“Trombone” antecipa resultados
Os cadernos de classificados passaram a servir de bandeira, tanto para diários como para semanários. Conheça o balanço do primeiro ano do “Trombone”
O “Trombone”, caderno de classificados de “O Independente”, apresentou resultados positivos antes do previsto. Lançado há um ano, o “Trombone” deveria atingir o break-eaven ao fim de três anos. No entanto, como afirma o director comercial do projecto, António Simões, esse ponto já foi atingido. O orçamento para 2000 previa uma facturação de 170 mil contos, mas o responsável garante que os valores estão 5% acima do previsto. No ano passado, a facturação líquida foi de 135 mil contos. No entanto, por ocasião do lançamento, o administrador-delegado de “O Independente”, Isaías Gomes Teixeira, apontava uma facturação de 200 mil contos até ao final de 1999. António Simões explica que a diferença entre as receitas projectadas e as alcançadas se deveu aos investimentos publicitários canalizados para o lançamento do “Trombone”. Relativamente ás razões que levaram a um crescimento para o ano 2000 acima do previsto, António Simões explica que a não publicação de anúncios gratuitos permitiu que a média de páginas por edição fosse inferior, reduzindo os custos de produção. Por exemplo, para este mês de Março, estava prevista uma média de 40 páginas por edição mas a média acabou por não exceder 32 páginas. O “Trombone” passou a ser incluído, desde Setembro, noutra publicação da Media Capital, o “Semanário Económico”. Reunidas as audiências de ambas as publicações, o total do número de leitores do caderno de emprego é de 330 mil (240 mil de “O Independente” mais 90 mil do “Semanário Económico”), o que permite um custo por GRP de 492 escudos. Esta é apontada como uma das mais-valias. Um dos objectivos anunciados por ocasião da apresentação do “Trombone” era conquistar, através deste caderno, mais leitores para “O Independente”. Ao fim de um ano, António Simões afirma: «Não se pode dizer se o “Trombone” traz leitores ao “O Independente”, mas não tenho dúvidas de que consolida o jornal no seu todo.» E explica que «este caderno foi desenhado para que, pelo menos, as pessoas o desfolhassem. Para tal, optou-se por dinamizar o produto gráfica e editorialmente, nomeadamente através da introdução de autopromoções entre os anúncios de linhas. O caderno de classificados do semanário “O Independente” foi lançado por ocasião da reformulação da publicação, que se traduziu em outros lançamentos como o das revistas “3”, “Ícon”, “Livros”, “Best Of” e “Batatoon”.