Fonte: https://cdn.pixabay.com/photo/2020/02/14/18/05/ecommerce-4849055_960_720.jpg
Produtos em segunda mão são os preferidos de metade dos consumidores online
Cerca de metade dos consumidores online portugueses admite comprar produtos em segunda mão, fazendo-o em média oito vezes por ano. Esta é uma das principais conclusões do Barómetro e-Shopper 2022 da […]
Sandra Xavier
Há seis portugueses entre os mais influentes na indústria dos eventos
Alphabet aumenta receitas em 15%
Apple Intelligence quer aumentar personalização de anúncios
Beefeater 0.0 faz parceria com jogadora de padel Sofia Araújo
Faturação da Meta sobe 19% para €40,59 mil milhões
Cortefiel lança coleção outono/inverno com criatividade da Havas (com vídeo)
Taxas de recordação de anúncios em ‘connected TV’ são 8,7 vezes superiores
DAZN transmite torneio de padel Hexagon Cup
“Os criativos são mais valorizados financeiramente”
Conheça os vencedores dos Prémios M&P Criatividade e Autopromoções & Inovação em Media
Cerca de metade dos consumidores online portugueses admite comprar produtos em segunda mão, fazendo-o em média oito vezes por ano. Esta é uma das principais conclusões do Barómetro e-Shopper 2022 da DPD, empresa de transporte expresso, que, esta quinta-feira, divulgou os resultados de uma pesquisa sobre e-commerce em Portugal referentes ao ano passado.
O relatório revela que 73% dos portugueses que fazem compras online – e-shoppers – prefere comprar produtos usados em plataformas C2C (consumer-to-consumer), por serem mais baratos do que os novos.
Já do lado de quem vende nas plataformas, 73% admite fazê-lo para libertar espaço em casa, 68% refere querer desfazer-se de artigos em boas condições que nunca usou e 65% acredita poder ganhar dinheiro extra.
Olivier Establet, CEO da DPD Portugal, afirma que “os e-shoppers valorizam, cada vez mais, a economia circular, nomeadamente, por uma questão de custos. Contudo, acreditamos que esta possa vir a ser uma tendência crescente nos hábitos de consumo dos portugueses, podendo ser um caminho importante na ótica da sustentabilidade, uma vez que a sociedade passa a reaproveitar artigos que, na maior parte das vezes, têm potencial para uma segunda vida, apelando a menos consumismo e a comprar o que é novo”.
Neste contexto, Olivier Establet refere que “também a DPD se tem adaptado à realidade da economia circular, existindo já soluções que permitem aos consumidores que compram e vendem em segunda mão enviar encomendas de um ponto Pickup (loja ou locker) para outro”.
O barómetro e-Shopper revela ainda que 2022 foi um ano de decréscimo no número de consumidores online, que passaram de 74%, em 2021, para 66% no ano passado.
A mesma tendência verificou-se em relação aos e-shoppers regulares – aqueles que compram online com maior frequência –, que diminuíram de 45%, em 2021, para 39% em 2022.
Segundo Olivier Establet, “esta quebra é o espelho do regresso dos consumidores às lojas físicas, após um período de maiores restrições e receio das pessoas em estar em espaços fechados. Para além disso, temos assistido a uma tendência, em todo o mundo, de criação de novas experiências de compra em lojas físicas, com os comerciantes a apostar em espaços e dinâmicas geradoras de maior envolvimento com o consumidor”.
No que respeita ao comportamento de compra, os e-shoppers portugueses continuam a ser os mais sensíveis ao preço em relação aos restantes europeus, com 7 em cada 10 a referirem o preço como um fator determinante nas suas decisões de compra. Prova disso é o facto de 65% considerar que economizam ao comprar online, e 46% aguardar por dias de desconto online ou nas lojas físicas.
Outro dos elementos fundamentais para os compradores é o fator sustentabilidade, sendo as alternativas de entrega amigas do ambiente importantes para 6 em cada 10 e-shoppers regulares. A juntar a isso, 68% dos inquiridos refere ser mais provável optarem por um website, retalhista ou app que tenha tais opções.
Ao nível das categorias de consumo, o destaque vai para a Moda, Beleza/Saúde e Calçado, que em 2022 foram os tipos de bens mais comprados online, representando respetivamente 61%, 50% e 43% das compras efectuadas. Destaque ainda para a categoria dos Frescos & Bebidas, que após um elevado crescimento em 2021 (+16%), se manteve estável em 2022 com uma quota de 35% no número de consumidores.
De acordo com Barómetro e-Shopper 2022 da DPD, as principais razões para compras futuras de Frescos & Bebidas são a variedade de escolha de produtos (58%), a disponibilidade de horários de entrega (55%) e um embalamento correto dos produtos (47%). No entanto, 65% dos e-shoppers ainda não compra produtos frescos e bebidas online.
Já no que toca ao processo de entrega, o relatório salienta que 82% valoriza o facto de poder conhecer o período em que a sua encomenda será entregue, um fator que torna mais provável um e-shopper voltar a comprar online.
Entre as preferências de entrega, a casa continua a ser a opção mais adotada pelos e-shoppers regulares (82%), apesar do decréscimo de 2 pontos percentuais face a 2021.
Já 24% das encomendas é feita fora de casa, nomeadamente em lockers, lojas de proximidade ou do retalhista. Aqui, verifica-se de 2021 para 2022, um crescimento de 2% das entregas em lockers (de 3% para 5%), e de 3% em loja do retalhista (de 12% para 15%).
Olivier Establet destaca que “a alternativa out-of-home tem vindo a ganhar o seu espaço nos hábitos dos portugueses, demonstrando ser uma solução cómoda, ágil e, sobretudo, amiga do ambiente, uma vez que reduzimos o número de deslocações que um estafeta tem de fazer com as suas entregas. Esta é uma aposta que queremos continuar a ter, reforçando os já cerca de 200 cacifos e 1200 pontos Pickup de Norte a Sul de Portugal”.
O barómetro e-Shopper engloba uma análise da realidade do comércio eletrónico na Europa, que conta com um total de 23,974 entrevistas em 22 países europeus. Em Portugal, o relatório contou com um total de 1000 entrevistas.