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João Fernandes, chief creative officer ibérico da Isobar

Protagonista :: Marketing

“Em Espanha a agência subalternizou-se demasiado ao negócio da media”

Na primeira entrevista deste que assumiu o cargo de chief creative officer da Isobar Ibéria, acumulando a direcção criativa da agência nos mercados português e espanhol, João Fernandes explica ao M&P o impacto desta direcção conjunta na operação.

Pedro Durães

João Fernandes, chief creative officer ibérico da Isobar

Protagonista :: Marketing

“Em Espanha a agência subalternizou-se demasiado ao negócio da media”

Na primeira entrevista deste que assumiu o cargo de chief creative officer da Isobar Ibéria, acumulando a direcção criativa da agência nos mercados português e espanhol, João Fernandes explica ao M&P o impacto desta direcção conjunta na operação.

Pedro Durães
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João Fernandes, chief creative officer ibérico da Isobar

Corria o ano de 2000, a internet estava longe da velocidade da fibra, ainda mostrávamos as nossas fotografias aos amigos convidando-os para irem lá a casa, Mark Zuckerberg era apenas um geek a fazer das suas na universidade, mobile era enviar SMS e smartphone era um telemóvel com câmara fotográfica e rádio FM. Estávamos longe da era dos tablets e os portáteis ainda eram o último grito da tecnologia. Nesse ano nascia a agência digital portuguesa View, pelas mãos de Nuno Frazão e João Fernandes. Nove anos depois, a View integrava a rede Isobar, do grupo Aegis, e hoje, 14 anos depois, João Fernandes passa a acumular com a direcção criativa da agência em Portugal a direcção criativa da Isobar em Espanha, assumindo o cargo de chief creative officer ibérico. “Do ponto de vista operacional continuam a ser duas entidades perfeitamente isoladas, com objectivos próprios e a operar de forma totalmente autónoma”, garante ao M&P João Fernandes. Em Espanha, diz, o seu principal objectivo passa por recuperar o ADN criativo da agência.

Meios & Publicidade (M&P): O que muda na sua vida diária com estas novas funções de director ibérico?

João Fernandes (JF): Terei de passar algum tempo em Madrid, apesar de termos também escritório em Barcelona. Passo a ter de fazer mais viagens e a acumular mais umas milhas na TAP, o que não é necessariamente mau. À partida terei de dividir o meu tempo entre Lisboa e Madrid, passarei cerca de duas semanas por mês em Espanha. No entanto vou manter uma gestão permanente e conjunta das duas equipas e atendendo às necessidades das duas agências.

M&P: Ao nível da organização da agência, quer em Portugal quer em Espanha, o que muda com a criação desta direcção conjunta?

JF: Não me clonei, pelo que há necessidade de ocupar um espaço que deixo desocupado em Portugal. Tenho um estilo de direcção criativa que passa por estar muito tempo junto dos clientes e, naturalmente, não terei a mesma disponibilidade. Felizmente, o meu sócio-fundador da View e que continua como CEO da Isobar Portugal, o Nuno Frazão ocupará um pouco desse espaço e recuperará um bocado essa sua experiência de muitos anos de estar junto do cliente. Em Espanha a agência estava sem direcção criativa desde Agosto do ano passado, portanto a alteração estrutural é sobretudo a minha presença, se bem que a agência já estava dentro de um processo de reestruturação. A agência é bastante maior do que em Portugal e há, naturalmente, aspectos em que se tornou muito boa e outros não tão boa. Neste momento, há um processo de fusão entre uma equipa que estava muito dedicada a social media, à gestão da presença de marcas nas redes sociais, da sua estratégia e do seu valor para estes canais, e a equipa criativa. As duas operavam de uma forma muito independente e agora passarão a operar de uma forma integrada, à semelhança do modelo que construímos em Portugal.

M&P: Mas ao nível da própria organização do trabalho, no desenvolvimento dos projectos, muda alguma coisa em Portugal?

JF: Não, eventualmente o que acontecerá que haverá pessoas que vão ter espaço para assumir outros níveis de responsabilidade e uma autonomia acrescida, mas do ponto de vista organizacional dos processos não se vai alterar nada. Apesar de estar em Espanha, continuo a acompanhar processos a decorrer em Portugal e quando estou em Portugal faço o mesmo em relação a Espanha. Depois veremos com o decorrer do trabalho se essa necessidade surge ou não, mas para já não estamos a contar mudar nada.

M&P: E em relação a new business, vão trabalhar os novos clientes de forma integrada a nível ibérico ou haverá sempre clientes separados?

JF: Há, de facto, clientes separados, se bem que há uma ambição maior, que é também uma ambição minha pessoal. Sempre tive uma visão muito iberista e isso é uma coisa estranha porque em Portugal nunca fizemos muito uso da palavra Ibéria. Nunca senti da parte de Espanha uma pretensão de, ao usar a palavra Ibéria, exercer algum tipo de domínio ou hegemonia sobre Portugal. A verdade é que na Ibéria, enquanto região, podemos desenvolver um conjunto de sinergias e ter uma força somada que deveria ser utilizada e colocada ao serviço do desenvolvimento dos negócios e das empresas. Acredito que isso será possível dentro da Isobar, que tem uma forma de se organizar que é muito regional. Já nos organizamos em termos globais por hubs regionais. Temos um hub europeu, e há também uma grande liberdade para que as agências em cada mercado se reorganizem quase numa lógica de hubs virtuais, como já tínhamos inclusivamente com Espanha e com o Brasil como uma ponte para a América Latina. Espero que venha a ser possível criar uma proposta ibérica para a Isobar a partir desta decisão de me ter como responsável ibérico para a criatividade.

M&P: Já têm casos de marcas portuguesas para as quais vão desenvolver projectos para o mercado espanhol?

JF: Já o estávamos a fazer, há o caso da Zippy, da Sonae, para a qual já fazíamos uma parte importante da marca em Espanha. O inverso ainda não existe mas creio que é uma questão de tempo. Estamos neste momento a trazer para Portugal algumas competências que temos em Espanha mas não temos no mercado português, mesmo em termos de desenvolvimento digital. Temos uma unidade chamada PS Life, que se dedica a projectos especiais digitais, que tem muito a ver, por exemplo, com a presença das marcas no retalho. Temos já algumas propostas apresentadas em Portugal que tiveram origem nas nossas competências técnicas em Espanha.

M&P: Há pouco dizia que a Isobar Espanha estava a perder a sua componente mais criativa…

JF: Não é correcto dizer isso. Na verdade a agência continua a ser criativa, o seu negócio é que se desenvolveu e realmente começou a trabalhar os new business a partir da sua unidade de media. Ou seja, a Isobar tem no seu ADN ser uma agência criativa.Trabalha essencialmente sobre meios digitais apesar de esta definição do que é o meio digital ter vindo a sofrer grandes transformações e de haver quase uma vontade, embora não partilhemos totalmente, de não nos denominarmos agências digitais. Nós somo-lo assumidamente, o mundo tornou-se digital e o seu território é que se alargou. Mas o negócio em Espanha desenvolveu-se muito alavancado nas oportunidades que o negócio da media gerava, portanto, de certa forma, foi-se subalternado ao mesmo, no nosso entender demasiado. Diria que um dos meus muitos mandatos é o de procurar recuperar esse ADN criativo e essa independência criativa da agência em Espanha.

M&P: O mercado espanhol é evidentemente maior do que o português. Como é que fica a nível de pesos no volume de negócios da Isobar? O que corresponde a Portugal e a Espanha?

JF: Do ponto de vista demográfico Espanha é quatro vezes maior do que Portugal, do ponto de vista económico é muito mais, cerca de 10 vezes maior. Espanha sofreu como nós os efeitos da crise. Por estar num patamar mais alto, creio que a queda terá sido maior ainda, mais acentuada, mas não estão definidos objectivos diferenciados. Os objectivos financeiros de cada unidade do grupo Isobar estão indexados ao potencial de crescimento e à situação particular que cada país vive. Há um conjunto de objectivos claros para Espanha, mas, ao contrário de Portugal, que tem o seu negócio estruturado e os objectivos do ponto de vista financeiro, em termos relativos, são bem mais ambiciosos. Em Espanha há o tal objectivo maior de recuperar esse perfil criativo, não colocando para já objectivos financeiros muito ambiciosos e muito claros à frente.

M&P: Em termos do volume de negócio, quanto vale percentualmente o mercado português e o espanhol?

JF: É difícil compará-los porque esta relação tão íntima da operação em Espanha com o negócio da media torna difícil separar a componente criativa daquilo que é o negócio de media. Honestamente não consigo fazer essa separação de uma forma clara.

M&P: Havendo esta direcção, significa que de alguma forma a agência em Portugal perde parte da sua autonomia?

JF: Não, pelo contrário, ganha importância. Não creio que venha a ter esse impacto negativo na operação em Portugal, onde temos uma operação muito bem construída e muito bem organizada. Temos uma equipa particularmente sénior para uma agência digital, a média de idades está nos 32 anos, o que é invulgar para uma agência com este perfil. Significa que as pessoas que estão na nossa estrutura têm muitos anos de experiência que lhes permite assumir estas oportunidades de se autonomizarem.

M&P: Mas ao nível da tomada de decisões estratégicas em Portugal, estas terão de passar de alguma forma pela direcção da agência a nível ibérico?

JF: Não, este meu duplo papel resume-se claramente apenas aos aspectos criativos e da direcção criativa da agência. Do ponto de vista operacional continuam a ser duas entidades perfeitamente isoladas, com objectivos próprios e a operar de forma totalmente autónoma.

M&P: Quais é que diria que são as principais vantagens desta modelo de direcção criativa conjunta?

JF: Existem claras afinidades nesta abordagem regional e ibérica onde há um conjunto de sinergias que podem ser aproveitadas e, do ponto de vista criativo, elas são claras. Somos povos muito próximos, muito mais próximos do que gostamos de imaginar sê-lo, e acredito que há todo um aproveitamento de uma dinâmica criativa que pode ser feito. Ter duas equipas a trabalhar em paralelo sobre o processo de produção de ideias irá resultar num aproveitamento das mesmas de forma muito mais optimizada e superior.

M&P: Falou em sinergias. Vai haver algum tipo de intercâmbio de profissionais entre as agências em Portugal e Espanha?

JF: Quero acreditar sim, embora não esteja planeado para já. A minha chegada a Espanha é muito recente, estou a introduzir algumas alterações, há necessidade de reforçar a equipa e estamos a recrutar pessoas com aquilo que eu considero ser o perfil adequado para construir o tal ADN criativo. Portanto, há ainda uma necessidade de arrumar a casa em Espanha antes de pensarmos nesse tipo de dinâmicas.

M&P: Quantas pessoas tem em cada uma das agências?

JF: Em Portugal, se juntarmos todas as competências, tem mais de 40 pessoas. Em Espanha somos perto de 70 pessoas.

M&P: Falando agora sobre o mercado digital, quais diria que são actualmente as principais diferenças entre os dois países?

JF: Há uma maturação de vários canais digitais em Espanha que não aconteceu em Portugal. Isto significa que há mais possibilidades. Começando pelas redes sociais, em Portugal há uma grande rede social que todas as marcas utilizam de uma forma ou de outra que é o Facebook. Em Espanha temos mais do que uma, por exemplo o Twitter é uma rede com clara popularidade em Espanha, o que, juntamente com outras oportunidades, cria um cenário em que é possível explorar ideias de uma forma um bocado diferente. Por outro lado, foi um mercado que durante muito tempo viveu de outro tipo de condições e de outro tipo de marcas, como a Telefónica que se desenvolveu como um dos grandes players mundiais de telecomunicações. Há uma forma de estar em Espanha que talvez leve os decisores e empresários a assumir uma maior ambição. Em Portugal talvez soframos de algum complexo, somos mais acanhados na forma de criar oportunidades e de as aproveitar.

M&P: Em que fase da vida diria que se encontra o mercado digital em Portugal?

JF: No que diz respeito à utilização do digital pelas marcas, ainda há um caminho a percorrer, não fomos tão ambiciosos como podíamos ter sido, não corremos tantos riscos como podíamos ter corrido, tem a ver com a nossa forma de estar. É difícil fazer esse racional porque a dimensão de Espanha é superior mas diria que estamos um pouco mais atrasados, sem dúvida, mas não por falta de competências nem de vontade do ponto de vista das agências. As agências nos últimos anos têm vindo a ser muito criticadas em inúmeros artigos que falam de falta de coragem. A coragem existe, a competência também, falta o mercado permiti-lo.

M&P: É do lado dos anunciantes que está a faltar coragem?

JF: As marcas tiveram inevitavelmente de assumir posturas mais cautelosas, portanto não o digo com sentimento crítico, é difícil imaginar o que é estar no lugar de uma marca que tem um budget reduzido para gerir, tem as vendas a sofrer pressões de várias ordens e tem de tomar decisões que por vezes são difíceis. Mas creio que as marcas não conseguiram entretanto tirar proveito das oportunidades que o meio digital podia claramente criar, o meio digital já provou ser capaz de gerar os KPI e o tipo de métricas a que as marcas estavam de alguma forma a utilizar no passado, como notoriedade, conversão, onde o digital já mostrou até poder ser superior. Esses méritos ainda não foram totalmente incorporados no planeamento de marketing das marcas e transformados em briefings concretos para as agências.

M&P: Os hábitos de consumo de media têm vindo a alterar-se, também em Portugal onde a penetração de dispositivos móveis como smartphones e tablets é já bastante significativa. O que é que explica o facto de o investimento no digital e em especial no mobile ser ainda tão reduzido?

JF: É uma combinação de factores. Nunca fomos um povo conhecido por investir em contraciclo, quando há uma crise somos os primeiros a travar e a assumir uma postura muito cautelosa e, provavelmente, somos os últimos a sair desse casulo protector em que nos inserimos. Todos os números indicam, e isso já nem sequer é uma dúvida para todos nós, que o mobile representa uma oportunidade extraordinária, esta ideia de que podemos estar permanentemente conectados, a qualquer hora e em qualquer lugar, é em si uma oportunidade para as marcas. É a grande promessa do digital, que sempre prometeu isso mas com um computador de secretária não podia cumprir a promessa. Havia uma espécie de horário para estar no digital, o mobile liberta-nos desse último grande constrangimento para estarmos permanentemente ligados. Essa é uma oportunidade singular e que as marcas inevitavelmente irão aproveitar e cabe também às agências construir propostas nesse sentido e elas já estão a acontecer. Se virmos os números de pessoas que acedem às marcas a partir de dispositivos móveis, eles cresceram de forma absolutamente exponencial. Mas há marcas que nem sequer têm os seus sites preparados para serem vistos a partir desses dispositivos, o que já cria um sentimento de urgência de que alguma coisa precisa de ser feita.

M&P: Quais são as principais tendências que identifica no mobile para os próximos cinco anos?

JF: Não sou grande futurologista mas diria que o mobile vai continuar a evoluir no sentido de se transformar num dispositivo verdadeiramente potente. Os estudos mostram que os tablets têm vindo a colocar ruma pressão enorme sobre a venda de computadores portáteis, para quê ter uma coisa tão grande quando posso ter algo mais pequeno e que pode andar sempre comigo, autónoma e que pode fazer tantas coisas que se podia fazer com o portátil. Não queria entrar em nenhuma tecnologia em particular, acho que sobretudo vai dar-nos cada vez mais possibilidades de estar permanentemente ligados, aceder a informação e utilizar essa informação. Um dos aspectos fundamentais será a Big Data, o telemóvel está sempre a dizer onde estamos e isso diz muito sobre o nosso perfil e as operadoras de telecomunicações vão seguramente transformar essa informação em produtos, algumas já o estão a fazer.

M&P: Nos próximos três ou quatro anos o mobile vai tornar-se efectivamente no primeiro ecrã?

JF: Sem dúvida, essa transformação já está em curso. Em termos de design de tecnologia, a maioria dos projectos que desenvolvemos, mesmo logo ao nível da construção de uma interface, posso dizer que já começa por uma abordagem mobile first, ou seja, primeiro preocupamo-nos em criar uma experiência optimizada para os dispositivos móveis e a experiência móvel é mais do que um dispositivo, é um contexto de utilização também, tenho de garantir que posso estar a usar a andar ou em qualquer situação. Neste momento, grande parte da forma de elaborar as soluções, logo a partir dos nossos designers, já começam a partir desse approach mobile first. Isso é verdadeiramente indicativo da transformação que está em curso.

A versão integral desta entrevista poderá ser vista em breve em formato vídeo na nova secção M&P TV no nosso site

Sobre o autorPedro Durães

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57,3% dos ouvintes escutam rádio em tempo real através dos sites e das apps das estações

O Estudo sobre Consumo de Áudio Digital em Portugal, realizado pela Marktest para a Bauer Media Áudio Portugal, revela que a média de escuta de áudio digital, incluindo podcasts, ronda atualmente as 14 horas semanais. A geração Z é a que mais tempo lhes dedica

A maioria dos ouvintes (57,3%) escuta rádio em tempo real através dos sites e das aplicações móveis das estações radiofónicas, avança o Estudo sobre Consumo de Áudio Digital em Portugal, realizado pela Marktest para a Bauer Media Áudio Portugal. Segundo o documento, oito em cada 10 portugueses utilizadores de internet (83,5%) têm o hábito regular de consumir áudio digital, um número que tem vindo a aumentar. Em 2023, quase quatro em cada 10 (38,7%) garantiram ter ouvido mais conteúdos digitais, incluindo emissões de rádio e podcasts.

Este ano, a tendência mantém-se, com um terço (31,9%) dos 808 inquiridos a contar aumentar o consumo áudio online nos próximos 12 meses. “Pela evolução da mobilidade nas grandes cidades e pela crescente oferta de conteúdo áudio, que é de consumo mais conveniente, está-se a assistir a um crescente consumo de plataformas áudio, de programação linear e on demand. Hoje, é impensável não consumir rádio ou outros produtos de áudio”, afirma, em declarações ao M&P, Salvador Ribeiro, CEO da Bauer Media Áudio Portugal.

A média de escuta ronda atualmente as 14 horas semanais, com 78,2% dos inquiridos a revelarem que o fazem diariamente. O telemóvel o dispositivo mais usado para esse fim. “Música, entretenimento e humor figuram no top 3 dos conteúdos mais ouvidos”, revela o estudo. “Os dados recolhidos demonstram não existir uma diferença substancial no consumo de áudio digital, já que 83,2% da população masculina confirma consumir áudio em formato digital, contra 83,7% do público feminino”, refere ainda o documento.

As maiores alterações verificam-se na análise às diferentes faixas etárias, com 98,4% da geração Z a consumir áudio digital, mais 30% do que a dos baby boomers (68,4%). “O YouTube e o Spotify lideram o ranking das plataformas mais utilizadas para consumo de áudio digital, com 77,7% e 58,4%, respetivamente, mas as apps de estações de rádio
aparecem logo em terceiro lugar, com 42,3%”, sublinha a análise da Marktest, tornada pública a 10 de maio, sexta-feira.

“A morte da rádio tem vindo a ser sucessivamente anunciada, primeiro com a televisão, depois com a internet e, agora, com o streaming. Contudo, o que estes dados nos mostram é que uma grande parte da população continua a ouvir rádio, embora agora a consumam de uma forma digital. Isso e é transversal a todas as gerações”, realça Salvador Ribeiro. “Este estudo abre muitos caminhos para o futuro do áudio digital e para podermos continuar na frente desta transformação, percebendo os ouvintes e dando-lhes aquilo que eles querem ouvir”, refere ainda o responsável.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Legendary volta a criar campanha para a Solverde.pt (com vídeo)

A campanha, ainda sem data de término, tem produção da Snowberry, direção de fotografia de João Castela, realização de Vladimiro Leopoldo e planeamento de meios da Media DuYes. O filme publicitário que a integra apela à inscrição na plataforma de jogo

Tens Faro Para a Diversão? Então Joga na Solverde.pt é o nome da nova campanha publicitária da Solverde.pt, a segunda desenvolvida em colaboração com agência criativa Legendary, sediada no Porto. Lançada em televisão, digital e suportes exteriores, está também a ser divulgada em todos os canais da marca de apostas e nos parceiros da empresa de jogos online. Com produção da Snowberry e direção de fotografia de João Castela, tem realização de Vladimiro Leopoldo. “Arrancou a 6 de maio e ainda não tem data de conclusão. O planeamento de meios é da Media DuYes”, avançou ao M&P fonte da Solverde.pt.

“No spot televisivo, um jogador fareja a diversão pela casa e pela rua, até que se depara com uma colmeia e um enxame de abelhas, um sinal que deve jogar o Honey Gems, a popular slot machine disponível na Solverde.pt. A campanha ainda informa que é possível ganhar 25 free spins no registo na plataforma e ganhar um bónus de 100% até €100”, informa a marca, lançada em 2017, em comunicado de imprensa.

“Nesta segunda campanha com a Legendary, colocamos a diversão em primeiro lugar, que é o mesmo que os jogadores fazem quando decidem abrir uma slot ou outro jogo de casino”, esclarece Telma Marques, diretora de marketing da Solverde.pt. “Ao perguntar à nossa audiência se tem faro para diversão, estamos a brincar com uma expressão bem portuguesa, que dá o mote para o tom bem-humorado da campanha. Ao fazê-lo, estamos, ao mesmo tempo a homenagear aqueles sentimentos que todos reconhecemos de procurar sinais e seguir a nossa intuição”, sublinha ainda a responsável.

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Pinko troca Irina Shayk e Georgia May Jagger por Mariacarla Boscono

Fotografada por Pablo Di Prima, a campanha de primavera/verão 2024 da marca de moda, protagonizada pela modelo italiana, recupera o glamour da década de 1990. Lorenzo Posocco, diretor criativo do projeto, também assina o styling da produção fotográfica

A modelo italiana Mariacarla Boscono é a protagonista da campanha de primavera/verão 2024 da Pinko, substituindo a manequim russa Irina Shayk, que foi o rosto da campanha de primavera/verão 2023 da marca italiana. A modelo britânica Georgia May Jagger, filha do cantor Mick Jagger e da modelo e atriz Jerry Hall, tinha sido a eleita para a campanha de outono/inverno 2023/24 da etiqueta. Fotografada por Pablo Di Prima, Mariacarla Boscono é a nova embaixadora da Pinko. Além das lojas da marca, as imagens já podem ser vistas em cartazes, anúncios de media e publicações digitais.

“A campanha primavera/verão 2024 celebra o glamour na sua forma mais pura, mais icónica e mais reconhecível, recuperando o glamour da década de 1990, uma década que moldou a moda tal como a conhecemos ainda hoje. É num fundo branco puro, cadeiras de designer e um espaço só para ela, que encontramos a icónica modelo Mariacarla Boscono, representando a personificação de uma mulher Pinko confiante, empreendedora, sexy e irresistível. O styling original é da autoria de Lorenzo Posocco, diretor criativo da campanha”, informa a marca em comunicado.

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Airchat é a nova rede social com publicações por voz

O Airchat, que se autodenomina como ‘walkie talkie social’ e tem Sam Altman, CEO da OpenAI, como investidor, foi lançado em outubro de 2023 e já superou os 45 mil downloads em todo o mundo. As mensagens de voz são automaticamente transcritas, permitindo aos outros utilizadores ler ou ouvir as publicações, pretendendo fornecer aos utilizadores uma experiência mais pessoal e menos artificial

Ao contrário da maioria das redes sociais, que são alimentadas por textos, imagens e vídeos, o Airchat é uma rede social que se diferencia por ser centrada na comunicação por voz. Esta nova plataforma, criada pelo cofundador do AngelList, Naval Ravikant, e pelo diretor de produto do Tinder, Brian Norgard, exige que os utilizadores partilhem mensagens através de gravações de áudio. As mensagens de voz são automaticamente transcritas, permitindo aos outros utilizadores ler ou ouvir as publicações, pretendendo fornecer aos utilizadores uma experiência mais pessoal e menos artificial.

O Airchat, que se autodenomina como ‘walkie talkie social’ e tem Sam Altman, CEO da OpenAI, como investidor, foi lançado em outubro de 2023 e já superou os 45 mil downloads em todo o mundo. Atualmente, só tem acesso ao Airchat quem for convidado, por esta rede social se encontrar numa fase inicial e ainda não estar preparada para lidar com um tráfego elevado de pessoas.

No que diz respeito ao seu funcionamento, o Airchat não se baseia apenas em áudio. É possível também enviar notas de voz ou até ler as mensagens e, à semelhança de outras redes sociais, o Airchat também permite a troca de mensagens em privado. As publicações são apresentadas num feed, muito semelhante à rede social X, com a diferença de que os áudios originais das publicações são reproduzidos automaticamente à medida que o utilizador vai percorrendo o feed.

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Há quatro empresas nacionais premiadas no Eventex Awards 2024

A Desafio Global é a que traz mais prémios (nove), seguida da GR8 (4) e da Tox’Inn Events e do Auditório Francisco de Assis, ambos com um troféu. O Eventex Awards é um concurso internacional que, desde 2009, distingue agências de produção de eventos e marketing de experiências em diversas categorias

A Desafio Global, a GR8, a Tox’Inn Events e o Auditório Francisco de Assis são as empresas nacionais premiadas no Eventex Awards 2024, concurso internacional que, desde 2009, distingue agências de produção de eventos e marketing de experiências em diversas categorias. A Desafio Global é a que traz mais prémios (nove), seguida da GR8 (4) e da Tox’Inn Events e o Auditório Francisco de Assis, ambos com um troféu.

A Desafio Global recebeu um prémio de Ouro na categoria Envolvimento de Colaboradores e uma Prata na categoria Narração de Evento, com o evento Deloitte – All Aboard for the Christmas Spirit; um Ouro na categoria Evento Corporativo, uma Prata na categoria Cenografia e um Bronze na categoria Eventos B2B, com o evento Fidelidade – Think Bigger. A agência de eventos arrecadou também uma Prata e dois Bronzes nas categorias Evento de Mudança Positiva, Evento de Liderança de Pensamento e Conferência, com o evento Estoril Conferences 2023. O evento Gala de Reabertura do Convento do Beato valeu outro Prata à Desafio Global, na categoria Envolvimento de Parceiros.

A GR8 Events, que arrecadou quatro prémios no total, foi galardoada com um Ouro na categoria Evento de Celebração, com o evento Sibs 40 Years Creating the Future, e dois Bronzes, um na categoria Cerimónia, com o evento Liga Portugal Awards e outro na categoria Experiência Virtual Gamificada, com o Calendário de Natal NTT Data. A GR8 Events conquistou ainda o prémio Rising Star Agency, que consagra a melhor novidade no mundo dos eventos e do marketing de experiências.

Do lado das empresas distinguidas com um prémio, a Tox’Inn Events recebeu um Bronze na categoria Empresa de Recrutamento e o Auditório Francisco de Assis mereceu uma Prata, na categoria de Espaços Eleitos Pelo Público.

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Perfect Storm recorre a imagens geradas por computador para campanha da Betclic de apoio ao Sporting (com vídeo)

Com recurso a imagens geradas por computador através da tecnologia CGI, o estúdio criativo, que idealizou e produziu o filme publicitário em apenas três semanas, conseguiu pôr um leão a desfilar pelo centro de Lisboa. Existiam versões com outras equipas

Depois de ter desenvolvido a nova campanha internacional da Coca-Cola em colaboração com a agência criativa AKQA, o estúdio de produção criativa português Perfect Storm, sediado em Lisboa e com delegações na Alemanha e nos Estados Unidos, foi mandatado pela Betclic para homenagear o Sporting CP pela conquista do campeonato nacional de futebol 2023/24. Com recurso a imagens geradas por computador através da tecnologia CGI, colocaram um leão gigante, símbolo do clube, a desfilar pela Rotunda do Marquês de Pombal, o cenário habitual das celebrações desportivas.

“Foi um processo atípico. Propusemos diretamente o projeto à Betclic mas só avançámos com a criatividade e a produção há cerca de três semanas, o que é muito pouco tempo para um projeto como este. Tínhamos várias versões preparadas porque, na altura, ainda não haviam garantias quanto à equipa que poderia ganhar o campeonato”, admite, em declarações ao M&P, Mariana Marques, coprodutora executiva da campanha, uma tarefa que dividiu com André Valenti Gaspar, realizador do filme publicitário que a integra.

Com efeitos visuais da Glimpse VFX e pós-produção da Light Film, o anúncio tem sonorização da Índigo, com som adicional de Pedro Sachetti. Algumas das imagens adicionais foram recolhidas por Artur Carvalho com recurso a um drone. “Foi modelado um leão realista e imponente. A textura de pelo, a simulação de física do pelo e o brilho nos olhos foram pensados ao pormenor e reproduzidos com precisão meticulosa. Uma investigação detalhada sobre a anatomia e os movimentos dos leões foi essencial para assegurar a veracidade da animação”, assegura a produtora.

A luta contra o tempo não facilitou a vida do estúdio criativo, permanentemente atento a todos os detalhes. “Um dos aspetos mais importantes foi a integração perfeita do leão [desenvolvido com recurso a] CGI no ambiente real captado nas filmagens. Uma composição meticulosa, ajustes finos de cor e iluminação foram realizados para garantir que todos os elementos visuais coexistissem de forma coesa. Efeitos sonoros precisos foram sincronizados com as ações do leão, desde seu poderoso rugido até o ecoar dos seus passos na calçada”, esclarece ainda.

“O filme está a tornar-se viral rapidamente, ganhando vida própria nas redes sociais imediatamente, após a confirmação do título do Sporting CP. A capacidade de captar e expressar a emoção do momento, aliada à técnica avançada de animação CGI, estabeleceu um novo padrão no mercado publicitário português, mostrando que a Perfect Storm não só consegue responder a desafios complexos e urgentes, mas também inovar de forma significativa no conteúdo que produz”, refere André Valenti Gaspar, realizador e produtor executivo da Perfect Storm.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Marcas de retalho são as mais relevantes para todas as gerações, da Silenciosa à Z

O inquérito Estudo do Consumidor da Superbrands, apresentado a 9 de maio na Universidade Católica, aponta o Continente, a Adidas e a Nike como as três marcas mais referenciadas, não só no ranking geral como no ranking geracional

O retalho é o setor de atividade que tem as marcas mais relevantes transversalmente a todas as gerações,  de acordo com o inquérito Estudo do Consumidor da Superbrands. O estudo conduzido pela AMINT, apresentado a 9 de maio na Universidade Católica, aponta ainda o Continente, a Adidas e a Nike como as três marcas mais referenciadas de forma espontânea, figurando nas três primeiras posições não só do ranking geral do estudo como do ranking por faixas etárias.

O estudo revela que as marcas de retalho são as mais relevantes para os portugueses das cinco gerações entrevistadas no estudo (silent generation, baby boomers, geração X, millennials e geração Z). No ranking geracional, o Continente está no top 3 de marcas nas cinco gerações, a Adidas está no top 3 em quatro gerações (exceto na silent generation) e a Nike aparece no top 3 de duas gerações (bay boomers e millennials). A Nestlé e a Vodafone, por seu lado, aparecem no top 3 de apenas uma geração (silent generation),  à semelhança da Delta (geração X) e da Meo (geração Z).

Além das marcas do top 3 do ranking geracional, a Delta, a Samsung, o Pingo Doce e a Nestlé são as marcas que se encontram em simultâneo no top 10 de todas as gerações. No ranking geral, o Continente é a única marca que está mencionada em todas as cinco dimensões analisadas no top 3 das cinco dimensões. A Nike surge atrás do Continente, em três das dimensões avaliadas (notoriedade, identificação e confiança), enquanto a Adidas se destaca na identificação e na notoriedade, e a Delta na unicidade e na confiança.

Os resultados revelam ainda que, em 2024, 79% do top 20 das marcas mais referenciadas pelos consumidores distribuem-se por cinco setores (retalho, alimentação, desporto, tecnologia e telecomunicações), o que poderá significar que os consumidores tendem a mencionar mais as marcas com as quais interagem diariamente.

Os setores que mais aumentaram a presença no top 20 entre 2020 e 2024, por seu lado, foram a alimentação, o desporto, as telecomunicações e a energia. Ainda no mesmo período, o setor que mais desceu foi o da tecnologia. O retalho, as bebidas e a moda também registaram uma ligeira diminuição.

Entre 2023 e 2024, houve alterações no ranking geral das marcas. A Adidas, a Nike, a Delta, a Nestlé e a Meo subiram posições; a Mimosa, a Worten e a Galp entraram no top 20; a Samsung, a Apple, a Coca-Cola, a Mercedes e a Super Bock desceram; e a Nivea, a LG e o Ikea foram as marcas que saíram do top 20.

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Concurso da Santa Casa segue incólume às polémicas

Em relação às notícias que deram conta que a administração da Santa Casa assinou dois contratos de publicidade, avaliados em €5,5 milhões, a 29 de abril, quando já tinha sido exonerada, fonte oficial da Santa Casa refere que se trata de uma situação distinta do concurso público

Catarina Nunes

O concurso público da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa para a aquisição de serviços de agência criativa prossegue, alheio à exoneração da administração e de todas as polémicas, estando neste momento na fase de apresentação de candidaturas, cujo prazo termina a 26 de maio, “mantendo-se a sua continuidade, dentro dos trâmites legais e normativos que norteiam os processos aquisitivos em concurso público”, avança ao M&P fonte oficial da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Em relação às notícias que deram conta que a administração da Santa Casa assinou dois contratos de publicidade, avaliados em €5,5 milhões, a 29 de abril, quando já tinha sido exonerada, fonte oficial da Santa Casa refere que se trata de uma situação distinta do concurso público. “Os contratos referidos nessas notícias não se referem a concursos. São feitos anualmente pelos Jogos, é um procedimento habitual com fornecedores ou parceiros, mas não significa necessariamente que as verbas sejam gastas”, explica a mesma fonte.

O que está em causa nestes dois contratos de publicidade são investimentos na SIC e na TVI, com execução durante um ano. Os dois contratos são idênticos, mas têm valores contratuais diferentes. O contrato da SIC é pelos serviços efetivamente prestados, até ao limite de €3 milhões, mais uma taxa de exibição de 4% e IVA, enquanto na TVI o montante envolvido são €2,5 milhões.

O concurso que decorre até 26 de maio, por seu lado, diz respeito à aquisição de serviços de agência criativa para as marcas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, com um valor máximo de €20,85 milhões. O concurso está dividido em três lotes, sendo o maior deles (€8,1 milhões) o que diz respeito à criatividade publicitária dos jogos Placard, Totobola, Lotaria Clássica, Lotaria Popular e Eurodreams.

O segundo maior lote (€7,5 milhões) inclui o Euromilhões, o M1LHÃO, o Totoloto, a Raspadinha e o Novo Jogo, enquanto o terceiro maior (€5,25 milhões) abrange a criatividade institucional das marcas/serviços da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a marca Jogos Santa Casa.

Os valores a adjudicar dizem respeito ao fee anual da agência, que inclui a remuneração base da equipa proposta, os custos indiretos e a margem de lucro da empresa, entre outros, com valores máximos para cada um dos lotes: €240 mil (lote um, €7,5 milhões), €300 mil (lote dois, €8,1 milhões) e €250 mil (lote três, €5,25 milhões), de acordo com o caderno de encargos, a que o M&P teve acesso.

Os custos totais de produção de televisão e rádio dos lotes um e dois, com um limite máximo de €300 mil, os direitos de autor durante um ano para todos os meios e os custos de produção da tabela de referência, até €880 mil, são outras das despesas incluídas na adjudicação.

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Estúdio JBD ganha design e criatividade da Unibanco

A primeira campanha do estúdio JBD para o Unibanco já está online, com um grafismo alusivo ao verão e ao cartão Unibanco, que permite o fracionamento de compras acima de €150 em três vezes, na app Unibanco

A Unibanco entregou a conta de design e criatividade ao estúdio de design de João Burnay, que em 2020 já tinha conquistado a conta de design e criatividade da Reduniq, outra das marcas da empresa financeira portuguesa Unicre.

A primeira campanha do estúdio JBD para o Unibanco já está online, com um grafismo alusivo ao verão e ao cartão Unibanco, que permite o fracionamento de compras acima de €150 em três vezes, na app Unibanco.

“Desde a sua génese, a Unicre tem sido pioneira na inovação do setor financeiro português, com um forte ADN tecnológico. É um prazer enorme fazer parte do crescimento desta marca que começou a inovar há 50 anos e continua a inovar até hoje, e ter a oportunidade de trabalhar com duas marcas tão distintas do setor financeiro – Reduniq e Unibanco – contribuindo para a evolução e revolução no mundo dos pagamentos.”, refere em comunicado de imprensa João Burnay, fundador e diretor criativo da JBD.

A marca UNIBANCO junta-se agora ao portfólio da JBD que, desde 2016, cria para marcas como Frulact, Twistshake, Uber, EDP, JLL, Grupo ETE, MAAT e Nivea, entre outras.

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TikTok processa EUA para bloquear nova lei que pode proibir plataforma no país

ByteDance reitera que “não tem qualquer plano para vender o TikTok”. Mesmo que o quisesse fazer, isso dependeria da autorização de Pequim, que anteriormente se opôs a uma venda forçada da plataforma e que, desta vez, também já manifestou a sua oposição. A venda é “simplesmente impossível”, sobretudo dentro do prazo de 270 dias previsto na lei

O TikTok está a virar o jogo na disputa com os Estados Unidos, estando a processar o Governo norte-americano, por causa da nova lei aprovada por Joe Biden que obriga a empresa-mãe da plataforma digital, a chinesa ByteDance, a vender a rede social ou a ser proibida nos Estados Unidos se não o fizer.

A empresa detentora do TikTok alega que a lei constitui uma violação dos direitos da Primeira Emenda dos cidadãos norte-americanos, dando início a uma batalha sobre segurança nacional e liberdade de expressão que provavelmente será levada ao Supremo Tribunal.

O processo apresentado pelo TikTok a 7 de maio acontece na sequência de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, ter aprovado a 24 de abril a lei que obriga o TikTok a encontrar um novo proprietário no prazo de nove meses, sendo banido dos Estados Unidos se não cumprir a legislação.

Numa petição de 67 páginas, o TikTok e a ByteDance já se pronunciaram conjuntamente sobre a revisão da constitucionalidade da lei, na qual salientam que “pela primeira vez na história, o Congresso promulgou uma lei que sujeita uma única plataforma de discurso nomeada a uma proibição permanente em todo o país, e impede que todos os americanos participem de uma comunidade online exclusiva com mais de mil milhões de pessoas em todo o mundo”.

Na petição apresentada contra o Procurador-Geral Merrick Garland, que iniciou a ação judicial, o TikTok e a ByteDance argumentam que a lei dará ao Governo um poder sem precedentes para controlar ou desmantelar uma plataforma de discurso que não lhe agrada, contestando o facto de o Governo atacar a plataforma em específico, em vez de aprovar regulamentos tecnológicos mais amplos em matéria de privacidade ou transparência, que abrangessem o setor em geral.

A ByteDance reitera ainda que “não tem qualquer plano para vender o TikTok”. Mesmo que o quisesse fazer, isso dependeria da autorização de Pequim, que anteriormente se opôs a uma venda forçada da plataforma e que, desta vez, também já manifestou a sua oposição. A venda é “simplesmente impossível”, sobretudo dentro do prazo de 270 dias previsto na lei. Uma situação que se agrava com o facto de o algoritmo principal da aplicação, que faz corresponder os utilizadores a vídeos de interesse e que é fundamental para o sucesso da plataforma, ser propriedade do Governo chinês.

O TikTok está igualmente sob pressão na Europa após Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, afirmar num debate, realizado a 29 de abril, em Maastricht, que “não está excluída a possibilidade” de proibir o TikTok, depois de o moderador se ter referido ao que se está a passar nos Estados Unidos. “Sabemos exatamente os perigos do TikTok”, revelou a presidente da Comissão Europeia, citada pelo Politico.

A crescente preocupação na Europa, que resultou nestes comentários, surge depois de o TikTok decidir suspender uma funcionalidade que recompensava os utilizadores por interagirem com a aplicação TikTok Lite, depois de a Comissão Europeia ter analisado a funcionalidade ao abrigo do regulamento de moderação de conteúdos do bloco, a Lei dos Serviços Digitais (DSA).

Apesar de atualmente ainda não existir nenhum país europeu a propor uma proibição completa do TikTok, 11 países a nível mundial, bem como algumas instituições europeias, proibiram o TikTok nos dispositivos móveis de trabalho dos seus funcionários, por questões de segurança pública. China, Índia, Nepal, Paquistão, Somália e Afeganistão, por outro lado, são os países que já proibiram completamente a rede social por diferentes motivos, não associados a questões de segurança.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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