“As startups não são uma moda mas sim um novo paradigma de inovação e colaboração empresarial”
É já esta terça-feira, dia 24 de Novembro, que decorre o Lisbon Challenge Tourism Day, promovido pela Beta-i, em parceria com a Airbnb. O encontro tem como objectivo discutir as tendências futuras do sector do turismo e startups, com alguns dos players relevantes no mercado, como a Airbnb, Turismo de Portugal ou o Pestana Hotel Group.
Pedro Rocha Vieira, CEO da Beta-i, explica o que os participantes podem esperar desta edição. “Acima de tudo, ali serão debatidas as futuras tendências do sector, ao mesmo tempo que podemos conhecer algumas das startups que trabalham com enfoque nesta indústria, que é um sector estratégico de inovação em Portugal, e cujas receitas já representam cerca de 8% do PIB do país. Só até Agosto deste ano, os turistas estrangeiros deixaram em Portugal mais de 31 milhões de euros por dia”.
O responsável dá exemplos dos temas que serão abordados neste evento: “A forma como a tecnologia e a inovação têm influenciado a indústria do turismo, a forma como se propõe romper com os modelos tradicionais de negócio, ou a forma como as startups estão a moldar este sector, a partir de Portugal para o mundo. Nesse particular, a parceria que fechámos nesta edição com a Airbnb é uma mais-valia, pois também nos dá acesso à experiência e insights desta marca, já presente em mais de 190 países e 34 mil cidades, e que soube criar em pouco tempo um serviço inovador e diferenciador, por exemplo”.
A organização estima a presença de 200 pessoas no evento, entre fundadores de startups do sector, investidores internacionais, empreendedores de sucesso e impulsionadores de empreendedorismo, “promovendo uma rede de relações que potencia o crescimento, internacionalização e financiamento destes projetos emergentes”.
Balanço do programa The Lisbon Challenge é “muito positivo”
O Lisbon Challenge foi considerado o quarto acelerador europeu mais dinâmico, pela Fundacity, e a Beta-i foi considerada, no ano passado, a maior promotora de empreendedorismo e startups em Portugal, um prémio atribuído pela European Enterprise Promotion Awards, um organismo da Comissão Europeia. Recentemente fomos também considerados parceiros do ano pela Portugal Ventures.
“Estes prémios, para além do óbvio orgulho que nos dão, impulsionam-nos para continuar a trabalhar no sentido de entregar os melhores programas de aceleração. Programas como o já referido Lisbon Challenge, o Beta-start, ou os programas de aceleração verticais que estamos agora a desenvolver, em particular o Deloitte Digital Disruptors e o Protechting, permitem-nos atrair startups de base tecnológica em indústrias específicas e em franco crescimento, e ao mesmo tempo ter uma ligação forte a grandes empresas, numa lógica de inovação aberta”, refere o responsável.
Na opinião de Pedro Rocha Vieira, Portugal tem feito um caminho “muito positivo” no apoio ao desenvolvimento de startups. “Lisboa em particular tem vindo a assumir-se gradualmente como uma startup city ao longo dos últimos anos, e com base numa estratégia concertada e pelo esforço de vários actores, desde aceleradoras, incubadoras, investidores, mas essencialmente devido ao sucesso de várias startups, em particular a Uniplaces, GuestCentric, Guest-U, B-Guest, Hole19, Jitt, Invine, MYGON, StoryTrail, YoubQ, entre muitas outras, que têm conseguido obter investimento nacional e internacional e crescido de forma agressiva”.
Com a vinda da WebSummit para Lisboa, “todo este movimento é acelerado e ganhamos pelo menos 10 anos em termos de visibilidade e credibilidade internacional. Os media internacionais começam a comparar a nossa capital a São Francisco ou Berlim, e consideram que se trata de uma das melhores cidades para se visitar da Europa. Acredito que está na altura de mostrar de que não se trata tudo de uma coincidência, e que o ecossistema de startups de Lisboa é realmente dinâmico, fértil, e começa dar notas de que está a amadurecer. E isso acaba por se propagar ao restante universo nacional de startups e empreendedores, pois este é assenta numa estrutura quase capilar”. “As startups não são uma moda mas sim um novo paradigma de inovação e colaboração empresarial e acreditamos que a Beta-i pode continuar a ter um contributo muito relevante para optimizar o valor para este ecossistema”, conclui.