Facebook financia programas da ABC, CNN e Fox News para plataforma Watch

Por a 7 de Junho de 2018

cnnAs cadeias de televisão norte-americanas ABC, CNN, Fox News, além da espanhola Univisión vão passar a contar com programas produzidos especificamente para plataforma de vídeo Watch recentemente lançada pelo Facebook. O anúncio foi feito esta quarta-feira pela rede social de Mark Zuckerberg, que, após vários anos focada no apoio aos conteúdos produzidos pelos utilizadores, se compromete agora a investir na produção de programas de vídeo junto dos grupos de media profissionais. À AFP, o Facebook confirmou que os oito novos programas que passarão a estar disponíveis gratuitamente na plataforma Watch que estão a ser financiados pela rede social, que cobrirá os custos de produção na fase de arranque e, de acordo com o The Wall Street Journal, entregará às estações um fatia das receitas publicitárias obtidas através dos anúncios exibidos ao longo dos formatos.

“Sabemos que o jornalismo de qualidade custa dinheiro e estamos empenhados em encontrar soluções e modelos de negócio que sirvam todas as partes”, afirmou esta quinta-feira durante o World News Media Congress, que decorre no Estoril, Cláudia Gurfinkel, head of Facebook News Partnerships para a América Latina, apontando como exemplo desse esforço a plataforma de vídeo Watch.

Entre os programas agora anunciados está, no caso da CNN, o novo programa de Anderson Cooper, que se irá chamar Anderson Cooper Full Circle e será transmitido diariamente e ao vivo através do Facebook Watch. Este programa é, nas palavras de Andrew Morse, responsável digital da estação norte-americana, “um sinal de que o Facebook está pronto para reconhecer e atribuir valor ao conteúdo exclusivo e ao jornalismo de qualidade”. No caso da ABC, além da emissão diária da estação, haverá na plataforma informações live quando surgirem eventos importantes, enquanto a Fox News contará com um programa comandado por Shepard Smith. O Facebook Watch está, neste momento, disponível apenas para os utilizadores da rede social no mercado norte-americano, podendo depois ser alargado a outros mercados, referiu ainda Cláudia Gurfinkel.

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