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Três milhões de perfis portugueses no Facebook

Portugal ultrapassou no último fim-de-semana a barreira dos três milhões de perfis no Facebook. Os números são do portal SocialBakers que compila estatísticas sobre aquela rede social

Rui Oliveira Marques

Três milhões de perfis portugueses no Facebook

Portugal ultrapassou no último fim-de-semana a barreira dos três milhões de perfis no Facebook. Os números são do portal SocialBakers que compila estatísticas sobre aquela rede social

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Rui Oliveira Marques
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Portugal ultrapassou no último fim-de-semana a barreira dos três milhões de perfis no Facebook. Os números são do portal SocialBakers que compila estatísticas sobre aquela rede social, situando agora o número de utilizadores portugueses no Facebook nos 3.026.800. Nos últimos seis meses, aumentou em 21 por cento o número de portugueses com perfil no Facebook.

Analisando o perfil dos utilizadores nacionais, constata-se que o principal grupo é o compreendido entre os 25 e os 34 (34 por cento), seguindo-se a faixa 18-24 anos (25 por cento) e a dos 35-44 anos (18 por cento). Os mais jovens, entre os 13 e os 17 anos representam 12 por cento dos utilizadores, enquanto os mais velhos, 45-54 anos, situam-se nos sete por cento. Os maiores de 55 anos não ultrapassam os três por cento.

O SocialBakers adianta também que a taxa de penetração do Facebook na população portuguesa com acesso à internet é de 58,56 por cento. Portugal é o 35º país do mundo com maior número absoluto de pessoal ligadas àquela rede social.

A Nike Football Portugal é a marca com maior número de fãs em Portugal (281 008 seguidores). Os lugares seguintes, segundo o Social Bakers, são ocupados pela Swatch Portugal (208.857), TMN (162 610), Fnac Portugal (147 732) e Vodafone Portugal (126 461). Optimus,. Super Bock, Sumol Portugal, TMN Moche e Sudoeste TMN fecham o top 10.

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Antena 3 aproveita 30º aniversário para renovar grelha e anunciar novos animadores

Inês Henriques, Luana do Bem e Alexandre Guimarães integram o programa matinal da estação liderada por Nuno Reis, que conta com dois reforços a partir de 29 de abril. Alexandre Guimarães e Catarina Palma são as novas contratações

Alexandre Guimarães e Catarina Palma são os novos animadores da Antena 3. Além de integrar os painéis da manhã e da tarde da rádio, também vão conduzir programas de autor, uma das apostas da estação da Rádio e Televisão de Portugal (RTP). As mudanças na grelha fazem-se ouvir a partir de dia 29 de abril e são parte integrante do programa comemorativo do 30º aniversário da rádio, que se assinala três dias antes, a 26 de abril.

O programa matinal da Antena 3, Manhãs da 3, recebe três caras novas. Inês Henriques, Luana do Bem e Alexandre Guimarães são os novos reforços do formato. “O que pode parecer socialmente bizarro tornou-se numa sinergia muito bonita entre mim, a Inês, a Luana e o Emanuel [Silva] na produção. Estamos com muita vontade de passar as ideias para o microfone”, assume Alexandre Guimarães.

“O trio vai acordar o país logo a partir das 7h, com muita música, conversas, notícias e o indispensável bom humor que já faz parte do despertar de muitos milhares de pessoas, como Vamos Todos Morrer de Hugo van der Ding, Portugalex de António Machado e Manuel Marques, o magazine de Bruno Aleixo, a histórica Linha Avançada de José Nunes e a rubrica Voz de Cama, com Tânia Graça”, informa a estação em comunicado.

Às 16h, Tiago Ribeiro, que agora apresenta Manhãs da 3, transita para a tarde, com Catarina Palma, para três horas de Logo Se Vê, “com música cultura, dramas do pop, visitas de estudo e muito mais”, refere do documento. “É tudo novo. Eu sou nova nesta rádio, o Tiago é novo para mim, eu sou nova para quem já ouvia a Antena 3. Sinto que sou aquela personagem que entra na 3ª temporada de uma série”, graceja Catarina Palma.

No dia 26, depois da estreia de Novos Cantos Novos, uma produção da Antena3Docs em parceria com a RTP2, a Imagem e Inovação e Música e as Artes de Palco, com seis músicos nacionais a levarem as suas cantigas a locais emblemáticos da Revolução dos Cravos, o dia é marcado por uma emissão especial de aniversário. Entre as 7h e as 19h, são muitos convidados a passarem pelo recém-inaugurado estúdio António Sérgio, na RTP, em Lisboa.

Serão também muitas as canções escolhidas pelos ouvintes a animar a programação. “Ao longo de três décadas, soubemos sempre renovar-nos, sem perder o nosso ADN, ligado ao apoio à nova música portuguesa e ao novo talento nacional. Queremos continuar a crescer no FM e nas novas plataformas digitais. Por isso, temos que ser inovadores na produção de novos conteúdos e formatos”, refere Nuno Reis, diretor da Antena 3.

O 30º aniversário da rádio é ainda comemorado com uma festa na Musa de Marvila, em Lisboa, com entrada livre, a partir das 19h de dia 26, ao som da música de Joaquim Paulo, Isilda Sanches, Rui Estevão, Luís Oliveira, Nuno Reis e Marta Rocha b2b João André Oliveira. A entrada é livre. No sábado, dia 27, é a vez do Plano B, no Porto, a partir das 00h, com música escolhida por Fernando Alvim, Inês Henriques b2b Tiago Ribeiro e Nuno Calado.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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Intermarché patrocina festival de música Beach Party by Nova Era

A 14a edição do evento, que decorre nos dias 28 e 29 de junho em Leça da Palmeira, em Matosinhos, é patrocinada pela primeira vez pelo retalhista francês. Promovido pela Nova Era, o festival é organizado pela Música no Coração, dona da rádio

Hardwell, Timmy Trumpet e Oliver Heldens são alguns dos artistas já confirmados no festival de música Beach Party by Nova Era. A 14a edição do evento, que decorre nos dias 28 e 29 de junho em Leça da Palmeira, é patrocinada pela primeira vez pelo Intermarché. Promovido pela rádio Nova Era com o apoio da Câmara Municipal de Matosinhos, o festival atrai anualmente 30 mil visitantes. Martin Garrix, Steve Aoki, David Guetta e Avicci figuram entre os artistas que já lá atuaram.

“Ao estarmos presentes como patrocinadores deste evento, pretendemos criar uma ligação emocional com os nossos consumidores, neste caso junto de um público mais jovem, gerando neles um sentimento de presença da insígnia e confiança em nós. Este apoio é a prova do nosso contínuo compromisso em estarmos mais próximos dos clientes e da comunidade”, justifica Mário Rosa, diretor de marketing do Intermarché.

“Vamos estar presentes no recinto do festival com várias surpresas, num ambiente descontraído e informal. Vão também existir passatempos para os festivaleiros nas nossas redes sociais”, informa ainda o Intermarché em comunicado de imprensa. Maddix, Miss K8, Third Party, Neelix, Olly James, Ricardo Lomar, Will Sparks, Radical Redemption, Virtual Riot, Curbi e Matisse & Sadko são outros dos nomes confirmados. A organização está a cargo da Música no Coração. 

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Audiências: TVI continua a liderar quota de audiência semanal

Na semana de 15 a 21 de abril, o futebol europeu ocupa a primeira posição do ranking global da programação, segundo a análise Data Insights do Havas Media Group. SIC e Outros reforçam a quota, RTP1 e TVI descem. O canal da Media Capital mantém a liderança semanal por duas décimas

O consumo global de televisão volta à tendência de recuperação, depois da quebra da semana passada, aumentando esta semana cerca de 10 minutos por dia, e estando agora nas 5h12m diárias. Nas contas da quota de audiência, SIC e Outros são os canais que reforçam o valor da sua quota semanal, ao contrário de RTP1, TVI e Cabo, que descem.

Apesar da descida, a TVI mantém a liderança semanal, com uma vantagem de duas décimas sobre a SIC. Desta forma, a RTP1 desce até aos 9,8% de quota, ao contrário da SIC, que esta semana cresce até aos 15,5% de quota semanal. A TVI também recua, a sua quota esta semana é de 15,7%.

O Cabo desce ligeiramente até aos 40,2% de quota, Outros (que inclui o visionamento em time shift, streaming e vídeo/jogos) por seu lado, reforça o valor da sua quota, que esta semana é de 17,1%. A CMTV continua na liderança da tabela dos canais mais vistos da cabo, que não sofre alterações face à semana passada nem no pódio, nem nas posições que se seguem até ao sexto lugar.

Sendo assim, a CNN Portugal e a SIC Notícias completam o pódio da semana, a que se seguem a TVI Reality, o Star Channel e o Hollywood. Nas restantes posições estão o Star Movies, de regresso à listagem dos mais vistos esta semana, a TVI Ficção, o AXN – outro regresso – e a SIC Mulher, que encerra o top 10 da semana.

Os jogos das competições europeias continuam a ocupar as primeiras posições do ranking de programas da semana, com a transmissão de Futebol – Liga Europa/Marselha X Benfica, feita pela SIC, a posicionar-se no primeiro lugar, e com Liga dos Campeões/Manchester City X Real Madrid, transmitido pela TVI na posição seguinte.

As três restantes posições estão mais uma vez ocupadas pelo reality show da TVI, com Big Brother – Especial, seguido por Big Brother e por Big Brother – Os Rivais, estes dois últimos blocos do serão de domingo.

O desportivo da CMTV Golos: Primeira Parte/Sporting X V. Guimarães, ocupa a primeira posição no ranking dos programas mais vistos da cabo, seguido por Grande Jornal – Noite. No restante top 5 estão desportivos, também da CMTV: Duelo Final/Casa Pia X FC Porto, Tempo de Descontos/FC Porto X V. Guimarães e Golos: Segunda Parte/Famalicão X Sporting.

Análise Data Insights do Havas Media Group

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Comunicação

Comunicar-se adere ao código de autorregulação do lobbying

Por considerar a falta de legislação específica para a regulação da representação legítima de interesses, conhecida como lobbying, a Comunicar-se associou-se à APECOM, e assinou o Código de Conduta de Assuntos Públicos para a Representação Legítima de Interesses

A Comunicar-se acaba de aderir ao código de conduta de assuntos públicos para a representação legítima de interesses, lançado pela APECOM (Associação Portuguesa das Empresas de Conselho em Comunicação e Relações-Públicas). A empresa de consultoria de comunicação defende a regulamentação do lobbying, em linha com aquela que já existe em 17 dos 27 estados-membros da União Europeia, que dispõe de uma regulamentação específica que tem contribuído para aumentar a transparência, o escrutínio e a confiança nos processos de tomada de decisão.

Por considerar a falta de legislação específica para a regulação da representação legítima de interesses, conhecida como lobbying, a Comunicar-se associou-se à APECOM, e assinou o Código de Conduta de Assuntos Públicos para a Representação Legítima de Interesses, alinhando-se com o objetivo da associação em avançar para a autorregulação. A autorregulação do setor, orientada por este Código de Conduta, irá durar enquanto Portugal permanecer sem legislação específica para a regulação da representação legítima de interesses, vulgarmente conhecida como lobbying. De acordo com a APECOM, o Código de Conduta já conta com cerca de 30 agências aderentes.

“Lamentavelmente, há mais de dez anos que Portugal falha na regulamentação do lobbying e no enquadramento jurídico da representação legítima de interesses. Houve tentativas e debates, mas os diplomas nunca se concretizaram. A omissão legislativa penaliza a nossa atividade, por isso, o esclarecimento e compreensão junto da sociedade são cruciais. Vivemos presentemente um momento-chave e com a APECOM damos um passo no sentido da autorregulação, com transparência e ética. O paradigma tem de mudar e nós, agências de comunicação, somos um claro agente de mudança”, sublinha Raquel Garcez Pacheco, diretora-geral da Comunicar-se.

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“Vemos os influenciadores como um canal de media que deve estar ligado ao desempenho e ser visto ao lado de outros canais de media”

Um ano depois da aquisição da The Goat Agency pela GroupM, Paul Scannell, líder regional para a EMEA, vem a Lisboa para o lançamento da agência em Portugal. Em entrevista exclusiva ao M&P, explica a aposta no marketing de influência e os desafios deste mercado

Catarina Nunes

Paul Scannell, líder regional da The Goat Agency para a Europa, Médio Oriente e África (EMEA), veio a Lisboa para o lançamento em Portugal desta agência de marketing de influência, adquirida pela GroupM em 2023. Em entrevista ao M&P, fala sobre o posicionamento da Goat, as questões em torno da transparência das publicações de influenciadores nas redes sociais, a necessidade de autorregulação e a importância dos dados primários neste mercado.

Por que razão a GroupM está a investir agora em marketing de influência com uma agência própria, que comprou em 2023?

O marketing de influência já era uma parte interna do nosso negócio, mas agora a WPP investiu fortemente. No espaço de um ano, comprou as empresas Obviously, a Village Marketing e a The Goat Agency, três grandes investimentos em marketing de influência.

Há anos que o marketing de influência é uma tendência. A WPP está a entrar tarde?

Acho que estamos ainda no início da jornada. A indústria do marketing de influência, dependendo dos dados que lermos, estava avaliada em 21 biliões de dólares (€19,3 mil milhões), em 2023, o que é menos de 2% do mercado global de publicidade. Li uma citação do Goldman Sachs que referia que a economia dos criadores vai duplicar nos próximos cinco anos e vai ser cada vez mais importante. Isto decorre do facto de que estamos a passar por uma grande mudança na forma como consumimos media, em particular nas gerações mais jovens. Sou parte da geração mais velha que ainda liga a televisão todas as noites, mas as pessoas já não consumem media assim. Está a acontecer uma mudança geracional. A forma como consumimos conteúdos agora é no que chamaríamos de plataformas sociais, que já nem são propriamente sociais, são apenas plataformas de conteúdos, como o TikTok e o YouTube, que mudaram completamente o paradigma.

Qual é a origem da denominação da agência, Goat?

Foi a primeira pergunta que fiz também [risos]. Toda gente julga que é porque somos os melhores de todos os tempos [GOAT é o acrónimo de greatest of the all time], mas os fundadores da Goat [Arron Sheperd, Nick Cooke e Harry Hugo] gostam de manter a explicação do nome relativamente desconhecida. Anteriormente, tiveram a empresa Sportlobster [app de envolvimento de fãs de desporto] e, quando se lançaram como uma agência de influenciadores, quiseram manter a coisa animal. Os três fundadores mantêm-se na Goat e ajudam no crescimento da agência. O Arron é o CEO global da empresa, o Nick é o diretor de clientes e o Harry é o diretor de campanhas e, dependendo de a quem perguntar a origem do nome da Goat, a história é diferente.

É responsável pela EMEA. Nesta região, quais são os países onde os consumidores se envolvem mais e menos com o marketing de influência?

Há mercados que são mais emergentes. Estivemos na Polónia, há cerca de um mês, a falar com a nossa equipa, que tem cerca de 29 pessoas a trabalhar no negócio da Goat. Olhámos para mercados como Eslováquia, Chéquia, Hungria e todos os mercados do Leste Europeu, para tentar perceber se é possível uma abordagem central, se são ou não muito diferentes culturalmente. Diria que estes mercados ainda não descolaram em termos de marketing de influência. Mas, nos grandes mercados, nos cinco grandes na Europa, há muito marketing de influência já a acontecer.

A Goat afirma-se como líder mundial nas agências de marketing social. Quais são os dados que sustentam esta afirmação?

Agora, que temos o negócio integrado, temos cerca de 450 pessoas a trabalhar em todo o mundo, em 36 mercados diferentes, com campanhas ativadas em 70 países distintos. Não vemos mais ninguém que esteja a fazer marketing de influência neste nível de escala, globalmente. Também entendemos que o nível de dados que temos em termos de desempenho, dados que impulsionam todas as nossas tomadas de decisão e a forma como trabalhamos com influenciadores e como os selecionamos, é mais avançado do que qualquer outro que tenhamos visto. Tendo trabalhado na indústria durante oito anos, diria que somos os maiores e os melhores. Depois de ter observado tudo e de todas as maneiras possíveis de analisar a escala, acho que não há mais ninguém que possa competir connosco.

E em termos de receitas do negócio?

Não sabemos as receitas de todas as agências de influenciadores do mundo. Em relação às da Goat, se as partilhasse, o que não posso fazer, alguém provavelmente cortar-me-ia a cabeça, mas posso dizer que somos uma grande parte de uma indústria de 21 biliões de dólares (€19,3 mil milhões). Temos um vlog, e, se seguir a agência no LinkedIn, verá os vídeos que criamos três a quatro vezes por semana, todas as semanas, que são um meio de documentar a ascensão dos fundadores e a mostrar o que eles têm vindo a fazer desde há dez anos.

O vlog fala das receitas, dos números do negócio da Goat?

O vlog é sobre construir um negócio de um bilião de dólares, que é o valor a que estamos a tentar chegar, o que lhe pode dar uma ideia da escala.

O que é que a Goat tem de diferente de outras agências de marketing de influência?

Muita da diferença prende-se com os dados e com a tecnologia que alimentam a nossa abordagem ao marketing de influência. Quando os fundadores começaram a Sportlobster, em 2012 – há muito tempo, ainda antes de o marketing de influência ser realmente relevante – começaram a trabalhar com influenciadores, com uma app de redes sociais para tentar impulsionar downloads. Cada vez que trabalhavam com alguém, reuniam todos os dados, quanto pagavam, quantos downloads de aplicações eram feitos e todo o tipo de informações.

A Sportlobster é a empresa que gere os dados e a tecnologia?

É a empresa que precedeu a Goat, o negócio original dos fundadores. Quando eles viram o poder do marketing de influência, com esse tipo de influenciadores de nicho a falar para comunidades de nicho com os seus conteúdos, direcionaram o negócio para uma agência de influenciadores. Depois, passaram os oito anos seguintes a construir a que era, na época, a maior agência de influenciadores independentes do mundo. Sempre que alguém fazia uma publicação ou uma campanha para a Goat, rastreavam-na e mediam-na, construindo uma enorme base de dados numa pilha de tecnologia que nos permite tomar decisões sobre os influenciadores com os quais trabalhamos e para que clientes, sempre tendo em conta os objetivos da campanha que temos de entregar.

Qual é a diferença em relação a outras agências que também têm dados?

A nossa principal diferença é que estamos a mudar o marketing de influência a partir de uma abordagem baseada em relações públicas, através da qual se tenta que os influenciadores façam as coisas de graça, e eles não são valorizados como um canal de media. Isto funciona muito bem para as marcas, mas nós vemos os influenciadores como um canal de media que deve estar ligado ao desempenho e ser visto ao lado de outros canais de media, para ser possível comparar, contrastar e medir.

Os influenciadores são os novos meios de comunicação?

Acho que sim. O MrBeast é o maior, mas, se olhar para o número de visualizações que ele gera em comparação com a visualização de televisão em horário nobre nos Estados Unidos, no Reino Unido ou em qualquer outro lugar, é um canal de media genuíno por conta própria, apenas com o canal no YouTube. É desta forma que muitas pessoas estão, hoje, a consumir os media e, por isso, temos de o tratar como um canal de comunicação social.

Houve, no passado recente, o movimento de ‘desinfluenciar’, que promovia a autenticidade e a verdade nos influenciadores. Ainda é uma tendência que esteja a moldar a indústria?

Acho que sim. Provavelmente ganhou mais manchetes do que potencialmente teria ganho se não fosse uma parte emergente de um negócio sobre o qual o mundo inteiro está a falar. O interessante é que a tendência de desinfluência ganhou dimensão porque os influenciadores estavam a promovê-la, conferindo-lhe uma dimensão maior. Isto mostra o poder dos influenciadores na visibilidade de uma tendência que é sobre influência. Todas as pessoas que trabalham bem o marketing de influência entenderam sempre como fundamental trabalhar com alguém que seja autêntico para uma marca. Falamos muito sobre os dados e a tecnologia, mas, quando estamos num processo de seleção de influenciadores, estamos realmente perante uma verdadeira arte e uma ciência. Trabalhar esta área obriga-nos a tentar perceber quais os que vão impulsionar melhor o desempenho, mas é preciso encontrar pessoas que falem autenticamente sobre a marca para as suas audiências, sem causar problemas. Caso contrário, poderá gerar uma perceção negativa, se o influenciador trabalhar com uma marca que nunca ressoaria com o seu público.

Isso acontece muito…

Pode parecer estranho, mas a grande maioria dos influenciadores com os quais trabalhamos rejeita muitos negócios, por não serem adequados para eles. Dizem aos clientes para os voltarem a contactar quando tiverem uma marca que se encaixe no seu perfil, porque eles conhecem bem o seu público. Como passaram anos e anos a construir as suas comunidades, não vão querer arriscar, são muito profissionais, pelo menos a maioria dos influenciadores com os quais trabalhamos.

O que é mais importante: o perfil e o número de seguidores do influenciador ou os valores e a narrativa da marca?

O mais importante é encontrar alguém que seja autêntico para a marca. Trabalhamos com grandes influenciadores e até já trabalhámos com o MrBeast, mas a maior parte do trabalho que fazemos é com influenciadores de nicho, que podem tocar uma comunidade mais segmentada. Depende também da marca e dos seus objetivos, porque, às vezes, apenas querem um alcance de massa e trabalhar com alguém que é enorme e relevante. E é por isto que o endosso de celebridades é procurado. Todos os anúncios do Super Bowl têm uma celebridade endossada porque, às vezes, funciona para o que se quer.

Funcionam na conversão em vendas?

Tendemos a achar que as campanhas que funcionam melhor são as que…. Como sabe, as pessoas vão para as redes sociais para encontrar a sua tribo e subcultura. E é por isso que as pessoas se conectam. Encontram o seu pequeno nicho e pessoas que falam sobre ele de uma maneira que lhes agrada, envolvendo-se com elas. É esta a razão pela qual as pessoas realmente se sintonizam.

A sua empresa está a vender produtos.

Sim, mas pode vender produtos… Por exemplo, fazemos muito trabalho para a empresa 3M, que produz tudo. Aliás, um dos seus slogans é “Nunca está a mais de dez pés [três metros] de distância de um produto 3M”. Eles estavam a tentar vender capacetes de soldadura e, na América Latina, havia uma comunidade de pessoas que foram viver na floresta, construíram as suas próprias casas e criaram comunidades sociais. Mesmo quando se tenta vender capacetes de soldadura, que acho que custavam 500 dólares [€461], é possível encontrar as pessoas certas, se se souber onde procurar e encontrar as comunidades de nicho certas. Quem é que vai ser capaz de falar com essa audiência de determinada forma? Pode ser esta comunidade que construiu esse público ao longo do tempo.

Quando fala em nicho, isso é diferente de microinfluenciadores?

Há muitas maneiras diferentes de falar, cada qual tem a sua maneira de referir-se a diferentes tipos de influenciadores. A maioria das pessoas vai dizer que um microinfluenciador tem entre 10 mil e 100 mil seguidores, mas acho que é mais complicado do que essa distinção. Porque um microinfluenciador na área da beleza pode parecer muito diferente de um microinfluenciador que é um consultor em tecnologia de informação B2B. Mas as pessoas têm de ser colocadas em categorias porque a indústria em que trabalhamos funciona assim. O nicho tem mais a ver com o alcance da comunidade, que é diferente da quantidade de seguidores.

Como é possível uma marca destacar-se no ultrapovoado cenário digital?

Uma das coisas que a Goat tem é uma equipa de estratégia, que fala muito sobre a ideia do efeito oddball, porque há muitos conteúdos nas redes sociais que parecem o mesmo. A equipa de estratégia tem uma apresentação com uma dezena de imagens num ecrã, que um influenciador fotografou num barco num lago, que mostra também um pequeno clipe com um urso. Depois, perguntam qual é a imagem que apareceu no ecrã durante mais tempo. Toda a gente diz sempre que foi a imagem do urso, mas, na verdade, todas elas estiveram o mesmo tempo de exposição no ecrã. A equipa depois fala sobre isto, numa perspetiva criativa, sobre a relevância da irrelevância daquilo com que trabalhamos.

Qual é a conclusão?

Quando trabalhamos com influenciadores que são relevantes para a marca em causa, eles têm os mesmos valores. Mas é preciso criar algo que se destaque, algo criativo e ligeiramente diferente do que as outras pessoas estão a fazer.

Acertar nisso é rocket science.

Sim, e nem sempre acertamos. Mas a ideia é ter um pensamento criativo e estratégico para entender a plataforma, as tendências e como funciona o marketing de influência, para ter ideias incríveis que permitam que algo se destaque num mercado saturado. Acho que é isto que está em causa quando se trata de pessoas e criatividade.

Com tantas plataformas digitais que existem, e que continuam a aparecer, qual é o desafio?

Isso pode ser um desafio e uma oportunidade. Há campanhas em que posso inclinar-me para o YouTube, se quero entregar uma determinada mensagem para um determinado público de uma determinada maneira. Depois, há campanhas que me inclino mais para o TikTok ou para o Instagram. Penso que dão-nos mais opções, mais capacidade para trabalhar com criadores de uma maneira diferente. Os criadores do TikTok são muito diferentes dos do YouTube.

Não é mais difícil trabalhar com muitas plataformas?

Só porque existem mais plataformas não significa que em cada campanha se deve acrescentar mais. Trata-se de encontrar as pessoas certas. Se existirem mais, isso só dará mais capacidade de trabalhar com pessoas mais interessantes de maneiras mais diversas, que criam diferentes tipos de conteúdos que atraem públicos diferentes.

Os consumidores estão saturados de tantas plataformas?

Não vejo isso. Não acho que as pessoas não se lembram das marcas por causa do número de plataformas, a questão prende-se com a mensagem. A saturação é uma desculpa. Sempre tivemos desculpas suficientes para nos distrairmos. Durante anos, houve horas e horas de conteúdos publicados em todas as plataformas. Trata-se de criar coisas que se destaquem e atraiam o público. Se conseguirmos isto, quer haja uma dezena de plataformas ou um milhão, não importa. Se encontrarmos o público certo, é possível atingi-lo com as pessoas certas no momento certo, o conteúdo vai destacar-se e as pessoas vão lembrar-se.

Como é que vê as questões em torno dos influenciadores, com as publicações comerciais não identificadas, a legislação e respetiva fiscalização?

Esta questão é mesmo muito importante. No Reino Unido, somos membros fundadores da organização Influencer Marketing Trade Body (IMTB), desde há quatro anos. É uma entidade de autorregulação porque acreditamos que temos de dar esse primeiro passo, para que não sejamos regulados por pessoas que não entendem a indústria. Criámos um código de conduta, há dois anos, que todos subscrevemos enquanto membros e que se tornou o padrão na abordagem aos influenciadores, do ponto de vista da transparência em relação às audiências. Porque não queremos apenas uma regulamentação de governos, que estão a tentar dar um ponto de vista político a coisas que não entendem sobre esta indústria.

Porquê?

Temos de ser capazes de nos autorregular, mas, para fazer isso, precisamos que as pessoas que são influentes no marketing de influência colaborem e se certifiquem de que estamos a trabalhar juntos para garantir que todos estão a fazer as coisas da maneira certa. Infelizmente, o espaço de marketing de influência cria muito ruído e muitas manchetes e os políticos de todo o mundo podem usá-lo para uma voz política, em vez do que deveriam estar a fazer. Parece atrair muito mais atenção os influenciadores serem pagos para ir a um determinado lugar e não divulgarem isso no post versus o mundo editorial, em que não sei o quanto tudo é escrito nos mesmos termos, por exemplo, quando escrevem sobre um top 10 de destinos de férias. Não me parece que isto tenha o mesmo nível de atenção, mas, se calhar, é porque estou no espaço dos influenciadores.

Jornalismo é diferente de publicidade.

Exatamente. Mas onde é que essa linha é traçada? No universo do
marketing de influência, eles recebem presentes e escrevem sobre essas ofertas.

E são pagos para fazerem isso.

Às vezes. A questão é que a quantidade de conteúdos que as pessoas consomem de influenciadores e de criadores de conteúdos tornou-se um tema quente de debate. A minha opinião pessoal é pela autorregulação, que é o caminho a seguir, mas tem de ser feito corretamente.

Concorda com as publicações identificadas como publicidade?

Sim, absolutamente. Se alguém pagou a um influenciador para falar sobre uma marca, essa situação deve ser identificada, como em qualquer outro meio de comunicação.

Isso é suficiente?

É o requisito mínimo. Se os influenciadores estão a construir negócios, a criar conteúdos, a trabalhar com marcas, a construir marcas e negócios para elas, então estão a agir com um canal de media.

A relação dos influenciadores com as marcas é totalmente transparente, em relação, por exemplo, ao número de seguidores que podem ou não ter sido comprados?

Isso é algo em que os estamos a pressionar há anos. A grande maioria do mundo dos influenciadores ainda é construído em capturas de ecrã dos dados das plataformas.

Dessa forma, os números podem ser alterados no Photoshop.

Potencialmente, mas não trabalhamos dessa forma. Trabalhamos com dados de API [Application Programming Interface], que são retirados diretamente da plataforma. Pedimos aos influenciadores que se conectem à plataforma precisamente por esse motivo.

A questão da transparência dos influenciadores é com os utilizadores, os seguidores e com as empresas com as quais trabalham, as marcas.

Obviamente, alguns influenciadores estão a tentar ganhar a vida e, portanto, o incentivo deles é mostrar que entregam uma audiência e impressões. Mas fomos sempre muito claros sobre o facto de trabalharmos com dados primários, diretamente da plataforma. É por isto que considero que o mundo dos influenciadores precisa de continuar a amadurecer, de continuar a crescer. A questão não é se os influenciadores devem fornecer dados primários, isso é uma necessidade porque temos de ver esses dados. Sempre fomos muito inflexíveis nisto. A transparência é absolutamente tudo, porque, caso contrário, prejudica toda a indústria.

A inteligência artificial (IA) é uma oportunidade, uma ameaça ou ambas?

Essa é uma grande pergunta. Provavelmente, as duas coisas, porque já vimos as últimas coisas que a OpenAI está a produzir, de texto para vídeos, e o quanto a edição está a ser alterada pela IA. Há uma parte de mim que pensa que, se as pessoas podem ser mais produtivas e produzir mais vídeos de alta qualidade mais rapidamente, isso é ótimo. Mas, então, onde é traçada a linha que deixa claro que foi um vídeo produzido com IA? Porque, obviamente, todos usamos o Photoshop há anos. Mas, à medida que vamos mais longe, o influenciador terá de declarar que produziu uma legenda com recurso a IA? Há muita coisa que precisamos de melhorar e ninguém tem todas as respostas neste momento, porque estamos a aprender à medida que avançamos. Mas uma grande parte de fazer parte do IMTB é ter estas conversas com as pessoas que lideram a indústria. É preciso ser capaz de abordar estas questões e de tomar decisões sensatas e adultas, que garantam que a indústria se mantém saudável.

Qual é a sua opinião sobre os influenciadores digitais gerados por IA?

Na nossa equipa, há alguns exemplos de trabalhos com avatares artificiais e IA com várias marcas importantes, mas ainda não têm escala. É algo que ainda estamos a descobrir a coisa certa a fazer. Acho que, desde que as pessoas saibam que é media social de animação com IA, que não é real, não vejo nenhum problema nisso. Neste momento, não é uma parte significativa da nossa oferta, mas não vejo razões para que não o seja no futuro.

Qual é a plataforma de redes sociais que vê como dominante no curto prazo?

É difícil de dizer, porque, muitas vezes, não se consegue ver até ao momento em que acontece. A BeReal foi uma das redes sociais de que falamos até à exaustão o ano passado e agora já não se fala. Antes, tinha sido aquela plataforma de áudio Clubhouse. Toda a gente estava no Clubhouse, que entretanto morreu.

Qual é a plataforma que usa mais?

Sou velho…

O Facebook?

Sim… [risos] Estou a começar a estar mais no TikTok mais do que na maioria das outras redes sociais, porque o algoritmo leva-me a ver o conteúdo que quero mais rapidamente.

Acha que o TikTok virá a tornar-se na maior das redes?

Sim, mas depende muito da política e do que está a acontecer nos Estados Unidos [o projeto de lei que pode banir o TikTok do país] e o que isso significa em termos de regulação. O TikTok é incrível, provavelmente é um dos maiores agora. É lá que o público jovem está a gastar o seu tempo. Vamos ver o que acontece.

Todas as marcas precisam de marketing nas redes sociais?

Enquanto marcas, por tudo aquilo que envolvem, seria insensato não estarem nas redes sociais, porque, presumivelmente, têm a intenção de fazer crescer o seu negócio. Para o expandirem, precisam de encontrar mais clientes e, hoje, praticamente toda a gente está nas redes sociais. Esta é a mudança geracional de que falámos no início desta conversa. É nas redes sociais que as pessoas estão a passar o tempo e a envolver-se com conteúdos gerados por utilizadores, pessoas que conhecem e de quem gostam e que seguem porque querem experimentar esses conteúdos. Acredito que possam existir marcas que não precisem de estar nas redes sociais, mas eu não conheço nenhuma. Acho que é mau não estar, mas tenho a certeza que alguém vai ler esta entrevista e dizer que a marca X não precisa das redes sociais.

Perfil
Paul Scannell, líder regional da The Goat Agency na EMEA

 

Da televisão até aos influenciadores

Qual foi o seu percurso antes de chegar à liderança regional da The Goat Agency?

Comecei nos media, em 2005, a vender publicidade em televisão para clientes e agências, até mudar para a venda de espaço publicitário em cinemas, o que era fácil, falava sobre filmes o dia todo. Depois transitei para o suporte digital e, mais tarde, para os anúncios nativos e depois para os influenciadores.

Quando é que entra na WPP?

Entrei para a GroupM, que integra a WPP, em 2016. Estou lá há oito anos.

Por que razão escolheu a área do marketing de influência?

Há um momento em que estava a trabalhar com um anúncio digital para uma campanha de uma nova rota da easyJet para Alicante. Queria medir se as pessoas expostas a esse anúncio tinham conhecimento dessa rota ou não. Trabalhávamos em direcionamento comportamental e em como veicular o anúncio no momento certo para a pessoa certa e aprendemos muito sobre segmentação e cookies. Fizemos um estudo em que analisámos os que foram expostos ao anúncio versus os que não foram e concluímos que não havia diferença. Aliás, as pessoas que foram expostas aos anúncios eram menos propensas a conhecer a nova rota.

Isso criou um problema com a easyJet?

Era o líder deste cliente e pus-me à procura de desculpas, a gritar com toda a gente, a questionar por que razão é que não tinha funcionado. Até que a pessoa da área de pesquisa perguntou como era o anúncio. Ninguém sabia. Recebemos uma linha de código que carregámos num servidor de anúncios. Não tinha ideia sobre a criatividade da publicidade nem de como era importante. O que aconteceu foi que o anúncio não mostrava a rota para Alicante antes dos seis segundos. No digital, ninguém chega lá e na agência, na altura, ninguém sabia desta situação. Foi um momento em que questionei o que andava a fazer. Estava a aprender tudo sobre dados, segmentação e todo este tipo de coisas, mas não sabia nada sobre criatividade.

Com esse discernimento, o que fez a seguir?

Iniciei uma jornada, fui ouvir podcasts e ler livros sobre marketing de conteúdo e marketing criativo. Depois, tentei arranjar um emprego em publicidade nativa para tentar perceber melhor, por se tratar de um tipo de conteúdo de formato longo, muito presente nas páginas de internet das editoras. Fiz isto durante algum tempo e, nessa fase, apercebi-me do aumento dos media sociais e do número de criadores de conteúdo. Todo o meu percurso decorre disto, de estar apenas a executar uma campanha sem saber qual é o aspeto visual da parte criativa. É isto que estamos a tentar fazer e foi isso que me levou ao caminho do marketing de influência, onde estou há cinco, seis anos.

Sobre o autorCatarina Nunes

Catarina Nunes

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Campanha da Caetsu Two para o Turismo do Porto e Norte premiada em Nova Iorque (com vídeos)

Produzida pela Lobby Productions, a campanha promocional, que integra cinco filmes publicitários, ganhou um galardão de bronze nos New York Festivals TV & Film Awards, na categoria Filmes de Turismo. A versão portuguesa tem locução de Pedro Abrunhosa

Vê-se Mesmo Que É Do Norte, a campanha promocional que a Caetsu Two desenvolveu para o Turismo do Porto e Norte, foi premiada com bronze nos New York Festivals TV & Film Awards, na categoria Filmes de Turismo, em Nova Iorque. Produzida pela Lobby Productions, integra um filme genérico sobre a região e quatro filmes que mostram as principais atrações turísticas do Porto, da região do Douro, do Minho e de Trás-os-Montes com maior pormenor.

A versão portuguesa tem locução do cantor, compositor, instrumentista e produtor discográfico Pedro Abrunhosa mas os cinco anúncios também estão disponíveis em inglês. “Além do prémio, a campanha também garantiu pontos para o Ranking CIFFT, que reúne os vídeos e campanhas turísticas mais premiados de cada ano e é responsável por consagrar os melhores filmes de turismo do mundo”, informa o Turismo do Porto e Norte em comunicado.

“Esta campanha é a prova de que realmente há muito para ver no Porto e no norte de Portugal. Este é um destino com paisagens inigualáveis, uma gastronomia única e uma enorme riqueza cultural. Mas o que realmente faz a diferença é a autenticidade e generosidade das gentes do norte. São as pessoas que transformam esta região num destino memorável”, assegura Luís Pedro Martins, presidente do Turismo Porto e Norte de Portugal.

Elaborado pelo International Committee of Tourism Film Festivals (CIFFT), o Ranking CIFFT é atualmente liderado pela campanha portuguesa Nazaré – Bigger than Life, idealizada e produzida pela Oonify, agência nazarena especializada em marketing digital e vídeo. O sexto lugar da tabela é ocupado por outra campanha promocional portuguesa. Intitulada Covilhã, Have Time For Yourself, também foi produzida pela Lobby Productions.  

 

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

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Santa Casa põe a concurso conta de €20,85 milhões

O concurso está dividido em três lotes. O maior (€8,1 milhões) diz respeito à criatividade dos jogos Placard, Totobola, Lotaria Clássica, Lotaria Popular e Eurodreams. O segundo maior (€7,5 milhões) inclui o Euromilhões, o M1LHÃO, o Totoloto, a Raspadinha e o Novo Jogo, enquanto o terceiro (€5,25 milhões) abrange a criatividade institucional das marcas/serviços da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a marca Jogos Santa Casa

Catarina Nunes

Está aberto o concurso para a aquisição de serviços de agência criativa para as marcas da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, com um valor máximo de €20,85 milhões. As candidaturas podem ser apresentadas até 26 de maio, de acordo com a informação publicada em Diário da República, e a adjudicação é por três anos.

O concurso está dividido em três lotes, sendo o maior deles (€8,1 milhões) o que diz respeito à criatividade publicitária dos jogos Placard, Totobola, Lotaria Clássica, Lotaria Popular e Eurodreams. O segundo maior lote (€7,5 milhões) inclui o Euromilhões, o M1LHÃO, o Totoloto, a Raspadinha e o Novo Jogo, enquanto o terceiro maior (€5,25 milhões) abrange a criatividade institucional das marcas/serviços da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e a marca Jogos Santa Casa.

Os valores a adjudicar dizem respeito ao fee anual da agência, que inclui a remuneração base da equipa proposta, os custos indiretos e a margem de lucro da empresa, entre outros, com valores máximos para cada um dos lotes: €240 mil (lote um, €7,5 milhões), €300 mil (lote dois, €8,1 milhões) e €250 mil (lote três, €5,25 milhões), de acordo com o caderno de encargos, a que o M&P teve acesso.

Os custos totais de produção de televisão e rádio dos lotes um e dois, com um limite máximo de €300 mil, os direitos de autor durante um ano para todos os meios e os custos de produção da tabela de referência, com um limite máximo de €880 mil, são outras das despesas incluídas na adjudicação.

Sobre o autorCatarina Nunes

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EBITDA da Media Capital cresce €2,5 milhões no primeiro trimestre do ano

O grupo de media liderado pelo empresário Mário Ferreira terminou 2023 com um lucro líquido de €1,5 milhões, apesar de ter faturado cem vezes mais. Os custos operacionais sofreram um corte de €9,9 milhões. Os investimentos em CAPEX aumentaram 32%

O EBITDA da Media Capital cresceu €2,5 milhões no primeiro trimestre de 2024, informa o grupo empresarial de media numa informação à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Disponível no site do regulador e no site institucional da empresa, o documento revela ainda que a Media Capital, dona da TVI, da CNN Portugal, do Maisfutebol, do IOL, da Versa, do TVI Player, da Plural Entertainment, da Empresa de Meios Audiovisuais (EMAV) e da Empresa Portuguesa de Cenários (EPC), terminou 2023 com um lucro de €1,5 milhões, apesar de ter faturado cem vezes mais.

“A performance operacional verificada em todos os segmentos de negócio do grupo refletiu-se num aumento dos rendimentos operacionais para €150,9 milhões, cerca de 1% acima do registado no ano anterior”, esclarece o grupo empresarial liderado pelo empresário Mário Ferreira em comunicado de imprensa. “O EBITDA ajustado registou uma melhoria de 75% face ao período homólogo, atingindo os €10,4 milhões”, refere o documento.

“O resultado líquido, retirando o efeito das provisões e reestruturações, atingiu os €1,5 milhões. Este crescimento é o reflexo do contributo positivo dado por todos os segmentos de negócio. A Media Capital manteve uma estratégia de racionalização de custos que resultou numa redução de 7% dos gastos operacionais, o que corresponde a uma diminuição de €9,9 milhões”, informa também o grupo.

Líder no digital, a Media Capital passou o ano a investir com conta, peso e medida para recuperar a liderança no segmento televisivo, o que só viria a conseguir em março deste ano. “A dívida líquida decresceu, uma vez mais, atingindo €20,5 milhões, valor que se traduz num dos mais baixos de sempre na história do grupo e num múltiplo de EBITDA ajustado inferior a duas vezes”, refere o grupo detentor da TVI, canal que atingiu um share de 19,5%.

A parceria estabelecida com a plataforma de streaming Prime Video permitiu que a série Morangos Com Açúcar, uma das produções de maior sucesso da ficção da TVI, regressasse ao canal e se estreasse no streaming. Entretanto prolongada para a quarta, quinta e sexta temporada da série, começa a ser exibida no último trimestre de 2024. A terceira, abrangida pelo primeiro acordo, estreia no verão. “Fruto da aposta do grupo na modernização, os investimentos em CAPEX puderam aumentar 32%”, informa ainda o grupo de media.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

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M&P exclusivo

Falta de dados impede agências criativas de terem campanhas digitais mais sustentáveis

Das 13 empresas incluídas no estudo, destacam-se três grupos de comunicação e publicidade com operações em Portugal, o GroupM, a Dentsu e o Omnicom Media Group

A falta de dados exatos para mapear as emissões associadas à publicidade digital é o principal desafio que as agências criativas têm de enfrentar, para tornarem as suas campanhas de publicidade digital mais sustentáveis, revela Dimitris Beis, analista de dados e gestor de sustentabilidade do Interactive Advertising Bureau (IAB) Europe, a propósito do estudo Mapeamento de Soluções de Estimativa de Gases de Efeito de Estufa na Publicidade Digital.

Os dados aos quais o responsável da associação europeia para o setor do marketing e da publicidade digital se refere dizem respeito a informações sobre viagens, uso de energia, transporte de equipamentos e materiais, entre outros aspetos associados à produção de publicidade digital. Sem esses dados, salienta Dimitris Beis, “torna-se difícil calcular com precisão o impacto ambiental de uma campanha e estabelecer metas de redução adequadas”.

O principal problema é a ausência de dados. “Assim que a indústria estiver alinhada na forma de quantificação da pegada de carbono, o objetivo das empresas deverá ser reduzi-la, descarbonizando as operações e trabalhando com parceiros mais eficientes ambientalmente”, refere ainda o analista.

Das 13 empresas incluídas no estudo, destacam-se três grupos com operações em Portugal, o GroupM, a Dentsu e o Omnicom Media Group, que detêm ferramentas de estimativa da pegada de gases de efeito de estufa, que são disponibilizadas às agências criativas do grupo a nível internacional, mas não em Portugal.

Ana Mendes, diretora-geral do Omnicom Media Group, revela que “em Portugal estamos a dar os primeiros passos e, neste estágio, a responsabilidade da sua utilização ficará a cargo das equipas das três agências, OMD, PHD e Hearts&Science, não estando perspetivada, no imediato, a criação de uma unidade dedicada”.

A diretora-geral do Omnicom Media Group salienta ainda a existência de parcerias externas para o desenvolvimento e integração da metodologia de cálculo da aplicação Carbon Calculator no sistema operativo do grupo “Tem custos associados pelo que a estratégia local adotada é a de utilizar a experiência da network com clientes internacionais que já adotaram e valorizam estes serviços noutros mercados, e onde a sustentabilidade na área do marketing e comunicação assume já dinâmicas muito fortes”, explica Ana Mendes. Contactados pelo M&P, o GroupM e a Dentsu escusaram-se a prestar declarações sobre este tema.

O estudo salienta a necessidade de transparência e de uma relação mais próxima entre as agências criativas e os fornecedores de tecnologia e dados, para a redução da pegada de carbono e das emissões de gases de efeito de estufa. Estas emissões resultam do consumo de eletricidade, dos voos de avião, do alojamento, dos cenários, dos materiais e dos desperdícios, bem como outras fontes de emissão relevantes. Só a programação de conteúdos digitais é responsável por 215 mil toneladas de emissões de carbono por mês, nos Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e Austrália.

Sobre o autorDaniel Monteiro Rahman

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Marketing

Nuria Presa é a nova diretora de marketing da Honor para Portugal e Espanha

A profissional com cerca de 25 anos de experiência no marketing vai ter a responsabilidade de liderar as estratégias de marketing da Honor, para reforçar a presença da marca chinesa na região ibérica

Nuria Presa foi nomeada para o cargo de diretora de marketing para Portugal e Espanha da Honor, marca chinesa de tecnologia. A profissional com cerca de 25 anos de experiência no marketing vai ter a responsabilidade de liderar as estratégias de marketing da Honor, para reforçar a presença da marca na região ibérica.

Licenciada em marketing e gestão comercial pela ESIC Business & Marketing School e ainda em ciências da informação, publicidade e relações públicas pela Universidad Complutense de Madrid, Nuria Presa iniciou a sua carreira no Carrefour, enquanto gestora de produto. Posteriormente, ocupou funções como diretora comercial ibérica na GSK, diretora de marketing da Europa Ocidental no Groupe SEB e diretora de marketing e retalho ibérico na Sony Mobile. Mais recentemente exerceu funções como diretora corporativa de comunicação e marketing da GAM Soluciones.

“Acredito que 2024 será um ano de desafios. Desafios que enfrentaremos como um estímulo para demonstrar a nossa adaptabilidade e criatividade num mercado em constante evolução. A trajetória de crescimento da marca na região é um sinal encorajador que nos motiva a redobrar os nossos esforços para continuarmos a ser líderes em qualidade e inovação tecnológica. Estou muito entusiasmada por fazer parte desta viagem emocionante”, refere Nuria Presa em comunicado de imprensa.

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