Afonso Camões: Lusa deve assumir-se como “um instrumento global de comunicação”
O gestor deu uma resposta a notícias recentes relativas às delegações da agência: “As pessoas confundem escritórios com delegações. Não é a mesma coisa”, disse.
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A administração da Lusa sublinhou hoje que o contrato de serviço público com o Estado é fundamental para a sobrevivência da agência, que deve assumir-se como um “instrumento global de comunicação”, fazendo as parcerias necessárias na geografia da língua. Numa sessão de apresentação aos seus clientes de cinco novos serviços da agência, Afonso Camões esclareceu que, se “é verdade que está no programa do Governo a privatização da agência Lusa”, “a privatização não significa liquidar o contrato de serviço público”, que vale cerca de 70 por cento das receitas da agência, esclareceu o presidente do conselho de administração da Lusa. “Este ano é crucial porque vamos renegociar o contrato [de serviço público] com o Estado português”, sublinhou o gestor, explicando que “não é possível”, com as receitas fora do contrato de serviço público, a agência estar em 52 locais do território nacional, ou em 25 países. “Não há grupo privado que pague para estarmos em Timor-Leste ou em Moscovo, em Pequim ou em Caracas, em Nova Iorque, ou Maputo”, disse Afonso Camões.
O gestor aproveitou ainda a sessão para dar uma resposta a notícias recentes relativas às delegações da Lusa. “As pessoas confundem escritórios com delegações. Não é a mesma coisa. Nós não somos uma agência imobiliária, somos uma agência de notícias e o escritório dos nossos jornalistas é um pc (computador pessoal) portátil, o mais leve possível, com placa de internet 3G, temos câmaras de vídeo, gravadores digitais, e esse é o escritório do jornalista da Agência Lusa. Flexibilidade, mobilidade, maior proximidade em relação às fontes possível, cobertura territorial”, afirmou.
Por outro lado, disse ainda Afonso Camões, a Lusa está envolvida no processo de “reestruturação do grupo de comunicação do Estado”, reforma em que se fala do “recuou da RTP numa série de sítios”. “O que temos dito na relação com a operadora de televisão do Estado é que, onde eles recuarem, nós ocupamos o espaço. Por exemplo, se a RTP recuar na Guarda, nós temos que qualificar a nossa antena na Guarda para corresponder às exigências do serviço público de televisão, em recursos humanos e meios técnicos”, esclareceu. “Mas quando estivermos a prestar esse serviço nacional por requisição da RTP estaremos a prestá-los também às outras operadoras, só trabalhamos em exclusivo se o cliente pagar esse exclusivo, portanto ao trabalharmos mais para a RTP estaremos a trabalhar mais para qualquer operador de televisão”, acrescentou Camões. A agência não pode confinar-se ao mercado nacional “porque a tendência do nosso negócio no mercado português tem sido para cair”, acentuou o presidente da Lusa. Neste sentido, o gestor manifestou aos clientes da agência a convicção de que “é possível fazer da Lusa um instrumento global de comunicação”. “Temos essa ambição, e nem sequer é caro. É possível fazê-lo em parceria e acreditamos que essas parcerias no espaço da língua se devem fazer já. Este é o momento, porque é possível partilharmos com angolanos, com brasileiros, com chineses, essa ambição”, acrescentou Afonso Camões.
“Não foi por acaso que marcámos esta apresentação na nova sede da CPLP, inaugurada há poucos dias, porque é no mercado da geografia da língua que temos crescido”, sublinhou o gestor. O mesmo espaço será palco para vários eventos que a agência tem planeado para o ano em que cumpre o seu 25º aniversário, designadamente as conferências internacionais da Aliança das Agências Europeias e da Aliança das Agências de Língua Portuguesa. (Lusa)