Relações públicas em análise

Por a 19 de Novembro de 1999

Com forte adesão de profissionais e de estudantes de comunicação e relações públicas, o congresso da APECOM elucidou os presentes sobre as tendências e problemas que esta indústria enfrenta

O último congresso da APECOM, Associação Portuguesa de Empresas de Conselho em Comunicação e Relações Públicas, decorreu na passada sexta-feira, no Hotel Sheraton, com forte afluência de público. De facto, a associação angariou mais de 170 inscrições, pautadas por uma forte presença de jovens estudantes e profissionais do sector. Destaque para o primeiro painel da manhã, onde os presentes puderam ficar a conhecer a realidade da indústria das relações públicas no mercado internacional. A discussão incidiu sobre a falta de transparência no mercado, de facto uma das questões mais debatidas. Madalena Martins, directora-geral da Imago e moderadora do painel, conseguiu, no entanto, manter a calma. À tarde, a discussão continuou com a presença não muito habitual do jornalista Nicolau Santos e do banqueiro João Rendeiro. O jornalista e sub-director do semanário “Expresso” justificou a sua presença falando das relações entre as empresas deste sector e os jornalistas. Segundo Nicolau Santos, e contrariamente ao que tem acontecido, é necessário rever a relação, nem sempre positiva, entre aqueles interlocutores. A seu ver, há que põr de parte a ideia de que as agências de comunicação servem para “põr notícias” – o que é um engano. João Rendeiro, responsável pelo Banco Privado Português, apareceu de surpresa no final da tarde, uma vez que o programa não previa a sua intervenção. Abordou a importância das relações públicas num banco que devido ao seu perfil – de investimento – não pretende comunicar com o grande público. Em conclusão, pode-se afirmar que o congresso foi útil e esclarecedor de quaisquer dúvidas que existissem ácerca dos problemas e tendências que esta indústria enfrenta no virar de século.

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