Como o big data está a revolucionar o marketing

Por a 20 de Maio de 2019

Foto ABNum primeiro momento, o termo big data pode assustar os profissionais de marketing como se fosse algo relacionado apenas com especialistas em tecnologias de informação. No entanto, apesar da sua aparente complexidade, é algo que estamos todos a lidar diariamente, seja na vida pessoal ou profissional. O termo big data refere-se ao armazenamento de uma imensa quantidade de dados, assim como a capacidade de encontrar valor nessas informações, em alta velocidade.

Há cinco componentes considerados como a base do big data: valor, volume, velocidade, variedade e veracidade. Mas, afinal, como é que isso está a revolucionar o marketing das empresas e a maneira de interagir com os seus consumidores?

Todos os dias fazemos compras online, acedemos a conteúdos através do clique em botões de acção, interagimos com as empresas e outros utilizadores nas redes sociais, disponibilizamos os nossos dados em formulários, respondemos a inquéritos e permitimos a geolocalização dos nossos dispositivos para termos acesso a determinadas funcionalidades. Apesar de parecer algo quotidiano, são acções que permitem a troca de dados entre as empresas e os utilizadores. Para as organizações que trabalham com a recolha de dados, em alinhamento com o RGPD, essa é uma verdadeira mina de ouro para oferecer a melhor experiência de compra para os utilizadores.

Ao estreitar ainda mais o tema e pelo ponto de vista do marketing das empresas, há muitas possibilidades de usar o big data a favor da geração de resultados e do crescimento das empresas.

A previsibilidade das acções é o primeiro aspecto que deve ser considerado na relação entre big data e marketing. Através da recolha das informações, é possível saber, cada vez mais, quais são os conteúdos que mais interessam às diferentes segmentações da sua audiência. Também é possível conhecer quais são os produtos ou serviços que mais agradam a determinado cliente. Mais do que saber quem é a sua audiência ou cliente, com a recolha e análise dos dados, é possível saber exactamente onde estão, o que querem, como querem, se estão dispostos a serem contactados e quando é o melhor momento para agir.

Quando conhecemos cada um desses pontos, nada mais natural do que termos ferramentas à disposição para tornar a relação com o cliente mais fluída. O uso do big data permite desenvolver a sua estratégia de marketing digital de forma estável, com acções que têm como base os dados. Isso significa elevar a capacidade das tomadas de decisão com mais precisão em cada etapa da jornada do cliente. Como consequência, torna-se cada vez mais possível perceber os pontos fortes de uma acção, assim como encontrar as possíveis falhas e ajustá-las em tempo real.

No entanto, ter os dados em mãos não é o mesmo que melhorar as suas acções de marketing. É preciso analisar as informações recolhidas.

Para a equipa de marketing, há uma série de dados que vão conduzir a empresa para uma estratégia de sucesso. Um exemplo simples, é saber quais são os conteúdos que estão a trazer os melhores resultados, seja na geração de leads ou na conversão em vendas. Além dos conteúdos, é fundamental analisar cada canal utilizado pela sua empresa. É preciso compreender quais são as melhores e mais potentes fontes de tráfego para a geração de leads, por exemplo. Para muitos, pode ser o Facebook ou Instagram, para outras empresas, o LinkedIn pode ser o melhor meio para captação, já para tantos outros, o blogue é a melhor das fontes. Tal informação é valiosa. Contudo, só passa a ser útil se for feita alguma análise e busca de insights que vão contribuir para a estratégia de marketing. Além disso, o big data permite trabalhá-lo de forma dinâmica. Afinal, nenhuma das informações é estática e há sempre espaço para melhoria na estratégia de marketing.

Trazer à tona essa grande quantidade de dados pode parecer algo impossível de ser analisado pela equipa de Marketing. Por essa razão, é preciso definir quais informações a utilizar de acordo com os principais objectivos da sua empresa e claro, ter aqui a tecnologia de suporte para ajudar a direccionar. Essa é a única forma de analisar os dados e saber tirar insights valiosos para a sua estratégia.

Num mercado de tamanha competição, onde novas soluções surgem em alta velocidade, é preciso saber cada vez mais sobre o comportamento dos seus consumidores, para conseguir realizar acções preditivas, que aumentam não só a atracção como também a retenção dos clientes que já estão na sua base. Pouco a pouco, e de forma constante, conseguirá destacar a empresa no seu segmento de actuação.

Artigo de opinião assinado por Ana Barros, directora executiva da OUTMarketing

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