JN vai ter conselho editorial e reduzir chefias
O Jornal de Notícias vai ter um conselho editorial. O conselho, uma proposta da nova direcção liderada por Manuel Tavares, que hoje toma posse, vai ser composto por um máximo de 20 pessoas. “Gente cuja fotografia não precisa de legenda”, comenta ao M&P o novo director do diário da Controlinveste
Ana Marcela
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O Jornal de Notícias (JN) vai ter um conselho editorial. O conselho, uma proposta da nova direcção liderada por Manuel Tavares, que hoje toma posse, vai ser composto por um máximo de 20 pessoas. “Gente cuja fotografia não precisa de legenda”, comenta ao M&P o novo director do diário da Controlinveste, acrescentando que o objectivo é reunir um conjunto de pessoas da região norte de todas as áreas e quadrantes, para de “três em três meses darem as suas opiniões sobre a região, o país e o mundo”. De fora, frisa, estão apenas personalidades “na vida partidária activa”. Uma iniciativa com que o novo responsável máximo do JN quer arrancar em Setembro.
A nova direcção quer ainda operar uma reorganização da redacção, que vai passar inclusive pelo espaço físico (com mudanças no open space da redacção, criando-se uma mesa central de controlo do fluxo de trabalho), e por uma redução no número de chefias intermédias. Actualmente, entre “chefes de redacção, editores e subeditores há 32 chefes” no Jornal de Notícias, o que, para Manuel Tavares, torna a gestão do diário “completamente ingovernável”. Esta estrutura vai ser “reduzida substancialmente”, diz o director, embora sem avançar números exactos. “A direcção vai pilotar o jornal de uma ponta a outra em termos de produção diária”, assegura Manuel Tavares. Cada um dos seis elementos que compõem a actual cúpula directiva do JN (além de Manuel Tavares, o jornal conta com os directores-adjuntos Alfredo Leite e Fernando Santos, e os subdirectores Ana Sousa Dias, Paulo Ferreira e Jorge Fiel) vai “ter de ser de ser responsável por duas áreas”, sendo que um dos directores vai ter “responsabilidades específicas” em relação aos produtos transversais ao grupo, como é o caso da Notícias Sábado, Notícias Magazine ou o futuro Dinheiro Vivo. “Cada um desses produtos vai ter de rimar com o que queremos para o Jornal de Notícias: um jornal popular e de qualidade”. Ainda por definir estão, todavia, as responsabilidades de cada um dos directores.
Sob a nova direcção, assegura Manuel Tavares, o Jornal de Notícias vai ter “uma única cara, uma única edição” de Norte a Sul, sendo que irão ser feitas alterações também ao nível dos conteúdos aproximando-os mais da região onde o jornal está implantado. Mudanças que, conta o responsável, serão graficamente visíveis em Setembro. O responsável editorial do JN nega a ideia de que o diário irá aproximar-se em termos temáticos a um tablóide ou ao seu concorrente, o Correio da Manhã. “Nunca enquanto estiver comigo”, afiança, relembrando que anteriormente dirigia o desportivo O Jogo, “segmento onde a tabloidização seria possível, mas nunca o fiz”. “Vamos é ver um jornal mais próximo da realidade em que estamos ancorados”, garante.
Este tema vai ser desenvolvida na edição de sexta-feira do M&P no especial de Imprensa Generalista.