Tiago Simões
Auto Regulação da Publicidade e Sector da Grande Distribuição
Com as actuais sociedades democráticas em constante transformação, a auto regulação, complementar à regulação promovida pelo poder político, tem adquirido uma crescente importância, que decorre da necessidade de se encontrar […]
Meios & Publicidade
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Com as actuais sociedades democráticas em constante transformação, a auto regulação, complementar à regulação promovida pelo poder político, tem adquirido uma crescente importância, que decorre da necessidade de se encontrar um equilíbrio quanto ao respeito pelas normas de conduta de variados sectores de actividade e protecção dos direitos dos consumidores.
Os princípios da legalidade, decência e honestidade, promovidos pela Auto Regulação Publicitária – um organismo privado, sem fins lucrativos e de adesão voluntária, estão assim na base da missão desta entidade, que tem como principal objectivo a defesa de uma actividade publicitária enquadrada em regras éticas e deontológicas que enaltecem a sua licitude e veracidade.
Com mais de 25 anos, a Auto Regulação Publicitária usufrui de amplo reconhecimento por um variado conjunto de entidades públicas e privadas, congregando aproximadamente uma centena de empresas associadas, que se relacionam, directa ou indirectamente, com a actividade publicitária, incluindo anunciantes, agências e meios.
O mercado publicitário português tem registado uma evolução constante nos últimos anos, sendo que o digital tem sido o meio em maior crescimento, ainda que a televisão continue a ter um grande peso ao nível do investimento publicitário.
Verificando-se esta tendência, é de realçar com grande satisfação que todas estas transformações sejam sustentadas num contexto de crescimento do sector, recheado de desafios e oportunidades futuras.
O sector do Retalho e Distribuição assume-se como um dos mais representativos ao nível de investimento publicitário no panorama nacional, encontrando-se 9 empresas do grande consumo e outras 2 da grande distribuição entre os 20 maiores investidores, segundo a Marktest.
É também um sector onde as necessidades de comunicação publicitária abrangem diversos targets e mensagens, muitas vezes concorrentes entre si. Temos que estar do lado de todos os clientes e servi-los a todos, por muito diferentes, e até antagónicas, que sejam as suas opções de consumo.
Temos também que comunicar em diversos territórios, como por exemplo a alimentação, a decoração, o jardim, o vestuário, os brinquedos, os livros, os programas de fidelização e até os combustíveis, para além de que usamos todos os meios de forma intensiva – TV, rádio, imprensa, digital, outdoor, folhetos e, obviamente, as nossas lojas.
Num contexto com esta complexidade e velocidade, as práticas da auto-regulação e os mecanismos que a ARP coloca à nossa disposição ajudam-nos a garantir um alinhamento das diversas actividades publicitárias da SonaeMC com os princípios éticos e deontológicos que nos caracterizam e que estão em linhas com os defendidos pela Auto Regulação Publicitária desde a sua fundação.
É por isso com orgulho que a SonaeMC, associada e membro da direcção da ARP, convida as outras empresas do mercado nacional e do sector de retalho a aderir à Auto Regulação Publicitária.
Artigo de opinião de Tiago Simões, membro da direcção da Auto Regulação Publicitária