Um dia de cada vez
João Carlos Costa
Director de contas da Mccann-erickson
João Carlos Costa, director de contas da agência de publicidade McCann-Erickson Hora, foi galardoado com o prémio Harrison K. McCann Leadership Award 1999, uma distinção baptizada com o nome de um dos fundadores do grupo e que tem por objectivo premiar os quadros da agência que se destacam ao nível internacional, tanto pelo seu empenho como pela competência e capacidade de liderança. Para João Carlos Costa, que entrou para a publicidade quase por acaso, a obtenção deste prémio foi uma «saudável surpresa» e representa «o reconhecimento pelo meu trabalho e pela dedicação que tenho procurado dar á companhia». Como o prémio é normalmente atribuído a profissionais que exercem cargos de liderança, o que não é o caso, o homenageado refere, meio a brincar, que talvez a distinção também possa ser lida como «uma perspectiva de futuro».
João Carlos Costa nasceu em Lisboa, há 38 anos. Após o 25 de Abril de 1974, deixou os livros, desmotivado com o ensino de então. Começou a trabalhar na Insígnia, uma agência de publicidade, na área do tráfego e produção. A criatividade estava fora de hipótese — porque «criativo, ou se é ou não se é, não se aprende a ser» — e a área do contacto só surgiu cerca de um ano mais tarde, quando, a «pouco e pouco», começou a trabalhar algumas contas. Algum tempo depois foi convidado para integrar a equipa da EPJ, também no contacto, e quando começava a acumular experiência neste ramo “bateu com a porta” e formou um atelier de artes finais, o Inova. Um ano e «muitos fins-de-semana e “urgências”» depois optou por regressar ao contacto. «Vim bater á porta da McCann e fiquei», lembra. Doze anos depois, o grupo liderado por Silva Gomes continua a ser a sua “casa”. Começou por trabalhar durante dois anos em Lisboa, de seguida esteve três no Porto, que lembra como «uma outra realidade», e em 1994 regressou a Lisboa. Responsável pela rede de concessionários da Opel, João Carlos Costa é um homem profissionalmente satisfeito. A actividade que exerce não é a concretização de um sonho de criança — «queria ser veterinário», lembra —, mas permite-lhe viver um dia-a–dia «não rotineiro, num ambiente estimulante onde não cristalizamos». De futuro, quem sabe… «O importante é ir consolidando cada etapa», assegura.