E viva o luxo!

Por a 28 de Março de 2002

Seis meses após os atentados terroristas, os consumidores norte-
-americanos passaram a dar mais importância ás marcas de luxo

Os hábitos de compra dos norte-americanos mudaram após o 11 de Setembro. Quem o diz é a Advertising Age, num estudo conduzido por Heather Mee.

Embora o império norte-americano tenha sido abalado com os ataques terroristas, a maioria dos consumidores americanos aumentou os seus padrões de vida. Os produtos de luxo são, cada vez mais, alvo de preferência por parte de quem compra, não como ostentação mas como forma de bem-estar.

Em resposta ao porquê desta adesão, as razões que ocupam os primeiros lugares do top de motivação de compra são, como já referido, o bem-estar e ainda o facto de pretenderem adquirir “coisas que se sabe que irão durar”.

No contexto actual, a adesão ás marcas topo de gama deixou de fazer parte do imaginário dos consumidores como forma de afirmação, de status. Hoje em dia, segundo Heather Mee, as pessoas procuram algo mais do que aderir ás marcas como forma de divulgação exterior.

Os desejos de compra tornaram-se uma realidade e as pessoas transferem os seus valores pessoais para os produtos de luxo — assim, o bem-estar é tido como uma nova forma de status.

A necessidade de satisfação não é sinónimo de compra impulsiva ou

o simples facto de causar sensação é superior a isso. Citando os resultados do referido estudo, o que está em questão é “querer algo de luxuoso e que é bem feito, mas também que dá a sensação de bem-estar”.

A notoriedade da marca, segundo os inquiridos, não é o mais importante. Os factores que determinam a compra variam entre a qualidade, os valores da marca e o preço.

Para os consumidores destes produtos as marcas são importantes porque têm significado, possuem uma linguagem própria. Segundo Heather Mee, este é o final anunciado para as marcas de luxo como simples elementos distintivos.

A análise dos dados do estudo permite concluir que a maior adesão dos norte-americanos a este tipo de marcas se prende com a necessidade de aproveitar a vida sem pensar no que vai acontecer amanhã.

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