B2B inspira criação da Hamlet

Jayme Kopke e Eduardo Storino regressaram, juntos, ao mundo do marketing nacional, desta vez na área da comunicação entre empresas. “Uma lacuna que havia no mercado”, sobre a qual fundaram a Hamlet parodiando a célebre frase '2B or not 2B'.

O projecto foi pensado entre os dois profissionais em meados de 2006 e concretizou-se no início de 2007, contando já com a Novabase, a empresa de sanduíches embaladas Snock, Secret Places e a Glavis, empresa de comercialização de implantes dentários com actuação no mercado ibérico. Jayme Kopke referiu ao M&P ter um “objectivo de facturação na ordem dos 250 mil euros”, que cobre o investimento inicial, estimado em 35 mil euros. O ex-director criativo de agências como a Wunderman, a Strat ou a Leo Burnett salientou não querer estender o seu portfolio além das oito a dez empresas. A Hamlet aposta no ‘costumer intimacy’ para entrar numa área “em que ninguém tinha pensado a sério”. Quer dizer, a comunicação entre empresas “é um trabalho marginal das agências de publicidade e de marketing directo” e, pelo facto de ainda não ter sido explorada em Portugal, “tem sido muito ocupada por não especialistas”, como empresas de relações públicas e de eventos. A comunicação entre empresas tem oferta noutros mercados, como o norte-americano ou o britânico mas, “por alguma razão, em Portugal não foi explorado”. A Hamlet é constituída por Kopke e Storino mas admite-se a entrada, “a curto prazo, de um reforço nos departamentos criativo e de contacto”.

Para dar resposta aos projectos que já tem em desenvolvimento, a Hamlet recorre a cerca de 15 parceiros externos, desde freelancers a designers, empresas de soluções de internet e relações públicas. A explicação para o recurso a outsourcing prende-se com um objectivo de “crescer em negócios mas não em estrutura”, disse Jayme Kopke.

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