Impresa adopta medidas de austeridade
A operação digital, concentrada na Impresa Digital, passa para outras áreas do grupo e as funções da Impresa Media Solutions passam a ser desempenhadas pelas várias direcções comerciais. Os ordenados dos administradores são diminuídos em 10% e o funcionários com ordenados superiores a 5 mil euros são convidados a seguir o exemplo.

Carla Borges Ferreira
8ª Avenida junta-se a Camaleaooo para recriar a Liga dos Campeões
Vendas da Temu e Shein caem com tarifas de Trump
Rebeca Venâncio assume comunicação e ‘public affairs’ do Grupo Brisa
Feeders reforça aposta na internacionalização
87% das marcas têm aversão ao risco
Justiça quer venda forçada de produtos de tecnologia publicitária da Google
Hollywood em choque com tarifas de Trump sobre o cinema
Trump admite nova extensão de prazo para venda do TikTok
“Sinto-me perdido quando tenho um trabalho e a criatividade não aparece”
Grupo Rodilla adquire 100% da A Padaria Portuguesa
A Impresa vai adoptar uma série de medidas de austeridade que visam “antecipar e combater os efeitos da crescente deterioração da situação económica portuguesa, em geral, e do mercado publicitário, em particular”, explica Francisco Pinto Balsemão, presidente da holding, em carta enviada aos funcionários do grupo.
Uma das principais medidas passa pela “simplificação” da estrutura do grupo. Assim, “a operação digital, que estava concentrada na Impresa Digital, transitará para outras áreas do Grupo. O AEIOU e o Olhares ficam sob a responsabilidade de José Carlos Lourenço, CEO da Impresa Publishing, enquanto a Impresa DGSM e a InfoPortugal serão lideradas por José Freire, Director de Planeamento Estratégico e Investor Relations da IMPRESA”. Significa esta medida, explica Pinto Balsemão, que “a actividade da estrutura que assegurava a gestão destas empresas passa a ser prescindível, levando à dispensa das pessoas que aí trabalhavam”. Balsemão envia uma palavra especial a Pedro Casqueiro, que “enquanto CEO da Impresa Digital, cumpriu com os objectivos propostos, designadamente no que respeita ao desenvolvimento e diversificação de novos negócios, e que sai da IMPRESA com as empresas na área da operação digital preparadas para enfrentar o futuro”.
A Impresa vai também re-estruturar a actividade da Impresa Media Solutions (IMS), passando as funções inerentes a esta área a ser asseguradas pelas diferentes direcções comerciais do grupo. A IMS, recorde-se, tinha como funções a estruturação e comercialização de soluções de comunicação multimarca e multimeios. E, a este propósito, Pinto Balsemão endereçou também uma palavra especial a José Bastos e Silva, que antes de assumir a responsabilidade desta área tinha a direcção-geral da SIC, “devido ao esforço pessoal despendido, e congratulo-me pelo facto de, apesar de entrar agora na reforma, continuar a colaborar connosco”.
Outra das medidas passa pela redução voluntária de 10% dos vencimentos brutos dos membros da comissão executiva e do conselho de administração da holding. Francisco Pinto Balsemão diz que esta medida vigorará entre Setembro de 2011 e Dezembro de 2012 e “convida” todos os trabalhadores com salários acima dos €5.000 a aderir a esta iniciativa, ajudando assim a baixar os custos com pessoal. A Impresa pretende também diminuir os custos com os carros de serviço e aluguer de automóveis.
Entretanto, entre o plano de rescisões amigáveis que ocorreu na Impresa Publishing no ano passado e o que esteve em curso na SIC e na GMTS entre Maio e Junho, a Impresa chegou a acordo com um total de 40 trabalhadores.
Por último, foi apresentado um projecto de fusão por incorporação das sociedades Sojornal e Impresa Classificados na sociedade Impresa Publishing. Esta medida, explica o presidente do grupo, “tem por objectivo a melhoria da eficiência operacional, obtida a partir da redução de custos corporativos (incluindo essencialmente a redução de custos com serviços externos e de natureza regulatória). “
Balsemão conclui dizendo ter consciência que se está a adoptar “um conjunto de medidas austeras, que implicam o empenho e a compreensão de todos os trabalhadores do Grupo, sem excepção”, mas assegura que se tratam de medidas “necessárias na actual conjuntura e que têm por objectivo estruturar a IMPRESA para os desafios que se colocam ao sector dos media e à sua autonomia editorial.”