Edição digital
PUB
Media :: Noticias

Cuore amanhã nas bancas nacionais (ACT.)

A versão portuguesa da Cuore, revista semanal do espanhol grupo Zeta, chega amanhã às bancas. Com uma tiragem de 100 mil exemplares e um preço de capa de 50 cêntimos […]

Ana Marcela
Media :: Noticias

Cuore amanhã nas bancas nacionais (ACT.)

A versão portuguesa da Cuore, revista semanal do espanhol grupo Zeta, chega amanhã às bancas. Com uma tiragem de 100 mil exemplares e um preço de capa de 50 cêntimos […]

Ana Marcela
Sobre o autor
Ana Marcela
Artigos relacionados
LLYC lança audiolivro que ensina marcas a avaliar o impacto das estratégias de marketing com recurso à IA
Marketing
Fuel promove variedade da Cozinha Continente com campanha produzida pela More Maria (com vídeo)
Publicidade
Campanha da Dentsu Creative Portugal para Meo e Amnistia Internacional tem quatro nomeações nos prémios The One Show 2024
Publicidade
EDP reforça benefícios dos painéis solares na primeira campanha criada pela Nossa (com vídeo)
Publicidade
Só 41% dos consumidores é que optam por marcas sustentáveis
Marketing
“Gosto de ser desafiado e de levar o meu trabalho para além daquilo que eu próprio acho possível”
M&P exclusivo
YouTube tem novas categorias de anúncios no Shorts
Digital
News Now tem luz verde da ERC. Novo canal informativo da Medialivre cria 58 postos de trabalho
Media
Prémios de Marketing M&P’23: ‘É uma menina’ vence Grande Prémio, Dentsu Creative é Agência Criativa do Ano, Mindshare é Agência de Meios do Ano e António Fuzeta da Ponte é Marketeer do Ano
Marketing
LinkedIn testa feed de vídeos de curta duração (com vídeo)
Media

A versão portuguesa da Cuore, revista semanal do espanhol grupo Zeta, chega amanhã às bancas. Com uma tiragem de 100 mil exemplares e um preço de capa de 50 cêntimos no lançamento o título, explica ao M&P Rute Godinho, chefe de redacção da revista, é constituída por “80% de conteúdos internacionais e, desse ponto de vista, [a redacção] podia estar em Portugal, Madrid ou Singapura”. A direcção da revista está a cargo de Alvaro Garcia, também director da edição espanhola, estando a redacção em Espanha, com cinco elementos dedicados ao projecto. Quando questionada sobre o número de elementos portugueses ligados à edição portuguesa da Cuore, Rute Godinho afirma que a nacionalidade dos elementos é um “dado irrelevante”, adiantando ainda que o título tem colaboradores em Portugal cujo número não precisa, pois este será variável “segundo as necessidades”. A comercialização da publicidade no mercado português é feita pela Baleska Press (a editora da Happy Woman).

Actualidade, moda e beleza e televisão são as grandes áreas de conteúdos, sendo que os relacionados com a realidade portuguesa uma fatia minoritária, sendo a maioria de origem internacional. “É aí que está a nossa oportunidade de mercado e, de acordo com os estudos que realizámos, o que as leitores querem”, comenta Rute Godinho. “Queremos mostrar toda uma nova geração de pessoas famosas”, continua a chefe de redacção, celebridades como músicos, artistas, desportistas que “tenham feito algo”. “Há uma geração de famosos que é habitual aparecer nas revistas de cor-de-rosa portuguesas que não vão ter espaço na Cuore”, assegura a responsável, especificando que a revista se dirige a “jovens mulheres dos 18 aos 35 anos”.A responsável não revela o valor de investimento da campanha de comunicação (TVI, outdoor e ponto de venda), nem quais as expectativas de venda em banca. A tiragem inicial será ajustada consoante a receptividade do título, passando a partir do quarto número a revista a ter um preço de capa de 1,20 cêntimos.

Sobre o autorAna Marcela

Ana Marcela

Mais artigos
Artigos relacionados
LLYC lança audiolivro que ensina marcas a avaliar o impacto das estratégias de marketing com recurso à IA
Marketing
Fuel promove variedade da Cozinha Continente com campanha produzida pela More Maria (com vídeo)
Publicidade
Campanha da Dentsu Creative Portugal para Meo e Amnistia Internacional tem quatro nomeações nos prémios The One Show 2024
Publicidade
EDP reforça benefícios dos painéis solares na primeira campanha criada pela Nossa (com vídeo)
Publicidade
Só 41% dos consumidores é que optam por marcas sustentáveis
Marketing
“Gosto de ser desafiado e de levar o meu trabalho para além daquilo que eu próprio acho possível”
M&P exclusivo
YouTube tem novas categorias de anúncios no Shorts
Digital
News Now tem luz verde da ERC. Novo canal informativo da Medialivre cria 58 postos de trabalho
Media
Prémios de Marketing M&P’23: ‘É uma menina’ vence Grande Prémio, Dentsu Creative é Agência Criativa do Ano, Mindshare é Agência de Meios do Ano e António Fuzeta da Ponte é Marketeer do Ano
Marketing
LinkedIn testa feed de vídeos de curta duração (com vídeo)
Media
PUB
Marketing

LLYC lança audiolivro que ensina marcas a avaliar o impacto das estratégias de marketing com recurso à IA

Escrita a quatro mãos por María Esteve e Miguel Lucas, a obra, a primeira que a consultora cria neste formato, tem edição e consultoria editorial de Ramón González Férriz. Também disponível em versão digital, está acessível gratuitamente no site da LLYC

From Words To Algorithms: Understanding Public Opinion With AI é o título do primeiro audiolivro da LLYC. Narrada e transcrita num tom informativo, a obra, também disponível em versão digital, alterna histórias com reflexões que levam os ouvintes e os leitores a embarcar numa viagem através das paisagens em mudança que marcam a geografia atual. Com edição e consultoria editorial de Ramón González Férriz, o título conta com a colaboração de Miguel Lucas, diretor global de inovação da LLYC. María Esteve, diretora-geral de corporate affairs da LLYC Latam, é outra das coautoras.

Através de casos reais e de exemplos práticos, o novo lançamento, que pode ser ouvido ou descarregado gratuitamente através do site da consultora, explica como, com recurso à inteligência artificial (IA), as marcas podem avaliar melhor o desempenho das ações que desenvolvem. “A análise avançada, os dados e a tecnologia desenvolvidos pelas empresas servem para compreender melhor a sociedade, permitindo que os gestores tomem decisões audazes e mais eficazes para proteger e fazer crescer o valor das suas organizações”, esclarece a empresa em comunicado de imprensa.

“Esta obra demonstra que as análises de conversa digital são uma ferramenta poderosa para analisar a conversa digital que combina a interpretação de dados em massa com a experiência dos nossos profissionais. O resultado permite ao leitor/ouvinte compreender as dinâmicas sociais, identificar as comunidades e territórios que influenciam a narrativa do seu negócio, conhecer o impacto que têm nas suas marcas e que oportunidades ou riscos representam em termos de reputação de marca, estratégia de marketing, comunicação e assuntos públicos”, explica ainda a LLYC.

“A aplicação de técnicas de análise avançada à conversa social é fundamental para eliminar subjetividades na interpretação do contexto e para poder tomar as decisões mais acertadas. A análise dos padrões de compromisso que se produzem na conversa social fornece, muitas vezes, informações mais interessantes do que a própria análise semântica das mensagens: quais são as principais comunidades, os verdadeiros influenciadores, os polos ideológicos e os perfis dos conectores essenciais, para citar apenas algumas”, afirma também Miguel Lucas, coautor do livro.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

Mais artigos
Publicidade

Fuel promove variedade da Cozinha Continente com campanha produzida pela More Maria (com vídeo)

Com direção criativa de João Madeira, redação de João Madeira e André Pereira, e direção de arte de Ruben Rodrigues, o filme publicitário que integra a campanha foi realizado por Fernando Mamede, com direção de fotografia de Bernardo Infante

Protagonizada pela atriz Gabriela Barros, a nova campanha publicitária multimeios do Continente dá a conhecer a variedade das propostas gastronómicas da marca Cozinha Continente, criada em Vila Real, em 2022. Idealizado pela agência Fuel, o filme que a integra, com direção criativa de João Madeira, redação de  João Madeira e André Pereira, e direção de arte de Ruben Rodrigues, mostra uma mulher a recorrer à variedade da gama de refeições da insígnia para dar resposta às necessidades alimentares da família.

Produzido pela More Maria com consultoria da Pro(u)d, o anúncio tem produção executiva de Alexandra Dias, produção de Rui Pimenta, gestão de produção de Guilherme Carvalho e coordenação de produção de Inês Duarte. Realizado por Fernando Mamede, com direção de fotografia de Bernardo Infante, conta ainda com a direção de arte de Sofia Pereira, coordenação de pós-produção de Ricardo Montez, edição de Marco Miguel, colorização de Paulo Inês da Light Films e sonoplastia da Índigo.

Divulgada em televisão, rádio, exterior e digital, a campanha, que também pode ser vista nas superfícies comerciais da marca, pretende enaltecer “a qualidade das nossas refeições, consequência de uma profunda revisão de todas as suas receitas, num trabalho conjunto entre chefs e nutricionistas, que resultou numa oferta variada de refeições prontas, confecionadas com os melhores ingredientes, sem adição de corantes ou conservantes, aromas artificiais ou intensificadores”, refere a MC em comunicado.

“Pretendemos levar a toda a gente e em qualquer lugar o melhor da nossa cozinha, investindo sobretudo na qualidade das refeições prontas que oferecemos, contando com a ajuda do chef André Matos e de uma equipa de nutricionistas. A marca tem apresentado um sólido crescimento. Temos planos ambiciosos para 2024, perspetivando um crescimento a duplo dígito nas vendas do negócio Cozinha Continente e duas novas aberturas de restaurantes”, revela também Ana Alves, diretora de soluções alimentares da MC.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

Mais artigos
Publicidade

Campanha da Dentsu Creative Portugal para Meo e Amnistia Internacional tem quatro nomeações nos prémios The One Show 2024

Filme publicitário de homenagem aos trabalhadores que perderam a vida durante a construção dos estádios para o campeonato mundial de futebol no Catar, em 2022, acaba de conquistar, a 17 de abril, quatro troféus nos Prémios de Marketing M&P’23

A campanha publicitária The Forgotten Team, que a Dentsu Creative Portugal desenvolveu para a Aministia Internacional com o patrocínio da Meo, está nomeada para quatro prémios no The One Show 2024. Está selecionada nas subcategorias Non-traditional & Guerrilla Marketing e Direct Marketing for Good, ambas na categoria de Direct Marketing, e na subcategoria Experiential & Immersive for Good (na categoria Experiential & Immersive) e na subcategoria Out of Home for Good (na categoria Out of Home).

O filme publicitário, que homenageia os trabalhadores que perderam a vida durante a construção dos estádios para o campeonato mundial de futebol da FIFA no Catar, em 2022, ganhou, a 17 de abril, Ouro nas categorias Suporte Alternativo, Campanha Multimeios Integrada, Ativações e Patrocínios e Responsabilidade Social, nos Prémios de Marketing M&P’23, quatro prémios que se juntam aos que tem vindo a receber.

A campanha publicitária portuguesa, que já tinha conquistado um Leão de Ouro e um Leão de Bronze na 70ª edição do Festival Internacional de Criatividade Cannes Lions, em 2023, também foi distinguida com dois prémios de bronze nas categorias A Força do Bem e Ativação e Patrocínios na 19.ª edição dos Prémios Eficácia, em novembro do ano passado.

Nos APPM Marketing Awards 2023, venceu bronze na subcategoria Sustentabilidade e Responsabilidade Social da categoria de Marketing, prata na subcategoria Integrated Campaign da categoria Advertising e bronze na subcategoria Integrated Media da categoria Media.

Criados em 1973, os prémios The One Show, promovidos pela The One Club for Creativity, organização norte-americana sem fins lucrativos sediada em Nova Iorque, distinguem anualmente centenas de agências, marcas, empresas, organizações não-governamentais e profissionais individuais de todo o mundo. Entre 3 de novembro de 2023 e 1 de março de 2024, foram submetidas a concurso 20 mil candidaturas, provenientes de 69 países. O anúncio dos vencedores está agendado para 17 de maio, numa gala no Cipriani Wall Street, em Nova Iorque.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

Mais artigos
Publicidade

EDP reforça benefícios dos painéis solares na primeira campanha criada pela Nossa (com vídeo)

Além da criatividade da Nossa, com Nuno Presa Cardoso como diretor criativo executivo, e Rafael Clark e Rui Simões, como diretores criativos, a campanha Eu Escolho Painéis Solares conta com a produção da 78 Films, realização de Nuno Alberto e João Marques e o planeamento de meios da Wavemaker

A EDP Comercial tem no ar a Eu Escolho Painéis Solares, a primeira campanha criada pela agência criativa Nossa, que conquista a conta da marca de energia no final de 2023. Sob o mote ‘Porque mesmo quando escolhes o melhor para ti, escolhes o melhor para todos’, a campanha visa reforçar os benefícios da energia solar para residências, que, segundo a EDP, podem chegar a 30% de poupanças financeiras mensais na eletricidade, ou até 70%, se for adicionada uma bateria de armazenamento de energia. A campanha está presente em televisão, rádio, múpis, lojas, redes sociais e outros formatos digitais.

Os protagonistas da campanha são o Vasco, o Vítor, a Vanessa, a Vera, o Vicente e o Valter, ‘vizinhos’ e ‘clientes’ da EDP que têm uma coisa em comum, painéis solares instalados nas suas casas. Nuno Presa Cardoso, diretor criativo executivo da Nossa, explica ao M&P que a escolha dos nomes começados por ‘V’ foi porque “a equipa criativa achou que ia criar curiosidade e que a campanha se tornava mais facilmente memorável”.

A campanha publicitária, que promove um mês de eletricidade grátis aos clientes que aderirem à oferta durante o mês de abril, foi gravada em diversas localidades nos arredores da capital, como Carcavelos, Banzão, Colares e Oeiras, bem como no bairro de  Alvalade, em Lisboa. Além da criatividade da Nossa, com Nuno Presa Cardoso como diretor criativo executivo, e Rafael Clark e Rui Simões, como diretores criativos, a campanha Eu Escolho Painéis Solares conta com a produção da 78 Films, realização de Nuno Alberto e João Marques e o planeamento de meios da Wavemaker.

“A visão partiu do acesso a diversos estudos que demonstram que, no que toca à instalação de painéis solares, existe um ‘neighbor effect’ muito vincado”, explicam Rui Simões e Rafael Clark, diretores criativos da Nossa. “Ou seja, se eu instalo, há uma forte possibilidade do meu vizinho querer instalar também, e assim sucessivamente, e existe este efeito de contágio que achámos interessante representar na campanha, através de uma narrativa leve onde mostramos que, independentemente das razões de cada um, instalar painéis solares é bom para todos”, rematam.

Teresa Cristina Quintella, diretora de marca comercial da EDP, reforça que “esta ideia, assente nas escolhas de cada um, ajuda a tangibilizar a assinatura institucional ‘Nós Escolhemos a Terra’. É uma forma de demonstrar que essa escolha maior da EDP também permite às pessoas fazerem as suas escolhas, dando protagonismo aos clientes e colocando a marca como parceira nessas decisões”.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Marketing

Só 41% dos consumidores é que optam por marcas sustentáveis

Ainda que 92% dos compradores nacionais estejam dispostos a adquirir uma insígnia diferente da que costumam comprar por razões de sustentabilidade, a percentagem dos que o fazem efetivamente acaba por ser bastante inferior, revela um estudo da Escolha do Consumidor

Apenas 41% dos compradores portugueses é que têm o hábito de optar por marcas sustentáveis, ainda que 92% estejam dispostos a adquirir outra insígnia se esta for mais sustentável, revela o estudo Escolha do Consumidor. Os restantes 8% preferem manter-se fiéis às marcas que já conhecem. As razões apontadas são a lealdade à marca a que já estão habituados, o preço mais elevado, o gostarem do produto ou serviço que utilizam e o facto de a sustentabilidade não ser um ponto crucial nas suas escolhas.

“Além destes, a falta de informação clara sobre a sustentabilidade dos produtos e serviços é outra das barreiras indicadas à compra deste tipo de produtos”, refere a Escolha do Consumidor em comunicado de imprensa. “No que diz respeito ao momento de compra, 59% adquirem artigos com os quais já estão familiarizados”, refere ainda o documento.

Para 76% dos inquiridos, as iniciativas sustentáveis das empresas podem influenciar a lealdade dos clientes às marcas. “Quando falamos das embalagens dos produtos, 46% dos consumidores afirmam que, sobretudo quando há opções mais sustentáveis disponíveis, a embalagem é um fator decisivo na compra. Apenas 12% não concordam que este seja um fator decisivo”, revela também a análise.

“Vivemos um novo paradigma, onde a sustentabilidade está cada vez mais associada ao nosso consumo. Isso é visível neste estudo, em que a redução das emissões de carbono por parte das empresas, a inovação tecnológica que o serviço ou produto incorpora, de forma a reduzir o impacto ambiental, e o impacto social por detrás dos artigos e serviços são os parâmetros com maior relevância para os consumidores”, sublinha Cristiana Faria, diretora de marketing da ConsumerChoice.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

Mais artigos
M&P exclusivo

“Gosto de ser desafiado e de levar o meu trabalho para além daquilo que eu próprio acho possível”

Acaba de criar um Mini que só pode ser visto nos stands da marca. Apesar de estar a desenvolver um mural com 11 mil azulejos para uma estação de metro em Paris e a trabalhar numa exposição individual para um museu em Bruxelas, Vhils ainda tem tempo para colaborar com empresas. Em entrevista ao Meios & Publicidade, Alexandre Farto, sócio da agência criativa Solid Dogma, explica o que o motiva e o que mais o entusiasma nestes trabalhos com marcas

Tracery é o nome da nova criação automóvel do projeto artístico que une Vhils à Mini, desde 2021. O termo anglo-saxónico, tradicionalmente associado à arquitetura gótica, um estilo marcado por uma decoração ornamental estrutural, é indissociável do rendilhado, conseguido com 30 mil perfurações, que a nova obra de Alexandre Farto revela.

A criação, apresentada no Barreiro, vai ser exibida nos stands nacionais da marca, antes de rumar ao Museu BMW, em Munique. Na sequência da visita que fez a fábrica da marca em Oxford, Vihls elegeu um Mini MkI, de 1965, como a matéria-prima da obra de arte que o Vhils Studio desenvolveu, sob a sua supervisão e em parceria com a Rusty Soul Garage, oficina especializada no restauro de carros clássicos.

“Foi um trabalho longo que envolveu muitas equipas”, reconhece o criativo, que, além de ser um dos impulsionadores da galeria de arte Underdogs e do Festival Iminente, através da Cultural Affairs, organização que fundou, é também um dos novos embaixadores nacionais da Mini, marca do grupo BMW.

O que é que foi mais desafiante nesta nova colaboração com a Mini?

Enquanto artista, tenho um forte impulso para experimentar novas formas de criação. Este projeto proporcionou-me uma oportunidade de inovar, de desenvolver uma nova técnica que criasse um efeito que tinha imaginado durante o processo criativo. No final, talvez tenha sido isso o mais desafiante. Encontrar, através de um processo de tentativa e erro, a forma certa de concretizar o conceito.

O processo é bastante meticuloso e complexo e, apesar de ter sido inspirada por um objeto de produção mecânica, esta obra acabou por ser concretizada de forma artesanal. Tive de fragmentar a composição que desenhei em pequenos pontos para criar uma ilusão de tons e sombras. Depois, a intervenção na carroçaria do Mini antigo que escolhi foi executada com o uso de brocas de ferro com diferentes diâmetros. Foram feitos quase 30 mil furos. Depois, ainda houve a fase do acabamento para chegar ao efeito final. Foi um processo longo e desafiante, mas também gratificante.

Como é que surgiu a inspiração para idealizar esta obra?

O processo de desenvolvimento passou por muita pesquisa e também por visitas técnicas à fábrica da Mini e ao museu da Mini, em Oxford. Tudo isto serviu como fonte de inspiração. Foi muito interessante poder mergulhar neste mundo mecânico, uma verdadeira experiência de aprendizagem. É verdade que a Mini faz parte de um imaginário coletivo e isso tem relevância. Aqui, o foco foi direcionado para aquilo que o Mini representa e o impacto que teve nas pessoas e nas cidades.

Uma criação democratizadora, que realmente pensou nas necessidades das pessoas e nas especificidades da vida urbana. Já tinha abordado esta dimensão em 2022 quando criei uma homenagem monumental ao Sir Alec Issigonis, o criador do carro original. O seu legado de abertura e acessibilidade também está refletido neste novo trabalho.

Já trabalhou com a Mini anteriormente. Qual é o tipo de relação que tem com a marca?

Esta relação com a Mini já dura há algum tempo e estende-se para além da minha prática enquanto artista. A Mini tem apoiado exposições e projetos da Underdogs e também o Festival Iminente. Estas parcerias são importantes no contexto da cultura porque permitem expandir a dimensão e o impacto do trabalho que é feito.

Já tinha feito outros trabalhos com automóveis, para a Seat. A abordagem foi diferente?

A minha abordagem acaba por ser sempre diferente de projeto para projeto. É uma das coisas que mais me realiza enquanto artista, poder explorar um mundo de possibilidades e, a partir daí, criar. O meu trabalho está muito ligado à cidade e o automóvel, enquanto objeto utilitário e elemento visual, é hoje quase indissociável da paisagem urbana.

É também fruto de uma evolução tecnológica que teve um efeito inegável no desenvolvimento da sociedade contemporânea. Aquilo que poderá ter sido semelhante nas abordagens é o reflexo desta ideia. Por outro lado, tanto a Seat como a Mini estão a tomar passos importantes no que toca à transição para um modelo mais sustentável, que é algo que me aproxima ainda mais deste tipo de parcerias.

Já desenvolveu trabalhos criativos para marcas como a Vista Alegre, a Sagres, a Super Bock e a EDP, além da Mini e da Seat. Como é que seleciona os convites que aceita?

Sinto-me sempre honrado quando sou convidado para criar novos projetos e estas colaborações apresentam desafios interessantes que apelam muito à inovação. São ligações simbióticas e experiências enriquecedoras. Do lado artístico, abrem-me portas a um nível criativo que talvez não fosse possível de outra forma. Para o outro lado, são oportunidades de integrar abordagens e perspetivas diferentes, a que poderão não estar habituados.

É um pouco isso que procuro quando recebo estes convites. Também já desenvolvi trabalhos com algumas marcas internacionais, como a Hennessy. Quando as visões estão alinhadas e nos permitem explorar novos universos criativos, e ao mesmo tempo apoiar a nossa missão, acaba sempre por fazer sentido.

O processo criativo das colaborações com marcas é muito diferente do das obras de arte?

Sim e não. Todos os projetos, sejam murais, obras de estúdio ou colaborações, acabam por resultar do processo criativo, conceptual, plástico e estético que tenho vindo a desenvolver ao longo da minha experiência enquanto artista. O que acaba por ser um pouco diferente nestes casos é que o contexto geral é logo apresentado à partida e é esse contexto que tem de ser estudado e explorado.

O resultado deriva sempre da minha abordagem criativa às ideias que surgem durante esse processo. É importante que exista um alinhamento de missão e mensagem e, acima de tudo, liberdade criativa. E também uma abertura para abraçar outros projetos, como a Underdogs e o Festival Iminente, o que permite expandir todo aquilo que temos vindo a concretizar nos últimos anos.

Quais são os outros projetos que tem entre mãos com outras marcas?

Neste momento, tenho alguns projetos que estou a desenvolver, ainda não posso revelar quais, mas mais dedicados à exploração de novos materiais e técnicas. Para mim, é muito importante a evolução constante, a imersão em novos territórios artísticos que quero explorar.

Em termos de criações artísticas que não envolvam marcas, que projetos tem para este ano?

Agora em abril, vai ser inaugurado, no edifício da Câmara Municipal da Amadora, um mural em azulejo que criei com o lendário fotógrafo Alfredo Cunha, por quem tenho uma grande admiração. É um projeto que integra as celebrações dos 50 anos do 25 de Abril. Este ano, vai ser também marcado pela conclusão da primeira parte de um projeto monumental que estou a fazer para o Grand Paris Express, uma nova rede de metro com mais de 200 quilómetros e 68 novas estações.

Fui convidado para criar uma intervenção de arte pública em grande escala para a estação de metro de Orly e concebi um mural composto por mais de 11 mil azulejos acabados à mão. Este projeto também terá intervenções em outras estações feitas por artistas, como a Mona Hatoum, o JR, o Daniel Buren, o Eduardo Kobra, o Michelangelo Pistoletto, o Krijn de Koning e o Superflex.

Estou também a trabalhar numa grande exposição individual num museu em Bruxelas, que ainda não posso divulgar, mas que também vai ter uma componente importante de intervenção na cidade.

Já criou NFT, idealizou peças de cerâmica, fez curadoria para festivais e vídeos para os U2. O que é que ainda lhe falta fazer?

Apesar de haver coisas que ainda quero concretizar, gosto de ter uma postura de abertura em relação a tudo que a vida pode trazer. Gosto de ser desafiado e de levar o meu trabalho para além daquilo que eu próprio posso achar possível. Uma das melhores partes de ser artista é poder trabalhar com uma sensação de ausência de limites.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

Mais artigos
Digital

YouTube tem novas categorias de anúncios no Shorts

De acordo com os dados da Google, proprietária do YouTube, o Shorts tem cerca de 70 mil milhões de visualizações diárias, efetuadas por 2 mil milhões de utilizadores. Os vídeos verticais Shorts, por seu lado, estão a ser integrados na estratégia de televisão do YouTube

O YouTube está a expandir o programa de anúncios no Shorts com novas categorias definidas pelo alcance e destaque que as marcas pretendem ter na plataforma. Este novo sistema de níveis para os anúncios, que pode ir desde o Económico ao Premium, pretende direcionar as marcas para o feed do Shorts e é uma resposta para as marcas, que querem ter mais controlo sobre a forma como aparecem na plataforma.

A divulgação do novo programa de anúncios para o Shorts surge antes do YouTube Brandcast, que acontece em maio em Nova Iorque e é o evento no qual a plataforma costuma apresentar o portefólio de formatos publicitários. Para o novo programa de anúncios do Shorts, o YouTube reformulou o programa ‘Select’, uma categoria de anúncios premium disponibilizada aos anunciantes que querem aparecer entre os canais mais populares do YouTube.

A aplicação principal do YouTube, por outro lado, passa a incluir também o sistema de níveis no qual os anunciantes decidem como querem gerir os anúncios. Com as novas categorias do Shorts, “as marcas têm mais opções para segmentar categorias de conteúdos”, explica Melissa Hsieh Nikolic, diretora de gestão de produtos do YouTube Ads, citada pelo Ad Age. A plataforma, no entanto, não revela como funciona o algoritmo e a forma como é determinado o conteúdo que entra na ‘Select’ e nas restantes categorias.

De acordo com os dados da Google, proprietária do YouTube, o Shorts tem cerca de 70 mil milhões de visualizações diárias efetuadas por 2 mil milhões de utilizadores. Os vídeos verticais Shorts, por seu lado, estão a ser integrados na estratégia de televisão do YouTube, uma vez que os anúncios no Shorts também podem ser apresentados na aplicação da CTV, rede de televisão canadiana, noticia a Ad Age.

As características criativas dos anúncios no Shorts, no entanto, podem ser uma barreira à sua integração na televisão por serem muitos diferentes dos anúncios televisivos. Por esta razão, o YouTube quer incentivar os anunciantes a adotarem novas práticas no feed do Shorts, através da atualização das diretrizes criativas, por considerar que o que funciona para os anúncios de 15 e 30 segundos do YouTube é diferente do que funciona no feed do Shorts.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Media

News Now tem luz verde da ERC. Novo canal informativo da Medialivre cria 58 postos de trabalho

Entregue a 16 de fevereiro, o pedido de autorização teve parecer favorável da Entidade Reguladora para a Comunicação Social a 17 de abril. Carlos Rodrigues, diretor-geral editorial da Medialivre, coordena o novo canal. Paulo Oliveira Lima é o diretor executivo

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) deu luz verde à Medialivre para a criação de um novo canal de televisão informativo, chamado News Now. Entregue a 16 de fevereiro, o pedido de autorização “para o exercício da atividade de televisão através de um serviço de programas temático de cobertura nacional e acesso não condicionado com assinatura, [então] designado Canal9” teve o parecer favorável do regulador dos media no dia 17 de abril. A alteração da designação foi solicitada a 12 de abril.

“O News Now pretende posicionar-se num segmento informativo, para reforçar a informação de qualidade e de referência para os públicos mais qualificados, colocando o foco principal da grelha noticiosa nas temáticas políticas, económicas, nos grandes desafios da civilização, como o aquecimento global ou a inteligência artificial, na informação internacional, em particular a relacionada com o espaço europeu”, esclarece a deliberação, tornada pública a 18 de abril.

De acordo com o documento, a abertura do novo canal informativo da dona do Correio da Manhã, da CMTV, do Negócios, da Sábado, da TV Guia e do Record, que pode arrancar com as emissões ainda este semestre, prevê a criação de 58 novos postos de trabalho. “26 integrarão a área editorial e 32 integrarão áreas técnicas e de apoio”, esclarece a Medialivre. “Implicará, igualmente, a criação de um núcleo de comentadores”, informa a empresa. Um deles será António Costa, ex-primeiro-ministro.

O cardeal Américo Aguiar, bispo de Setúbal, ex-presidente do Grupo Renascença Multimedia e ex-coordenador da organização da Jornada Mundial da Juventude de 2023, é outro dos comentadores que têm sido avançados pela imprensa nos últimos dias. Judite Sousa, ex-jornalista da CNN Portugal, ex-diretora-adjunta de informação da RTP e da TVI, é outro dos nomes mencionados. O diretor-geral editorial da Medialivre, Carlos Rodrigues, coordena o novo canal, que terá Paulo Oliveira Lima como diretor executivo.

Sobre o autorLuis Batista Gonçalves

Luis Batista Gonçalves

Mais artigos
Marketing

Prémios de Marketing M&P’23: ‘É uma menina’ vence Grande Prémio, Dentsu Creative é Agência Criativa do Ano, Mindshare é Agência de Meios do Ano e António Fuzeta da Ponte é Marketeer do Ano

Além destes quatro Grandes Prémios, foram atribuídos ainda 15 troféus de Ouro, 17 de Prata e 19 de Bronze. Dos 118 trabalhos inscritos nos Prémios de Marketing M&P’23, em 34 categorias diferentes, 55 chegaram à lista de finalistas. Conheça todos os vencedores

Os vencedores dos Prémios de Marketing M&P’23 acabam de ser revelados, ao fim da tarde de 17 de abril, na Estufa, no Parque Florestal de Monsanto, num evento que reuniu cerca de 300 profissionais do setor, para a entrega dos troféus que distinguem os melhores trabalhos na área de marketing.

O trabalho ‘É uma menina’, uma inscrição conjunta da Dentsu Creative Portugal, da Mindshare e do Banco BPI, vence o Grande Prémio, enquanto a Dentsu Creative Portugal é eleita Agência Criativa do Ano. Mindshare é a Agência de Meios do Ano e António Fuzeta da Ponte, da Worten, é o Marketeer do Ano.

Além destes quatro Grandes Prémios, foram atribuídos ainda 15 troféus de Ouro, 17 de Prata e 19 de Bronze, a partir dos trabalhos mais pontuados. Estes resultados representam um acréscimo significativo da classificação Ouro, face a 2022, ano em que o júri atribuiu 6 Ouro, 22 Prata e 22 Bronze, o que demonstra uma melhoria na qualidade das campanhas e estratégias apresentadas a concurso.

Dos 118 inscritos nos Prémios de Marketing M&P’23, em 34 categorias diferentes, 55 chegaram à lista de finalistas, depois de analisados por um júri composto por António Fuzeta da Ponte (Worten), António Roquete (Uzina), Bruno Almeida (EssenceMediacom), Constança Macedo (BPI), Graça Leite (OZ), João Pereira (Judas), Mariana Lorena (Hearts & Science), Patrícia Mestre (Microsoft), Rodrigo Albuquerque (Arena Media), Steve Colmar (Publicis Group), Teresa Lameiras (SIVA) e Zé Francisco Leitão de Sousa (Tux&Gill).

Conheça aqui todos os vencedores nas 34 categorias.

 

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
Media

LinkedIn testa feed de vídeos de curta duração (com vídeo)

Os vídeos vão estar disponíveis na nova aba ‘Vídeo’, na qual se encontra um feed vertical de vídeos curtos que se pode percorrer e onde os utilizadores fazem ‘gosto’, comentam e partilham os conteúdos. Não foram revelados detalhes sobre o algoritmo e a forma como o feed determina quais os vídeos a mostrar aos utilizadores

O LinkedIn está a testar um novo feed de vídeos de curta duração e em formato vertical, à semelhança do TikTok, do YouTube Shorts e do Facebook e Instagram Reels. Embora a publicação de vídeos no LinkedIn não seja novidade, esta funcionalidade centra-se em vídeos curtos que podem ser percorridos rapidamente.

A nova funcionalidade encontra-se numa fase inicial de desenvolvimento, o que significa que ainda não está acessível à maioria dos utilizadores. A rede social, que pertence à Microsoft, já confirmou ao TechCrunch que está a testar a nova funcionalidade, avançando que os vídeos vão ser apresentados numa nova secção na aplicação.

A nova funcionalidade foi descoberta por Austin Null, utilizador do LinkedIn e diretor de estratégia da McKinney, agência norte-americana de criatividade e produção digital, que descobriu por acaso a nova funcionalidade na rede social e decidiu fazer uma publicação a demonstrá-la (ver vídeo em baixo).

Ainda pouco se sabe, mas a empresa confirma que os vídeos vão estar disponíveis numa nova aba chamada ‘Vídeo’, que se vai encontrar na parte superior da barra de navegação. Ao clicar na aba, entra-se num feed vertical de vídeos curtos que se pode percorrer, no qual os utilizadores vão poder ‘gostar’, comentar e partilhar os conteúdos. Tal como noutras redes sociais, o vídeo seguinte abre, ao deslizando para baixo o feed. A empresa não revela detalhes sobre o algoritmo e a forma como o feed determina quais os vídeos a mostrar aos utilizadores.

Sobre o autorMeios & Publicidade

Meios & Publicidade

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2024 Meios & Publicidade. Todos os direitos reservados.