APCT: Primeiro semestre encerra com quebra de 9% nas vendas dos diários generalistas
Correio da Manhã, Diário de Notícias, Jornal de Notícias e Público, os quatro diários generalistas auditados pela APCT, venderam em média menos 16.055 exemplares por dia durante o primeiro semestre deste ano, uma quebra na ordem dos 9%. Nenhum dos títulos de informação geral, contando também com o semanário Expresso e com as newsmagazines Sábado e Visão, escapou às quebras na circulação impressa paga nos primeiros seis meses de 2017. Nem mesmo o digital parece trazer notícias animadoras para os grupos de media nacionais já que, embora todos os títulos, à excepção do Correio da Manhã, registem subidas na circulação digital paga, o Público é o único entre todos os títulos de informação geral a encerrar o semestre com saldo positivo: o diário da Sonaecom cresce 3,6% na circulação total paga.
Apesar de continuar a ser o líder incontestado em circulação impressa paga, o Correio da Manhã protagonizou a maior quebra em volume, ao vender em média menos 9.993 exemplares por dia durante os primeiros seis meses desta ano, com uma circulação impressa paga de 87.872 exemplares que compara com os 97.865 exemplares vendidos em média no período homólogo em 2016. Esta descida do diário da Cofina, de 10,2%, é a segunda mais acentuada em termos percentuais já que, embora representando menos volume, a maior quebra percentualmente pertenceu ao Diário de Notícias. O título do Global Media Group viu a sua circulação impressa paga cair na ordem dos 14,7%, de 11.940 exemplares no primeiro semestre de 2016 para 10.183 exemplares nos primeiros seis meses deste ano. Do mesmo grupo, o Jornal de Notícias continua a ser o segundo diário generalista mais vendido mas desceu 7,86%, de 49.986 exemplares para 46.055 exemplares. O terceiro mais vendido é o Público, que regista a quebra menos acentuada ao descer de 18.370 exemplares para 17.996 exemplares, uma descida de apenas 2,04%. Olhando apenas para as vendas em banca, o Correio da Manhã registou uma média entre Janeiro e Junho deste ano de 87.195, uma descida de 10% em relação ao mesmo período em 2016. Seguem-se o JN com 38.549 (-10%), o Público com 13.096 (-2%) e o DN com 7.667 (-17%).
Alargando a análise ao Expresso, o único semanário com números auditados pela Associação Portuguesa para o Controle de Tiragem e Circulação, os números seguem a mesma tendência. O semanário da Impresa registou entre Janeiro e Junho deste ano vendas em papel na casa dos 67.658 exemplares, uma quebra de 7.503 exemplares (-10%) face ao período homólogo. Nas newsmagazines mantém-se a liderança da Visão, com 55.682 exemplares (-7,97%), enquanto a Sábado registou 39.743 (-5,43%). Destaque para o facto de a Visão, newsmagazine que está entre os títulos que a área de publishing da Impresa pretende vender ou encerrar, ter sido o único de todos estes a registar uma subida nas vendas em banca, ao passar de 20.279 para 20.537, um ligeiro crescimento de 1%.
Ao nível da circulação digital paga, o Expresso lidera destacado com 23.041, um crescimento de 12% comparativamente aos primeiros seis meses de 2016. Na segunda posição surge o Público, que é líder no digital entre os diários, com uma circulação digital paga de 13.517, uma subida de 12,3%. Seguem-se o JN com 5.136 (+30,4%), o DN com 3.507 (+73,6%) e o Correio da Manhã, que com 1.024 (-12,4%) é o único título a sofrer quebras também no digital. Entre as newsmagazines, a Visão lidera com uma circulação digital paga de 6.541 (+16,9%), seguindo-se a Sábado com 1.703 (+15,8%).
No total, o Expresso mantém a posição jornal de informação geral com maior circulação paga total com 90.699, número que, no entanto, representa uma quebra de 5,32% face ao período de Janeiro a Junho de 2016. Seguem-se o Correio da Manhã com 88.896 (-10,24%), o JN com 51.191 (-5,07%), o Público com 31.513 (+3,63%) e o DN com 13.690 (-1,93%).