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Media :: Artigos de Fundo

‘Sou, de facto, a solução menos clássica que se podia esperar’

Bárbara Reis reconhece que foi a “solução menos clássica” para suceder a José Manuel Fernandes na direcção do Público mas, como defende, “ou se é ou não se é jornalista”. […]

Carla Borges Ferreira
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‘Sou, de facto, a solução menos clássica que se podia esperar’

Bárbara Reis reconhece que foi a “solução menos clássica” para suceder a José Manuel Fernandes na direcção do Público mas, como defende, “ou se é ou não se é jornalista”. […]

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Carla Borges Ferreira
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Bárbara Reis reconhece que foi a “solução menos clássica” para suceder a José Manuel Fernandes na direcção do Público mas, como defende, “ou se é ou não se é jornalista”. Manter o jornalismo de qualidade, reforçar a profundidade e a proximidade e acabar com a “percepção externa” de que o Público é um “instrumento político” são alguns dos objectivos.

Meios&Publicidade (M&P): No início de Outubro, quando foi anunciada como directora, disse ao M&P que o objectivo passava por “consolidar a matriz fundacional do Público: bom jornalismo, isento e de referência”. O que é que quis dizer?

Bárbara Reis (BR): O Público é um jornal de referência há 20 anos. Nasceu como resposta a uma certa letargia que existia na imprensa portuguesa. Nasceu com ousadia, com vontade de dar aos leitores informados e cultos informação informada e culta. Quando dizemos que queremos manter a matriz é isso.

M&P: Consolidar e manter não é a mesma coisa. A matriz estava ameaçada? Tinha-se perdido?

BR: Quem quiser pode tentar interpretar todas as nossas palavras, o editorial de dia 1 e tudo o que eu lhe disser como uma oposição como passado. Não é nada disso. Estou no Público há 20 anos, o Nuno Pacheco está na direcção há 20 anos, o Manuel Carvalho há mais de 10… Não estamos aqui doidos a achar que vamos reinventar o Público ou que agora é que vai ser um jornal de referência. Não, pelo contrário. Não há um novo Público, não há um renascimento. O que há é um novo começo e, nesse novo começo, obviamente que é importante afirmarmos quem somos. Houve um colunista que escreveu “aqueles arrogantes do Público, agora dizem que vão fazer jornalismo culto e responsável”. Quando o dizemos estamos a dizer quem somos e o que é o Público: um jornal culto e responsável, feito por pessoas cultas e responsáveis, para leitores cultos e responsáveis, há 20 anos. Será sempre assim. Quem quiser interpretar tudo como uma crítica com o passado poderá fazê-lo, mas está a cometer um erro. O que se trata é de dizermos aos leitores quem somos e ao que vimos. Uma das nossas mensagens é que não vão estranhar o Público.

M&P: Falou também num novo ciclo, com projectos a curto, médio e longo prazo. Quais são?

BR: Estamos ainda a pôr as mãos na massa. Uma das vantagens de sermos uma direcção que conhece bem o jornal é que a avaliação é relativamente fácil. Sabemos quais os problemas, as coisas que temos que resolver e melhorar.

Estamos a falar, em termos imediatos, de muitas coisas que têm a ver com rotinas internas, coisas que até já tinham sido criadas mas que foram caindo, no fundo por falta de uma gestão mais metódica de todos nós. Há também a questão dos editoriais não assinados e a criação do Cidades, que vai sair no dia 13. Esse caderno existe como resposta a um dos problemas que identificámos, que é a proximidade e o jornalismo de proximidade ter profundidade. Identificámos um triângulo de prioridades cuja concretização é o nosso grande objectivo: investigação, profundidade e proximidade. As prioridades a médio prazo têm a ver com… No fundo há um momento em que temos que avaliar alguns dos problemas do jornal.

Estamos a falar, por exemplo, do online, da economia e da cultura. Há muitas ideias que estão pendentes e precisam de uma decisão e de concretização. Depois, numa terceira fase, vamos criar novos caminhos que nos dêem não só prestígio como dinheiro e aqui estamos a falar de criar produtos que interessem a nichos muito reduzidos e identificados. Depois, a longo prazo, voltaremos ao online e vamos explorar formas inovadoras de o desenvolvermos. São coisas que não se fazem em 15 dias e nada disto é inventar a roda. São problemas que todos nós conhecemos, mas vamos é encontrar soluções.

M&P: Assume a direcção numa altura em que tanto as audiências como a circulação paga estão a descer. Como é que pensa inverter esta tendência?

BR: Eu adorava ter uma varinha mágica, mas não tenho…

M&P: Mas é possível ou a tendência mesmo é os jornais irem perdendo tanto vendas como audiência?

BR: A tendência é essa no mundo inteiro. E eu não tenho a varinha mágica como ninguém tem. Este Verão tive a oportunidade de passar quase um mês nos EUA e contactei imensos jornais e especialistas de think tanks que só estudam o futuro do jornalismo. Uns acham que o papel acabou, outros que não acabou totalmente. Constatei com alguma tristeza, e ao mesmo tempo com algum alívio, que as dúvidas que eles têm são iguais às nossas. Ninguém sabe qual é a solução, o modelo de negócio. Toda a gente sabe que a publicidade ainda está no papel, e a publicidade é central para a sobrevivência dos jornais, todos sabemos que há cada vez menos leitores no papel, mas também sabemos que há, e haverá sempre, mercado para bom jornalismo. Para o tal jornalismo profundo, pertinente e relevante. Portanto, todos os projectos que vamos desenvolver são nesse sentido.

M&P: Acabou por não responder à questão da circulação e audiências. Acredita que podem subir ou os números que o Público tem hoje são inevitáveis porque o mercado não dá para mais?

BR: Não sabemos. Não há aqui fórmulas mágicas. Podia dizer “queremos vender mais 5 mil à quarta e 10 mil à sexta”. Definia aqui um objectivo e dava-lhe um título.

Mas isso não me serve nem a mim, nem a si e sobretudo não serve o jornal. Sabemos que estamos num momento de crise, muitas vezes fazemos jornais dos quais nos orgulhamos particularmente e os leitores não pegam, como aconteceu nos 20 anos da queda do Muro de Berlim, em que fizemos um trabalho muito sólido e interessante na Pública e vendemos menos 2 por cento do que no domingo anterior.

Não é um exercício que me estimule muito este jogo do adivinha.

M&P: Há muito que se especula sobre a possibilidade do Público deixar de sair em papel alguns dias. Há algum fundamento?

BR: Não, isso não é verdade. É um boato para o qual nunca consegui encontrar explicação.

M&P: Nunca estudaram a hipótese de sair de quinta a domingo?

BR: Nunca foi sequer uma hipótese. O que se passou é que já há muito tempo houve a pergunta “o que é que pode acontecer a 10 ou 20 anos?”. Apareceram 10 ou 15 respostas e essa era uma delas. Não é mais do que isso.

M&P: Ao contrário do que acontece no papel, na internet o Público é o título generalista com mais páginas vistas.

Como é que esses números se rentabilizam?

BR: Tivemos 30 milhões de pageviews em Outubro. A publicidade online neste momento já é 10 por cento da publicidade total do Público. Sabemos portanto que está a crescer.

M&P: Mas daí até que se torne realmente relevante… E outras fontes de receita?

BR: Mas isso é “traga-me a bola de cristal e diga-me o que vai acontecer”. Confesso que não compreendo porque é que os anunciantes não olham para o número de pageviews e não pensam “bem, é aqui que tenho que pôr publicidade”.

Não apostar no nosso online é a incógnita da década, não consigo perceber. Espero que haja aqui algum trabalho de mudança de mentalidade e que aconteça com rapidez.

M&P: Para além da publicidade não estão a pensar em explorar outras receitas?

BR: Formas imediatas não há. Há soluções que estão a ser exploradas pelo mundo fora, nomeadamente o mecenato. O New York Times publicou no outro dia o primeiro artigo financiado por leitores. Há cada vez mais novas ideias para financiar o jornalismo de qualidade. Sabemos que há sites em França e nos EUA totalmente financiados por mecenas, como já há esse modelo do Spot.us, uma organização sem fins lucrativos de cidadãos onde os jornalistas fazem um pitch dos temas a investigar, dizem quais as despesas e as pessoas vão contribuindo com 20 euros, 5 euros…

M&P: Acha que é um modelo que faz sentido em Portugal?

BR: É um modelo que faz sentido nos países onde a cidadania e o espírito comunitário são muito dinâmicos e fazem a diferença em muitas áreas, nomeadamente na cultura. Quando chega à Metropolitan Opera, em Nova Iorque, em qualquer cadeira tem uma plaquinha onde diz “Henry Smith”. Sabemos que estamos naquela sala maravilhosa porque aquele senhor, e todos os que têm o nome na cadeira, deram qualquer coisa. O jornalismo vai ser como a Metropolitan Opera de Nova Iorque? Se calhar sim e se calhar não estamos assim tão longe disso.

M&P: E nessa altura será também tão elitista como ainda é hoje a ópera?

BR: Não, pelo contrário. No fundo isto até permite a proximidade, há aqui uma participação muito mais activa do cidadão. Permite que os temas considerados difíceis, que demoram mais tempo, e que com as redacções cada vez mais pequenas vão sendo abandonados, avancem. São temas que exigem método, tempo… Hoje em dia o tempo é um luxo, um luxo total. O cidadão não vai pagar 20 euros para ter uma notícia, como eu acabei de escrever para o online (a entrevista realizou-se no dia 26 de Novembro), a dizer que a Shakira vem a Portugal para a cimeira Ibero Americana. Mas vai querer pagar para ler uma investigação a fundo sobre um problema da sua cidade, do seu governo, do tribunal da sua vila. Isto permite manter vivo o jornalismo de qualidade, profundo e que exige tempo. E o tempo paga-se.

M&P: Estão a pensar mesmo avançar com esta ideia?

BR: Não, isto é só uma das hipóteses, vamos estudar todas. Mas o cidadão pode ter um papel interventivo na manutenção do jornalismo de qualidade. E quando digo cidadão tanto posso estar a falar do pequeno cidadão que dá 20 euros como do cidadão milionário, que então é um mecenas, e dá 2 milhões.

M&P: O que me leva a pensar no engenheiro Belmiro de Azevedo…

BR: E não está longe da realidade. No fundo, o que são o engenheiro Belmiro de Azevedo e a Sonae senão grandes mecenas do jornalismo em Portugal?

M&P: O Público é cronicamente deficitário. Acredita que pode ser viável ou está destinado a viver do tal mecenato?

BR: Seria utópico dizer que ao fim de 20 anos com problemas económicos vamos deixar de os ter. Mas estamos a fazer um grande esforço, e não é de agora, para encontrar novos caminhos e conter os custos. A redacção do Porto, por exemplo, vai mudar-se, para umas belíssimas instalações, e isso vai traduzir-se numa poupança de milhares de euros.

M&P: Ao contrário do seu antecessor não vai fazer parte da administração. Porquê?

BR: Por pedido meu. Pela primeira vez em 20 anos o director do Público não é administrador. Havendo uma relação óptima, de diálogo fácil e diário, não há necessidade de sobrecarregar o director, que tem que se concentrar em questões editoriais, com tarefas administrativas.

M&P: Tem também a particularidade de não vir da área política ou económica…

BR: Para grande choque de muitas pessoas.

M&P: Como é que devemos entender esse facto?

BR: Sou, de facto, a solução menos clássica que se podia esperar. Além de ser mulher, estou grávida do terceiro filho e nunca fiz política nem economia… Fui editora de cultura, do P2, correspondente em Nova Iorque. Mas uma pessoa é jornalista ou não é, é exigente ou não, tem os parâmetros elevados e como objectivo elevá-los ou não… Não ser igual aos 99 por cento dos directores de Portugal é um facto que resulta do meu percurso, que foi assim como podia ter sido de outra maneira. Ser homem ou mulher é irrelevante, temos muitas mulheres na chefia e isso é encarado com toda a naturalidade. A questão da política para algumas pessoas pode ser uma desvantagem, para outras é uma vantagem. Os directores têm um papel que vai muito para além do debate partidário ideológico e o jornalismo é muito mais do que isso, mesmo sendo o Público um jornal onde a política é um elemento muito forte.

M&P: José Manuel Fernandes surgia com muita frequência a fazer comentário na SIC Notícias. Como é que vão resolver essa questão?

BR: Uma das coisas em que esta direcção dá o salto é em não concentrar tudo numa pessoa. A ideia do director ser uma pessoa que faz tudo, que é polivalente e um dia fala sobre política, no dia a seguir sobre ópera e ao terceiro dia sobre futebol é um modelo, mas não é o único. As tarefas podem ser distribuídas por várias pessoas. Temos uma equipa de directores com valências diferentes, portanto não estamos nada preocupados. A nossa prioridade neste momento não é aparecer na televisão

M&P: Mas dá notoriedade ao jornal. Não acha importante que os leitores do Público conheçam bem a directora?

BR: Não acho fundamental, sinceramente. Em Portugal há um certo culto de personalidade em torno do director do Público. E hoje já estamos numa fase em que não é necessariamente assim. Pode não ser o director a fazer opinião, pode ser a Teresa de Sousa, que faz opinião há 20 anos, ou o Miguel Gaspar. Acho o culto de personalidade em volta do director uma coisa um bocadinho passé.

M&P: Os editoriais deixaram de ser assinados. Tem a ver com o jornal ficar demasiado vinculado à ideia de quem o assina?

BR: Sentimos, ao fim de 20 anos, que os argumentos usados para os editoriais serem assinados eram utópicos. Hoje sabemos que o editorial, apesar de ter lá o nome do director, vincula todo o jornal. Sentimos que era necessário retirar a autoria e criar um gabinete onde os temas são discutidos. Para nossa surpresa, está a correr melhor do que pensávamos. Ao meio dia é definido o tema, vemos quem é a pessoa certa para o escrever e depois há de facto uma discussão.

M&P: Sendo tão consensuais não se tornam menos incisivos?

BR: Pelo contrário. Há neste momento uma campanha contra o Público, que se aproxima de terrorismo industrial, por causa dos editoriais. Alguém está a inundar os nossos anunciantes com um texto a reclamar por causa de um editorial sobre o casamento gay.

M&P: Há seis diários generalistas pagos em Portugal. De acordo com Martim Avillez Figueiredo, 50 por cento dos leitores do I são em simultâneo leitores do Público…

BR: Adivinho quem são. São leitores que compram o I porque acham a capa muito bonita e depois ficam frustrados com a superficialidade dos artigos e têm que comprar o Público.

M&P: Há espaço para seis diários em Portugal?

BR: Sinceramente, não.
– “Muitos leitores olhavam para nós como se fossemos um instrumento político”

M&P: No dia 1 de Novembro, no primeiro editorial, citavam Vicente Jorge Silva, numa afirmação onde defendia que a imprensa de referência está afectada, para concluírem que se trata de “um balanço duro, mas uma conclusão lúcida”.

Afirmaram então pretender “repor essa credibilidade ameaçada, conscientes que estamos da percepção pública de um excesso de peso ideológico do jornal”. A acusação de estarem a levar a cabo uma campanha negra contra o governo e o caso das escutas afectaram a credibilidade do jornal?

BR: Penso que sim e isso preocupa-nos. E toda a imprensa acabou por ser afectada, porque não envolveu só o Público. Sabemos que muitos leitores olhavam para nós como se fossemos um instrumento político, e não somos.

Independentemente de analisarmos se era ou não verdade, sabemos que olhavam para o Público como um jornal onde se misturava opinião com informação. Isso não acontecia, mas havia essa percepção externa. Quando falamos em retirar o peso ideológico tem a ver com isso. Vamos fazer um esforço para que essa percepção externa desapareça.

M&P: Mas essa percepção externa estava errada, ou não? É que se estiver não estão a agir em conformidade com os desejos de quem a pretendia criar?

BR: Isso é olhar para trás. As pessoas imaginavam coisas que não existiam, manobras maquiavélicas e mãos invisíveis a manipular os jornalistas, o que nunca aconteceu. Mas não nos interessa olhar para trás.

M&P: A saída de José Manuel Fernandes era inevitável nesta altura?

BR: A saída foi decidida nos primeiros dias de Julho.

Achou-se, na altura, que devia ser depois das eleições para não haver leituras políticas. Infelizmente todas estas decisões e datas se sobrepuseram.

Sobre o autorCarla Borges Ferreira

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No primeiro trimestre do ano, Família de Apps da Meta (Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger) fatura mais 57,4% e aumenta em 20% as impressões de anúncios, enquanto o Reality Labs (hardware, software e conteúdo de realidade mista, virtual e aumentada) continua a dar prejuízo

A Meta teve lucros de 12,36 mil milhões de dólares (€11,54 mil milhões) no primeiro trimestre de 2024, mais 117% do que no mesmo período em 2023. As receitas totais subiram 27% para 36,45 mil milhões de dólares (€34 mil milhões), em que a esmagadora maioria (35,63 mil milhões de dólares/€33,24 mil milhões) diz respeito à venda de espaço publicitário, que cresce 26,8% nos primeiros três meses do ano, segundo os dados divulgados pela Meta.

Em termos de resultados por segmentos, a Família de Apps da Meta (Facebook, Instagram, WhatsApp e Messenger) aumentou as receitas em 27,2%, para 36 mil milhões de dólares (€33,6 mil milhões) e as impressões de anúncios em 20%, enquanto a Reality Labs (hardware, software e conteúdos de realidade mista, virtual e aumentada) faturou 440 milhões de dólares (€410 milhões), mais 23% face ao período homólogo em 2023.

Em relação ao lucro gerado por cada uma destas operações, na Família de Apps sobe 57,44% e ascende a 17,66 mil milhões de dólares (€16,48 mil milhões), enquanto o Reality Labs deu um prejuízo de 3,84 mil milhões de dólares (€3,59 mil milhões), abaixo, no entanto, dos 3,99 mil milhões de dólares perdidos no primeiro trimestre de 2023. Em comunicado, a empresa de Mark Zuckerberg refere que “para a Reality Lab, continuamos a esperar que os prejuízos operacionais aumentem significativamente, devido aos nossos esforços em desenvolvimento de produto e aos investimentos para escalar mais o nosso ecossistema”.

Para o total do ano, a Meta prevê despesas a rondar os 96 e os 99 mil milhões de dólares, acima das previsões anteriores, “devido a custos superiores de infraestrutura”, refere a Meta em comunicado, que prevê igualmente um aumento das despesas de capital para entre 35 e 40 mil milhões de dólares, em relação à previsão anterior que se situava em torno dos 30 e dos 37 mil milhões de dólares. O motivo? Os investimentos em infraestrutura de suporte à inteligência artificial, em termos de pesquisa e desenvolvimento de produtos, que a Meta tem de continuar a fazer.

Sobre o autorCatarina Nunes

Catarina Nunes

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Concurso europeu apoia novas tecnologias aplicadas aos media em Portugal

Podem candidatar-se ao Media Open Call Innovation Program, até 5 de maio, as empresas de media que procurem tecnologias de realidade virtual ou aumentada, inteligência artificial big data, Internet das Coisas, blockchain ou conectividade 5G

As empresas que quiserem ter uma nova tecnologia aplicada a meios de comunicação social, seja um jornal ou uma plataforma de entretenimento, podem concorrer, até 5 de maio, ao Media Open Call Innovation Program, promovido pelo consórcio Test Bed Aveiro Media Competence Center (AVCC), com a dotação de €2,5 milhões.

Test bed é o jargão para uma infraestrutura com capacidade tecnológica que permite às start-up e às PME’s testar tecnologias que, sem este suporte, não teriam capacidade para o fazer. No âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) foi criada uma rede nacional de test beds, para servir diferentes sectores de atividade.

O Parque Ciência e Inovação da Região de Aveiro (PCI) candidatou-se a este projeto europeu e lidera a criação em Portugal do único test bed dirigido especificamente às tecnologias de media. Além do PCI, a NOS, a Google e o Aveiro Media Competence Center fazem igualmente parte do consórcio.

Este concurso pretende apoiar projetos tecnológicos piloto para “ajudá-los a superar o já famoso ‘vale da morte’, uma fase entre a prototipagem e a entrada no mercado que é critica de ultrapassar, para permitir a sobrevivência de novos projetos tecnológicos”, explica João Moraes Palmeiro, responsável pelo projeto.

O concurso é dirigido a todas as empresas que queiram experimentar tecnologias nas áreas de realidade virtual ou aumentada, inteligência artificial big data, Internet das Coisas, blockchain ou conectividade 5G, aplicadas aos media. Segundo João Moraes Palmeiro, “é não só uma oportunidade única para testar novas tecnologias desenvolvidas especificamente para esta área, como também uma oportunidade excelente para testar, na área dos media, tecnologias que foram desenvolvidas para outras aplicações”.

Este test bed de media é o único existente a nível europeu nesta área e permitirá aos participantes o acesso a serviços e infraestruturas a preços mais baixos do que no mercado, o acesso a uma rede de parceiros e a serviços de aceleração de negócio e de produto. O apoio pode ser prestado ainda na fase de desenvolvimento tecnológico, na fase de pré-industrialização ou pré-comercialização, ou mesmo no desenvolvimento de estratégias de promoção. O que é pretendido é que as tecnologias apresentadas, através do acesso a esta infraestrutura, consigam dar o salto para o mercado.

Segundo João Moraes Palmeiro “há vantagens significativas em participar”. Os projetos terão à disposição uma infraestrutura multidisciplinar e serão financiados até 90%. Em acréscimo, poderão testar os seus pilotos junto de um importante conjunto de parceiros, como a Agência Lusa, Media Capital, Associação Portuguesa de Imprensa, bem como publicações como o Público, Observador e A Bola, entre outros.

O Aveiro Media Competence Center, do qual João Moraes Palmeiro é responsável, foi constituído em 2021 e é uma entidade participada pela Universidade de Aveiro, pelo Parque Tecnológico de Aveiro (PCI- Creative Science Park) e pela Associação Portuguesa de Imprensa.

A associação tem como objetivo agregar estruturas e conhecimento numa só plataforma, de modo a contribuir ativamente para a transição digital dos media na Europa. Por esta razão, para além da participação em projetos como o Media Open Call Innovation Program, de apoio à transição digital, a plataforma sediada em Aveiro desenvolveu também um repositório de informação sobre todos os apoios que existem para este propósito, a nível global.

Segundo João Moraes Palmeiro, o “objetivo é proporcionar informação e conhecimento, de modo que os media consigam fazer esta transição digital com sucesso”. E acrescenta: “Se existisse mais conhecimento nesta área no início do milénio, teria sido mais fácil para os media enfrentarem a transição digital”.

A associação, que pretende evoluir para uma figura de fundação, não tem dotação própria, funcionando com base no financiamento de projetos específicos por entidades públicas ou privadas. A União Europeia, a Google e a Meta atribuíram fundos aos projetos em curso. Para além deste projeto, o Aveiro Media Competence Center é parceiro do projeto YO-MEDIA, através de outro consórcio que inclui a italiana Università Cattolica del Sacro Cuore e a espanhola Catalâ Universitat de Vic – Central de Catalunya.

Tendo em consideração o contexto de sucessivas crises e guerras, este consórcio tem como objetivo trabalhar estratégias de gamificação, para ampliar a literacia mediática dos jovens. Mais informação sobre a AMCC e todos estes projetos aqui.

Sobre o autorCristina Dias Neves

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Marketing

Filomena Spranger Jorge assume direção de marketing do Burger King Portugal

A profissional licenciada em publicidade e marketing tem agora a responsabilidade de impulsionar o crescimento da Burger King em Portugal. O percurso de Filomena Spranger Jorge começa no McCann Worldgroup, em planeamento de media, passando, posteriormente, pela Publicis, Zenith e Media Markt Iberia

Filomena Spranger Jorge acaba de ser nomeada a nova diretora de marketing do Burger King Portugal. A profissional tem cerca de 20 anos de experiência no setor e terá a responsabilidade de impulsionar o crescimento da marca em Portugal, integrando a equipa da Restaurant Brands Iberia.

Licenciada em publicidade e marketing pela Escola Superior de Comunicação, Filomena Spranger Jorge iniciou a carreira no McCann Worldgroup em planeamento de media e, posteriormente, passou por empresas como a Publicis, a Zenith e a Media Markt Iberia. Mais recentemente exerceu funções de consultoria de marketing e comunicação na Thinkwide.

“É um privilégio poder continuar a dedicar-me ao mais importante em qualquer sector do retalho, os clientes, e trabalhar lado a lado com uma equipa super talentosa que partilha a visão de tornar o Burger King na marca favorita no nosso sector em Portugal”, afirma Filomena Spranger Jorge numa publicação na sua página de LinkedIn.

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Futebolista Rafael Leão protagoniza adaptação portuguesa da nova campanha global da Adidas (com vídeo)

Desenvolvida pela The Lift e pela Somesuch, a campanha publicitária, que internacionalmente conta com a participação de nomes como Zinedine Zidane, Jenna Ortega e Anitta, entre outros, foi produzida por Whitney Jackson e Pol Agusti, e realizada por Vincent Haycock

Rafael Leão, futebolista português a jogar no AC Milan, é o protagonista da adaptação portuguesa da nova campanha global da Adidas, intitulada 1000 Back. O desportista, um dos embaixadores nacionais da marca, surge nas fotografias promocionais, que já estão a ser divulgadas nas redes sociais e nas lojas da insígnia, a usar um par de Adidas Originals Samba, um dos três modelos de calçado desportivo que a etiqueta alemã está a publicitar, a par do Adidas Originals Gazelle e do Adidas Originals Spezial.

Realizado por Vincent Haycock e protagonizado globalmente por Carlisle Aikens, skater profissional que integra a equipa Adidas Skate Team, o filme publicitário que integra a campanha revisita a história da marca alemã. “Para além do vídeo e das imagens da campanha, recordamos o espírito das três silhuetas clássicas e das pessoas que as influenciaram, com um espaço digital que será preenchido com conteúdos gerados pelos utilizadores”, informa a Adidas em comunicado de imprensa.

“Os fãs dos modelos são convidados a apresentar os seus looks usando os hashtags #adidasSamba, #adidasGazelle e #adidasSpezial”, refere o documento. Zinedine Zidane, Jenna Ortega, Pusha T, Anitta, Hoyeon Jung, David Beckham, Serge Gnabry, Jella Hasse e Stormzy são outros dos embaixadores internacionais da marca que promovem os novos modelos da marca. Desenvolvida pela The Lift e pela Somesuch, a campanha foi produzida por Whitney Jackson e Pol Agusti. A direção de fotografia é de Evan Prosofsky.

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Reveja os melhores momentos dos Prémios de Marketing M&P’23 (com fotos)

Conheça os protagonistas da 14ª edição dos Prémios de Marketing M&P, evento que decorreu na última semana, ao fim da tarde de 17 de abril, na Estufa Monsanto Secret Spot

‘É uma menina’ vence Grande Prémio, Dentsu Creative é Agência Criativa do Ano, Mindshare é Agência de Meios do Ano e António Fuzeta da Ponte é Marketeer do Ano. Além destes quatro Grandes Prémios, foram atribuídos ainda 15 troféus de Ouro, 17 de Prata e 19 de Bronze. Dos 118 trabalhos inscritos nos Prémios de Marketing M&P’23, em 34 categorias diferentes, 55 chegaram à lista de finalistas.

A entrega de prémios decorreu na última semana, ao fim da tarde de 17 de abril, na Estufa Monsanto Secret Spot, no Parque Florestal de Monsanto, num evento que reuniu cerca de 300 profissionais do setor, para a entrega dos troféus que distinguem os melhores trabalhos na área de marketing. Conheça os protagonistas e reveja os melhores momentos dos Prémios de Marketing M&P’23.

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ThePitch arrisca em duas frentes

Auxiliar líderes e marcas nos grandes momentos de comunicação de apresentações e lançamentos é o objetivo da nova agência de comunicação corporativa, que aposta na criação de narrativas com apoio do design de comunicação. E também vai dar treino a líderes

ThePitch foi o nome escolhido para a nova agência de comunicação especializada que a Plot Content Agency apresenta a 8 de abril. Marta Cordeiro, até agora diretora de clientes da empresa, vai dirigir a nova estrutura, que tem o ex-diretor de conteúdos desta empresa, Nuno Alexandre Silva, como diretor criativo.

“O nosso objetivo é auxiliar líderes e marcas nos seus grandes momentos de comunicação. Através do nosso ADN, que são os conteúdos e o storytelling, vamos criar narrativas, com apoio do design de comunicação, para atingir os objetivos dos clientes”, esclarece a responsável.

“Pretendemos atuar num mercado específico, o das apresentações, que, ao contrário de outros, em Portugal, ainda não está muito maduro. Atualmente, o foco está muito na parte visual criativa e o que nos vai distinguir vai ser a junção da parte da construção da narrativa a essa parte visual”, explica a diretora-geral da agência, em declarações ao M&P.

Além de promover empresas, organizações, marcas, produtos e serviços, a nova estrutura também vai dar treino de media a dirigentes, sempre em colaboração estreita com a Plot Content Agency.

“Fazemos parte da mesma família, mas é como se fossemos primos. Somos uma agência nova, uma estrutura independente, não é mais uma marca criada pelo grupo a que pertencemos”, ressalva Marta Cordeiro. “Temos serviços partilhados, mas também nos vamos socorrer de outros profissionais do mercado, profissionais especializados.

Estamos muito focados em ter talento bom e sénior, porque o nosso posicionamento é mesmo de topo, direcionado para as lideranças e para as grandes marcas”, assume a responsável.

“Estamos a entrar numa área onde existem outros players mas vamos fazer o nosso caminho e procurar o nosso espaço, apostando num tipo de criação de conteúdo diferente, pensado especificamente para momentos de apresentação. Este trabalho acaba, muitas vezes, por estar disperso por várias empresas ou departamentos.

Agora, queremos autonomizar-nos e especializar-nos nesta área, com a promessa de elevar a comunicação dos líderes e das marcas, pensando o slide telling na lógica de contar uma história, aplicando na prática o storytelling à apresentação. São muito estas duas vertentes que vamos desenvolver, tirando partido do legado que temos”, esclarece Nuno Alexandre Silva.

Nas últimas semanas, a dupla de dirigentes da thePitch já reuniu com potenciais clientes para apresentar a agência, mas não revela o número de contratos que já assinou. “Os muitos projetos que desenvolvemos com a Plot têm sido um bom cartão de visita. Muitas das apresentações que fizemos até agora foram com clientes que já trabalhavam connosco”, revela o responsável.

A data para o arranque oficial da nova estrutura, 8 de abril, não foi escolhida ao acaso. “Achámos que era um bom dia. Vai haver uma grande lua nessa noite e quem é especialista nestas coisas diz que dá sorte”, justifica Marta Cordeiro.

Os outros negócios da Plot Content Agency

Apresenta-se como uma agência de marketing chave na mão, que desenvolve “experiências digitais que compreendem as pessoas”. Criada em maio de 2011, a Plot Content Agency resulta da fusão da editora de revistas Entusiasmo Media com a agência de custom publishing White Rabbit. Em 2014, diversifica a atividade e lança a Plot Live, uma empresa de eventos para marcas e organizações que não vinga.

Em 2017, com a criação da House of Words (HOW), encerrada o mês passado, o negócio editorial volta a ser separado do promocional, com a agência a reforçar a aposta no branded content e no marketing comportamental e a dar os primeiros passos na consultoria e integração de sistemas e no desenvolvimento de aplicações móveis e de estratégias de experiência de utilizador.

Nas últimas semanas, a empresa liderada por Rui Borges, idealizou e produziu o novo anúncio publicitário da Tranquilidade. Atualmente, além da agência de marketing que dá nome ao grupo, a Plot Content Agency integra também a empresa tecnológica Share e a nova agência corporativa thePitch.

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Range Rover e JNcQuoi unem-se pela mobilidade

Quatro Range Rover vão assegurar as deslocações dos clientes do JNcQuoi, entre Lisboa e Comporta. Parceria é parte da estratégia de reposicionamento da marca britânica, que em 2023 duplica as vendas em Portugal

Catarina Nunes

Quatro modelos Range Rover, com um preço médio de €185 mil, vão fazer as deslocações entre os dois eixos dos projetos do JNcQuoi, avenida da Liberdade e Comporta, no âmbito de uma parceria entre as duas marcas de luxo, que não pressupõe contrapartidas financeiras e que poderá vir a ser alargada com a disponibilização de mais veículos.

Esta é a primeira parceria da Range Rover nestes moldes, em Portugal, e enquadra-se na estratégia do grupo Jaguar Land Rover (JLR) de se posicionar para um mercado crescente. “Em Portugal, como em Espanha, há um boom de estrangeiros com muito dinheiro, a comprar propriedades. São pessoas que não vivem todo o ano nestes destinos, vêm dos Estados Unidos para a Comporta para ficarem três meses, e precisam de uma solução de mobilidade durante esse tempo. É o que estamos a oferecer”, explica ao Meios & Publicidade Luis Antonio Ruiz, presidente e CEO da JLR Ibéria.

A esta aposta não é alheia a procura da Range Rover, que em 2023 vendeu 927 carros novos em Portugal, mais de dois terços do total das 1.175 matrículas novas da Land Rover, que agrega ainda a Defender e a Discovery, com vendas menos significativas. Face a 2022, ano em que a Range Rover vendeu 460 unidades, o crescimento em 2023 foi de 100%, de acordo com os dados fornecidos pela JLR, que indicam ainda 136 Range Rover matriculados só em janeiro e fevereiro de 2024.

O novo Range Rover 100% elétrico, por seu lado, está também a fazer este caminho, ainda antes de ser lançado. “Nunca tivemos tanta procura por um elétrico e a lista de espera é maior em Portugal do que em Espanha”, avança Francisco Nunes, coordenador da JLR para o mercado português, referindo-se ao modelo que chegará ao mercado nacional em 2025 que tem uma lista de espera de 143 pessoas em Portugal, mais 63 do que as 80 que aguardam em Espanha.

A divisão de marcas é parte de um processo de reestruturação na JLR, iniciado há três anos, em que Jaguar e Land Rover são separadas, ficando esta última como ‘chapéu’ das marcas Range Rover (luxo), Defender (capacidade) e Discovery (versatilidade). É parte de um plano global a cinco anos, o Reimagine, em que o grupo automóvel britânico está a investir 15 mil milhões de libras (€17,5 mil milhões), em desenvolvimento de produtos e fabrico.

O objetivo é reposicionar a JLR como um fabricante de automóveis elétricos de luxo moderno, antes de 2030. “O luxo moderno é uma filosofia de design, fabricação, posicionamento, marketing e definição de marca. Os nossos carros são muito simples, definem-se com quatro traços. Isso é o luxo moderno, algo que perdura no tempo como moderno, porque tem um design muito simples”, diz Luis Antonio Ruiz, salientando a importância da simplicidade do luxo a par com as experiências únicas proporcionadas aos clientes.

É neste âmbito que surge a ligação ao JNcQuoi, a marca da Amorim Luxury dedicada ao estilo de vida de luxo, que junta restauração, hotelaria, moda e um clube privado, em Lisboa e na Comporta. “O mercado-alvo é o mesmo e vamos acrescentar valor no hub em Lisboa e no novo hub na Comporta, onde estamos a construir o destino, com novos projetos. Para fazer a ligação entre os dois hubs precisamos de transporte”, explica Miguel Guedes de Sousa, presidente da Amorim Luxury, justificando a necessidade da frota de quatro Range Rover.

Já em julho, o JNcQuoi adiciona mais uma unidade ao seu portefólio, com a abertura de um hotel na avenida da Liberdade. O acesso ao serviço de transporte entre Lisboa e a Comporta com os carros Range Rover é feito por marcação, incluindo reserva de lugar de estacionamento na praia do Pego, onde o JNcQuoi tem um clube de praia.

“Na Península Ibérica, está a acontecer o ‘efeito Florida’, o que aconteceu na Florida, nos Estados Unidos, há alguns anos. Estamos a atrair muitos estrangeiros que querem viver aqui de forma permanente ou temporária, por causa do clima, da comida, da tranquilidade e segurança que os dois países proporcionam, e isto está a gerar muitos negócios em ambos os países”, salienta o presidente e CEO da JLR, justificando a relevância desta ligação ao JNcQuoi.

Apesar de esta ser a primeira iniciativa em Portugal, Luis Antonio Ruiz garante que não vai ficar por aqui, tendo já em vista uma união ao Club del Deportista, um serviço de concierge para jogadores de futebol em Espanha, ao qual a Range Rover já disponibiliza carros, e que virá para Portugal. 2Em Espanha, estamos com a construtora e promotora imobiliária Sotogrande, para um conceito igual ao do JNcQuoi, que ainda não está concluído nem assinado e por isso não posso referir o nome. É um conceito de moradias, que rondam os €10, €15 milhões, para pessoas que não vivem lá todo o ano, e será a primeira parceria em Espanha como a que temos com o JNcQuoi”, revela Luis Antonio Ruiz.

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Sagres apresenta nova campanha com passatempo para o Euro 2024 (com vídeo)

A campanha conta com a criatividade da McCann Lisboa e da Dentsu Creative Portugal e está presente em televisão, digital e ponto de venda. Para celebrar a associação ao Euro 2024, a Sagres lança também packs comemorativos Sagres MiNi, alusivos ao passatempo

Com o campeonato europeu de futebol à vista, a Sagres lança a mais recente campanha multimeios “Há sempre espaço para acreditar”, de apoio à seleção nacional no Euro 2024. A campanha, que conta com a criatividade da McCann Lisboa e da Dentsu Creative Portugal, está presente em televisão, digital e ponto de venda, e é lançada com um passatempo que leva 20 adeptos ao Euro 2024.

Sob o mote “Ganha Viagens para apoiar a Seleção”, a Sagres vai oferecer 10 viagens duplas à Alemanha, que inclui a estadia em Dusseldorf, o ‘pack adepto’ e um jantar, entre dia 21 e 23 de junho. Os vencedores têm ainda acesso a uma recepção no dia 22 de junho na zona de fãs do estádio Signal Iduna Park no pré-jogo.Todos os portugueses com mais de 18 anos e residentes em Portugal que queiram concorrer, podem inscrever-se no Clube Sagres.

Para celebrar a associação ao Euro 2024, a Sagres lança também packs comemorativos Sagres MiNi, alusivos ao passatempo, e que já se encontram disponíveis em supermercados e hipermercados de norte a sul do país.

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Vodafone volta a juntar Bernardo Silva e Diogo Valsassina em campanha da VML (com vídeo)

Realizada por Fred Oliveira, com direção de fotografia de Sergi Gallard e acompanhamento da Film Brokers, a nova campanha publicitária multimeios da Vodafone tem criatividade da VML, produção da Krypton Films e planeamento de meios da Carat

Com criatividade da VML, produção da Krypton Films, realização de Fred Oliveira, direção de fotografia de Sergi Gallard, acompanhamento da Film Brokers e planeamento de meios da Carat, a nova campanha publicitária da Vodafone, É Fibra de Campeão, volta a juntar o futebolista Bernardo Silva e o ator Diogo Valsassina, desta vez para promover o novo serviço de internet fixa da operadora, com uma velocidade 10 vezes mais rápida do que a solução atualmente comercializada.

Para além da televisão, a campanha multimeios está a ser divulgada em digital e redes sociais. “Com este lançamento, a Vodafone reforça o seu compromisso de estar na vanguarda da tecnologia, oferecendo produtos e serviços inovadores que respondam aos hábitos de consumo do presente e, sobretudo, que antecipem as necessidades do futuro da conectividade”, informa a operadora em comunicado de imprensa.

“É esta permanente modernização da nossa infraestrutura que nos permite tirar partido do melhor da tecnologia avançada para oferecer soluções de conectividade inovadoras, que correspondam às necessidades atuais e futuras dos nossos clientes, como esta nova oferta de internet fixa através de fibra ótica, que garante níveis de velocidade elevados”, justifica Luís Lopes, CEO da Vodafone Portugal. O novo serviço recorre à tecnologia XGS-PON.

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APAV assinala 50 anos do 25 de Abril com campanha da Solid Dogma

Com design e supervisão criativa de Hugo Dias, a ação de sensibilização da Associação Portuguesa de Apoio à Vitima revisita a iconografia dos cravos, símbolo da revolução, em mensagens que apelam à liberdade para todas as pessoas

“Democracia é liberdade para todas as pessoas” é o mote da campanha de sensibilização da Associação Portuguesa de Apoio à Vitima (APAV) que assinala os 50 anos da revolução do 25 de Abril de 1974. Desenvolvida pela Solid Dogma, com design e supervisão criativa de Hugo Dias, “assinala um marco do passado, celebra o presente e abre as portas a um futuro com liberdade para todas as pessoas”, explica em comunicado de imprensa a agência criativa fundada por Pedro Pires e Alexandre Farto, em 2015.

“O 25 de Abril é liberdade para todas as pessoas”, “O presente é liberdade para todas as pessoas” e “O futuro é liberdade para todas as pessoas” são as frases que, associadas às palavas Futuro, Liberdade e Democracia, se evidenciam, em verde e vermelho, num fundo cor de rosa. “Porque quando uma pessoa é vítima de crime ou violência, vê a sua liberdade ser tolhida, a APAV trabalha diariamente para apoiar e proteger os direitos das vítimas de crime e violência em Portugal”, refere ainda o documento.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

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