Sites portugueses melhoram… mas pouco

Por a 23 de Fevereiro de 2001

A lentidão continua a ser a deficiência mais evidente dos Websites portugueses apesar de uma ligeira melhoria, de acordo com segundo estudo divulgado pela Compuware

A Compuware repetiu em Janeiro passado o estudo sobre o desempenho dos Websites portugueses que realizou em Junho de 2000. As conclusões deste estudo realizado em mais de 100 sites indicam que apenas 4,5% das empresas melhoraram desde Junho de 2000, data da primeira análise.

Linda Garcia-Rose, directora geral da Compuware para Portugal e Espanha afirmou, na apresentação do estudo que «apesar da ligeira melhoria verificada nos últimos seis meses no que se refere á qualidade dos Websites portugueses, há que destacar que actualmente cerca de dois terços deles ainda apresenta uma das deficiências mais críticas para ganhar e fidelizar clientes, a lentidão».

A evolução em termos gerais reflecte a melhoria na perda de atributos que passa de 53% para 48%, a diminuição dos links internos de 8,2% para 4,7% e das páginas antigas que passam a representar 12,4% da amostra contra 14,41% detectados em Junho. Por outro lado, as páginas lentas aumentaram de 15,97% para 17,5% e a perda de títulos das páginas registou um acréscimo passando de 7,06% para 13,10%.

A comparação por sectores de actividade — financeiro, ISP’s e portais, telecomunicações, distribuição, administração pública e meios de comunicação — reflecte certas alterações na performance destes sites desde Junho de 2000. Assim, no sector financeiro, a perda de atributos diminui de 48,83% para 44,7%, as páginas antigas decresceram de 29,5% para 23,1%, as páginas lentas passaram de 11,83% para 7,3% e a ruptura de links internos de 8% para 6,5%. A perda de títulos das páginas, no entanto, aumentou, verificando em 14,3% dos sites contra os 4% detectados em Junho de 2000.

Os sites dos ISP’s e os portais registaram um forte decréscimo de perda de atributos passando de 69,5% para 47,4%, ao mesmo tempo que a perda de títulos das páginas diminuiu de 1,25% para 1,2%. No entanto, o número de páginas lentas aumentou de 18,25% para 33,6%, a ruptura de links de 1,5% para 6% e as páginas antigas de 1% para 8,8%.

A comparação no sector da telecomunicações destaca o acréscimo da perda de títulos das páginas que passaram de 6,4% para 27,7% e das páginas antigas que aumentaram de 4,6% para 18,7%. As melhorias registaram-se nas perdas de atributos que diminuíram de 53,8% para 37,7%, na ruptura de links internos que passaram de 20,2% para 5,8% e nas páginas lentas que decresceram de 13,4% para 8,2%.

No que se refere ao sector da distribuição as melhorias ocorreram na perda de atributos, que descem de 67,8% para 48,3% e na perda de títulos de páginas que diminuem de 1,2% para 0,5%. As páginas lentas aumentam de 16,4% para 29%, as páginas antigas de 7,2% para 9,3% e as rupturas de links internos de 1,8% para 3,8%.

Quanto ao sector da administração pública, as páginas lentas diminuem de 23% para 11,8% e a perda de títulos de página decresce de 23,3% para 19%. Pela negativa destaca-se a perda de atributos que aumentou de 43,7% para 53%, as páginas antigas que subiram de 0% para 8,5% e a ruptura de links internos que cresce de 2% para 5%.

Uma das novidades deste estudo é a inclusão dos sectores de imprensa e venda de livros e CD’s na amostra, dado o seu grande potencial de crescimento em Portugal. No sector da imprensa, o principal problema reside na perda de atributos, falha registada em 49,1% dos sites. As páginas lentas constituem 27,8% da amostra e a perda de títulos de páginas 13,3%. Quanto á ruptura de links e a existência de páginas antigas estas falhas existem em apenas 2 e 0,8% das páginas analisadas, respectivamente.

No sector da venda de livros e de discos, a perda de atributos é novamente a principal fonte de preocupação, com incidência em 69% dos sites. Seguem-se as páginas lentas, em 20,5% das páginas e a perda de títulos em 8%. Mais uma vez a ruptura de links e a percentagem de páginas antigas é pouco relevante, com 1,5 e 0,3%, respectivamente.

Compuware lança campanha Pointforward

Até 30 de Abril deste ano, a Compuware vai realizar provas remotas de escalabilidade das aplicações críticas da Web das empresas, de forma gratuita. Linda Garcia-Rose explica que «trata-se de uma decisão muito agessiva; no entanto, acreditamos que tenha um impacto bastante positivo para a denominada “nova economia”. Com esta decisão pretendemos estender o uso deste tipo de soluções na comunidade empresarial e vencer o desconhecimento que existe sobre elas». A directora geral da Compuware para Portugal e Espanha afirma que este tipo de soluções permitem «assegurar a qualidade, rendimento e fiabilidade das aplicações Web, assim como reduzir o tempo de lançamento de um negócio na rede, factores imprescindíveis para ter êxito com este novo marco económico».

Para realizar estes testes a Compuware utilizará a solução Pointforward, a qual, segundo a empresa, tem actualmente a maior capacidade de análise e monitorização de Websites do mercado, avaliando a fiabilidade, integridade e escalabilidade das aplicações críticas na Web, bem como o rendimento das mesmas. O estudo feito por esta solução é realizado de forma remota e do ponto de vista do cliente/utilizador ao entrar no Website.

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