“O papel será a haute couture e a internet o prêt-à-porter”
Em entrevista ao M&P, Rui Borges, CEO e accionista da Plot Content Agency, afirma que “o futuro passa pelos conteúdos e as marcas já perceberam isso”.
Elsa Pereira
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Em Setembro de 2005, fruto de uma fusão entre a Saúde Press, Money Media e Oficina Criativa, nascia a Entusiasmo Media e, pouco depois, em 2006, era criada a White Rabbit, unidade de custom publishing da empresa. Entretanto, em 2011, a editora de publicações como a Prevenir, Saber Viver, Jardins e Ultimate Beauty foi rebaptizada, passando a chamar-se Plot Content Agency, criando ainda a Plot Moçambique, primeiro passo dado no trilho da internacionalização. Rui Borges, CEO e accionista da empresa que tem em Luís Penha e Costa o seu chairman e acionista maioritário, faz um balanço deste novo ciclo, cujo expoente máximo remonta ao recém-lançamento da Exame Moçambique. Com uma tónica discursiva depositada na importância dos conteúdos, em entrevista ao M&P, o responsável realça a área de content marketing da Plot, que conta com uma carteira de clientes da qual fazem parte marcas como a Caixa Geral de Depósitos, Revista do Montepio, Montepio Jovem, Sapo Mulher, Sapo Saúde ou PT Negócios.
Meios & Publicidade (M&P): Que balanço faz desde que a Entusiasmo Media e a White Rabbit deram lugar à Plot?
Rui Borges (RB): Chegámos à conclusão de que não fazia sentido termos a empresa dividida entre o que eram as revistas em banca e a área do custom publishing, que neste momento até chamamos de content marketing uma vez que é muito mais abrangente. Ao mesmo tempo, também estávamos a iniciar um processo de internacionalização e nem um nome nem outro funcionava bem, pelo que optámos por este de mais fácil compreensão e que explica também um pouco a lógica de plot, de enredo. O que fazemos é contar histórias. Não faz sentido estarmos separados, porque revistas fortes fazem um negócio de content marketing forte e um negócio de content marketing forte ajuda o lado das revistas. Passámos a trabalhar de uma maneira mais integrada.
M&P: Esse trabalho mais integrado permite reduzir custos e garantir uma maior rentabilidade à empresa?
RB: O objectivo não foi tanto o de reduzir custos, foi mais o de aumentar receitas.
M&P: E está a acontecer?
RB: Está a acontecer, embora estejamos numa situação de mercado em que, no todo, não estamos a aumentar muito as receitas. Há uma recessão e quem conseguir manter as receitas já consegue uma vitória. No entanto, as empresas estão cada vez mais abertas a outro tipo de investimento que não o da publicidade tradicional.
M&P: Acredita que o futuro do marketing e publicidade passa realmente pelos conteúdos?
RB: Neste momento a indústria não está a passar por um momento fantástico. Mas não é por falta de as pessoas consumirem conteúdos. O futuro passa pelos conteúdos e as marcas já perceberam isso. O desafio é perceber como podem as editoras monetizar esses conteúdos.
M&P: Como podem então monetizá-los?
RB: Têm que se adaptar. Numa dada altura achava-se que o papel ia morrer, mas já está a chegar-se à conclusão de que não é bem assim. Costumo dizer que o papel será a haute couture e a internet o prêt-à-porter. O valor está nos conteúdos e não na plataforma e os anunciantes precisarão sempre de se ligar aos consumidores. Os anunciantes querem coisas que funcionem. O budget existe desde que existam também resultados.
A versão integral desta entrevista pode ser lida na edição de 8 de Junho do M&P