Para que serve promo?

Por a 23 de Junho de 2006

A primeira edição da competição dos Promo Lions não ajudou a esclarecer o âmbito da nova secção do festival de Cannes. O presidente do júri, Lor Gold bem tentou põr o ênfase nas promoções nas vendas e nos resultados que os trabalhos obtiveram, mas a maioria das peças vencedoras, acabaram por recolher prémios noutras competições, com destaque para Media e Direct.

O Grande Prémio foi entregue á Crispin Porter + Bogusky dos EUA pelo trabalho Fast, desenvolvido para a Volkswagen. Para promover o novo GTI da marca, a agência criou o conceito fast. Antes do lançamento do VW GTI MKV, a marca enviou um e-mail a um grupo de consumidores que conduzia ao portal projectfast.com. Sem qualquer referência á marca, o conceito do portal girava em torno da velocidade e de um ícone, um boneco com forma esférica. Este boneco, que acabou por ser distribuído por 17 mil pessoas, gerou um buzz á sua volta que chegou a ser vendido no eBay por 100 dólares. Só na véspera do lançamento do automóvel é que foi feita a associação entre o portal e a marca. Segundo a agência, as vendas suplantaram em 80% as expectativas iniciais.

“Consoante os países, há pontos de vista diferentes sobre o que são promoções. Mas acredito que são aqueles trabalhos que têm elementos que apontam para a resposta. Nós já não temos quatro anos para construir uma marca”, justificou Lor Gold. Para demonstrar que a categoria tem pernas para andar, o CEO da Draf Chicago salientou, durante a conferência de imprensa, que a comunidade criativa ainda não percebeu o alcance das promoções e da categoria a que presidiu. “Isto é um prémio de criatividade que também pondera os resultados. Apesar disso, não queremos ser uns prémios á eficácia”. De qualquer forma, este ano, o critério criatividade apenas pesou 40% na avaliação, representando a execução, a estratégia e os resultados da acção 20%, respectivamente. Portugal, que concorreu com cinco trabalhos, não colocou qualquer peça na shortlist.

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