Números do APCT geram troca de acusações nos económicos
“O Diário Económico mentiu”. A afirmação é de Pedro Santos Guerreiro, director do Jornal de Negócios, a propósito dos dados de circulação paga de 2009 do título da Económica, objecto de revisão no último boletim da APCT.
Ana Marcela
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“O Diário Económico mentiu”. A afirmação é de Pedro Santos Guerreiro, director do Jornal de Negócios, a propósito dos dados de circulação paga de 2009 do título da Económica, objecto de revisão no último boletim da APCT. Numa acusação publicada ontem na última página do jornal, o director do diário da Cofina refere a saída de mais de 5 mil exemplares da circulação paga do DE, o que acabou por dar a liderança do JdN nesse ano nos jornais de informação económica em banca, com 9.693 versus os 9.511 exemplares do DE agora conhecidos. “A notícia é tão bizarra que o Negócios descobre em 2011 que foi líder em 2009”, diz o director.
Com Para Pedro Guerreiro, o que está em causa é “chumbar numa auditoria, o que é inédito e é grave. É apresentar dados falsos”, frisando que “isto não é uma guerra entre os jornais, isto é uma fraude”. O director do JdN, fala inclusive em “concorrência desleal”, já que “houve investimentos publicitários com base nestes dados, que decidem o financiamento de projectos editoriais”.
As explicações de António Costa aos “stakeholders”
Até ao fim do dia de ontem, não foi possível obter um comentário de António Costa, director e administrador da Económica, sobre esta matéria. Mas, ao que o M&P sabe, o tema levou o responsável a enviar um e-mail aos “stakeholders mais relevantes do jornal”, de acordo com a fonte ouvida pela M&P, entre os quais agências de meios e empresas, apresentando uma justificação para as alterações dos registos do boletim da associação e, dando uma resposta ao que classifica de um “ataque desabrido por parte de Pedro Santos Guerreiro, director do Jornal de Negócios”.
De acordo com as explicações contidas na comunicação a que o M&P teve acesso, a alteração dos dados de 2009 surgiu na sequência de uma das auditorias em que foi identificado que nesse ano “um conjunto de vendas em bloco não estava registada conforme os critérios aceites pela APCT”. Estas, continua António Costa, “são vendas incluídas em contratos globais com grandes clientes, que incluem publicidade e patrocínios, além, obviamente, de venda e distribuição de jornais”. “Detectada essa anomalia no registo destas vendas – o que aconteceu no final de 2010 – e estando o ano de 2009 já fechado, foi decidido, de comum acordo com a APCT, registar os exemplares em causa como ofertas, no caso de 2009, e, imediatamente, corrigir a situação para 2010”, conclui.
O administrador da Económica também avança com uma explicação para o facto de os dados do bimestre de Novembro/Dezembro de 2010 terem levantado “reservas” aos auditores da APCT, tendo inclusive os dados de Dezembro sido “previsionais”. De acordo com o responsável, o jornal o ano passado vendeu nesse bimestre “um bloco de assinaturas digitais” à Associação Empresarial de Portugal, que “distribui pelos seus associados”. “Ora, como não existe histórico de venda de blocos de assinaturas digitais, o seu registo para efeito do controlo de tiragem e de vendas não está definido, o que levou o auditor a não aprovar imediatamente os valores em causa”, justifica o responsável. Em causa, de acordo com a fonte ouvida pelo M&P, estaria um pacote de cerca de duas mil assinaturas digitais.
“Exigimos à APCT que nos faça uma auditoria ao conjunto do ano de 2010, para dar por terminada esta farsa. Anuncio-vos, também, que a nossa actividade passará a ser verificada por um auditor externo, com renome internacional”, acrescenta António Costa.
O M&P tentou obter um esclarecimento junto da APCT, mas tal não foi possível até ao fim do dia de ontem.