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Medes tu ou meço eu?

A discussão em torno dos critérios de medição da publicidade online não é nova, mas é um tema ainda mais premente quando se fala de um meio tão dinâmico e em constante mutação como é o caso do online.

Pedro Durães
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A discussão em torno dos critérios de medição da publicidade online não é nova, mas é um tema ainda mais premente quando se fala de um meio tão dinâmico e em constante mutação como é o caso do online.

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A discussão em torno dos critérios de medição da publicidade online não é nova, mas é um tema ainda mais premente quando se fala de um meio tão dinâmico e em constante mutação como é o caso do online. A questão sobre qual a melhor forma de medir o sucesso e eficácia das campanhas de publicidade na internet voltou a ser colocada em cima da mesa na semana passada, durante o evento Creative Confidential promovido pela Microsoft, em Lisboa, com a Microsoft Advertising a lançar um apelo à indústria publicitária no sentido de se passar a adoptar o tempo de permanência como forma de medição efectiva das campanhas de marca digitais, relegando o método habitual das taxas de clique (click-through rate ou CTR) e impressões de página exclusivamente para os casos em que se trata de campanhas de resposta directa. Para os responsáveis da Microsoft Advertising, desenvolver campanhas capazes de maximizar o tempo de permanência é o caminho para alcançar bons resultados nas campanhas de publicidade online. Na base do apelo por parte da empresa norte-americana, que não hesita em classificar esta forma de medição como a melhor para avaliar campanhas, esteve o estudo Dwell on Branding conduzido pela própria Microsoft em colaboração com a Eyeblaster. O estudo, que incidiu sobre 20 campanhas de publicidade online na Europa (10 com tempos de permanência elevados e 10 com tempos de permanência reduzidos) pelo período de seis meses, combina dados da Eyeblaster e da comScore e analisa as potencialidades do tempo de permanência para a criação de uma marca. “Os nossos dados demonstram que é 25 vezes mais provável que os consumidores despendam mais tempo útil com um anúncio rico em conteúdos multimédia do que a clicar no mesmo. O tempo médio gasto na interacção com este tipo de anúncio é de 53 segundos, o que é praticamente equivalente a optar activamente por visualizar dois anúncios televisivos de 30 segundos, sem intervalo”, referiu Dean Donaldson, director of digital experience da Eyeblaster. De acordo com o estudo, cujos resultados foram apresentados durante o seminário, quanto maior for o tempo de permanência obtido por um anúncio, mais positivo será o comportamento do consumidor relativamente à marca após a visualização do mesmo. Comparando resultados entre o agrupamento de campanhas com maior tempo de permanência e aquelas que registam menor tempo de permanência, o estudo analisou o comportamento dos consumidores após a exposição aos anúncios e conclui que os primeiros registam uma eficácia três vezes superior no que diz respeito ao estímulo de search com base em marcas. Resultados que reflectem uma monitorização de quatro semanas após o visionamento dos anúncios e não apenas em resposta imediata. Segundo números avançados pelo estudo, os consumidores que estiveram em contacto com campanhas com fracos tempos de permanência revelam 12 por cento de probabilidade de vir a fazer uma busca pela marca enquanto nos casos em que viram campanhas que alcançam elevados tempos de permanência esse número chega aos 39 por cento, revelando uma eficácia mais de três vezes superior. Situação que não é tão evidente no que se refere à visita aos sites das marcas, mas que ainda assim regista também um aumento significativo. De acordo com o estudo, as campanhas com elevados tempos de permanência têm uma probabilidade maior em 70 por cento de atrair visitas ao site das marcas e gerar impressões de página quando comparadas com as campanhas de baixo tempo de permanência, números que se reflectem também no tráfego gerado nas páginas, com mais 125 por cento de pageviews e mais 83 por cento de minutos despendidos pelo utilizador.

Mas afinal, como se consegue alcançar uma campanha com elevado tempo de permanência? Neste aspecto, os responsáveis da Microsoft destacam o papel preponderante da criatividade. Mas, para lá desse factor determinante, também o formato e estratégia escolhidos pelas marcas desempenham um papel de destaque, sendo que também aqui o estudo Dwell on Branding aproveita para demonstrar a inexistência de correlação entre as duas formas de medição. Com base nos dados obtidos pelo estudo, “um formato que é eficaz em gerar click-throughs não é necessariamente eficaz a gerar tempo de permanência”, situação que se verifica por exemplo com as faixas de vídeo num site, que geram elevados tempos de permanência (dos formatos testados pelo estudo registam o valor mais elevado) mas com fracas taxas de clique, enquanto os anúncios flutuantes são os que alcançam mais cliques mas correspondem ao formato que gera menos tempo de permanência.

O que dizem os operadores

“À medida que as ferramentas e tácticas de interacção do utilizador evoluem, é cada vez mais notória a necessidade de existir uma forma de medição que avalie adequadamente a forma como o público responde e interage com um anúncio em tempo real. Se se avaliar o êxito de uma campanha de marca apenas com base em cliques, arriscamo-nos a considerar campanhas bem sucedidas um fracasso”, alertou, durante o seminário Creative Confidential, Diogo Marnoto, responsável pela Microsoft Advertising em Portugal. O responsável acrescentou ainda que “ao subestimar o poder dos tempos de permanência, os anunciantes estão a perder uma oportunidade de melhorar o benchmarking do meio online em relação à televisão, à rádio e às publicações impressas”, assegurando que “o tempo de permanência constitui uma medida extremamente precisa do tempo despendido na interacção activa com um anúncio e, nesse sentido, é semelhante às tradicionais oportunidades de visualização utilizadas noutros meios. Por este motivo, é muito mais fácil de compreender e avaliar por parte das direcções de marketing”.

Quererá isto dizer que a medição através de CTR deveria ser abandonada pelos operadores? Ou este continua a ser um método de medição válido? “O online é um meio agregador de meios, com conteúdos em texto, vídeo e áudio, por isso não existe uma única medida mas sim um conjunto de medidas de retorno publicitário. O CTR ainda é um indicador de performance válido e útil, sobretudo quando falamos de formatos standard. O utilizador de internet tem comportamentos diferentes consoante os sites ou aplicações que visita”, refere Bernardo Rodo, managing director da OMG Digital. Também Jorge Laranjinha, director-geral da Creative Partner, considera que a utilização desta métrica não deverá ser abandonada: “O CTR é uma medida actual e irá permanecer mas sempre em paralelo com outras. Para algumas campanhas será a unidade de medida mais adequada, enquanto noutros casos não deve ser usada. Por exemplo, uma das principais utilidades do CTR é avaliar a qualidade das peças criativas e, com esta medida, podemos ter uma percepção se estamos no caminho certo ou não. Este facto nunca deixará de ser válido.”

Relativamente à questão de se adoptar uma única métrica para online, os operadores ouvidos pelo M&P não reconhecem este como sendo o caminho adequado. “O mercado não deve convergir para uma única unidade de medida mas sim disponibilizar várias unidades para que os clientes tenham ao seu dispor as que melhor respondem aos seus objectivos. A tentativa de indexar todos os meios ao custo GRP é um erro, o mercado está a mudar e, em vez de se tentar colocar variáveis usadas no passado nos novos meios, devemos repensar as variáveis do passado e aprender com estes novos meios. O mundo está a mudar nesta área e, como tal, as medições devem acompanhar as mudanças”, defende Jorge Laranjinha. Bernardo Rodo, por seu turno, alerta para o facto de que “centrar a discussão no CTR é redutor, pois é apenas um dos indicadores de eficácia. Naturalmente que a exposição ao banner, e aqui falamos ainda de formatos standard, contribui para a notoriedade da campanha, mesmo antes do clique. Comprovamos este efeito com o aumento de visitas a um determinado microsite de campanha em utilizadores que viram a criatividade, não clicaram, e foram mais tarde ao site através de um motor de pesquisa”. “Quando falamos de formatos ricos em conteúdos (rich media, in-streaming) o tempo de permanência ganha maior relevância. Isto porque estes formatos foram concebidos para fazer chegar o conteúdo ao utilizador sem que este tenha necessariamente de clicar para conhecer a proposta da marca”, acrescenta.

Questionado sobre se concorda com a proposta e apelo lançados pela Microsoft Advertising, que defende a utilização do tempo de permanência como métrica mais adequada para a publicidade online, relegando o CTR para a medição apenas de campanhas de resposta directa, Jorge Laranjinha é peremptório: “Não concordo com nada que diga a alguém qual o caminho a seguir. Todas as variáveis são úteis mas nunca únicas. Essa variável sempre foi usada no meio digital para as campanhas em que ela seja importante, mas nunca como unidade única de medida. É uma medição válida para algumas campanhas que tenham como objectivo uma interacção com o utilizador sem o conduzir para o seu site mas noutros casos pode não ser esse o nosso objectivo.” Bernardo Rodo lembra que “o tempo de permanência é eficaz e já é utilizado para formatos ricos em conteúdos, sobretudo porque estes formatos, mais intrusivos, foram concebidos com esse objectivo, efeito que se reflecte no próprio preço do espaço”. Mas aponta também aqui o facto de que “este critério é redutor e não pode ser isolado de outros critérios igualmente válidos, até porque o tempo de permanência não permite ainda avaliar com eficácia o banner standard, menos fun, mas que continua a ser um formato com resultados comprovados. O CTR é a primeira linha de análise da resposta directa, antes da conversão, mas continua a ser útil para outros objectivos, até porque existe um efeito de notoriedade que é muitas vezes descurado numa análise demasiado restrita de resposta directa.” Para Jorge Laranjinha há uma parte da proposta que não faz sentido, quando se fala em relegar o CTR para medição de campanhas de resposta directa. “O CTR não pode ser visto como avaliação de campanhas de resposta directa, para isso existem outras variáveis mais importantes. E esta medida é também útil noutros contextos. Temos um exemplo da utilidade desta medida na avaliação, por exemplo, de peças criativas ou formas de comunicar com os utilizadores”, aponta.

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A Padaria Portuguesa recorre ao recrutamento sénior para mudar paradigma

A marca de restauração, que fatura €44 milhões e está à venda, lança campanha de recrutamento (na foto) para atrair candidatos com mais de 55 anos. O atendimento representa 47,2% do total das queixas apresentadas em 2024 contra A Padaria Portuguesa

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A cadeia de restauração A Padaria Portuguesa está a recorrer ao recrutamento sénior para rejuvenescer os quadros e melhorar o atendimento. A intenção é atrair candidatos com mais de 55 anos, como os que protagonizam a campanha ‘N’A Padaria Portuguesa, o Talento Não Escolhe Idades’.

“Acreditamos que o talento sénior é uma peça fundamental para o sucesso das organizações e esta campanha reflete o nosso compromisso em valorizar a experiência e a diversidade nas nossas equipas. Num momento em que o mercado de trabalho em Portugal enfrenta desafios de inclusão e transformação, queremos ser um exemplo positivo, mostrando que todos têm um papel a desempenhar, independentemente da idade”, justifica Susana Rosa, diretora de recursos humanos da empresa, citada em comunicado de imprensa.

A campanha avança cerca de três semanas após a divulgação de notícias que revelam que o número de queixas contra A Padaria Portuguesa aumenta 20% em 2024, face a 2023, com o atendimento a representar 47,2% do total. Segundo o Portal da Queixa, os principais aspetos criticados são a simpatia, a eficiência e o profissionalismo dos funcionários, um paradigma que a empresa pretende mudar.

“O setor da restauração, em particular, beneficia de equipas equilibradas, em que a energia dos mais jovens combina com a maturidade e estabilidade dos mais experientes. Os nossos colaboradores com mais de 55 anos já demonstraram o impacto que a sua dedicação e sabedoria têm no dia a dia”, salienta Susana Rosa.

A intenção também é melhorar a imagem da marca numa altura em que A Padaria Portuguesa, que fatura anualmente cerca de €44 milhões, está à venda. O processo, tornado público no início de dezembro de 2024, está a ser assessorado pelo banco de investimento internacional Haitong Bank.

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Marcas estão a falhar no planeamento de meios

As marcas poderiam aumentar a notoriedade em 50% ou mais ao combinarem diferentes canais de comunicação com objetivos de impacto em vez de alcance, de acordo com um estudo da Saïd Business School da Universidade de Oxford

As marcas estão a utilizar uma combinação ineficaz de canais de comunicação para divulgar as campanhas publicitárias, de acordo com um novo estudo da Saïd Business School da Universidade de Oxford. A análise revela que vários anunciantes otimizam o alcance das campanhas em vez de se concentrarem nas métricas que produzem um maior impacto.

O estudo conclui que as atuais práticas de marketing estão “longe de ser ótimas” e que as marcas poderiam aumentar a notoriedade em 50% ou mais, ao combinarem diferentes canais de comunicação com objetivos de impacto em vez de alcance. A análise baseia-se num conjunto de dados da Kantar relativo a 1083 campanhas multicanais, realizadas por 557 marcas em 23 setores e 51 países, entre 2008 e 2019. O gasto médio apenas com o planeamento de meios das campanhas nos Estados Unidos, que integram o conjunto de dados usados no estudo, é de 12 milhões de dólares (€11,7 milhões).

Segundo os investigadores, a indústria publicitária otimiza frequentemente as campanhas em função do alcance, porque é mais fácil de medir e porque existe a impressão de que todos os resultados provêm da obtenção de níveis elevados de alcance. No entanto, esta abordagem ignora as métricas de marca em detrimento da tentativa de impulsionar as vendas – as campanhas mais eficazes têm em consideração ambas.

O estudo centra-se em métricas de marca, como : associação (a facilidade com que uma marca é identificada por um ‘slogan’ ou um ‘jingle’, por exemplo), notoriedade assistida (recordação de uma marca com um estímulo), notoriedade não assistida e motivação (intenção de compra).

80% das campanhas estudadas situam-se perto das duas pontuações mais elevadas de eficácia de alcance, mas apenas 8% o fazem relativamente às duas faixas de eficácia mais elevadas para as métricas da marca. A televisão combinada com vídeo online e ‘display’ (presente em 23% das campanhas) “nunca oferece o melhor desempenho”, independentemente dos objetivos da campanha, de acordo com os investigadores.

A melhor combinação para as marcas de produtos de grande consumo é a televisão, o Facebook e a publicidade exterior, que aparece em apenas 8% das campanhas. No entanto, esta combinação não é tão eficaz noutras categorias.

“Os gestores de marketing devem considerar a funcionalidade única de cada canal em relação aos outros canais disponíveis, bem como o seu potencial de complementaridade no plano de meios. Assim, o valor de um canal não é apenas o número de visualizações que se podem comprar, mas sim o que se pode fazer com uma visualização”, acrescentam ainda os investigadores.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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NetAudience: TVI reforça liderança em mês de queda da Global Media

A TVI volta a liderar o ranking netAudience de Entidades da Marktest, em dezembro, com 37,8% de quota face aos 35,4% em novembro. A SIC mantém-se em segundo lugar. A plataforma Nónio, com um alcance de 60%, ocupa o primeiro lugar do ranking netAudience de Redes

Em dezembro, a TVI mantém-se na liderança do ranking netAudience de Entidades da Marktest, com um alcance de 37,8%, face aos 35,4% registados em novembro. O segundo lugar volta a ser ocupado pela SIC, com 31,3%, um valor abaixo dos 32,5% do mês anterior.

Os dois canais estão separados por 554.622 utilizadores, cerca do dobro em comparação com novembro de 2024, quando a diferença é de 252.360. As plataformas digitais do canal da Media Capital registam um alcance de 3.247.780 indivíduos e as da estação da Impresa chegam a 2.693.158 consumidores.

O terceiro lugar volta a ser ocupado pelo Correio da Manhã, que no mês anterior tinha sido destronado pelo JN, com um ‘share’ de 29,3% e 2.520.197 leitores, revela a análise de audiências auditadas, agora divulgada.

Em quarto lugar, figura o jornal diário da Notícias Ilimitadas, com uma décima de diferença em relação ao título ao título da Medialivre. Com uma quota de 29,2%, o JN está à frente do Expresso, novamente em quinto, com 25,5%.

A sexta posição também se mantém inalterável, ainda que a NiT veja o ‘share’ descer dos 25,5% de novembro para 24,7%. O Observador conquista novamente o sétimo lugar do ranking, com 24,5% e uma diferença de 1,5% em relação ao Postal do Algarve, que se aguenta no top 10, na oitava posição, com 23%.

O nono lugar do ranking, que a Marktest apresenta mensalmente desde maio de 2019 com os números relativos ao alcance agregado dos títulos das entidades subscritoras com tráfego auditado, é ocupado pelo OLX, que sobe uma posição, ao atingir uma quota de 20,6%, trocando de lugar com a Flash. Com 19,8% de ‘share’, o site que acompanha a vida das figuras públicas fecha o top 10.

 

 

O ranking netAudience de Redes da Marktest é dominado, em dezembro, pela Nónio, com um alcance multiplataforma de 60%, face aos 61,8% do mês anterior. Em termos totais, é acompanhado por 5.153.509 indivíduos. Está à frente da Media Capital, novamente em segundo lugar, com um ‘share’ de 46,9% e 4.032.702 pessoas alcançadas.

Em terceiro lugar, permanece a Impresa, com 41,6%, mais 1,1% do que a Medialivre, que figura em quarto lugar com 40,5%. Os dois grupos de media estão separados por 90.708 indivíduos, dado que a da dona da SIC termina o mês com 3.573.944 utilizadores e a rede da antiga Cofina com 3.483.236.

O Global Media Group desce da quinta para a oitava posição, com uma quota de audiência de 18,2%, um valor abaixo dos 40,5% de novembro, passando o quinto lugar a ser ocupado pela rede da Notícias Ilimitadas, que detém títulos como JN, TSF, Notícias Magazine, O Jogo, Volta ao Mundo e Evasões, com um ‘share’ de 34,4%.

 

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Grupo L’Oréal quer captar talento jovem

Dirigida a estudantes e profissionais entre os 18 e os 30 anos, a competição global Brandstorm (na foto) oferece aos vencedores um estágio de três meses na L’Oréal, em Paris. Em 2024, a equipa portuguesa da Nova SBE conquista o primeiro lugar na final ibérica

As inscrições para o Brandstorm, competição global do Grupo L’Oréal que pretende atrair os melhores jovens talentos, estão abertas até 20 de março. Dirigido a estudantes e profissionais entre os 18 e os 30 anos, o concurso é desenvolvida em parceria com a Divisão de Produtos de Grande Consumo do Grupo L’Oréal.

O desafio deste ano procura reescrever as regras da beleza e do cuidado pessoal masculino, colocando o mercado de homem no centro da estratégia. A competição incentiva os participantes a utilizarem a tecnologia para criar dispositivos, produtos e/ou serviços inovadores que empoderem os homens, quebrem estereótipos e respondam às necessidades específicas destes consumidores.

“Nos últimos anos, os homens têm demonstrado um interesse crescente pelo cuidado da sua imagem e merecem produtos e rotinas que lhes falem diretamente. Por isso, este ano, queremos inspirar soluções inovadoras que redefinam a forma como nos conectamos com esta audiência e, ao mesmo tempo, identificar talentos que moldarão o futuro da beleza”, salienta Blanca Muñoz, diretora de talento da L’Oréal Espanha e Portugal, citada em comunicado de imprensa.

Os interessados devem inscrever-se no site oficial do Brandstorm, criar equipas compostas por três elementos e enviar os projetos desenvolvidos, até 20 de março. “Os participantes terão de apresentar a sua ideia num documento de três slides em formato PowerPoint e num vídeo de três minutos, onde também deverão responder a cinco perguntas baseadas nas cinco dimensões de potencial do Grupo L’Oréal”, esclarece o documento.

Os candidatos têm acesso a cursos de ‘e-learning’, através da plataforma Brandstorm e de ‘masterclasses’ mensais, com especialistas do Grupo L’Oréal, que os ajudarão a desenvolver os projetos. A equipa vencedora de Portugal e Espanha compete na final internacional. Os vencedores são premiados com um estágio de três meses na sede do grupo, em Paris, com as despesas de viagem e estadia incluídas.

Em Portugal e Espanha, o Brandstorm celebra a quarta edição como ‘cluster’. Em 2024, inscreveram-se cerca de 1.700 participantes dos dois países, tendo a equipa portuguesa da Nova SBE conquistado o primeiro lugar na final ibérica, com um projeto que recorria à inteligência artificial para identificar o tipo de cabelo dos consumidores e gerar um champô, que era reabastecido através de um formato reutilizável.

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Maurizio Vitale lidera marketing, distribuição e estratégia da AMC

“O meu objetivo é fortalecer o legado de criatividade e inovação da empresa, desenvolvendo estratégias que atraiam audiência e impulsionem o crescimento no território português”, diz Maurizio Vitale (na foto), que também integra o comité de direção da distribuidora de canais temáticos

Maurizio Vitale é o novo diretor de marketing, distribuição e estratégia de marca da AMC Networks International Southern Europe (AMCNISE), que abrange Portugal e Espanha, integrando também o comité de direção da produtora e distribuidora de canais temáticos.

“Estou muito satisfeito por integrar a AMCNISE num momento tão importante para a indústria do entretenimento. O meu objetivo é fortalecer o legado de criatividade e inovação da empresa, desenvolvendo estratégias que atraiam audiência e impulsionem o crescimento no território português”, refere Maurizio Vitale, citado em comunicado de imprensa.

O italiano reporta a Antonio Ruiz, diretor-geral da empresa, que em Portugal disponibiliza os canais AMC, História, Odisseia, AMC Break e AMC Crime e produz conteúdos para o Canal Hollywood, o Canal Panda, o Panda Kids, o Biggs, o Blast e o Casa e Cozinha e para a plataforma de ‘streaming’ Panda+, através da Dreamia, empresa detida em 50% pela AMCNISE e pela Nos.

Maurizio Vitale, mestre em artes na Nuova Accademia delle Belle Arti Milano (NABA) e licenciado em liderança empresarial pela Booth School of Business da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, passa a trabalhar o marketing, a distribuição e a estratégia de todas as marcas, em Portugal, além dos canais e das produções da AMCNISE em Espanha.

“É um executivo experiente com uma destacada trajetória internacional em marketing e desenvolvimento de marca. Estou certo de que a sua liderança e experiência serão uma mais-valia para a AMCNISE”, salienta Antonio Ruiz, citado no documento.

Maurizio Vitale desempenha, nas últimas duas décadas, cargos de responsabilidade em companhias como a Sony Pictures Television Studios, a Discovery Networks e a The Oprah Winfrey Network. Para além da experiência em construção da marca e marketing estratégico, é responsável pelo crescimento de negócio internacional.

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Omnicom associa-se à Amazon para identificar intenções de compra dos consumidores

“Com este acordo, reforçamos o compromisso de liderar a transformação digital no setor do marketing, com um avanço significativo na personalização das estratégias de comunicação e na maximização do impacto das campanhas”, explica o Omnicom Media Group

O Omnicom Media Group (OMG) vai, em exclusivo com a Amazon, mapear os dados de navegação dos consumidores na plataforma e identificar e antecipar hábitos de consumo, através de um contrato válido até 2030.

“Perante o atual cenário de pesquisa fragmentada e o aumento da preferência de compra do consumidor nas plataformas de comércio eletrónico, torna-se cada vez mais fundamental os profissionais de marketing monitorizarem atentamente os hábitos de consumo dos seus clientes, de modo a que lhes seja possível identificar novos oportunidades de investimento”, justifica o OMG em comunicado de imprensa.

Além de otimizar o acesso aos dados de navegação na plataforma de comércio eletrónico, armazenados na Amazon Marketing Cloud, a colaboração pretende reunir um histórico de cinco anos, que permite que as empresas analisem os ‘outputs’ e as mudanças de hábitos de consumo, de forma mais clara e eficaz.

A informação recolhida permite que as marcas tenham uma visão mais aprofundada da jornada de compra dos produtos do seu portefólio, acompanhando o trajeto de pesquisa por bens complementares ou da mesma categoria de produto.

“Com este acordo, reforçamos o compromisso de liderar a transformação digital no setor do marketing, com um avanço significativo na personalização das estratégias de comunicação e na maximização do impacto das campanhas”, refere o OMG, explicando que a parceria “permite ainda calcular o ‘customer lifetime value’ com maior precisão, sem que seja necessário extrapolar o valor dos dados e que seja possível ajustar as estratégias de marketing aos verdadeiros interesses, desejos e expetativas dos clientes”.

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Lamine Yamal é o novo embaixador global da Oppo (com vídeo)

“Lamine Yamal (na foto) não é apenas um futebolista talentoso, mas um jovem inspirador com uma paixão incrível pelo jogo”, justifica Billy Zhang, presidente de marketing, vendas e serviços da Oppo. O objetivo da contratação é levar a marca de telemóveis às gerações mais jovens

Lamine Yamal é o novo embaixador global da Oppo, marca chinesa de telemóveis. O futebolista espanhol de 17 anos, jogador do FC Barcelona, protagoniza a campanha ‘Cria o Teu Momento’, que procura incentivar jovens de todo o mundo a transformar os interesses em concretizações.

“Lamine Yamal não é apenas um futebolista talentoso, mas um jovem inspirador com uma paixão incrível pelo jogo”, justifica Billy Zhang, presidente de marketing, vendas e serviços da Oppo, responsável pelo mercado externo da tecnológica chinesa, citado em comunicado de imprensa.

Apesar do calendário preenchido e das pressões inerentes ao facto de ser um dos melhores futebolistas do mundo da atualidade, o desportista continua a dedicar-se aos estudos. “Tal como inúmeros jovens em todo o mundo, recusa-se a ser travado pela ansiedade ou incerteza sobre o futuro. Em vez disso, foca-se nas suas paixões e concentra a energia no presente, encontrando satisfação e força através da sua dedicação”, sublinha Billy Zhang.

Para a marca, Lamine Yamal personifica, além do talento, a busca pela autenticidade e pela individualidade, que a Oppo valoriza e que pretende explorar nas mensagens das próximas campanhas publicitárias, direcionadas para as gerações mais novas.

Para promover os telemóveis da Oppo e aumentar a notoriedade da marca, que tem uma parceria estratégica com a Liga dos Campeões da UEFA, o desportista também vai participar nas iniciativas comunitárias relacionadas com o futebol, que os profissionais de marketing da Oppo estão a delinear para os próximos meses. “Vão ser apresentadas na plataforma Oppo AI Studio imagens impressionantes de Lamine Yamal, dando aos fãs a oportunidade única de se tornarem colegas de equipa do jogador e de viverem a paixão e a alegria que o futebol traz”, avança Billy Zhang.

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ROI médio das campanhas publicitárias está a subir

O retalho e as telecomunicações são os setores que apresentam valores mais elevados de retorno sobre o investimento médio nas campanhas publicitárias. Mais de metade do ROI de marketing é gerado a longo prazo

O rácio da rentabilidade do investimento (ROI) médio para os anunciantes serem bem-sucedidos nas campanhas publicitárias que fazem é de 2,5:1, defende um estudo do World Advertising Research Center (WARC).

Desenvolvida a partir da análise a 1537 campanhas que atingiram os objetivos estipulados, a investigação revela que o rácio subiu dos 1,9:1, valor apurado em outro estudo da organização, divulgado em 2017.

“Um ROI médio de lucro de 2,5:1 significa que, em média, um investimento publicitário de um milhão de dólares [cerca de €970 mil] geraria, nestes casos, 2,5 milhões de dólares [cerca de €2,43 milhões] de lucro líquido, desconsiderando os custos da campanha”, refere o WARC.

Segundo o estudo, o rácio de ROI médio da receita das campanhas bem-sucedidas é de 4,33:1. “O valor pode variar muito entre campanhas e categorias, sendo que o impacto a curto prazo varia entre menos de 1:1 e mais de 10:1. O setor automóvel apresenta rácios de ROI de receitas acima da média, enquanto que as campanhas de retalho, telecomunicações e serviços públicos apresentam rácios de ROI com valores de lucro mais elevados”, revela o documento.

Apesar de as avaliações ao ROI tenderem a considerar o retorno financeiro do investimento publicitário a curto prazo, o WARC defende a extensão do prazo da análise. “O retorno do investimento será maior numa avaliação posterior, uma vez que as evidências sugerem que mais de metade do ROI de marketing é gerado a longo prazo”, refere o estudo.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

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CCP lança Brief Aberto com Betclic e abre inscrições para o festival

O vencedor ganha um prémio de €1000 e a possibilidade de ser jurado júnior no Festival CCP e de representar Portugal em iniciativas do ADCE. Para o Brief Aberto, as candidaturas são até 24 de março. Para o Festival CCP são até 10 de abril, com desconto de 10% se forem feitas até 17 de fevereiro

A Betclic é a primeira marca a lançar um desafio criativo para a edição de 2025 do programa Brief Aberto CCP, criado para promover a nova geração de criativos nacionais. As inscrições para a iniciativa, destinada a estudantes e trabalhadores entre os 18 e os 30 anos, estão abertas até 24 de março, podendo o envio das propostas ser feito até dia 25.

“A intenção é desenvolver uma proposta de ideia que resolva o problema da falta de visibilidade da iniciativa da Betclic, que consiste no patrocínio das ligas masculina e feminina de basquetebol em Portugal com o mesmo valor monetário. Os candidatos podem escolher o formato de ideia que acharem que resolve melhor o ‘briefing’, sendo que a campanha deverá ser uma experiência de marca ou ativação com grande potencial”, explica o Clube da Criatividade de Portugal (CCP) em comunicado de imprensa.

O vencedor ganha um prémio de €1000 e a possibilidade de ser jurado júnior no Festival CCP e de representar Portugal em iniciativas do Art Directors Club of Europe (ADCE). Os participantes que chegarem a ‘shortlist’ recebem uma anuidade de sócio do CCP, passando a vigorar no Diretório CCP e a serem membros do ADCE.

As votações do Brief Aberto CCP decorrem de 27 de março a 4 de abril. O júri é composto por cinco elementos – três a convite do CCP (Julliano Bertoldi, diretor criativo da BBDO, Pedro Crispim Santos, diretor criativo da VML e Sofia Moutinho, diretora criativa da FunnyHow) e dois elementos representantes da marca (Miguel Domingues, gestor de marca da Betclic, e Ricardo Malaquias, diretor criativo e de campanhas da Betclic) – que irão eleger a melhor ideia que resolve o desafio proposto pela marca.

Além do Brief Aberto CCP, também já estão abertas as inscrições para o 27º Festival CCP 2025, com a organização a oferecer 10% de desconto ‘early bird’ para os registos efetuados até 17 de fevereiro. “Após essa data, as inscrições prolongam-se, com os valores de tabela, até ao dia 10 de abril, data final de inscrição dos trabalhos, sem prolongamentos”, adverte o CCP em comunicado de imprensa.

Os trabalhos a concurso devem ter sido realizados entre 1 de janeiro de 2024 a 10 de abril de 2025, como refere o regulamento. Realizado entre 16 a 23 de maio, o festival de publicidade e design tem, em 2025, a Betclic como patrocinador principal.

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Inacessível nos EUA desde sábado à noite, TikTok regressa na tarde de domingo

Donald Trump quer que os EUA tenham 50% do TikTok. A Perplexity AI propõe fundir-se com as operações da rede social, numa nova empresa. Kevin O’Leary, investidor e apoiante de Trump, oferece 20 biliões de dólares para comprar a plataforma

Catarina Nunes

O TikTok antecipa-se à data do bloqueio, previsto para domingo 19 de janeiro, e é suspenso nos Estados Unidos no sábado à noite, cerca de duas horas antes da meia noite de domingo, prazo estabelecido pelo Supremo Tribunal, na sexta-feira. Após várias horas sem acesso, a aplicação volta a funcionar na tarde de domingo (hora de Lisboa), na sequência das declarações de Donald Trump à NBC News, no sábado, sobre a intenção de permitir o funcionamento da rede social chinesa no país.

A Bytedance, dona do TikTok, agradece ao presidente eleito por “fornecer a clareza e garantia necessárias” e diz que trabalhará com Trump para “uma solução de longo prazo que mantenha o TikTok nos Estados Unidos”, noticia a imprensa internacional. Donald Trump, por seu lado, manifesta nas redes sociais que “gostaria que os Estados Unidos tivessem uma posição de 50% de propriedade numa ‘joint venture'”, porque “ao fazer isso, salvamos o TikTok, mantemo-lo em boas mãos e permitimos que continue a operar. Sem a aprovação dos EUA, não há TikTok. Com a nossa aprovação, ele vale centenas de biliões de dólares – talvez triliões”.

As propostas não se fazem esperar. No sábado, a Perplexity AI propõe à ByteDance a criação de uma nova entidade, que fundirá a empresa de inteligência artificial (IA) com as operações do TikTok nos Estados Unidos. Caso esta proposta se concretize, a nova estrutura incluirá mais investidores e permitirá que os atuais acionistas da ByteDance mantenham a participação. O negócio, porém, não abrange a compra do algoritmo da ByteDance, que define o alcance das publicações no TikTok em termos dos utilizadores que as veem.

Outros investidores são dados como interessados no TikTok. Um dia antes da Perplexity AI, Kevin O’Leary, apoiante de Donald Trump e estrela da versão canadiana do ‘Shark Tank’ anuncia na sexta-feira, 17 de janeiro, a oferta à ByteDance de 20 biliões de dólares (€19,5 mil milhões) em dinheiro para comprar o TikTok, em conjunto com Frank McCourt (investidor e dono do clube de futebol Marselha e de estádios nos Estados Unidos) e um consórcio com outros investidores.

“Desculpe, o TikTok não está disponível de momento”

Os utilizadores que tentaram aceder à plataforma na madrugada de sábado e no domingo depararam-se com a mensagem “Desculpe, o TikTok não está disponível de momento” (na foto), com a rede social e outras aplicações da Bytedance bloqueadas em lojas de ‘apps’ como a da Apple e da Google, bem como no site.

A mensagem mostrada aos utilizadores referia ainda que “foi promulgada uma lei nos Estados Unidos que proíbe o TikTok. Infelizmente, isto significa que não pode usar o TikTok por enquanto”, acrescentando que “temos a sorte de o presidente Trump ter indicado que vai trabalhar connosco para encontrar uma solução para restaurar o TikTok assim que tomar posse”.

Em entrevista à NBC News no sábado, Donald Trump revela que está a considerar conceder ao TikTok uma extensão de 90 dias, avançando que provavelmente essa prorrogação será anunciada na segunda-feira, 20 de janeiro, dia da tomada de posse como presidente e de entrada em funções na Casa Branca. Recorde-se que a administração de Joe Biden tinha deixado a Donald Trump a implementação da lei que proíbe o TikTok, uma vez que a tomada de posse do presidente eleito ocorre no dia a seguir à entrada em vigor da lei.

A ameaça à segurança nacional e a história da proibição

Em Washington, os legisladores e funcionários da administração há muito que manifestam preocupação em relação ao TikTok, que consideram uma ameaça à segurança nacional, por ser detida por uma empresa chinesa, que também detém as aplicações de edição de vídeo CapCut e Lemon8, ambas igualmente indisponíveis nos Estados Unidos, no sábado à noite.

Ao defender a lei em tribunal, a administração de Joe Biden alegava estar preocupada com a recolha pelo TikTok de grandes quantidades de dados de utilizadores dos Estados Unidos, que poderiam acabar nas mãos do Governo chinês através de coação. Outra das alegações é o facto de o algoritmo que alimenta o que os utilizadores veem no TikTok ser vulnerável à manipulação das autoridades chinesas, que podem utilizá-lo para moldar o conteúdo da plataforma de formas difíceis de detetar.

Até agora, porém, os Estados Unidos não apresentaram publicamente provas de que o TikTok tenha cedido dados de utilizadores às autoridades chinesas ou manipulado o algoritmo para favorecer os interesses chineses.

A lei que visa a Bytedance é aprovada pelo Congresso norte-americano em abril de 2024. Joe Biden assina-a rapidamente, mas a lei é processada pelo TikTok e pela ByteDance com base na Primeira Emenda. Na sexta-feira, 17 de janeiro, o Supremo Tribunal decide, por unanimidade, que os riscos para a segurança nacional devido à ligação à China se sobrepõem às preocupações de limitar o discurso da aplicação ou os 170 milhões de utilizadores nos Estados Unidos.

Na sequência desta decisão do Supremo Tribunal, o TikTok argumenta que “será forçado a ficar às escuras” se a administração não fornecer uma “declaração definitiva” às empresas que fornecem o serviço nos Estados Unidos. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, por seu lado, classifica o pedido do TikTok como uma “manobra” e alega que não há razão para o TikTok ou outras empresas “tomarem medidas nos próximos dias, antes da tomada de posse da administração Trump”.

Artigo atualizado às 18h58 com a informação do restabelecimento do TikTok

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