçado por uma campanha de publicidade, com criatividade a cargo da Partners, que além de estar presente nos suportes da Cofina Media, será divulgada nos canais SIC Notícias, TVI24, Hollywood, AXN e AMC, redes sociais e Google (search e display). Os anúncios destacam as várias vertentes da publicação, nomeadamente as áreas da política, investigação, ciência, economia, lifestyle e cultura.