Dona do Google fecha último trimestre com receitas a crescer 24% mas lucros aquém do esperado

Por a 2 de Fevereiro de 2018

GoogleO último trimestre de 2017 foi o melhor trimestre de sempre para a Alphabet, holding que detém o Google, superando o anterior, com as receitas a crescer 24% face ao período homólogo para os 32,3 mil milhões de dólares. No entanto, os resultados ficaram aquém da previsões dos analistas e das expectativas dos investidores, com os lucros de 9,70 dólares por acção abaixo das projecções a rondar os 10,04 dólares. As receitas da Alphabet vêm quase exclusivamente do Google, sendo que as receitas do gigante online são maioritariamente receitas de publicidade. De acordo com os números agora apresentados, no último trimestre de 2017 as receitas publicitárias atingiram os 27,2 mil milhões de dólares, ou seja, um peso de 85% nos 32,3 mil milhões de receitas registadas.

Esta situação explica também os resultados aquém do esperado já que, apesar de terem crescido, as receitas de publicidade têm cada vez mais origem em anúncios mobile e em vídeos do YouTube. No caso dos primeiros, o encaixe financeiro é significativamente mais baixo por clique comparativamente aos clique em desktop, sendo que no período o custo por clique terá caído cerca de 14%. Depois, no YouTube, as receitas sofreram com os problemas gerados pela retirada de várias marcas na sequência do aparecimento de anúncios ao lado de conteúdos extremistas.

Além disso, contribuíram para este resultado factores como o aumento dos pagamentos a parceiros de buscas na internet ou os impostos associados à nova reforma fiscal da Administração Trump, aprovada em Dezembro. A Alphabet aponta que os custos de aquisição de tráfego, pagamento a fabricantes de telemóveis e pagamentos a browsers e parceiros aumentaram em 6,5 mil milhões de dólares, o que representa 24% da receita publicitária alcançada pelo Google.

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