Cofina está em negociações exclusivas para comprar TVI
Paulo Fernandes assinou um memorando de entendimento com a Prisa que lhe garante exclusividade nas negociações para a compra da TVI à espanhola Prisa. Segundo avançou o Expresso, o líder da Confina terá decidido fazer uma proposta após a saída de Rosa Cullell da direcção executiva da Media Capital. O jornal também refere que uma das primeiras decisões do novo CEO da TVI, Luís Cabral, que consistiu no despedimento do antigo director comercial Paulo Lourenço, tido como próximo a Paulo Fernandes, foi, entretanto, revertida. Paulo Lourenço continua assim à frente da área comercial, sendo considerado mais um sinal de que as negociações “estão, desta vez, a ser levadas a sério”. Há já alguns meses que a Cofina era apontada como uma potencial interessada na compra da TVI.
Apesar de nesta fase não existir uma proposta com valores concretos, a assinatura do memorando permite afastar potenciais interessados, como será o caso do empresário Mário Ferreira, CEO da Douro Azul, que chegou a ser apontado como um possível concorrente.
Em Junho do ano passado a Altice anunciou que desistia da compra da Media Capital, num negócio avaliado em 440 milhões de euros, apontando como responsáveis os entraves colocados pela Autoridade da Concorrência. Como a Cofina detém títulos como o Correio da Manhã, Record, Sábado e Jornal de Negócios, a par da CMTV, caso a proposta do grupo de Paulo Fernandes avance, a Autoridade da Concorrência terá de analisar o cenário de o mesmo grupo tutelar dois canais de televisão, com perfis informativos, como é o caso da CMTV e TVI24 – apesar de o canal da Cofina estar registado na ERC como um canal generalista. Outra questão prende-se com o valor do negócio. Há um ano, com a proposta de 440 milhões de euros, a TVI era a estação líder de audiências. Em 2019 o canal de Queluz desceu para a segunda posição. Na semana passada caiu para o terceiro lugar, tendo sido ultrapassado pela RTP1.