Projecto EXIT promove campanha contra o sistema da prostituição em Portugal
“Se tens de pagar não vales nada” é o claim da campanha lançada pelo Projecto EXIT, iniciativa da Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres, com o objectivo de “alertar para os perigos da prostituição e, em particular, para a violência envolvente no sistema de prostituição”.
Pedro Durães
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“Se tens de pagar não vales nada” é o claim da campanha lançada pelo Projecto EXIT, iniciativa da Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres, com o objectivo de “alertar para os perigos da prostituição e, em particular, para a violência envolvente no sistema de prostituição”. “Acreditamos que é urgente enfrentar a realidade e ver a prostituição pelo que é: um sistema de relações desiguais de poder conduzido pelo dinheiro e que muitas vezes implica violência e objectificação da mulher”, enquadra Ana Sofia Fernandes, presidente da Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres, salientando que “esta campanha coloca o foco na raiz do problema – a procura – promovendo a modificação de comportamentos individuais e colectivos”. “Aceitar o sistema tal como existe torna-nos colectivamente responsáveis pelas suas consequências sobre milhares de mulheres, crianças e famílias”, argumenta.
A campanha tem criatividade da BUS Agency, sendo que o Projecto EXIT, financiado pelos EEA Grants através do programa Cidadãos Ativ@s, gerido conjuntamente pela Fundação Calouste Gulbenkian e pela Fundação Bissaya Barreto, tem comunicação a cargo da Hill+Knowlton Strategies. O objectivo passa por “contribuir para um debate público, que guie para a abolição do sistema de prostituição em Portugal, contribuindo para uma estratégia nacional que ofereça programas de saída e de apoio para pessoas no sistema de prostituição, combatendo o estigma social e erradicando a procura, através da penalização/criminalização da compra de sexo”.
“Pretendemos criar um contraponto à visão antiquada, de uma sociedade que acreditamos já ‘morta’, de que a afirmação da masculinidade começava quando o tio ou o padrinho levavam o rapaz a iniciar-se no sexo através da prostituição. Os princípios que temos de sociedade são outros, mais liberais e em que a experiência da sexualidade deve ser livre, num ambiente de relação saudável”, explica Pedro Diogo Vaz, CEO da BUS Agency, justificando que a o claim da campanha visa “dar conta das consequências e riscos associados à prostituição” quando “os números evidenciam uma correlação muito significativa entre a aceitação da normalização da prostituição e o incremento de violência, riscos de saúde e tráfico de seres humanos”. A campanha marca presença em todo o país através de canais digitais, mupis, cartazes, transportes e em folhetos informativos distribuídos pelas ruas de Lisboa.