“Auto Hoje” moderniza-se

Por a 2 de Março de 2001

Onze anos depois do seu surgimento, o semanário automóvel “Auto Hoje” saiu para as bancas de “cara lavada”. Reestruturações ao nível do grafismo e dos conteúdos são as alterações mais visíveis no título. Para breve estão previstas mais novidades

Criado em Novembro de 1989 por um grupo de jornalistas, o “Auto Hoje” surgiu como um projecto inovador no segmento das publicações direccionadas para o sector automóvel. As únicas publicações então existentes eram direccionadas para o desporto automóvel. Agressividade de informação e produção própria de conteúdos foram os aspectos determinantes que marcaram o início do projecto “Auto Hoje”.

Onze anos volvidos, os responsáveis pela Motorpress Lisboa entenderam que é tempo de voltar a inovar. «O posicionamento do título é o mesmo: o nosso público-alvo continua a ser os amantes de automóveis», identifica Luís Pimenta, director da “Auto Hoje”. Segundo este responsável, as alterações do semanário centram-se em dois aspectos: «O primeiro, e mais visível, está relacionado com uma reestruturação gráfica — o grafismo actual era antiquado. Com a concorrência da televisão e da internet, foi necessário imprimir um aspecto visual mais apelativo. O segundo aspecto deste processo implica uma renovação da forma de comunicar.»

Assim, e apoiado nesta nova filosofia, o “Auto Hoje” vai surgir com menos texto e mais informação. Confuso? Luís Pimenta explica: «Em vez de textos densos e massudos, vamos aproveitar o grande formato da publicação para dar mais conteúdos. O leitor, antes de começar a ler o texto principal, é convidado a um enquadramento prévio do assunto através de informação em caixas, gráficos, enfim, mais infografia.»

Mas será que os leitores estão preparados para uma mudança tão radical do mais antigo semanário do sector de consumo automóvel? O director do “Auto Hoje” não tem dúvidas e refere que «a edição da semana passada já preparava os leitores para a mudança que agora se concretiza. Aliás, é uma alteração que vai ao encontro das expectativas».

Por detrás desta renovação poderão estar os dados recentemente avançados pela 3ª vaga do Bareme Imprensa, que apontam para uma queda de audiências daquele semanário na ordem dos 20%, face á vaga anterior, e de 33,33% em relação ao período homólogo de 1999.

Instado a comentar os dados avançados pelo Bareme Imprensa, Luís Pimenta refere que «esta é uma publicação de nicho. Assim, temos de analisar com cautela os métodos de audiências. Aliás, as oscilações do Bareme Imprensa não correspondem ás oscilações de vendas, que actualmente estão estáveis e com perspectivas de crescimento».

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